PSTU RECEBE APOIO DA CORRENTE “TRANSIÇÃO SOCIALISTA” (EX-NN):
CANDIDATURA VERA LÚCIA SÓ CONSEGUE A ADESÃO DO GRUPO ENTUSIASTA DO REACIONÁRIO
MORO E DA FAMIGERADA POLÍCIA FEDERAL QUE PRENDEU E TORTUROU MILITANTES DA
ESQUERDA NA DITADURA E DEMOCRACIA BURGUESA
A corrente “Transição Socialista” (TS, ex-NN) acaba de anunciar seu apoio à candidatura presidencial do PSTU. “Vamos
de Vera Lúcia e Hertz Dias nestas eleições, vamos de 16, vamos de PSTU!”
estampa o site da TS. Alega para tal decisão que é “a única que se apresenta
como voz socialista e antilulista nestas eleições” e por fim “solicita ao PSTU
espaço para que, por meio de legenda democrática e solidária, um companheiro
nosso possa lançar-se ao pleito legislativo (federal ou estadual)”. Esse apoio
da TS ao PSTU é o curso natural de duas correntes políticas que se tornaram o
braço da direita reacionária no interior da “esquerda”, defendendo a famigerada
Operação Lava Jato e a perseguição do Juiz fascistoide Moro contra Lula e o PT.
TS chega a aplaudir as ações da famigerada Polícia Federal que prendeu e
torturou militantes da esquerda. Sobre o pretexto de combater o “lulismo”, PSTU
e TS se colocam no campo da reação burguesa e da escalada fascista que tem como
objetivo estratégico perseguir o conjunto da esquerda, inclusive as correntes
revolucionárias que combatem sem tréguas os governos da Frente Popular. O apoio
de TS ao PSTU de fato tem todo o sentido do ponto de vista da política
escandalosa e direitista de ambos agrupamentos. O PSTU está farto de defender a
prisão de Lula afirmando que é um corrupto burguês, ao mesmo tempo que declara
que esta tarefa cabe a famigerada Lava Jato, uma operação jurídico-policial
organizada pelo imperialismo para desmontar a Petrobras. Ao contrário de TS e
do PSTU, todo Marxista deve ter como princípio que as instituições da República
Capitalista não servem para a luta da classe operária, Lula representa uma ala
da burguesia que se chocou com os interesses do setor das classes dominantes
diretamente ligada aos interesses econômicos dos EUA, por isso a Lava Jato
surgiu para “descobrir” corrupção na Petrobras e nos dirigentes petistas,
enquanto não “descobriu” nada em relação ao PSDB que tentou destruir a maior
empresa estatal do país. A condenação de Lula pelas mãos do imperialismo não
tem nada de progressiva e tampouco de democrática, não estão condenando Lula
pelos privilégios de um burocrata que tem um padrão de vida de um próspero
pequeno burguês, e sim pelo projeto petista de se “esforçar” inutilmente para
impulsionar uma burguesia nacional. Por esta razão o imperialismo liquidou o
segundo governo de Vargas e agora o de Dilma. Trotsky não tinha nenhuma
simpatia por Vargas ou pelo general Cardenas no México (ambos nacionalizaram o
petróleo em seus países), porém afirmou exaustivamente que diante de um
confronto entre o Imperialismo e o nacionalismo burguês cerraria fileiras com
este último. Os Morenistas do PSTU desconhecem esta lição do Leninismo e cansam
de estabelecer unidade de ação com o Imperialismo, seja na Venezuela, Síria ou
criminosamente na Líbia onde aplaudiram a devastação do país pelas bombas da
OTAN. Por isso, a aliança eleitoral de TS ao PSTU tem sólida base programática.
Lembremos que Eduardo de Almeida, dirigente do PSTU e da LIT, declarou: “Acaso a
diferença de tratamento da justiça burguesa em relação ao PT, nos deve fazer
defender o PT? Ao contrário. Nós defendemos a prisão e expropriação dos bens de
todos os corruptos. E isso significa exigir a prisão de Lula e também de Aécio
e Renan pelo envolvimento na Lava Jato, de Alckmin pelo roubo da merenda
escolar, e assim por diante. Ter uma política diferente nos tornaria cúmplices
de Lula, e enfraqueceria completamente a luta contra a corrupção também do PSDB
e do PMDB”. (Eduardo Almeida, Sobre o processo de Lula, 15 de setembro de 2016.
