quarta-feira, 20 de março de 2019

22 DE MARÇO – DIA NACIONAL DE LUTA: PT NEGOCIA COM O “MERCADO” APOIO “VELADO” A REFORMA DA PREVIDÊNCIA EM TROCA DA LIBERDADE DE LULA PELO STF... ESSA É A VERDADEIRA RAZÃO DA CUT NÃO ORGANIZAR A GREVE GERAL!


Aproxima-se o dia 22 de Março, convocado pela burocracia sindical como um “dia nacional de luta contra a reforma da previdência” e fica evidente que a CUT não mobilizou suas bases sindicais para a manifestação de protesto desta sexta-feira. Qual seria a razão política de tamanha paralisia? A resposta é que o PT vem negociando com o “mercado” o apoio “velado” a reforma da previdência em troca da liberdade de Lula via uma decisão futura do STF. Seria uma “prova de boa” vontade da Frente Popular junto a burguesia e ao imperialismo não mobilizar os trabalhadores em troca da “Corte Suprema” decidir em favor do dirigente petista. Desgraçadamente a estratégia da Frente Popular (PT, PCdoB, PSOL e PSTU) e suas colaterais sindicais é apenas fazer lobby parlamentar para conseguir pequenas alterações no pacote da reforma neoliberal de Bolsonaro e negociar com o “mercado”, a justiça e seu governo a liberdade futura de Lula, tendo como horizonte a votação no STF da ilegalidade da prisão em segunda instância ainda neste semestre. O STF tomou medidas recentes contra a Lava Jato, como a transferência dos crimes de corrupção envolvendo políticos e partidos para a esfera da Justiça Eleitoral, além do seu presidente decidir que o tribunal investigue e julgue ele mesmo os inquéritos envolvendo ataques de “fake news” contra ministros da corte sem passar pela Procuradoria Geral da República. Em resposta, o Editorial de hoje do jornal da “Famiglia Marinho” (O Globo) pressiona por um recuo de Dias Tofolli nesta decisão. O PT vendo essa divisão, orientou seus governadores petistas a não se oporem a reforma da previdência, ao contrário, já a executam como faz o governador do Ceará, Camilo Santana e orientam suas bancadas estaduais a negociarem pequenos ajusta na proposta ultra-neoliberal apresentada por Paulo Gedes, o representante mor dos rentistas no governo Bolsonaro. Em função dessa estratégia de colaboração de classes as grandes categorias operárias não foram convocadas sequer assembleias de base para discutir o “dia nacional de luta contra a reforma da previdência”. O PT inclusive defende uma “reforma da previdência contra os privilégios”, uma cortina de fumaça para encobrir essa traição aberta aos interesses dos trabalhadores, tanto os governos Lula como Dilma levaram a frente o ajuste neoliberal da seguridade social. A CUT chama protocolarmente o 22M mas de fato propõe inclusive uma reforma alternativa, quando deveria rechaçar qualquer tipo de “reforma da previdência” voltada a cortar direitos. Tomemos como exemplo o fechamento da fábrica da Ford. É necessário convocar imediatamente a greve com ocupação da fábrica, medida de luta que já deveria ter sido tomada pelo sindicato do ABC antes mesmo do anuncio formal da empresa, desencadeando uma campanha nacional de solidariedade a luta na Ford rumo a Greve Geral de toda a categoria metalúrgica exigindo a estatização da fábrica sob o controle dos trabalhadores! Entretanto a burocracia sindical lulista nada faz! Desde a LBI alertamos que a política do PT, da CUT e de seus satélites, ao contrário de organizar as trabalhadoras, é legitimar o governo e esperar pacificamente os próximos quatro anos passem para que uma nova disputa no campo eleitoral burguês seja levada à frente. A burocracia sindical de conjunto fará “oposição propositiva”, atuando como mera interlocutora, negociando pequenos ajustes, enquanto Bolsonaro, Paulo Guedes, Sergio Moro e sua legião de políticos capitalistas liquidam nossos direitos. Os sindicalistas combativos e classistas devem intervir no 22 M com eixo oposto a política de colaboração de classes, convocando a organização da Greve Geral na base das categorias para derrotar através da luta direta o governo Bolsonaro e sua malfada reforma neoliberal da previdência!