Apesar do esforço do PIG
e seu “ANONYMOUS” acaba em fiasco “o maior protesto da história”, enquanto
recrudesce a repressão dos governos a esquerda anticapitalista!
Acabou em fiasco a
tentativa golpista da famiglia Marinho e seu “ANONYOMOUS”, que esperavam levar
milhões de pessoas às ruas neste último 7 de Setembro para desmoralizar o
governo Dilma. Com uma pauta reacionária, a convocatória cuidadosamente preparada
nas redes sociais pretendia falsamente dar continuidade às “jornadas de junho”,
ou pelo menos em sua etapa mais direitista hegemonizada pelas hordas fascistas.
Era muito grande a expectativa do PIG em promover o que chamaram de “O maior
protesto da história do país”. Nas páginas da mídia “Murdochiana”
contabilizaram minuciosamente as cidades que já teriam confirmado a enorme
adesão a panaceia patrioteira, focada centralmente na defesa da prisão aos “mensaleiros”
petistas e exigindo a renúncia da presidenta Dilma. Às vésperas do “dia da
pátria” circularam manifestos assinados por uma centena de altos comandantes
das Forças Armadas conclamando a uma intervenção militar contra a “corrupção no
governo”, nesta linha foram confeccionadas milhares de faixas a serem levadas
para os desfiles militares com este mesmo eixo, mas o que se presenciou foram
meia dúzia de cartazes pedindo a volta dos milicos. Durante toda a programação
do sábado (07/09) a Rede Globo em flashes ao vivo tentava “animar” os ouvintes
com relatos de conflitos entre manifestantes e a PM, em particular na Capital
Federal onde se frustraram com a inexistência de tentativas de invasão do
Palácio do Planalto ou mesmo do Congresso Nacional. Restou a Globo dar o máximo
de cobertura aos confrontos no entorno do estádio Mané Garrincha onde acontecia
o jogo da seleção brasileira. Em São Paulo a direita agrupada no vão do MASP
era nitidamente minoria em relação à concentração dos Black Blocs, reunidos no
outro lado da Av. Paulista. Como não contava com nenhuma multidão fascista para
“orientar”, a grande mídia passou a dar destaque aos movimentos
anticapitalistas, que mesmo reduzidos cruzaram todo pais. Intencionalmente o
PIG passou a colocar no mesmo “balaio” os Black Blocs e o “ANONYMOUS”, como se
ambos tivessem os mesmos objetivos políticos. Desgraçadamente a esquerda
reformista também ajudou o PIG a disseminar esta “confusão”, enquanto os
revisionistas do PSTU mostravam simpatia pelo movimento mais à direita, na Av.
Paulista chegaram a seguir a rota do “ANONYMOUS” após a separação com os Black
Blocs.
Mas se era interessante para o PIG, diante da falência política do inexistente “movimento de massas” fascista, noticiar com destaque os confrontos com os Black Blocs, também era “dever de classe” legitimar a violenta repressão policial contra o movimento genuinamente anticapitalista. A pressão pela condenação social aos “mascarados” foi tanta que fez até com que Caetano Veloso (ex-tiete de FHC e atual simpatizante do PSOL), que na véspera postou sua foto com o rosto coberto, declarasse que não era anticapitalista e que não teria autorizado a “Mídia Ninja” a publicar sua imagem! Também se revelou que outra foto “mascarada” de Chico Buarque, na verdade foi tirada em 2007 em Praga e nada tinha a ver com a defesa dos Black Blocs. A brutal repressão jurídica e militar que se abateu aos ativistas da esquerda, que legitimamente denunciam o caráter burguês do governo da Frente Popular, tem produzido um verdadeiro estado de “exceção” em alguns estados do país (notadamente o Rio), em muito foi ampliada com o espetáculo midiático do julgamento do chamado “mensalão” pelos falsos vestais reacionários do STF. Neste momento todo movimento social que ouse ultrapassar os estreitos limites da democracia dos ricos logo é criminalizado e classificado como “formação de quadrilha”, seguindo a mesma linha política da Corte Suprema.
O vexame do “ANONYMOUS”
neste 7 de setembro foi a consequência natural da própria derrota do PIG em
tentar manipular as “jornadas de junho” para o campo da oposição conservadora.
Mesmo estando muito longe poder de ser caracterizada como um “fenômeno
revolucionário” que “mudou o país”, as “Jornadas” encerraram num impasse entre
a combatividade inicial do movimento e a ausência de uma perspectiva classista.
Como o governo Dilma vem contornando a crise econômica mundial, o país continua
apresentando índices positivamente medíocres, que garantem à Frente Popular uma
relativa estabilidade política e sustentação entre as classes dominantes.
Enquanto o nível do desemprego continuar “sob controle” e a bolha de crédito
permanecer inflada (sem falar no constante aumento da poupança interna) será
muito difícil “detonar” multitudinárias mobilizações que tenham como eixo o “Fora
Dilma”. Como ainda não existe no país uma alternativa revolucionária de poder
dos trabalhadores, o “Fora Dilma” empunhado pelos revisionistas de esquerda
significa “Avante a direita no governo”, talvez seja por isso mesmo que o PSOL
e PSTU flertam com a candidatura de Marina Silva!
Os Marxistas Leninistas
devem estar na linha de frente na construção de uma oposição operária a Frente
Popular, a LBI foi a primeira organização de esquerda a declarar-se como
oposição revolucionária ao governo Lula ainda no início de 2003, mas de forma
alguma esta posição pode ser “negociada” com o estabelecimento de alianças
pontuais com a oposição Demo-Tucana ou configuração ainda pior, é o caso do
REDE. A intransigente defesa de todo militante ou agrupamento do movimento social,
diante da violência estatal capitalista, é um princípio pétreo dos comunistas e
não pode ser confundida com o abono programático de todas as suas ações ou
plataforma política. Diante do monopólio da violência militar pelo Estado
burguês, os marxistas opõem a violência revolucionária das massas! Esta é a
única senda para educar os melhores destacamentos da classe operária no sentido
da necessidade da instauração da Ditadura do Proletariado em completa oposição à
feroz ditadura de classe do capital.