28.01 - Dia Nacional de Lutas por Emprego e Direitos: Derrotar os covardes ataques da gerência neoliberal do PT
através da ação direta dos trabalhadores! Nenhuma ilusão na política de
“remendar” o ajuste fiscal no parlamento burguês! Preparar a greve geral contra
a perda dos nossos direitos!
Neste dia 28 de janeiro ocorrem em diversas capitais do país
o chamado “Dia Nacional de Lutas por Emprego e Direitos” convocado pela CUT e
outras centrais sindicais. Essa mobilização foi decidida após o governo Dilma
editar as Medidas Provisórias 664 e 665, um pacote de ataques aos benefícios do
INSS e de restrição ao seguro-desemprego. Em um primeiro momento, o Planalto se
reuniu com a CUT para acertar seu apoio as medidas draconianas porém o nível da
investida sobre os direitos dos trabalhadores foi tamanho pelas mãos de Joaquim
Levy que forçou a direção das centrais a convocar a atividade a fim de exigir
“ajustes” na MP e descomprimir a “puteza” de suas bases. Desde a LBI alertamos
que o verdadeiro objetivo das manifestações deste 28 não é de fato o
sepultamento das MP´s por meio da ação direta dos trabalhadores com greves e
paralisações mas sim conseguir algumas mudanças cosméticas pela via de
alterações a serem feitas no Congresso Nacional, que as analisará no começo de
fevereiro. Tanto é que na “Nota unificada das Centrais Sindicais: Em defesa dos
direitos e do emprego” (14.01) elas proclamam “De forma unânime as Centrais
Sindicais reivindicam a revogação/retirada dessas MPs, de modo a que se abra
uma verdadeira discussão sobre a correção de distorções e eventuais fraudes,
discussão para a qual as Centrais sempre estiveram abertas”. Apesar do caráter
evidentemente limitado do protesto, os setores classistas devem intervir
ativamente nesta mobilização que se proclama formalmente contra a atual
ofensiva do governo Dilma a fim de impulsionar a ação direta das massas e nunca
para pressionar o parlamento burguês para “atenuar” o ajuste fiscal e monetário
em pleno curso, como defende a CUT. Os sindicatos combativos e os ativistas da
vanguarda classista devem aproveitar o dia 28 para desencadear a resistência
operária e popular contra as demissões em curso e aos ataques aos direitos e
conquistas pelo governo Dilma, apontando a necessidade urgente de assembleias
de base em todas as categorias para organizar uma verdadeira paralisação
nacional que busque neste início de ano dar uma resposta da classe operária e
do conjunto dos explorados as investidas que estão sendo desferidos pela
burguesia e seu governo contra os trabalhadores da cidade e do campo! Só desta
forma poderemos romper com a paralisia que as direções “chapa branca”, em seu
pacto social implícito com o governo da Frente Popular e os capitalistas,
submetem a luta dos trabalhadores em nosso país! Neste sentido, também nos
opomos ao programa da “Frente pelas Reformas Populares” deliberado na reunião
do último 19.01 entre o MTST, CUT, MST, UJS, Intersindical e PSOL na medida que
propõe “Lutar pelas Reformas Populares e Enfrentar as pautas da direita na
sociedade, no Congresso, no Judiciário e nos Governos” sem apontar que hoje é o
governo Dilma que aplica esta política, visando assim preservar a “gerentona”
petista, que foi apoiada no segundo turno das eleições presidenciais pelo
grosso destas entidades. A proposta de organizar uma Frente de Esquerda para
intervir nas lutas é importante, desde que seja para combater nas ruas a
ofensiva imperialista e suas gerências tupiniquins, que no Brasil tem o PT como
principal representante no governo federal. Como Marxistas Revolucionários
chamamos particularmente o MTST, MST e centrais sindicais da esquerda para em
unidade de ação utilizar esse dia 28 com o objetivo de preparar uma verdadeira
jornada nacional de luta direta contra as “reformas” neoliberais do governo
Dilma sem depositar nenhum ilusão na pressão sobre o parlamento e as instituições
corruptas desta República dos barões capitalistas! A ofensiva imperialista
gerenciada por Dilma não dá sinal de nenhuma “trégua”, seu “homem dos rentistas”,
o ministro Levy, afirmou para seus colegas banqueiros em Davos que pretende
acabar com o seguro desemprego. Somente uma resposta política enérgica do
movimento de massas poderá derrotar os planos de ajuste do capital financeiro,
é necessário começar a debater e organizar uma verdadeira greve geral contra a
perda dos nossos direitos!