Sob o pretexto de combater o PT, PSTU e TS caem nos braços do fascistóide Juiz
que comanda a “República de Curitiba”! Transitam a adoradores da famigerada
Lava Jato e suas ações de perseguição política que avançam para o
estabelecimento de um regime de exceção no Brasil, onde o Judiciário em
parceria como o Ministério Público prende quem bem entende (sem necessidades
mesmo de provas apenas das chamadas “delações premiadas”), servindo diretamente
os interesses do imperialismo! Vamos transcrever literalmente a “pérola” que
escreveram no artigo “Mais uma vez: RJ como retrato da nação” (TS, 27.11): “O
judiciário é o último fio de sustentação do regime democrático-burguês, que
está sendo solapado pela inepta proto-burguesia nacional e seus representantes
corrompidos. Ao atacar o judiciário nesta conjuntura, PT e asseclas aceleram o
estouro de um dos últimos fios de sustentação do regime democrático-burguês e
criam as condições para um regime mais violento. É digno de nota, aliás, que o
fato de os juízes serem assalariados é uma conquista democrática da luta da
classe trabalhadora sob a ordem capitalista.... O fato de os juízes serem
assalariados, não faz, é claro, com que sua instituição exista para agir a
favor da classe trabalhadora — os juízes seguem leis democrático-burguesas
dentro de um Estado burguês. Mas o fato de serem assalariados produz, numa
democracia-burguesa, uma relativa autonomia do poder judiciário diante dos
demais poderes do Estado. Essa relativa autonomia, amparada materialmente num
setor com interesses salariais-corporativos próprios — que é parte dos
funcionários públicos —, permite haver dentro dela ressonâncias da luta de
classes, algumas a favor do proletariado”. Pasmem, mais esses canalhas se dizem
de “esquerda”, balbuciam inclusive o nome de Trotsky! Os genuínos trotskistas
lutam pela destruição revolucionária do Estado burguês e para implodir sua
justiça de classes em particular, amplamente conhecida pelos trabalhadores como
um antro de nababos que negociam sentenças e servem aos patrões e aos governos
burgueses para atacar o movimento de massas. Só estúpidos mentais como os
membros da “Reação Capitalista” defendem essas teses próprias de adoradores
mais empedernidos do Estado burguês! Nessa mesma linha, o PSTU publicou nota
pedindo “punição exemplar” para o assassinato político da vereadora Marielle
Franco, um assassinato perpetrado por pessoas das forças de repressão do Estado capitalista. A Lava Jato e os Marinho, ao que tudo indica até o momento,
forneceram o planejamento estratégico da conveniência conjuntural da eliminação
de Marielle, a milícia paramilitar se encarregou da operação física do crime. Para os Marxistas Leninistas a ampla repercussão social dada
ao bárbaro assassinato de Marielle, gerando potencialmente uma latente rebeldia
popular contra as instituições apodrecidas do regime da democracia dos ricos e
seu governo golpista, deveria ser convertida em um chamado a ruptura com a
própria institucionalidade burguesa que pretende eliminar política e fisicamente
as principais referências da esquerda, sejam reformistas ou revolucionárias. A
organização de comitês populares de autodefesa é o primeiro passo desta
importante tarefa. Convocar a greve geral contra a intervenção militar no Rio
de Janeiro, o covarde crime contra Marielle e a pauta neoliberal do golpista
Temer, é a única resposta possível que poderia honrar o combate de nossos
companheiros que tombaram pelas mãos da reação fascistizante. A
proposta do PSTU demonstra que os Morenisas têm profundas ilusões na justiça
burguesa. Afinal o que é a “punição exemplar” que reivindica o PSTU? A suposta
“justiça” que o PSTU defende para agir exemplarmente é a controlada pela
burguesia reacionária e o judiciário, que esse poder repressivo da classe
dominante tenha o poder de punir e perseguir qualquer pessoa do povo trabalhador. Pedir a punição
exemplar perpetrada pela justiça burguesa não é o método dos comunistas, dos trotskistas. É o
método do fascismo, da política de terror estatal burguês. Ao contrário do
PSTU, a esquerda socialista deve convocar um tribunal popular independente da
burguesia, para apurar, julgar e condenar os assassinos de Marielle Franco! Em
resumo o apoio eleitoral da TS ao PSTU é a expressão da unidade e grupos políticos que
se passaram de malas e bagagens para o campo do apoio a Justiça da burguesia, convertendo-se em um braço auxiliar da direita pró-imperialista.