8 DE MARÇO - DIA INTERNACIONAL DA MULHER TRABALHADORA: LUTAR
CONTRA A INTERVENÇÃO MILITAR E O ATAQUE AOS DIREITOS E CONQUISTAS PELO GOVERNO
GOLPISTA DE TEMER! NENHUM APOIO ÀS CANDIDATURAS DA OPOSIÇÃO BURGUESA (PT, PDT E
PSOL) NO CIRCO ELEITORAL DA DEMOCRACIA DOS RICOS!
O governo golpista de Temer impôs a intervenção militar no
Rio de Janeiro. Trata-se na verdade de uma nova investida reacionária contra a
população pobre e negra do Rio de Janeiro, rebelada em razão da falência
completa do Estado fluminense e agora com o aprofundamento da crise econômica.
Com a ajuda da Rede Globo Temer montou um cenário para justificar a ação das
FFAA e estrategicamente colocar os militares nas ruas, em uma espécie de “balão
de ensaio” do que pode vir a acontecer em um futuro breve em todo o país. Além
disso, planeja lançar um pacote de ataques aos direitos sociais para compensar
o “recuo” na Reforma da Previdência. Até as eleições gerais de 2018, o Planalto
deseja liquidar uma série de direitos, ataques que atingem em cheio as mulheres
trabalhadoras. Os planos da quadrilha palaciana seria votar alguns pontos via
projeto de lei ou medida provisória (MP) que valem para trabalhadores que
contribuem no regime privado do INSS, como o aumento do tempo de contribuição,
alteração da fórmula de cálculo do benefício, fim da fórmula 85/95 com a volta
do famigerado Fator Previdenciário, restrição da Pensão por morte e da
aposentadoria por invalidez além de mudanças do Benefício de Prestação
Continuada (BPC), em resumo, golpe brutais contra a classe trabalhadora, as
mulheres assalarias, as pensionistas e aposentadas. Os Marxistas
Revolucionários compreendem o combate contra a opressão da Mulher como parte da
luta da classe trabalhadora contra os capitalistas, para liquidar o modo de
produção burguês na senda da Ditadura do Proletariado e não “apenas” como uma
questão de gênero. Nos opomos pelo vértice a ideologia pequeno-burguesa do
“empoderamento feminino” dentro do capitalismo e como forma de “democratizar”
as instituições senis deste regime político, como vem apregoando a esmagadora
maioria da “esquerda” reformista e mesmo aqueles que se proclamam
revolucionários. As trabalhadoras, ao lado de seus irmãos de classe devem unir-se
por seus interesses históricos e imediatos, que não estão limitados a questão
de gênero ou sexo mas sim aos seus objetivos estratégicos socialistas enquanto
trabalhadores e oprimidos pela classe dominante.
Existe um forte sentimento de indignação popular e revolta
contra o governo golpista de Temer e seus ataques os trabalhadores e em
particular os direitos e conquistas das mulheres operárias, aumentando o tempo
de contribuição e idade, em um claro “Deus lhe pague!”. Esses ataques tiveram
um incremento no governo Dilma (PT), quando houve a restrição das pensões para
as viúvas e reduções nos benefícios do INSS. Agora com Temer esse golpe
aprofundou-se ainda mais. Desgraçadamente a CUT e a CTB sabotaram a
possibilidade de fazer no Brasil do 8 de Março um dia internacional de
paralisação como ocorrerá em outros países. Por sua vez, o PT joga todas suas
fichas nas eleições de 2018, avaliando que a aprovação das reformas irá
desgastar eleitoralmente o canalha do PMDB e abrir espaço para a candidatura
Lula ou mesmo de seu “laranja” no PSOL, Guilherme Boulos. Nossa tarefa é opor-se
a essa política de paralisia, de ilusões no circo eleitoral de democracia dos
ricos e fazer do dia internacional da mulher trabalhadora uma data que marque a
luta contra a intervenção militar, a destruição das conquistas sociais pela
gang do PMDB-PSDB e de denúncia da política de colaboração de classes do PT e
PSOL. Em função desta dura realidade devemos apontar nas manifestações deste 8
de Março a necessidade de organizar um plano de lutas das principais categorias
rumo a uma Greve Geral desde as bases que contemple como eixo a derrubada das
medidas palacianas e por uma política de reposição salarial diante da crise
inflacionária que se avizinha, porque o verdadeiro “golpe” está sendo executado
nos cortes dos programas sociais do governo, no conluio para destruir a
Petrobras e na subtração das conquistas históricas dos trabalhadores. Para
combater o governo golpista de Temer, a Frente Popular e a direita reacionária
é necessário colocar abaixo o modo de produção capitalista e construir um
movimento operário feminino classista que coloque a mulher trabalhadora como
vanguarda da luta sem quartel contra o regime opressor dos homens e mulheres
burguesas. Trata-se da unidade do conjunto da classe trabalhadora sob um
programa revolucionário para derrotar a barbárie capitalista. Portanto, neste 8
de Março devemos lutar pela superação do machismo que nasceu com a propriedade
privada, do feminismo policlassista e da mercantilização das relações pessoais,
que só será plenamente realizada com a abolição do modo de produção
capitalista, por meio da revolução socialista, destruindo qualquer forma de
opressão contra as mulheres trabalhadoras e a exploração de classe. A abolição
da propriedade privada é o elemento sine qua non para a libertação da mulher e
o combate de classe pelo comunismo!
