QUEM MANDOU MATAR MARIELLE? PM´S E “FAMILÍCIA BOLSONARO”
APERTARAM O GATILHO, SOB O COMANDO DA ENGRENAGEM ASSASSINA DO REGIME BURGUÊS EM
PARCERIA COM A “OPERAÇÃO LAVA JATO” PLANEJADA DESDE O INÍCIO PELA REDE GLOBO E
CASA BRANCA
A Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro prendeu na manhã
desta terça-feira o sargento reformado da Polícia Militar Ronnie Lessa, de 48
anos, e o ex-PM Elcio Vieira de Queiroz, de 46 anos, por envolvimento no
assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes.
Na quinta-feira, os assassinatos completam um ano. Os dois tiveram prisões
preventivas decretadas pelo juiz substituto do 4º Tribunal do Júri Gustavo
Kalil após denúncia da promotoria. Lessa teria atirado nas vítimas, e Elcio era
quem dirigia o Cobalt prata usado na emboscada. O policial Lessa mora no
condomínio Vivendas da Barra, na Avenida Lúcio, o mesmo de Bolsonaro. O outro
assassino posta fotos nas redes sociais com o presidente fascista, em resumo a “Familícia Bolsonaro”, que controla parte das milícias no Rio de Janeiro,
está diretamente envolvida na morte da parlamentar do PSOL! Quase um ano depois
da morte, ocorrida em 14 de Março de 218, a “investigação” concluiu o que todos
já sabiam: as milícias policiais executaram a vereador do PSOL. A mando de quem
assassinaram Marielle? A resposta é clara: cumpriram as ordens da burguesia e
seus gerentes políticos subordinados a Casa Branca. Neste interregno um
neofascista foi eleito governador do estado, o mesmo canalha que estava no ato
da extrema-direita em que as placas em homenagem a Marielle foram quebradas por
hordas nazistas do PSL. Apesar disso, o PSOL continua jogando suas ilusões na
investigação da Polícia Civil fluminense e mesmo do “auxílio” da PF. Frente os
resultados obtidos, o deputado Marcelo Freixo declarou “São prisões
importantes, são tardias. Dia 14 faz um ano do assassinato da Marielle, é
inaceitável que a gente demore um ano para ter alguma resposta. Então, evidente
que isso vai ser visto com calma, mas a gente acha um passo decisivo. Mas o
caso não está resolvido. Ele tem um primeiro passo de saber quem executou. Mas
a gente não aceita a versão de ódio ou de motivação passional dessas pessoas
que sequer sabiam quem era Marielle direito...
Essa pessoa não investigou só Marielle, essa pessoa investigou também a
minha vida. A mando de quem? A partir de quando? Com que interesse político ele
faz isso? Essa pessoa faz parte de um grupo que todo mundo da área de segurança
pública sabe, que é do chamado Escritório do Crime. Porque tem gente que mata a
serviço de outros no Rio de Janeiro há anos". Como a LBI pontuou no dia do
assassinato de Marielle, sua execução foi evidentemente operada por falanges
policiais, profissionalizadas em crimes de maior complexidade. Muito bem
executado e de forma bem diferenciada das execuções praticadas por meras
quadrilhas de traficantes de morro em guerra com seus oponentes. Porém o
atentado criminoso não foi “pensado politicamente” por seus operadores, é uma
mais peça da engrenagem golpista que tem na “Lava Jato” seu centro logístico e
estatal no país, mas que segue uma rígida "agenda" organizada pelos
"falcões" de Washington. Apear do governo central e retirar do PT a
primazia política de uma esquerda que controla os movimentos sociais ainda com
um viés da classe trabalhadora (formalmente classista), transferindo esta
hegemonia para uma nova esquerda "identitária" e policlassista, como
o PSOL. A Famiglia Marinho sempre soube que PSOL limita-se a canalizar a
repulsa popular pelo assassinato de sua parlamentar nos estreitos limites de um
imenso reforço eleitoral, ou seja, atos massivos mas sem nenhum corte de
radicalização ou ruptura da ordem institucional. A Lava Jato e os Marinho, ao
que tudo indica até o momento, forneceram o planejamento estratégico da conveniência
conjuntural da eliminação de Marielle, a milícia paramilitar se encarregou da
operação física do crime. É óbvio que a execução de Marielle também serve como
um duro "aviso" das forças policiais do RJ para que parlamentares de
esquerda ou lideranças políticas não atrapalhem em seus "negócios" ou
tampouco denunciem suas atrocidades contra a população negra e pobre das
periferias. Esse quadro se acentua com a gestão de Witzel, que defende
abertamente o extermínio do povo pobre e a perseguição a esquerda. Para os
Marxistas Leninistas a organização de comitês populares de autodefesa é o
primeiro passo para enfrentar a sanha fascista em curso no Rio de Janeiro e em
todo o país. É sintomático que logo após as claras evidências de um crime
político encomendado, o deputado Marcelo Freixo reforçou sua confiança na
Polícia Militar e Civil fluminense para a apuração do assassinato de Marielle.
Para os Marxistas Leninistas a ampla repercussão social dada ao bárbaro
assassinato de Marielle, gerando potencialmente uma latente rebeldia popular
contra as instituições apodrecidas do regime da democracia dos ricos e seu
governo golpista, deveria ser convertida em um chamado a ruptura com a própria
institucionalidade burguesa que pretende eliminar política e fisicamente as
principais referências da esquerda, sejam reformistas ou revolucionárias. A
organização de comitês populares de autodefesa é o primeiro passo desta
importante tarefa. Desgraçadamente nem o PT e tampouco o PSOL adotam uma tática
minimamente justa para lutar corajosamente contra a brutal ofensiva da direita
neoliberal e golpista. Muito mais do que o chamado "protocolar" do
PSOL feito neste momento por Freixo, é necessário a construção imediata de uma
nova direção política (classista e revolucionária) para o movimento de massas,
que organize a resistência direta a sanha fascista que avança em nosso país!