22 DE MARÇO – DIA NACIONAL DE LUTA: PT NEGOCIA COM O
“MERCADO” APOIO “VELADO” A REFORMA DA PREVIDÊNCIA EM TROCA DA LIBERDADE DE LULA
PELO STF... ESSA É A VERDADEIRA RAZÃO DA CUT NÃO ORGANIZAR A GREVE GERAL!
Aproxima-se o dia 22 de Março, convocado pela burocracia sindical como um “dia nacional de luta contra a reforma da previdência” e fica evidente
que a CUT não mobilizou suas bases sindicais para a manifestação de protesto
desta sexta-feira. Qual seria a razão política de tamanha paralisia? A resposta
é que o PT vem negociando com o “mercado” o apoio “velado” a reforma da
previdência em troca da liberdade de Lula via uma decisão futura do STF. Seria
uma “prova de boa” vontade da Frente Popular junto a burguesia e ao imperialismo
não mobilizar os trabalhadores em troca da “Corte Suprema” decidir em favor do
dirigente petista. Desgraçadamente a estratégia da Frente Popular (PT, PCdoB,
PSOL e PSTU) e suas colaterais sindicais é apenas fazer lobby parlamentar para
conseguir pequenas alterações no pacote da reforma neoliberal de Bolsonaro e
negociar com o “mercado”, a justiça e seu governo a liberdade futura de Lula,
tendo como horizonte a votação no STF da ilegalidade da prisão em segunda
instância ainda neste semestre. O STF tomou medidas recentes contra a Lava
Jato, como a transferência dos crimes de corrupção envolvendo políticos e partidos para a esfera da Justiça
Eleitoral, além do seu presidente decidir que o tribunal investigue e julgue ele mesmo os
inquéritos envolvendo ataques de “fake news” contra ministros da corte sem
passar pela Procuradoria Geral da República. Em resposta, o Editorial de hoje
do jornal da “Famiglia Marinho” (O Globo) pressiona por um recuo de Dias
Tofolli nesta decisão. O PT vendo essa divisão, orientou seus
governadores petistas a não se oporem a reforma da previdência, ao contrário,
já a executam como faz o governador do Ceará, Camilo Santana e orientam suas
bancadas estaduais a negociarem pequenos ajusta na proposta ultra-neoliberal
apresentada por Paulo Gedes, o representante mor dos rentistas no governo
Bolsonaro. Em função dessa estratégia de colaboração de classes as grandes
categorias operárias não foram convocadas sequer assembleias de base para
discutir o “dia nacional de luta contra a reforma da previdência”. O PT inclusive
defende uma “reforma da previdência contra os privilégios”, uma cortina de
fumaça para encobrir essa traição aberta aos interesses dos trabalhadores,
tanto os governos Lula como Dilma levaram a frente o ajuste neoliberal da
seguridade social. A CUT chama protocolarmente o 22M mas de fato propõe
inclusive uma reforma alternativa, quando deveria rechaçar qualquer tipo de
“reforma da previdência” voltada a cortar direitos. Tomemos como exemplo o
fechamento da fábrica da Ford. É necessário convocar imediatamente a greve com
ocupação da fábrica, medida de luta que já deveria ter sido tomada pelo
sindicato do ABC antes mesmo do anuncio formal da empresa, desencadeando uma
campanha nacional de solidariedade a luta na Ford rumo a Greve Geral de toda a
categoria metalúrgica exigindo a estatização da fábrica sob o controle dos
trabalhadores! Entretanto a burocracia sindical lulista nada faz! Desde a LBI
alertamos que a política do PT, da CUT e de seus satélites, ao contrário de
organizar as trabalhadoras, é legitimar o governo e esperar pacificamente os
próximos quatro anos passem para que uma nova disputa no campo eleitoral
burguês seja levada à frente. A burocracia sindical de conjunto fará “oposição
propositiva”, atuando como mera interlocutora, negociando pequenos ajustes,
enquanto Bolsonaro, Paulo Guedes, Sergio Moro e sua legião de políticos
capitalistas liquidam nossos direitos. Os sindicalistas combativos e classistas
devem intervir no 22 M com eixo oposto a política de colaboração de classes,
convocando a organização da Greve Geral na base das categorias para derrotar
através da luta direta o governo Bolsonaro e sua malfada reforma neoliberal da
previdência!