A ruptura com esta concepção de mundo burguesa só será
possível através da violenta ação da classe operária contra seus algozes
capitalistas, sejam eles homens ou mulheres, através da revolução socialista, a
partir da qual pela necessidade de todo um coletivo, os interesses mesquinhos e
podres oriundos da velha sociedade de classes serão extintos. Os
revolucionários defendem consignas democráticas pela igualdade de direitos
entre os sexos, mas não mentem para as trabalhadoras dizendo que terão seus
sofrimentos derivados da opressão e da exploração de classe solucionados dentro
do capitalismo e menos ainda disseminam ilusões de que o aprimoramento do
aparato repressivo capitalista trará melhor sorte para elas. A luta pela libertação da mulher da opressão
do machismo capitalista pressupõe um combate sem tréguas a todas as ilusões no
movimento das mulheres trabalhadoras no Estado burguês, suas leis e seu aparato
repressivo, guardião da ordem social justificada pela ideologia burguesa e o machismo
que dela faz parte. Toda saída para o problema da opressão feminina por dentro
da democracia burguesa, como defendem o reformismo e o revisionismo do
trotskismo, conduz à divisão do proletariado entre gêneros distintos, ao
recrudescimento e ampliação do aparato repressivo estatal contra os
trabalhadores. Em outras palavras, o feminismo burguês é contrarrevolucionário
porque divide o proletariado, enfraquece sua luta e fortalece a repressão de
seus inimigos de classe!
Neste 8 de Março lutemos por construir uma alternativa de
poder operário e popular baseado na democracia operária dos trabalhadores em
luta contra a direita e a Frente Popular! Convocamos o combate de classe ao
governo golpista de Temer, a direita reacionária e fascistoide sem capitular a
política venal e covarde da Frente Popular, cujo objetivo é amortecer a luta de
classes para um terreno que a burguesia domina: o circo eleitoral de 2018!
Nesse sentido, nas manifestações deste 8 de Março, nossa tarefa deve ter como
eixo: Abaixo Temer! Abaixo a intervenção militar no Rio de Janeiro, fora as
tropas do Exército das ruas! Construir a Greve Geral! Superar a política de
colaboração de classes do PT e PSOL! Por uma alternativa de Poder Operário e
Popular!
ASSINAM ESSE MANIFESTO:
HYRLANDA MOREIRA - MOVIMENTO DE OPOSIÇÃO BANCÁRIA – CE
CIDA ALBUQUERQUE - OPOSIÇÃO DOS PROFESSORES – FORTALEZA/CE
ISABEL TEIXEIRA - OPOSIÇÃO METALÚRGICA – GUARULHOS/SP
BEATRIZ AZEVEDO BERGOCI - GRÊMIO ESTUDANTIL DO COLÉGIO ODETE
FERNANDES – GUARULHOS/SP
PATRIZIA SANTIAGO - ASSOCIAÇÃO DE MORADORES DA VILA FLÓRIDA
– GUARULHOS/SP
GRAÇA SOUZA - OPOSIÇÃO COMBATIVA DOS PETROLEIROS – RN