quarta-feira, 7 de março de 2018

8 DE MARÇO - DIA INTERNACIONAL DA MULHER TRABALHADORA: LUTAR CONTRA A INTERVENÇÃO MILITAR E O ATAQUE AOS DIREITOS E CONQUISTAS PELO GOVERNO GOLPISTA DE TEMER! NENHUM APOIO ÀS CANDIDATURAS DA OPOSIÇÃO BURGUESA (PT, PDT E PSOL) NO CIRCO ELEITORAL DA DEMOCRACIA DOS RICOS!


O governo golpista de Temer impôs a intervenção militar no Rio de Janeiro. Trata-se na verdade de uma nova investida reacionária contra a população pobre e negra do Rio de Janeiro, rebelada em razão da falência completa do Estado fluminense e agora com o aprofundamento da crise econômica. Com a ajuda da Rede Globo Temer montou um cenário para justificar a ação das FFAA e estrategicamente colocar os militares nas ruas, em uma espécie de “balão de ensaio” do que pode vir a acontecer em um futuro breve em todo o país. Além disso, planeja lançar um pacote de ataques aos direitos sociais para compensar o “recuo” na Reforma da Previdência. Até as eleições gerais de 2018, o Planalto deseja liquidar uma série de direitos, ataques que atingem em cheio as mulheres trabalhadoras. Os planos da quadrilha palaciana seria votar alguns pontos via projeto de lei ou medida provisória (MP) que valem para trabalhadores que contribuem no regime privado do INSS, como o aumento do tempo de contribuição, alteração da fórmula de cálculo do benefício, fim da fórmula 85/95 com a volta do famigerado Fator Previdenciário, restrição da Pensão por morte e da aposentadoria por invalidez além de mudanças do Benefício de Prestação Continuada (BPC), em resumo, golpe brutais contra a classe trabalhadora, as mulheres assalarias, as pensionistas e aposentadas. Os Marxistas Revolucionários compreendem o combate contra a opressão da Mulher como parte da luta da classe trabalhadora contra os capitalistas, para liquidar o modo de produção burguês na senda da Ditadura do Proletariado e não “apenas” como uma questão de gênero. Nos opomos pelo vértice a ideologia pequeno-burguesa do “empoderamento feminino” dentro do capitalismo e como forma de “democratizar” as instituições senis deste regime político, como vem apregoando a esmagadora maioria da “esquerda” reformista e mesmo aqueles que se proclamam revolucionários. As trabalhadoras, ao lado de seus irmãos de classe devem unir-se por seus interesses históricos e imediatos, que não estão limitados a questão de gênero ou sexo mas sim aos seus objetivos estratégicos socialistas enquanto trabalhadores e oprimidos pela classe dominante.

Existe um forte sentimento de indignação popular e revolta contra o governo golpista de Temer e seus ataques os trabalhadores e em particular os direitos e conquistas das mulheres operárias, aumentando o tempo de contribuição e idade, em um claro “Deus lhe pague!”. Esses ataques tiveram um incremento no governo Dilma (PT), quando houve a restrição das pensões para as viúvas e reduções nos benefícios do INSS. Agora com Temer esse golpe aprofundou-se ainda mais. Desgraçadamente a CUT e a CTB sabotaram a possibilidade de fazer no Brasil do 8 de Março um dia internacional de paralisação como ocorrerá em outros países. Por sua vez, o PT joga todas suas fichas nas eleições de 2018, avaliando que a aprovação das reformas irá desgastar eleitoralmente o canalha do PMDB e abrir espaço para a candidatura Lula ou mesmo de seu “laranja” no PSOL, Guilherme Boulos. Nossa tarefa é opor-se a essa política de paralisia, de ilusões no circo eleitoral de democracia dos ricos e fazer do dia internacional da mulher trabalhadora uma data que marque a luta contra a intervenção militar, a destruição das conquistas sociais pela gang do PMDB-PSDB e de denúncia da política de colaboração de classes do PT e PSOL. Em função desta dura realidade devemos apontar nas manifestações deste 8 de Março a necessidade de organizar um plano de lutas das principais categorias rumo a uma Greve Geral desde as bases que contemple como eixo a derrubada das medidas palacianas e por uma política de reposição salarial diante da crise inflacionária que se avizinha, porque o verdadeiro “golpe” está sendo executado nos cortes dos programas sociais do governo, no conluio para destruir a Petrobras e na subtração das conquistas históricas dos trabalhadores. Para combater o governo golpista de Temer, a Frente Popular e a direita reacionária é necessário colocar abaixo o modo de produção capitalista e construir um movimento operário feminino classista que coloque a mulher trabalhadora como vanguarda da luta sem quartel contra o regime opressor dos homens e mulheres burguesas. Trata-se da unidade do conjunto da classe trabalhadora sob um programa revolucionário para derrotar a barbárie capitalista. Portanto, neste 8 de Março devemos lutar pela superação do machismo que nasceu com a propriedade privada, do feminismo policlassista e da mercantilização das relações pessoais, que só será plenamente realizada com a abolição do modo de produção capitalista, por meio da revolução socialista, destruindo qualquer forma de opressão contra as mulheres trabalhadoras e a exploração de classe. A abolição da propriedade privada é o elemento sine qua non para a libertação da mulher e o combate de classe pelo comunismo!

