PCdoB LANÇA SUA PRÉ-CANDIDATURA À PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA:
MANUELA, SERÁ PRA VALER?
O neostalinista PCdoB resolveu lançar hoje (05/11) uma pré-candidatura para disputar o Palácio de Planalto em 2018, o nome escolhido é o da deputada estadual Manuela D'Avila, parlamentar eleita pelo estado do Rio Grande do Sul e que também já tentou sem sucesso conquistar a prefeitura de Porto Alegre. Porém a primeira pergunta que vem a tona é se a iniciativa do PCdoB será realmente "pra valer" ou mais uma manobra de barganha dos neostalinistas com os partidos da burguesia considerados "progressistas". A resposta a esta questão vem logo "a cavalo" quando se analisa minimamente o programa de governo proposto para Manuela abraçar: "Trata-se de uma pré-candidatura que tem como algumas de suas linhas programáticas mais gerais a retomada do crescimento econômico e da industrialização; a defesa e ampliação dos direitos do povo, tão atacados pelo atual governo; a reforma do Estado, de forma a torná-lo mais democrático e capaz de induzir o desenvolvimento com distribuição de renda e valorização do trabalho." (site "Vermelho"05/11). Trata-se de mais uma plataforma timidamente reformista, que poderia ser encampada por qualquer "Ciro da vida" ou até mesmo pelo Tucanato. O PCdoB há muito tempo transformado em caricatura grotesca do Marxismo Revolucionário pela política de colaboração de classes, pretende não ser alijado da possível aliança que o PT já começou a costurar com setores do PMDB e também com o PDT, agora controlado por uma oligarquia reacionária, o clã Ferreira Gomes. Como este "Frentão" ameaça chegar até as fronteiras do PSOL, o PCdoB poderia perder seu espaço de "partido de esquerda" nesta aliança em que até o PSB voltaria para a sombra eleitoral da Frente Popular. De Comunista mesmo o PCdoB não tem nem mais uma única molécula programática, porém lhe restou do velho Stalinismo a herança da subordinação estratégica da burguesia nacional. No final da manobra de barganha apoiarão Lula e um vice indicado por algum partido capitalista que apoiou o golpe parlamentar contra o governo Dilma. Ainda é muito cedo para dimensionarmos o tamanho e amplitude política desta nova Frente de colaboração de classes que está se constituindo para reconduzir Lula em 2018 ao Planalto, e que poderá ser integrada até pelo PSOL se depender da orientação de Ivan Valente e Marcelo Freixo, porém temos a certeza histórica que o "bilhete de entrada" do PCdoB já está carimbado nesta empreitada reformista que nada tem a ver com um partido Comunista Leninista.
