quinta-feira, 7 de março de 2019

MANGUEIRA CAMPEÃ, REPÚDIO A BOLSONARO NOS BLOCOS DE RUA: PARA ALÉM DOS PROTESTOS NO CARNAVAL... É HORA DE ORGANIZAR A GREVE GERAL E SUPERAR A PARALISIA IMPOSTA PELA BUROCRACIA SINDICAL!


Passado o Carnaval, marcado por protestos populares espontâneos contra o governo Bolsonaro e os desfiles politizados como os das Escolas de Samba Tuiutí e Mangueira, que acabou consagrada campeã do desfile do Sambódromo, é hora de organizar a Greve Geral. Para tanto é preciso superar a política de paralisia imposta pela burocracia sindical da CUT, controlada pelo PT. Vale registrar que a Mangueira foi fundada em dia 28 de abril de 1928 por Carlos Cachaça, Cartola, Zé Espinguela, ou seja, homens do povo trabalhador, negros e pobres, Escola que nos brindou neste ano com o enredo campeão desmascarando a história oficial escrita pela burguesia. Ficou evidente durante a folia que parcelas cada vez mais amplas da população repudiam o governo de Bolsonaro e particularmente sua ultra-neoliberal reforma da previdência. A resposta do neofascista ao rechaço dos foliões foi postar um vídeo atacado o carnaval “libidinoso”, acenando claramente para seu eleitorado evangélico e conservador, que cresce a passos largos no lastro da onda reacionária que varre o país diante da desmoralização imposta pelas seguidas gestões da Frente Popular. O fato de enredos progressistas como da Mangueira e da Tuiutí tenham caído no gosto da pequena-burguesia “engajada” ou o grito “Bolsonaro vai tomar no cú!” ser ecoado por todo o país são apenas expressões do ódio popular crescente ao gerente de plantão da burguesia. Entretanto essa “puteza” justa é extremamente limitada e dissipa-se rapidamente se não for organizada imediatamente a resistência! Para que isso ocorra é preciso que a classe operária entre em cena, o que está na ordem do dia com o anuncio do fechamento da fábrica da Ford em São Bernando, berço do Lulismo e do PT. Em paralelo, o parlamento irá começar a votar na CCJ da Câmara dos Deputados a Reforma Neoliberal da Previdência, o que exige uma resposta imediata de todos os trabalhadores e particularmente das categorias mais organizadas (bancários, petroleiros, correios, trabalhadores dos trasportes, metalúrgicos) além dos movimentos MST e MTST. Desgraçadamente, a CUT e o PT levam a luta em “banho maria” visando apenas o desgaste eleitoral de Bolsonaro, "fritando" o fascista em vista de um futuro impeachment. Essa perspectiva é suicida para o movimento operário porque coloca para a burguesia uma saída imediata ainda mais dura diante de uma crise prematura do seu fantoche. Os trabalhadores devem organizar a resistência nas ruas e construir sua alternativa de poder operário por fora da institucionalidade burguesa e do calendário eleitoral da democracia dos ricos! Nesse sentido, é preciso um forte 8 de Março nas ruas, apostar nos atos do dia 22 em todo o país e exigir em assembleias de base a convocação da Greve Geral para o final de Março! Passou o carnaval, o país se politizou nas ruas, é hora de passar das palavras a ação!