A ruptura com esta concepção de mundo burguesa só será possível através da violenta ação da classe operária contra seus algozes capitalistas, sejam eles homens ou mulheres, através da revolução socialista, a partir da qual pela necessidade de todo um coletivo, os interesses mesquinhos e podres oriundos da velha sociedade de classes serão extintos. Os revolucionários defendem consignas democráticas pela igualdade de direitos entre os sexos, mas não mentem para as trabalhadoras dizendo que terão seus sofrimentos derivados da opressão e da exploração de classe solucionados dentro do capitalismo e menos ainda disseminam ilusões de que o aprimoramento do aparato repressivo capitalista trará melhor sorte para elas.  A luta pela libertação da mulher da opressão do machismo capitalista pressupõe um combate sem tréguas a todas as ilusões no movimento das mulheres trabalhadoras no Estado burguês, suas leis e seu aparato repressivo, guardião da ordem social justificada pela ideologia burguesa e o machismo que dela faz parte. Toda saída para o problema da opressão feminina por dentro da democracia burguesa, como defendem o reformismo e o revisionismo do trotskismo, conduz à divisão do proletariado entre gêneros distintos, ao recrudescimento e ampliação do aparato repressivo estatal contra os trabalhadores. Em outras palavras, o feminismo burguês é contrarrevolucionário porque divide o proletariado, enfraquece sua luta e fortalece a repressão de seus inimigos de classe!

Neste 8 de Março lutemos por construir uma alternativa de poder operário e popular baseado na democracia operária dos trabalhadores em luta contra a direita e a Frente Popular! Convocamos o combate de classe ao governo golpista de Temer, a direita reacionária e fascistoide sem capitular a política venal e covarde da Frente Popular, cujo objetivo é amortecer a luta de classes para um terreno que a burguesia domina: o circo eleitoral de 2018! Nesse sentido, nas manifestações deste 8 de Março, nossa tarefa deve ter como eixo: Abaixo Temer! Abaixo a intervenção militar no Rio de Janeiro, fora as tropas do Exército das ruas! Construir a Greve Geral! Superar a política de colaboração de classes do PT e PSOL! Por uma alternativa de Poder Operário e Popular!

ASSINAM ESSE MANIFESTO:

HYRLANDA MOREIRA - MOVIMENTO DE OPOSIÇÃO BANCÁRIA – CE
CIDA ALBUQUERQUE - OPOSIÇÃO DOS PROFESSORES – FORTALEZA/CE
ISABEL TEIXEIRA - OPOSIÇÃO METALÚRGICA – GUARULHOS/SP
BEATRIZ AZEVEDO BERGOCI - GRÊMIO ESTUDANTIL DO COLÉGIO ODETE FERNANDES – GUARULHOS/SP
PATRIZIA SANTIAGO - ASSOCIAÇÃO DE MORADORES DA VILA FLÓRIDA – GUARULHOS/SP
GRAÇA SOUZA - OPOSIÇÃO COMBATIVA DOS PETROLEIROS – RN
CLÁUDIA LINS - OPOSIÇÃO DE LUTA NO CPERS - RGS
LIGA BOLCHEVIQUE INTERNACIONALISTA