Quando
vimos o rosto repleto de hematomas de Elaine Caparroz, de 55 anos,
agredida pelo advogado Vinicius Batista Serra, de 27 anos, por quase
quatro horas no apartamento dela, na Barra da Tijuca, após marcar um
encontro amoroso via as redes sociais logo ficou evidente que existia
por trás daquela violência brutal uma pessoa doente, ou melhor,
pessoas doentes no plural. Não estamos falando de um surto psicótico
como alegou o cínico agressor para simular inocência, mas da doença social
que campeia a sociedade capitalista: a agressividade extrema das
relações no interior da classe média idiotizada e reacionária. Vinicius, além
de advogado, é lutador de jiu-jítsu, faixa marrom e participante de
diversos campeonatos. Elaine, uma bolsonarista declarada, é mãe de
Rayron Gracie, também lutador, filho do “famoso” Ryan Gracie, um
dos iniciadores do chamado “Vale Tudo”, antecessor das brutais
lutas de UFC. Coincidência? Claro que não! A agressão brutal
certamente foi uma espécie de vingança doentia contra o clã Gracie que controla uma rede de academias “top”
no Rio. Circula nas redes sociais que Vinícius havia disputado
campeonatos com membros do clã Gracie, segundo
relatos além de ter sido derrotado nos “ringues” foi humilhado
após o confronto, como é de “praxe” nestas cloacas humanas. No
mundo das academias de UFC e das lutas de MMA, onde reina a barbárie e a agressividade,
tudo é possível, “vale tudo”, até crimes venais desta
natureza, tramados com todos os requintes de crueldade, como foi o
caso em questão, tanto que Vinícius deu o nome falso na portaria em
uma evidente ação premedita. Registre-se que por oito meses ele não
teve contato pessoal com Elaine, só pelas redes sociais, quando
conseguiu marcar o encontro amoroso foi executar seu plano
macabro... Os Marxistas repudiam publicamente o agressor covarde fascistoide mas
sem cair no apoio ao feminismo burguês de “mercado” que encobre
as relações capitalistas mercenárias e vazias que geram crimes
desta natureza bárbara, nesse brutal “vale tudo” que contagia
cada vez mais as relações no interior da reacionária classe média
de nosso país.
“A
vingança é um prato que se come frio” ensina o ditado popular. A
própria Elaine suspeita que Vinícius Serra pode tê-la
agredido por motivos de vingança. “Eu tenho um amigo que quer
muito se vingar de alguém e ele pensa em matar essa pessoa. Nossa,
meu amigo tá muito bravo! Ele quer realmente matar. O que você acha
disso?’ Eu falei: ‘Nossa, que conversa, né? Que conversa mais
louca, disse a paisagista ao ‘Fantástico', da 'TV Globo”. Também
acredita que foi dopada pelo agressor, pois perdeu os sentidos depois
de ter tomado um vinho servido por Vinicius, que em seu perfil em
redes sociais tem fotos utilizando Kimono de Jiu-Jitsu. “Estava com
ele na sala. Brindamos com vinho, e estava tudo ótimo. Em
determinado momento da conversa, comecei a perder os sentidos. Eu
perdi a noção, era como se eu estivesse delirando. Ainda me lembro
dele já, no quarto, sem camisa, com o braço aberto dizendo para eu
deitar no braço dele para dormimos juntos. Eu disse ‘ok’ e perdi
os sentidos. Quando acordei, já no quarto, estava sendo esmurrada
por ele. Acho com 99,9% de certeza que fui dopada por ele, disse
ela”. Segundo a lutadora de jiu-jítsu Kyra Gracie, amiga e
ex-cunhada da mulher agredida, Vinícius “não tem passagem por
nenhuma academia ligada à família, mas por outras da cidade. ‘Ele
passou por academias de um aluno faixa preta da nossa família, mas
não diretamente em uma das nossas.”. Todos os elementos apontam
para um crime premeditado cujo móvel é o ódio que campeia as
relações da classe média alienada e idiotizada, fã das lutas de
UFC, que lota os bares exigindo sangue, a maioria fascistóide eleitora de
Bolsonaro, que é justamente a expressão política pública dessa
escória conservadora e reacionária. Elaine, diga-se de passagem, é
uma eleitora de Bolsonaro que estava se aproximando de um “garotão
sarado” do mundo do “vale tudo”, o mesmo que quase lhe tira a
vida, um clone de seu ex-marido, Rayn Gracie. O pai de seu filho teve
um histórico assustador que o levou a morte. Ryan era considerado
uma das grandes revelações da família Gracie, clã que espalhou o
jiu-jítsu brasileiro e que também foi um dos responsáveis pela
criação do UFC. No vale-tudo, ele chegou a disputar sete combates
no Pride, do Japão, com cinco vitórias e duas derrotas.... Em 2000,
Ryan havia sido preso por esfaquear uma pessoa em uma briga, em uma
boate no Rio de Janeiro...Em 2007, morreu em uma delegacia paulista. O faixa-preta de Jiu-Jitsu foi preso e levado para
a carceragem da 91º DP (Distrito Policial) de São Paulo, ao agredir
pessoas e tentar roubar três veículos, sob o efeito de álcool e
drogas. Poucas horas depois, o então lutador de 33 anos foi
encontrado morto e o laudo inicial do Instituto Médico Legal apontou
para “parada cardiorrespiratória provocada por overdose de
cocaína”. Em resumo, todos os indícios levam a crer que Vinícius
agiu por vingança do clã dos Gracie, possivelmente do filho ou do
ex-marido de Eliane.
