sexta-feira, 22 de março de 2019

BALANÇO DO 22M: DISPOSIÇÃO DE LUTA DOS TRABALHADORES PARA DERROTAR A REFORMA DA PREVIDÊNCIA ESBARRA NA POLÍTICA DO PT E DA CUT DE NÃO ORGANIZAR A GREVE GERAL

Militância revolucionária da LBI em luta no 22 M
O dia nacional de luta contra a reforma da previdência foi uma importante demonstração da disposição de luta dos trabalhadores apesar da política da direção da CUT e do PT de não organizar a luta direta contra o governo Bolsonaro. Na maioria das capitais de país houveram atos e manifestações importantes, como paralisações importantes em Belém, Fortaleza e Goiânia. Houve um ato operário contra as demissões na Ford em SBC, com a solidariedade de trabalhadores da Mercedez Bens. Na cidade de São Paulo, motoristas e cobradores de ônibus organizaram uma paralisação de 1hs contra a retirada de direitos que provocou o atraso na saída dos ônibus. A paralisação atingiu 561 linhas e os 29 terminais municipais. Unidades da Petrobras na Baixada Santista e Litoral Norte amanhecem paralisadas em defesa da previdência. A presença massiva de servidores públicos, particularmente dos professores, demonstra que esta categoria deseja luta contra a reforma neoliberal da previdência, sendo necessário a convocação de uma greve nacional dos trabalhadores em educação. 

Nas escolas, núcleo dos professores da TRS
mobiliza contra a Reforma da Previdência
Apesar dos atos em São Paulo, Rio de Janeiro e demais estados terem sido importantes demonstrações de força dos explorados, categorias operárias como metalúrgicos, químicos, petroleiros e dos trabalhadores dos transportes (ônibus e metrô) quase não cruzaram os braços neste 22M. A LBI interveio nos protestos em vários estados denunciado a política do PT de negociar com o “mercado” a liberdade de Lula via o STF em troca de não mobilizar os trabalhadores. O fato de afluírem centenas de milhares de ativistas ao protesto revela o grande bloqueio a luta direta contra o governo Bolsonaro é ausência de medidas concretas de combate, como um chamado firme a Greve Geral por parte das direções sindicais ligadas a Frente Popular. Fica evidente que a conjuntura de enfrentamento entre as frações burguesas (como a prisão de Temer pela Lava Jato) dá amplo espaço para uma intervenção independente e classista do movimento operário, entretanto o PT e a CUT claramente optaram por negociar pequenos ajustes na reforma da previdência que organizar a luta concreta contra o governo Bolsonaro, o que abriria um período de série instabilidade no regime político. Os sindicalistas combativos e classistas interviram neste 22 M com eixo oposto a política de colaboração de classes, convocando a organização da Greve Geral na base das categorias para derrotar através da luta direta o governo Bolsonaro e sua malfada reforma neoliberal da previdência!

As mulheres da LBI defendem a ruptura com a paralisia da CUT/PT