MAIS UMA CHACINA EM FORTALEZA: NO BAIRRO UNIVERSITÁRIO DO
BENFICA, DISPUTA DE TERRITÓRIO PELAS FACÇÕES QUE CONTROLAM O COMÉRCIO DA DROGA
DEIXA MAIS CADÁVERES E UM RASTRO DE SANGUE... OLIGARQUIA GOMES DEU O AVAL
ESTATAL PARA INSTALAÇÃO DO “HUB DA COCAÍNA” EM FORTALEZA, PRINCIPAL PORTA DE
ENTRADA DO TRÁFICO NACIONAL
Um dos bairros mais boêmios e politizados de Fortaleza, Benfica, um conhecido reduto universitário, foi palco na noite desta sexta-feira (09.03) de uma chacina que deixou
pelo menos 07 mortos e vários feridos. Só na “Praça da Gentilândia” três
pessoas tombaram após vários disparos. Centenas de universitários presentes presenciaram
o crime que foi seguido por mais mortes nas proximidades de uma torcida
organizada de futebol local. Logo a mídia reduziu o caso a mais uma disputa entre
torcidas de futebol mas os verdadeiros motivos da chacina é a disputa de
território entre facções que controlam o tráfico de drogas no Benfica e na
grande Fortaleza. Essas facções compram a droga trazida da Colômbia para o
Ceará, um negócio de grande monta financeira que é intermediado pelo Secretário
de Turismo do Governo Camilo (PT), Arialdo Pinho, o homem que é o caixa dos
negócios da Oligarquia Gomes desde o governo Cid. O fato do estado do Ceará abrigar
chefes do tráfico nacional (como os do PCC) vivendo de forma nababesca sem serem
incomodados em mansões de luxo, com livre trânsito em carros importados e até
mesmo aeronaves e lanchas, não deixa dúvida que a gang burguesa de tomou de
assalto o aparelho do estado local está diretamente associada as facções
criminosas. A oligarquia Gomes deu o aval para que fosse instalado um “Hub”
internacional de tráfico de drogas em Fortaleza, alimentando as gangs e
quadrilhas barriais mais selvagens que disputam o controle dos bairros. Deram o
aval do Estado para a logística do "empreendimento". Em consequência
cresce o número de chacinas e mortes em Fortaleza, adentrando em regiões antes “virgens”
ou restritas ao uso de maconha, como o Benfica. O mais grave é que diante dessa
barbárie a esquerda está completamente calada e até mesmo sai em defesa do
governo Camilo (PT). PT e PCdoB integram o governo controlado pela Oligarquia
Gomes e apenas “lamentam” o ocorrido. Já o PSOL, do deputado estadual Renato Roseno
e de seu suplente agora execendo temporariamente o mandato, o “peão” Nestor
(MAIS), não usam a tribuna parlamentar para denunciar o envolvimento direto do
Secretário Arialdo Pinho no esquema bilionário do tráfico de drogas que tem
deixado um rastro de sangue e morte no Estado. A própria PF prendeu no final do
ano passado toda a cúpula da delegacia “anti-drogas” do Ceará, homens colocados
no aparato policial diretamente por Cid e Ciro. Desta forma a PF tem a
Oligarquia Gomes “nas mãos” frente a disputa política eleitoral de 2018. Três
delegados foram detidos por estarem diretamente envolvidos na entrada por via
terrestre, aérea e marítima de cocaína, além de controlarem uma grande rede de
distribuição na capital, sendo as facções e os traficantes dos bairros da
periferia apenas a ponta mais visível do negócio. A tarefa dos movimentos
sociais e de direitos humanos do Ceará é convocar imediatamente uma mobilização
de solidariedade com as famílias dos jovens assassinados, exigindo a apuração e
severa punição dos culpados, assim como a renúncia do governador petista e toda
sua equipe de cúmplices inertes. Os Marxistas Revolucionários defendem que a
questão da liberação das drogas deve estar atada intimamente ao programa do
partido revolucionário, ou seja, ao combate pela derrubada de todo o aparato da
repressão estatal contra o proletariado e os setores oprimidos da sociedade. Em
outras palavras, o uso em si de entorpecentes da consciência não cumpre de modo
algum um papel progressista dentro de uma coletividade, haja vista que estimula
apenas a “euforização individualizada”, o que só serve para aprofundar a
desagregação social e a alienação em especial da juventude, como vemos no
Bairro do Benfica. Combatemos com vigor a criminalização do uso de drogas e as
medidas repressivas-coercitivas desencadeadas pelo Estado burguês contra a
juventude. Muito além da questão meramente moral, somos, portanto, a favor da
total legalização do uso das drogas como produto da luta não só contra a
repressão estatal como também no combate ao processo de decomposição moral e
espiritual que nos impõe o capitalismo. Somente com o norte programático do
partido mundial da revolução socialista, a Quarta Internacional, o proletariado
poderá conquistar o seu direito ao pão, ao lazer e ao prazer, colocando abaixo
todo o edifício da ordem burguesa, responsável pela barbárie cultural e
ideológica que assola a humanidade nos dias atuais.