segunda-feira, 25 de março de 2019

DESEMBARGADOR MANDA SOLTAR TEMER E SUA QUADRILHA: MEDIDA JUDICIAL EVITOU O DESGASTE DO STF QUE JÁ SE PREPARAVA PARA LIBERTAR O BANDIDO GOLPISTA


A Justiça Federal determinou nesta segunda-feira (25/03) a soltura do bandido golpista Michel Temer e sua quadrilha que estava presa desde quinta-feira passada em uma dependência da Polícia Federal no Rio de Janeiro. A decisão judicial de libertar Temer foi tomada pelo desembargador Antonio Ivan Athié, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, anulando assim a determinação do dublê carioca de “justiceiro” Marcelo Bretas, juiz de primeira instância. Ficou evidente na ação do desembargador o racha existente entre a famigerada operação Lava Jato, incluindo sua “força fascista tarefa” de procuradores,  e a alta cúpula do judiciário que ainda está sob o comando do STF, ou pelo menos a maioria do “supremo” órgão do bonapartismo judicial. Apesar de alguns elogios a figura de Marcelo Bretas feitas formalmente pelo desembargador, Athié  fez duras críticas à Lava Jato, afirmando que houve "caolha interpretação" e que a prisão foi embasada em "suposições de fatos antigos, apoiadas em afirmações do órgão acusatório, ao qual não se nega- tem feito um trabalho excepcional, elogiável, no combate à corrupção em nosso país". Neste caso do processo acusatório contra o bando golpista de Temer, ao contrário do que ocorre com o ex- presidente Lula, a máfia togada encontra-se dividida, expressando o próprio racha no interior das classes dominantes em relação aos rumos políticos do país. O PT e seus apêndices da esquerda reformista voltaram a ter fortes esperanças que a burguesia viesse resgatar Lula do cárcere para que retornar uma nova gerência neoliberal do Estado Burguês, por isso se perfilaram na defesa do bando de Temer sonhando em repetir a aliança que celebraram com as oligarquias corruptas nos treze anos de governo da Frente Popular. Porém se a burguesia nacional está parcialmente rachada em relação a posição tomada diante do prematuro colapso do governo fascista Bolsonaro&Moro, o imperialismo continua plenamente unificado na determinação que se finalize a pauta draconiana das (contra)reformas neoliberais. Neste sentido a Casa Branca descarta no momento um possível retorno do PT ao governo central, fazendo com que os esforços do PT em reeditar seu bloco burguês “progressista” seja inútil neste momento de crise política. O que realmente o PT provoca em sua ânsia de fechar alianças com as oligarquias burguesas é a paralisia do movimento operário, que caminha lento e  “de lado” no necessário combate ao “ajuste” exigido pelos rentistas do mercado financeiro. Os Marxistas não defenderão a liberdade de Temer e tampouco o movimento fascista dos criminosos da Lava Jato, alertamos ainda que as manobras de espetáculos policiais são uma expressão do regime bonapartista de exceção que vigora no país, após o golpe parlamentar que derrubou o governo do PT.