Exatamente
na véspera das comemorações dos 6 anos anos da morte de Hugo
Chávez, em 05 de março de 2013, o imperialismo organizou a volta do
fantoche Juan Guaidó a Venezuela para continuar as provocações
contra o governo Maduro. O regime chavista permitiu o retorno de
Guaidó, que desembarcou livremente em Caracas após o fracasso da
operação “Cavallo de Troya”. Essa conduta provoca a
desmoralização do governo Maduro diante das massas e acaba abrindo
espaço para a divisão interna das FFAA, possibilitando que o
canalha seja a ponta de lança da extrema-direita para orquestrar
novas mobilizações pela derrubada do herdeiro político de Chávez.
A permissão da volta de Guaidó e de realizações de mobilizações
na sua chegada em Caracas é uma prova evidente da impotência
política completa do governo Maduro em enfrentar o imperialismo ianque, o mesmo que
assassinou Chávez em 2013! O comandante bolivariano, representando
maior do nacionalismo burguês no continente, foi eliminado
previamente por uma operação arquitetada pela CIA, assim como
Arafat, Jango, Torrijos, Roldós e outros líderes nacionalistas de
esquerda inconvenientes aos interesses do imperialismo Ianque. Não
temos a menor dúvida: tanto como Yasser Arafat, em 2004, o
comandante Hugo Rafael Chavez Frias foi assassinado com o uso do que
há de mais moderno e sofisticado da tecnologia criminosa
desenvolvida na CIA e nas dezenas de agências satélites privadas
que prestam serviço ao "democrático" governo
norte-americano. O
"descuidado" presidente bolivariano, de 58 anos, não foi o
único líder latino-americano morto pela máquina mortífera
norte-americana nos últimos anos: em dezembro de 1976, o
ex-presidente brasileiro João Goulart foi assassinado na Argentina
com a troca dos remédios que tomava para o coração, a operação
foi batizada pela CIA como "Condor", em referência a ave
latino-americana. Também Omar Torrijos, presidente do Panamá e
militar como Chavez, foi assassinado num acidente aéreo forjado em
1981, conforme relato detalhado do ex-agente da CIA. Como Torrijos, a
CIA usou o “acidente aéreo” para matar também o ex-presidente
do Equador, Jaime Roldós Aguilera, no mesmo ano de 1981, por ter
entrado em confronto com as petrolíferas norte-americanas.O
assassinato de Arafat foi abafado e contou com a ajuda da tradição
muçulmana, que não procede a autópsia de seus mortos. Mas a
disposição de sua viúva Suha e uma criteriosa investigação da TV
Al-Jazeera levaram à descoberta do assassinato e a um pedido formal
da Autoridade Nacional Palestina para que um comitê patrocinado pela
ONU proceda o desdobramento da investigação feita por médicos
suíços, que já levou à exumação do corpo do líder palestino.
Após nove meses, um trabalho meticuloso dos especialistas suíços e
exame de roupas e objetos que Arafat usou nos dias que antecederam
sua morte – roupa, escova de dente e até seu icônico kefiyeh que
não tirava da cabeça – revelaram uma quantidade anormal de
polonium, um elemento radioativo raro ao qual poucos países têm
acesso. Apenas os do restrito clube atômico. Horas antes de anunciar
oficialmente a morte do presidente Hugo Chavez, o então vice Nicolas
Maduro falou pela primeira vez, em caráter oficial, das suspeitas de
que o câncer que levou o caudilho nacionalista à morte tenha sido
inoculado por armas químicas desenvolvidas nos EUA. A LBI esteve
corajosamente a frente das denúncias políticas dos assassinatos de
Arafat e Chavez pelo imperialismo, apesar das enormes divergências
programáticas que separam o nacionalismo burguês do Marxismo
Revolucionário.
Chavez perguntou em dezembro de 2011 se é possível “que o câncer possa ser uma doença induzida, produzida”, e recomendou então aos presidentes Evo Morales, da Bolívia; Daniel Ortega, da Nicarágua; e Rafael Correa, do Equador, que se cuidassem. Ninguém de esquerda deveria duvidar do poder mortífero dos laboratórios da CIA, próprios ou terceirizados. Durante anos, seus agentes tentaram matar Fidel Castro por todos os meios – isso em pelo menos 400 situações. Porém desgraçadamente correntes revisionistas do Marxismo acreditam piamente que a "república do capital" seria incapaz de ultrapassar os limites constitucionais da democracia burguesa e jamais patrocinaria operações secretas de assassinatos de inimigos políticos ou personalidades "inconvenientes".
A CIA praticou um dos maiores genocídios bacteriológicos contra o povo cubano em 1981, quando importou da Ásia o vírus da dengue hemorrágica e disseminou sobre a ilha de Cuba conforme denúncias comprovadas por vários cientistas e jornalistas. Na primavera e no verão de 1981, o Estado operário Cubano sofreu uma grave epidemia de dengue hemorrágica. Entre maio e outubro de 1981, a Ilha sofreu 158 mortes relacionadas à dengue, com 75 mil casos de infecção relatados. No auge da epidemia, mais de 10 mil pessoas foram infectadas por dia e 116.150 foram hospitalizadas. Ao mesmo tempo, durante os surtos, em 1981, suspeitou-se que a CIA ou seus contratantes realizaram ataques na ilha caribenha de forma encoberta, como parte de uma guerra biológica contra os seus moradores. Estes ataques ocorreram durante sobrevoos de aviões militares dos EUA sobre o Caribe.
A Venezuela jamais adotou medidas preventivas efetivas contra ataques sofisticados à base de ferramentas tecnológicas. Não seria difícil valer-se desse estilo "popular" de Chavez, censurado por mais de uma vez por Fidel Castro, para que a CIA pudesse introduzir-lhe o vírus de uma doença fatal. No final de dezembro de 2011, o próprio Chavez comentou: “Fidel sempre me disse: Chavez, tome cuidado, esta gente desenvolveu tecnologias, cuidado com o que come, cuidado com uma pequena agulha e te injetam não sei o quê”, relatou ao lembrar uma conversa com o dirigente cubano. Chavez foi assasinado pelo imperialismo e o regime burguês bolivariano ficou bastante debilitado com sua morte, apesar da subsequente eleição "apertada" de Maduro. Mas sem sombra de dúvidas o maior flanco político e social do nacionalismo chavista é manter-se nos marcos da economia capitalista de mercado, que a cada dia que passa solapa cada vez mais as conquistas operárias do débil regime bolivariano. Nesse marco, defendemos hoje a frente única com o governo Marduro para rechaçar as provocações imperialismo, sem abrir mão da crítica revolucionária ao chavismo que não prendeu Guaidó, buscando um acordo com o imperialismo via a ONU, gestado pela Rússia e a China, perspectiva de colaboração de classes que não fortalece a luta revolucionária!