HÁ 1 ANO DO DESASTRE AÉREO, CONFIRMOU-SE PLENAMENTE O QUE A
LBI DENUNCIAVA: CARTOLAS DA CHAPECOENSE,
CBF E CONMEBOL SÃO OS VERDADEIROS RESPONSÁVEIS PELA TRAGÉDIA... FAMILIARES ABANDONADOS PELA DIREÇÃO DO CLUBE, ALÉM DE NÃO RECEBEREM AS INDENIZAÇÕES E
SEGUROS!
29 de Novembro de 2016, há exatamente um ano ocorreu o
desastre aéreo com o avião do time da Chapecoense. Enquanto a mídia capitalista
explorava a tragédia, sem denunciar os verdadeiros responsáveis pela morte dos
jogadores, a LBI denunciava que os cartolas que controlavam a equipe de futebol
de Santa Catarina e seus “parceiros” da CBF e CONMEBOL eram os verdadeiros
culpados pelo desastre, ao contratarem um aeronave sem condições de vôo para
economizar os custos. Só as famílias dos 19 jogadores mortos receberam um
seguro e, mesmo assim, ainda esperam as indenizações ao lado dos familiares das
demais vítimas que não receberam nada até agora. Eles tampouco sabem quem são
os responsáveis pelas negligências que levaram a aeronave a ficar sem
combustível e despencar nas montanhas colombianas porque a “Justiça” da
Colômbia, Brasil, Venezuela e Bolívia encobre que são os verdadeiros donos do
“Jumbolino” e “empurra com a barriga” as apurações. Contratada pela Chapecoense
para fretar o voo a Medellín, onde o time de Santa Catarina enfrentaria o
Atlético Nacional, na final da Copa Sul-Americana, a empresa boliviana LaMia se
encontra em um “deserto jurídico”, de acordo com a definição especialistas que
acompanham o caso. Cinicamente, no Brasil, a única conclusão do Ministério
Público é de que a Chapecoense não tem culpa pelo acidente. Familiares alegam
que o clube teria sido imprudente ao contratar a LaMia para transportar a
delegação em rotas internacionais. A seguradora Bisa, que tinha contrato com a
LaMia, se recusa a pagar integralmente o valor da apólice do seguro, estipulada
em 80 milhões de reais (20,8 milhões de euros), por entender que uma falha
humana – do piloto, que errou o cálculo de combustível – causou o acidente. Na
última reunião com representantes das vítimas, a Bisa ofereceu um acordo em que
pagaria 645.000 reais (168.000 euros) a cada família. A proposta foi rejeitada.
Como obsevamos os interesses capitalistas estão acima da vida, tanto dos
jogadores falecidos no desastre, como da sobrevivência de seus familiares!
DIREÇÃO DO TIME DA CHAPECOENSE É A RESPONSÁVEL DIRETA PELA
TRAGÉDIA AO FRETAR A BAIXO CUSTO UM AVIÃO (JUMBOLINO) SEM AS MENORES
CONDIÇÕES TÉCNICAS VOAR PARA A COLÔMBIA
(Blog da LBI, 30 de Novembro de 2016)
Os verdadeiros responsáveis pelo acidente aéreo que vitimou
71 pessoas, quase a totalidade do time de futebol da Chapecoense e os
jornalistas que iam cobrir o jogo da Copa Sul-Americana na Colômbia são os
cartolas da Chapecoense, da CBF e da CONMEBOL (Confederação Sul-Americana de
Futebol). Os dirigentes do clube catarinaense em nome do baixo custo de locação
da aeronave optaram por contratar uma companhia “aeropirata” (LaMia) cujo avião
tinha péssimas condições de uso, basta saber que havia deixado de ser fabricado
em 2002, há 17 anos. O piloto, um venezuelano, era o proprietário da própria
empresa familiar, proibida de voar na Venezuela por questões de segurança, mas
que conseguiu uma licença para operar na Bolívia como “operador de pequeno
porte”. Por se tratar de uma verdadeira “sucata aérea” o aluguel do Avro RJ-85
(popularmente conhecido como Jumbolino) custou R$ 500 mil enquanto especula-se
que as outras companhias aéreas brasileiras (TAM e GOL) cobraram 4 vez mais, R$
2 milhões para fazer o trajeto Guarulhos-Medellín de forma mais segura e menos
desgastante. Na Copa Sul-Americana (promovida pela CONMEBOL) os times pagam as
despesas com deslocamento e hospedagem, recebendo suas “cotas” depois das
partidas, o que gera ainda mais pressão pela redução dos custos com viagens e
hotéis. Como a ANAC não permitiu o vôo da LaMia no Brasil, a direção do time
decidiu irresponsavelmente em função da ânsia de reduzir custos, que os jogadores
da Chapecoense (que estavam em São Paulo devido a partida de domingo com o
Palmeiras) voariam em avião de carreira para Bolívia (Santa Cruz de la Sierra)
e de lá embarcariam rumo a Colômbia (Medellín) na companhia “aeropirata”
venezuelana, dona do avião que caiu. Aqui prevalece de forma cristalina a
lógica capitalista da busca da maior taxa de lucro, sacrificando a segurança
dos jogadores e da comissão técnica, os trabalhadores do futebol. Não por
acaso, o presidente da Chapecoense, assim como o prefeito da cidade paranaense
não embarcaram na temerária aeronave. Mesmo sem grandes conhecimentos técnicos
em aeronáutica, fica evidente que o jato apelidado de “Jumbolino” não possuía
condições mínimas de transporte em longas distâncias, sem maior reserva de combustível
e com lotação e peso máximo a bordo. Um avião fora de linha e “remontado” por
outra empresa representa sempre um risco de vida a sua tripulação e
passageiros, mas foi fretado levando em conta seu baixo custo. A fabricante
inglesa chegou a vender quase 500 aeronaves deste modelo, porém a grande
maioria destes jatos já estão “aposentados”, a cartolagem da Chapecoense fretou
uma das poucas unidades em atividade que tinha tradição em transportar equipes
de futebol na América do Sul justamente porque os dirigentes do continente
desejam sempre reduzir os custos de deslocamento. Nossa solidariedade com a
família dos jogadores, da comissão técnica e dos jornalistas soma-se a
necessária denúncia vigorosa dessa conduta venal da cartolagem do futebol que ceifou
a vida de 71 pessoas, mortes que poderiam ser evitadas, mas foram sacrificadas
em nome de reduzir custos com os vôos e garantir para os capitalistas
empresários-investidores do futebol e donos do clube uma parcela maior das
cotas milionárias que receberiam devido a Chapecoense que receberiam devido a
Chapecoense ser finalista da Copa Sul-Americana.