sábado, 10 de março de 2018

MAIS UMA CHACINA EM FORTALEZA: NO BAIRRO UNIVERSITÁRIO DO BENFICA, DISPUTA DE TERRITÓRIO PELAS FACÇÕES QUE CONTROLAM O COMÉRCIO DA DROGA DEIXA MAIS CADÁVERES E UM RASTRO DE SANGUE... OLIGARQUIA GOMES DEU O AVAL ESTATAL PARA INSTALAÇÃO DO “HUB DA COCAÍNA” EM FORTALEZA, PRINCIPAL PORTA DE ENTRADA DO TRÁFICO NACIONAL


Um dos bairros mais boêmios e politizados de Fortaleza, Benfica, um conhecido reduto universitário, foi palco na noite desta sexta-feira (09.03) de uma chacina que deixou pelo menos 07 mortos e vários feridos. Só na “Praça da Gentilândia” três pessoas tombaram após vários disparos. Centenas de universitários presentes presenciaram o crime que foi seguido por mais mortes nas proximidades de uma torcida organizada de futebol local. Logo a mídia reduziu o caso a mais uma disputa entre torcidas de futebol mas os verdadeiros motivos da chacina é a disputa de território entre facções que controlam o tráfico de drogas no Benfica e na grande Fortaleza. Essas facções compram a droga trazida da Colômbia para o Ceará, um negócio de grande monta financeira que é intermediado pelo Secretário de Turismo do Governo Camilo (PT), Arialdo Pinho, o homem que é o caixa dos negócios da Oligarquia Gomes desde o governo Cid. O fato do estado do Ceará abrigar chefes do tráfico nacional (como os do PCC) vivendo de forma nababesca sem serem incomodados em mansões de luxo, com livre trânsito em carros importados e até mesmo aeronaves e lanchas, não deixa dúvida que a gang burguesa de tomou de assalto o aparelho do estado local está diretamente associada as facções criminosas. A oligarquia Gomes deu o aval para que fosse instalado um “Hub” internacional de tráfico de drogas em Fortaleza, alimentando as gangs e quadrilhas barriais mais selvagens que disputam o controle dos bairros. Deram o aval do Estado para a logística do "empreendimento". Em consequência cresce o número de chacinas e mortes em Fortaleza, adentrando em regiões antes “virgens” ou restritas ao uso de maconha, como o Benfica. O mais grave é que diante dessa barbárie a esquerda está completamente calada e até mesmo sai em defesa do governo Camilo (PT). PT e PCdoB integram o governo controlado pela Oligarquia Gomes e apenas “lamentam” o ocorrido. Já o PSOL, do deputado estadual Renato Roseno e de seu suplente agora execendo temporariamente o mandato, o “peão” Nestor (MAIS), não usam a tribuna parlamentar para denunciar o envolvimento direto do Secretário Arialdo Pinho no esquema bilionário do tráfico de drogas que tem deixado um rastro de sangue e morte no Estado. A própria PF prendeu no final do ano passado toda a cúpula da delegacia “anti-drogas” do Ceará, homens colocados no aparato policial diretamente por Cid e Ciro. Desta forma a PF tem a Oligarquia Gomes “nas mãos” frente a disputa política eleitoral de 2018. Três delegados foram detidos por estarem diretamente envolvidos na entrada por via terrestre, aérea e marítima de cocaína, além de controlarem uma grande rede de distribuição na capital, sendo as facções e os traficantes dos bairros da periferia apenas a ponta mais visível do negócio. A tarefa dos movimentos sociais e de direitos humanos do Ceará é convocar imediatamente uma mobilização de solidariedade com as famílias dos jovens assassinados, exigindo a apuração e severa punição dos culpados, assim como a renúncia do governador petista e toda sua equipe de cúmplices inertes. Os Marxistas Revolucionários defendem que a questão da liberação das drogas deve estar atada intimamente ao programa do partido revolucionário, ou seja, ao combate pela derrubada de todo o aparato da repressão estatal contra o proletariado e os setores oprimidos da sociedade. Em outras palavras, o uso em si de entorpecentes da consciência não cumpre de modo algum um papel progressista dentro de uma coletividade, haja vista que estimula apenas a “euforização individualizada”, o que só serve para aprofundar a desagregação social e a alienação em especial da juventude, como vemos no Bairro do Benfica. Combatemos com vigor a criminalização do uso de drogas e as medidas repressivas-coercitivas desencadeadas pelo Estado burguês contra a juventude. Muito além da questão meramente moral, somos, portanto, a favor da total legalização do uso das drogas como produto da luta não só contra a repressão estatal como também no combate ao processo de decomposição moral e espiritual que nos impõe o capitalismo. Somente com o norte programático do partido mundial da revolução socialista, a Quarta Internacional, o proletariado poderá conquistar o seu direito ao pão, ao lazer e ao prazer, colocando abaixo todo o edifício da ordem burguesa, responsável pela barbárie cultural e ideológica que assola a humanidade nos dias atuais.