O fundamental para além dos fatos “prosaicos” é entender que o pano de fundo desse crime cruel está diretamente ligado a realidade que atravessa nosso país tendo como principal base social um amplo setor da classe média imbecilizada, entorpecida e reacionária, um fenômeno que vem ganhando grande impulso mundial desde a liquidação contrarrevolucionária da URSS em 1991. Ampla parcela da pequena-burguesia patrocina abertamente as tendências neofascistas como parte de seu ódio de classe contra a “esquerda” e o “comunismo”, ao mesmo tempo que deseja holofotes para seu “glamour deslumbrado” diante da miséria do povo pobre duramente atacado pela crise econômica, que desgraçadamente acaba também sendo arrastado para a direita diante da desmoralização provocada pela política de conciliação de classes do PT. A agressão de Vinícius contra Elaine tem como pano de fundo esse panorama universal que vem ganhando força avassaladora no Brasil. Ambos fazem parte desse verdadeiro “ringue de UFC” de deslumbrados decadentes que se envolvem nesse perigoso jogo fatal das relações mercenárias na sociedade de classe capitalista com fortes tendências fascistas que se avoluma desde a queda contrarrevolucionária do Muro de Berlim.
O fundamental para além dos fatos “prosaicos” é entender que o pano de fundo desse crime cruel está diretamente ligado a realidade que atravessa nosso país tendo como principal base social um amplo setor da classe média imbecilizada, entorpecida e reacionária, um fenômeno que vem ganhando grande impulso mundial desde a liquidação contrarrevolucionária da URSS em 1991. Ampla parcela da pequena-burguesia patrocina abertamente as tendências neofascistas como parte de seu ódio de classe contra a “esquerda” e o “comunismo”, ao mesmo tempo que deseja holofotes para seu “glamour deslumbrado” diante da miséria do povo pobre duramente atacado pela crise econômica, que desgraçadamente acaba também sendo arrastado para a direita diante da desmoralização provocada pela política de conciliação de classes do PT. A agressão de Vinícius contra Elaine tem como pano de fundo esse panorama universal que vem ganhando força avassaladora no Brasil. Ambos fazem parte desse verdadeiro “ringue de UFC” de deslumbrados decadentes que se envolvem nesse perigoso jogo fatal das relações mercenárias na sociedade de classe capitalista com fortes tendências fascistas que se avoluma desde a queda contrarrevolucionária do Muro de Berlim.
A
“esquerda” revisionista como PSOL e PSTU e seus satélites como o
MRT-LER, além obviamente da própria frente popular (PT, PCdoB),
sempre defende as “mulheres” (independente do caráter de classe)
em geral via rígida aplicação da “Lei Maria da Penha” e as
delegacias especializadas, tudo isso sem nenhum critério de análise
marxista. Quando uma mulher é assassinada ou agredida, ainda que
seja burguesa ou faça parte de seu submundo, esta esquerda
“feminista” sem os menores princípios de classe, reivindica que
o Estado capitalista intervenha como resolução policial para estes
casos, configurando um campo completamente distante da luta de
classes e do Marxismo Revolucionário. O mais escandaloso é que os
que ontem defenderam a criação das delegacias da mulher para
encarcerar os “operários machistas” hoje são devotos da
reacionária “Lei Maria da Penha”, revelando assim a ausência de
qualquer independência de classe na questão feminista. O que estes
vestais defensores das “mulheres em geral” não dizem é que a
mulher é encarada pelo sistema capitalista como uma mercadoria de
consumo e quanto mais se adequar aos padrões de beleza capitalista
mais se incorpora valor “agregado” a esta “mercadoria”, isto
é, quanto mais bela pelos padrões dos mercados ocidentais, mais
alto o valor do “produto” no leilão de seres humanos. Não à
toa, disseminam-se em todo o mundo academias e clínicas estéticas,
onde o culto ao corpo é a tônica e entendido como mais uma
“necessidade” criada para o consumo de um produto. O proletariado
deve denunciar esta questão como parte das barbaridades próprias do
capitalismo senil a ser liquidado pela ação consciente da classe
trabalhadora, com independência diante da burguesia e seus agentes,
sejam de que sexo e cor forem
Os Revolucionários defendem consignas democráticas pela igualdade
de direitos entre os sexos, mas não omitem a verdade para as
trabalhadoras dizendo que terão seus sofrimentos derivados da
opressão e da exploração de classe solucionados dentro dos marcos
do capitalismo e menos ainda disseminam ilusões de que o
aprimoramento do aparato repressivo capitalista trará melhor sorte
para elas.