quinta-feira, 22 de março de 2018

PSTU RECEBE APOIO DA CORRENTE “TRANSIÇÃO SOCIALISTA” (EX-NN): CANDIDATURA VERA LÚCIA SÓ CONSEGUE A ADESÃO DO GRUPO ENTUSIASTA DO REACIONÁRIO MORO E DA FAMIGERADA POLÍCIA FEDERAL QUE PRENDEU E TORTUROU MILITANTES DA ESQUERDA NA DITADURA E DEMOCRACIA BURGUESA 


A corrente “Transição Socialista” (TS, ex-NN) acaba de anunciar seu apoio à candidatura presidencial do PSTU. “Vamos de Vera Lúcia e Hertz Dias nestas eleições, vamos de 16, vamos de PSTU!” estampa o site da TS. Alega para tal decisão que é “a única que se apresenta como voz socialista e antilulista nestas eleições” e por fim “solicita ao PSTU espaço para que, por meio de legenda democrática e solidária, um companheiro nosso possa lançar-se ao pleito legislativo (federal ou estadual)”. Esse apoio da TS ao PSTU é o curso natural de duas correntes políticas que se tornaram o braço da direita reacionária no interior da “esquerda”, defendendo a famigerada Operação Lava Jato e a perseguição do Juiz fascistoide Moro contra Lula e o PT. TS chega a aplaudir as ações da famigerada Polícia Federal que prendeu e torturou militantes da esquerda. Sobre o pretexto de combater o “lulismo”, PSTU e TS se colocam no campo da reação burguesa e da escalada fascista que tem como objetivo estratégico perseguir o conjunto da esquerda, inclusive as correntes revolucionárias que combatem sem tréguas os governos da Frente Popular. O apoio de TS ao PSTU de fato tem todo o sentido do ponto de vista da política escandalosa e direitista de ambos agrupamentos. O PSTU está farto de defender a prisão de Lula afirmando que é um corrupto burguês, ao mesmo tempo que declara que esta tarefa cabe a famigerada Lava Jato, uma operação jurídico-policial organizada pelo imperialismo para desmontar a Petrobras. Ao contrário de TS e do PSTU, todo Marxista deve ter como princípio que as instituições da República Capitalista não servem para a luta da classe operária, Lula representa uma ala da burguesia que se chocou com os interesses do setor das classes dominantes diretamente ligada aos interesses econômicos dos EUA, por isso a Lava Jato surgiu para “descobrir” corrupção na Petrobras e nos dirigentes petistas, enquanto não “descobriu” nada em relação ao PSDB que tentou destruir a maior empresa estatal do país. A condenação de Lula pelas mãos do imperialismo não tem nada de progressiva e tampouco de democrática, não estão condenando Lula pelos privilégios de um burocrata que tem um padrão de vida de um próspero pequeno burguês, e sim pelo projeto petista de se “esforçar” inutilmente para impulsionar uma burguesia nacional. Por esta razão o imperialismo liquidou o segundo governo de Vargas e agora o de Dilma. Trotsky não tinha nenhuma simpatia por Vargas ou pelo general Cardenas no México (ambos nacionalizaram o petróleo em seus países), porém afirmou exaustivamente que diante de um confronto entre o Imperialismo e o nacionalismo burguês cerraria fileiras com este último. Os Morenistas do PSTU desconhecem esta lição do Leninismo e cansam de estabelecer unidade de ação com o Imperialismo, seja na Venezuela, Síria ou criminosamente na Líbia onde aplaudiram a devastação do país pelas bombas da OTAN. Por isso, a aliança eleitoral de TS ao PSTU tem sólida base programática. Lembremos que Eduardo de Almeida, dirigente do PSTU e da LIT, declarou: “Acaso a diferença de tratamento da justiça burguesa em relação ao PT, nos deve fazer defender o PT? Ao contrário. Nós defendemos a prisão e expropriação dos bens de todos os corruptos. E isso significa exigir a prisão de Lula e também de Aécio e Renan pelo envolvimento na Lava Jato, de Alckmin pelo roubo da merenda escolar, e assim por diante. Ter uma política diferente nos tornaria cúmplices de Lula, e enfraqueceria completamente a luta contra a corrupção também do PSDB e do PMDB”. (Eduardo Almeida, Sobre o processo de Lula, 15 de setembro de 2016. Sob o pretexto de combater o PT, PSTU e TS caem nos braços do fascistóide Juiz que comanda a “República de Curitiba”! Transitam a adoradores da famigerada Lava Jato e suas ações de perseguição política que avançam para o estabelecimento de um regime de exceção no Brasil, onde