domingo, 31 de março de 2019

NUNCA MAIS DITADURA MILITAR, MAS COMBATENDO COM O MESMO VIGOR A DITADURA DE CLASSE DA DEMOCRACIA BURGUESA!


Neste 31 de Março completa-se 55 anos do sinistro Golpe de Estado que deu origem a ditadura militar assassina no Brasil. Centenas de militantes de esquerda foram mortos e perseguidos pela imposição de um regime de exceção patrocinado pela burguesia e imperialismo ianque que controla até hoje o país, agora pelas mãos de uma ditadura de classe da democracia burguesia que levou o fascista Bolsonaro ao governo central pela via da fraude eleitoral. Alertamos que ao contrário do “senso comum” amplamente difundido pela mídia capitalista e em parte legitimado pela esquerda palatável, os nossos combatentes da ditadura não foram mortos “lutando pelo restabelecimento da democracia”, tombaram no confronto direto com as forças da repressão pela causa da revolução socialista, mais além dos desvios políticos das direções reformistas e etapistas que hegemonizavam o momento. A concepção da “democracia como valor universal” não permeava as mentes de nenhum dos nossos heróis que deram suas vidas no combate revolucionário contra a ditadura militar e não é a meta a ser buscada hoje pelos Marxistas Leninistas. Neste ponto reside a contradição fundamental entre o regime de “exceção” imposto ao país pelas classes dominantes e o conjunto da militância socialista naquela etapa da luta de classes. Salvo alguns setores do “Partidão” que já flertavam com uma “flexibilização” do leninismo em direção à social democracia, o que anos depois daria origem ao chamado “eurocomunismo”, as organizações de esquerda (como a ALN de Marighella) que se levantaram em armas contra os facínoras adotavam a estratégia da defesa da ditadura do proletariado versus ditadura capitalista, sob a forma concreta assumida em 64 de um regime político militar. Somente após décadas, justamente na transição da ditadura militar à democracia burguesa, regime por excelência do modo de produção capitalista segundo Marx, irá acontecer a “metamorfose” da esquerda reformista assumindo as teses do “triunfo” da democracia sobre o “autoritarismo leninista”. Com a queda do Muro de Berlim em 1989, esta mesma esquerda, já formatada a “Nova República”, se transfere definitivamente de “malas e bagagens” para o campo “republicano” das instituições representativas do capitalismo, como faz o PT hoje, completamente refém do jogo parlamentar burguês mesmo em meio a escalada golpista. Um bom começo para colocar em prática as lições do golpe de 1964 é somar-se as manifestações convocadas para este 31 de Março, quando se completam os 55 anos do golpe militar de 1964 não para defender a democracia burguesa mas para chamar pela derrota do governo Bolsonaro, a reação burguesa e contra o ajuste neoliberal, através da construção da Greve Geral! Nunca mais ditadura militar, mas combatendo com o mesmo vigor a ditadura de classe da democracia burguesa! Lutemos hoje para derrotar a ofensiva fascistóide da direita contra as parcas liberdades democráticas existentes em nosso país e as conquistas sociais arrancadas com muita luta pelo proletariado. Tanto ontem como hoje a defesa das liberdades democráticas e das conquistas operárias é uma tarefa revolucionária da classe operária organizada em sua luta contra ditadura do capital e pela Revolução Socialista! Em memória de todos os heróis do povo brasileiro que tombaram na brava resistência ao regime militar, neste aniversário sinistro dos 55 do golpe militar afirmamos em uníssono: o Socialismo triunfará historicamente sobre as cinzas dos fascistas que defendem a volta da ditadura militar e dos neoliberais de todos os matizes políticos que na democracia dos ricos via seus “governos eleitos” exploram os trabalhadores a serviço do grande capital, da mesma forma que fizeram os generais assassinos!