sexta-feira, 24 de novembro de 2017

SUBMARINO ARGENTINO NÃO EXPLODIU PORQUE ERA UMA “SUCATA”: FOI SABOTADO PELA CIA-OTAN PARA QUE O IMPERIALISMO E SUAS EMPRESAS DE PETROLÉO ESCANEASSEM UMA DAS ÁREAS MARÍTIMAS MAIS RICAS DO PLANETA, SOB OS OLHOS “PASSIVOS” DO ENTREGUISTA NEOLIBERAL MACRI


“Nos Mintieron”! Assim denunciaram os familiares dos 44 marinheiros mortos diante da conduta canalha do neoliberal Macri e do entreguista alto-comando das FFAA que anunciaram neste dia 23 de novembro de forma surpreendente a “explosão” do Submarino argentino ARA San Juan ocorrida no último dia 15, quando anteriormente alegavam uma “falha leve” para o sumiço da embarcação via falha de baterias. Desgraçadamente nossos piores prognósticos, diante da sabotagem do programa naval argentino, se confirmaram: a Marinha reconheceu que todos os tripulantes já estavam mortos há alguns dias em função de uma aparente “grande explosão” que levou o submarino ao fundo do mar. Ele foi construído no final dos 70 na Alemanha e lançado ao mar em 1983 chegando a Argentina em 1985, mas sofreu uma reparação de “meia-vida” nos governos Kirchener em 2009, 2013 e 2014. Durante todo o tempo das buscas o alto-comando da armada argentina e o canalha Macri já sabiam da dimensão da tragédia mas tentavam passar que estavam fazendo “todos os esforços” para salvar os 44 marinheiros...um embuste completo, “una trampa” como dizem popularmente os nossos irmãos portenhos! O engodo, porém, vai além... Envolve os reais motivos do naufrágio do San Juan e a própria “missão secreta” que ele fazia na área econômica argentina no Oceano Atlântico próximo as Ilhas Malvinas controladas pelo imperialismo inglês. Tanto que a Juíza que acompanha o caso declarou que sua missão era “Segredo de Estado” e o próprio Submarino era uma “caixa preta” apontando que não tem qualquer informação segura sobre o tema. Sabe-se que a Argentina desde o ultra-neoliberal Menem tem um acordo militar privilegiado com os EUA para “colaboração” conhecido como relações carnais, pacto que incluía o San Juan e seus oficiais, facilitando o acesso as instalações argentinas, seus submarinos e de espiões ou infiltrados. O principal elemento é que a embarcação pode ter explodido não em função da velhice do Submarino e sim por sabotagem da CIA-OTAN, que permitiu as potências capitalistas aproveitarem a tragédia criada com a sabotagem para mapear o Atlântico sul na costa argentina onde antes não era permitido pelo governo Cristina, uma região estratégica na geopolítica mundial. O interesse das transnacionais ianques, francesas e britânicas devido a existência de muito petróleo nesta região do mar do Sul é enorme além de servir para a Inglaterra reforçar sua base militar nas Ilhas Malvinas, historicamente reivindicadas por Buenos Aires. O entorno onde afundou o Submarino é uma das regiões marítimas mais ricas do planeta em minerais e petróleo, a velhice da embarcação é apenas uma cortina de fumaça. Tanto que a Total francesa em parceria com a BP britânica com o apoio de forças da OTAN trouxeram tecnologia de ponta para “resgatar” o Submarino e paralelamente escanear a riqueza mineral da área onde ocorreu o naufrágio, inclusive com submarinos, navios e aviões com radares e sensores ultra-modernos de várias nações imperialistas, incluindo obviamente os EUA, mapeando completamente a área, na medida que o espaço aéreo e marítimo estão abertos para a cooperação internacional. Mesmo os mais velhos Submarinos são bastantes seguros, em 2014 o governo Cristina tinha mandado reformar o San Juan pela última vez e a embarcação náutica estava em boas condições de navegação. Como o Submarino era dos anos 80 toda a “opinião pública” tende a pensar que explodiu porque era “ferro velho” e não por sabotagem da CIA-OTAN. Por outro lado, a explosão serve para que a Marinha argentina não envie mais Submarinos para esta região deixando-a livre para a frota imperial. O programa de Submarinos da armada argentina “vai a pique” literalmente. O impacto da explosão também afeta o Brasil que está à beira de ter um possante submarino nuclear de ponta, que não agrada o imperialismo ianque e nem a Inglaterra. As Marinhas da Argentina e Brasil são o setor das FFAA menos sucateados, em relação ao exército e aeronáutica. Portanto todos esses elementos indicam que a “explosão” foi um golpe do imperialismo para atrasar ainda mais as Marinhas dos dois países latino-americanos. Fica evidente que o neoliberal Macri e o entreguista alto-comando da Marinha argentina são diretamente responsáveis pela tragédia em todos os seus sentidos políticos, humanos e logísticos, por negligência ou colaboração direta. A luta pela soberania nacional deve ser empunhada pelos trabalhadores como parte do combate revolucionário contra o imperialismo. A defesa de uma FFAA forte e equipada deve ser empunhada como parte da luta transicional contra o Estado burguês e pela liquidação do modo de produção capitalista substituindo-o por um poder proletário de novo tipo, como ocorreu na URSS e na edificação do Exército Vermelho e não para reforçar os vínculos dos países semicoloniais com seus amos imperialistas. Por sua vez, o controle dos recursos minerais como o petróleo somente pode ser alcançado com a ruptura dos acordos comerciais e militares que subordinam as nações atrasadas as potências capitalistas! Nesse sentido, coloca-se na ordem o dia a luta por um Governo Operário e Camponês parido da liquidação do Estado burguês e das corruptas instituições do regime político capitalista. Este novo poder não virá pela via eleitoral como a patrocinada pela esquerda argentina e a FIT (PO, PTS, IS) em particular, que celebra como uma "vitória histórica" a eleição de alguns poucos deputados no parlamento enquanto o neoliberal Macri, fortalecido na recente disputa parlamentar, avança no ataque aos trabalhadores (reforma laboral) e na entrega das riquezas nacionais ao imperialismo!