DESEMBARGADOR MANDA SOLTAR TEMER E SUA QUADRILHA: MEDIDA
JUDICIAL EVITOU O DESGASTE DO STF QUE JÁ SE PREPARAVA PARA LIBERTAR O BANDIDO
GOLPISTA
A Justiça Federal determinou nesta segunda-feira (25/03) a
soltura do bandido golpista Michel Temer e sua quadrilha que estava presa desde
quinta-feira passada em uma dependência da Polícia Federal no Rio de Janeiro.
A decisão judicial de libertar Temer foi tomada pelo desembargador Antonio Ivan
Athié, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, anulando assim a determinação
do dublê carioca de “justiceiro” Marcelo
Bretas, juiz de primeira instância. Ficou evidente na ação do desembargador o
racha existente entre a famigerada operação Lava Jato, incluindo sua “força
fascista tarefa” de procuradores, e a
alta cúpula do judiciário que ainda está sob o comando do STF, ou pelo menos a
maioria do “supremo” órgão do bonapartismo judicial. Apesar de alguns elogios a
figura de Marcelo Bretas feitas formalmente pelo desembargador, Athié fez duras críticas à Lava Jato, afirmando que
houve "caolha interpretação" e que a prisão foi embasada em
"suposições de fatos antigos, apoiadas em afirmações do órgão acusatório,
ao qual não se nega- tem feito um trabalho excepcional, elogiável, no combate
à corrupção em nosso país". Neste caso do processo acusatório contra o
bando golpista de Temer, ao contrário do que ocorre com o ex- presidente Lula,
a máfia togada encontra-se dividida, expressando o próprio racha no interior
das classes dominantes em relação aos rumos políticos do país. O PT e seus
apêndices da esquerda reformista voltaram a ter fortes esperanças que a
burguesia viesse resgatar Lula do cárcere para que retornar uma nova gerência
neoliberal do Estado Burguês, por isso se perfilaram na defesa do bando de
Temer sonhando em repetir a aliança que celebraram com as oligarquias corruptas
nos treze anos de governo da Frente Popular. Porém se a burguesia nacional está
parcialmente rachada em relação a posição tomada diante do prematuro colapso do
governo fascista Bolsonaro&Moro, o imperialismo continua plenamente
unificado na determinação que se finalize a pauta draconiana das
(contra)reformas neoliberais. Neste sentido a Casa Branca descarta no momento
um possível retorno do PT ao governo central, fazendo com que os esforços do PT
em reeditar seu bloco burguês “progressista” seja inútil neste momento de crise
política. O que realmente o PT provoca em sua ânsia de fechar alianças com as
oligarquias burguesas é a paralisia do movimento operário, que caminha lento
e “de lado” no necessário combate ao
“ajuste” exigido pelos rentistas do mercado financeiro. Os Marxistas não defenderão
a liberdade de Temer e tampouco o movimento fascista dos criminosos da Lava
Jato, alertamos ainda que as manobras de espetáculos policiais são uma
expressão do regime bonapartista de exceção que vigora no país, após o golpe
parlamentar que derrubou o governo do PT.