quinta-feira, 14 de março de 2019

MASSACRE EM SUZANO: EXPRESSÃO TRÁGICA DE UMA SOCIEDADE CAPITALISTA DOENTE ONDE O NEONAZISMO AVANÇA E MATA SEUS JOVENS DENTRO DA ESCOLA! SOMENTE A REVOLUÇÃO SOCIALISTA PODE DETER A BARBÁRIE ASSASSINA!  


Os jovens atiradores da cidade de Suzano, que promoveram o maior massacre em escola da história de São Paulo, frequentavam fóruns de extrema-direita que propagavam racismo, homofobia, xenofobia e o anticomunismo, eram apoiadores confessos de Bolsonaro. Um deles, Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, idolatrava páginas de extrema-direita nas redes sociais, saldou o assassinato de Marielle Franco. Ele era admirador de Bolsonaro, curtia as plublicações dos filhos do fascista e teve sua página no Facebook apagada depois do ataque fatal na escola estadual Raul Brasil, que deixou 10 mortos, entre eles os dois assassinos. Os atiradores participavam de um fórum na internet chamado Dogolochan. Criado em 2013 por Marcelo Valle Silveira Mello, os usuários se chamam de "homens santos" e compartilham ideologias fascistas e incentivam ataques contra LGBTs, negros e comunistas. Mello foi a primeira pessoa condenada no Brasil por racismo na internet, em 2009. Após sair da prisão, também passou a apoiar Bolsonaro. Os atiradores que mataram 10 pessoas e depois se suicidaram em uma escola em Suzano, a 50 km de São Paulo, nesta quarta-feira (13), utilizaram uma das comunidades de extrema-direita para juntar dicas e fazer planos para o ataque. No fórum chamado Dogolochan, os jovens agradeceram a ajuda, e deixaram rastros para avisar seus colegas virtuais do massacre que estava por vir. O fórum é conhecido como um local onde são discutidos abertamente a prática de crimes, violação de direitos humanos, além de racismo e misoginia. Tópicos do fórum mostram que Luiz Henrique de Castro, 26 anos; e Guilherme Taucci Monteiro, 17, pediram dicas de como realizar o massacre. Um print datado do último dia 7 mostra o que parece ser um dos atiradores agradecendo DPR, o administrador do Dogolachan pelos conselhos recebidos. O fórum está ligado também ao Massacre de Realengo, onde Wellington Menezes de Oliveira — considerado um herói no Dogolachan — matou 12 crianças, antes de se matar. Em resumo, em um país onde o fascismo avança nada mais “natural” que massacre como os de Suzano se proliferem! A tragédia atual é, antes de mais nada, um fenômeno correlato às tendências concretas e ideológicas hoje existentes no Brasil e no mundo. Matanças como esta, acontecem inadvertidamente em épocas de recrudescimento militar e ofensiva contrarrevolucionária sobre os povos do planeta, sendo uma expressão da barbárie social que se assenta no pensamento neonazista tendo cada vez mais vazão e se cristalizando no seio da juventude de classe média, cuja expressão se dá nestas “explosões de fúria”. A tragédia de Suzano é a expressão mais acabada do estancamento das forças produtivas impostas pelo capitalismo. Como não há um contraponto revolucionário a esta degradação, a humanidade tende a caminhar para a barbárie. Desgraçadamente, se não houver uma direção política que aponte uma saída comunista para os trabalhadores, carnificinas neonazistas e guerras genocidas acontecerão como norma de sobrevivência do regime capitalista senil. Sem a intervenção do proletariado nesta conjuntura fascistizante o governo Bolsonaro não cairá de podre, ao contrário, arrastará o Brasil e a sua população para a completa escória humana. Estamos vendo a acessão com força do neonazismo em escala interna e planetária. Para se opor a essa escalada arquirreacionária deve-se ter claro que ela é uma expressão da dura etapa de contrarrevolução em que vivemos.  Para que não se repitam novas cenas sanguinárias no Brasil, somente a ação revolucionária do proletariado poderá reverter estas tendências nefastas, se valendo da luta pela liquidação do modo de produção capitalista e tendo como estratégia a imposição de seu próprio projeto de poder socialista.