MASSACRE EM SUZANO: EXPRESSÃO TRÁGICA DE UMA SOCIEDADE CAPITALISTA
DOENTE ONDE O NEONAZISMO AVANÇA E MATA SEUS JOVENS DENTRO DA ESCOLA! SOMENTE A REVOLUÇÃO
SOCIALISTA PODE DETER A BARBÁRIE ASSASSINA!
Os jovens atiradores da cidade de Suzano, que promoveram o
maior massacre em escola da história de São Paulo, frequentavam fóruns de
extrema-direita que propagavam racismo, homofobia, xenofobia e o anticomunismo, eram apoiadores
confessos de Bolsonaro. Um deles, Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos,
idolatrava páginas de extrema-direita nas redes sociais, saldou o assassinato de Marielle Franco. Ele era admirador de
Bolsonaro, curtia as plublicações dos filhos do fascista e teve sua página no Facebook apagada depois do ataque fatal na escola
estadual Raul Brasil, que deixou 10 mortos, entre eles os dois assassinos. Os
atiradores participavam de um fórum na internet chamado Dogolochan. Criado em
2013 por Marcelo Valle Silveira Mello, os usuários se chamam de "homens
santos" e compartilham ideologias fascistas e incentivam ataques contra
LGBTs, negros e comunistas. Mello foi a primeira pessoa condenada no Brasil por
racismo na internet, em 2009. Após sair da prisão, também passou a apoiar
Bolsonaro. Os atiradores que mataram 10 pessoas e depois se suicidaram em uma
escola em Suzano, a 50 km de São Paulo, nesta quarta-feira (13), utilizaram uma
das comunidades de extrema-direita para juntar dicas e fazer planos para o
ataque. No fórum chamado Dogolochan, os jovens agradeceram a ajuda, e deixaram
rastros para avisar seus colegas virtuais do massacre que estava por vir. O
fórum é conhecido como um local onde são discutidos abertamente a prática de
crimes, violação de direitos humanos, além de racismo e misoginia. Tópicos do
fórum mostram que Luiz Henrique de Castro, 26 anos; e Guilherme Taucci
Monteiro, 17, pediram dicas de como realizar o massacre. Um print datado do
último dia 7 mostra o que parece ser um dos atiradores agradecendo DPR, o
administrador do Dogolachan pelos conselhos recebidos. O fórum está ligado
também ao Massacre de Realengo, onde Wellington Menezes de Oliveira —
considerado um herói no Dogolachan — matou 12 crianças, antes de se matar. Em
resumo, em um país onde o fascismo avança nada mais “natural” que massacre como
os de Suzano se proliferem! A tragédia atual é, antes de mais nada, um fenômeno
correlato às tendências concretas e ideológicas hoje existentes no Brasil e no
mundo. Matanças como esta, acontecem inadvertidamente em épocas de
recrudescimento militar e ofensiva contrarrevolucionária sobre os povos do
planeta, sendo uma expressão da barbárie social que se assenta no pensamento
neonazista tendo cada vez mais vazão e se cristalizando no seio da juventude de
classe média, cuja expressão se dá nestas “explosões de fúria”. A tragédia de Suzano
é a expressão mais acabada do estancamento das forças produtivas impostas pelo
capitalismo. Como não há um contraponto revolucionário a esta degradação, a
humanidade tende a caminhar para a barbárie. Desgraçadamente, se não houver uma
direção política que aponte uma saída comunista para os trabalhadores,
carnificinas neonazistas e guerras genocidas acontecerão como norma de
sobrevivência do regime capitalista senil. Sem a intervenção do proletariado
nesta conjuntura fascistizante o governo Bolsonaro não cairá de podre, ao
contrário, arrastará o Brasil e a sua população para a completa escória humana.
Estamos vendo a acessão com força do neonazismo em escala interna e planetária.
Para se opor a essa escalada arquirreacionária deve-se ter claro que ela é uma
expressão da dura etapa de contrarrevolução em que vivemos. Para que não se repitam novas cenas
sanguinárias no Brasil, somente a ação revolucionária do proletariado poderá
reverter estas tendências nefastas, se valendo da luta pela liquidação do modo
de produção capitalista e tendo como estratégia a imposição de seu próprio
projeto de poder socialista.