o Judiciário em parceria como o Ministério Público prende quem bem entende (sem necessidades mesmo de provas apenas das chamadas “delações premiadas”), servindo diretamente os interesses do imperialismo! Vamos transcrever literalmente a “pérola” que escreveram no artigo “Mais uma vez: RJ como retrato da nação” (TS, 27.11): “O judiciário é o último fio de sustentação do regime democrático-burguês, que está sendo solapado pela inepta proto-burguesia nacional e seus representantes corrompidos. Ao atacar o judiciário nesta conjuntura, PT e asseclas aceleram o estouro de um dos últimos fios de sustentação do regime democrático-burguês e criam as condições para um regime mais violento. É digno de nota, aliás, que o fato de os juízes serem assalariados é uma conquista democrática da luta da classe trabalhadora sob a ordem capitalista.... O fato de os juízes serem assalariados, não faz, é claro, com que sua instituição exista para agir a favor da classe trabalhadora — os juízes seguem leis democrático-burguesas dentro de um Estado burguês. Mas o fato de serem assalariados produz, numa democracia-burguesa, uma relativa autonomia do poder judiciário diante dos demais poderes do Estado. Essa relativa autonomia, amparada materialmente num setor com interesses salariais-corporativos próprios — que é parte dos funcionários públicos —, permite haver dentro dela ressonâncias da luta de classes, algumas a favor do proletariado”. Pasmem, mais esses canalhas se dizem de “esquerda”, balbuciam inclusive o nome de Trotsky! Os genuínos trotskistas lutam pela destruição revolucionária do Estado burguês e para implodir sua justiça de classes em particular, amplamente conhecida pelos trabalhadores como um antro de nababos que negociam sentenças e servem aos patrões e aos governos burgueses para atacar o movimento de massas. Só estúpidos mentais como os membros da “Reação Capitalista” defendem essas teses próprias de adoradores mais empedernidos do Estado burguês! Nessa mesma linha, o PSTU publicou nota pedindo “punição exemplar” para o assassinato político da vereadora Marielle Franco, um assassinato perpetrado por pessoas das forças de repressão do Estado capitalista. A Lava Jato e os Marinho, ao que tudo indica até o momento, forneceram o planejamento estratégico da conveniência conjuntural da eliminação de Marielle, a milícia paramilitar se encarregou da operação física do crime. Para os Marxistas Leninistas a ampla repercussão social dada ao bárbaro assassinato de Marielle, gerando potencialmente uma latente rebeldia popular contra as instituições apodrecidas do regime da democracia dos ricos e seu governo golpista, deveria ser convertida em um chamado a ruptura com a própria institucionalidade burguesa que pretende eliminar política e fisicamente as principais referências da esquerda, sejam reformistas ou revolucionárias. A organização de comitês populares de autodefesa é o primeiro passo desta importante tarefa. Convocar a greve geral contra a intervenção militar no Rio de Janeiro, o covarde crime contra Marielle e a pauta neoliberal do golpista Temer, é a única resposta possível que poderia honrar o combate de nossos companheiros que tombaram pelas mãos da reação fascistizante. A proposta do PSTU demonstra que os Morenisas têm profundas ilusões na justiça burguesa. Afinal o que é a “punição exemplar” que reivindica o PSTU? A suposta “justiça” que o PSTU defende para agir exemplarmente é a controlada pela burguesia reacionária e o judiciário, que esse poder repressivo da classe dominante tenha o poder de punir e perseguir qualquer pessoa do povo trabalhador. Pedir a punição exemplar perpetrada pela justiça burguesa não é o método dos comunistas, dos trotskistas. É o método do fascismo, da política de terror estatal burguês. Ao contrário do PSTU, a esquerda socialista deve convocar um tribunal popular independente da burguesia, para apurar, julgar e condenar os assassinos de Marielle Franco! Em resumo o apoio eleitoral da TS ao PSTU é a expressão da unidade e grupos políticos que se passaram de malas e bagagens para o campo do apoio a Justiça da burguesia, convertendo-se em um braço auxiliar da direita pró-imperialista.