Frente estatal terrorista para combater o “extremismo
islâmico”? O proletariado europeu não pode cair nesse engodo político!
Uma “Comissão de Frente” sinistra formada por chefes de
estados terroristas esteve a cabeça da marcha deste domingo que reuniu 1,5
milhões de pessoas em Paris. Usando como pretexto o atentado a revista Charlie
Hebdo (cada vez mais se revela produto de uma ação militar coordenada pelo
Mossad para favorecer a direita e o neofascismo francês) o presidente da França, François Hollande, responsável por
ordenar a invasão militar ao Mali e avalizar as provocações da OTAN contra a
Síria, estava de braços dados como o chacal nazisionista Benjamin Netanyahu,
homem que comandou diretamente o assassinato de milhares de palestinos,
incluindo centenas de crianças como verificou-se na última ofensiva militar de
Israel sobre a Faixa de Gaza. Ao lado
deles, Angela Merkel, David Cameron e Mariano Rajoy, representado Alemanha,
Inglaterra e Espanha, três países-membros da OTAN responsáveis pela ocupação da
Líbia após uma guerra covarde que impôs um banho de sangue no país, quando
antes já haviam feito o mesmo no Afeganistão e Iraque. A esta lista macabra
presente em solo francês soma-se o presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, seu
governo é sustentado por grupos fascistas cujas hordas saem as ruas matando
comunistas e imigrantes negros, além do premiê turco, Ahmed Davutoglu, que arma
os “rebeldes” terroristas contra o governo de Assad na Síria e extermina a
população kurda, do ministro de Relações Exteriores do Egito, Sameh Choukryou,
cuja bárbara ditadura militar impôs vários massacres aos membros da Irmandade
Muçulmana! Essa “sagrada” frente política estatal que uniu o imperialismo
ianque e europeu além de seus governos serviçais pelo planeta foi conformada
para supostamente combater o “extremismo islâmico” quando na verdade seus
governos são os mandantes dos maiores crimes contra a humanidade,
acobertados pela mídia que manipula o sentimento popular em favor dos
interesses das classes dominantes! Como Marxistas Revolucionários desde já
alertamos que a “folha corrida” destes criminosos oficiais travestidos de defensores
da “civilização contra a barbárie” é a maior evidência que o proletariado
europeu e mundial não pode cair neste engodo político a serviço de recrudescer
em todo o planeta a tendência fascistizante que vem ganhando força e cujo alvo
inicial são os “radicais islâmicos” e a resistência palestina usados neste caso
claramente como bode expiatório, mas que logo se voltará contra o conjunto dos
trabalhadores dos países imperializados e de suas mais elementares liberdades
democráticas! Em oposição a este frente burguesa reacionária defendemos a
mobilização revolucionária do proletariado mundial contra estes terroristas
estatais como tarefa urgente para barrar a sanha contrarrevolucionária que vem
ganhado corpo na Europa e no resto do mundo! A nova etapa histórica aberta com
o fim da ex-URSS e do 11 de setembro, “elegeu” a resistência nacional dos povos
muçulmanos e asiáticos como o “inimigo nº 1” do império!
O mais simbólico desta ampla unidade contrarrevolucionária se deu quando do encerramento da marcha, justamente na Grande Sinagoga judaica (sionista) de Paris. Lá o presidente francês, François Hollande e o carniceiro primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, foram ovacionados ao entrarem, em uma demonstração que o atentado a revista Charlie Hebdo cumpriu a primeira fase do seu objetivo político: intensificar a unidade burguesa em sua “guerra ao terror”, colocando Israel como centro desta ofensiva contra os povos árabes. Ao representante do enclave sionista Hollande garantiu: “todos os esforços na contra o extremismo islâmico” ao que Netanyahu respondeu: “Aprecio a posição muito firme e a determinação do presidente François Hollande e do primeiro-ministro Manuel Valls contra o novo antissemitismo e contra o terrorismo”. Ao final foram entoados gritos de “Israel viverá, Israel vencerá”, agitando-se a bandeira da ocupação sionista! Quanto cinismo, foi o Mossad que coordenou a ação terrorista a revista satírica para criar justamente este clima político em Paris. Com esse aval das potências imperialistas, o chacal sionista irá no próximo período incrementar as ações genocidas contra os palestinos e patrocinar atos terroristas contra a Síria e o Irã, usando com o pretexto o combate aos “radicais islâmicos” que atacaram a Charlie Hebdo! Não por acaso, Netanyahu ainda afirmou “Quando nós nos defendemos, nós defendemos o conjunto dos valores do Ocidente. Israel está ao lado da Europa e os judeus têm o direito de viver em segurança, onde escolherem, em particular na França”, proclamando uma verdadeira declaração de guerra contra os oponentes do enclave imperialista no Oriente Médio. As primeiras medidas já forma anunciadas neste mesmo domingo: representantes de 12 países da Europa, juntamente com o secretário de Justiça dos Estados Unidos, Eric Holder e de Israel anunciaram que irão reforçar a vigilância sobre as fronteiras além de fortalecer o monitoramento de suspeitos de pertencerem aos grupos “extremistas islâmicos” que estejam viajando para a Síria ou para o Iraque.
Com o atentado a Charlie Hebdo estamos diante de um
acontecimento histórico da dimensão do incêndio do incêndio do Reichstag na
Alemanha na década de 30, que impulsionou a ascensão do nazismo e com as mesmas
características de fraude, no passado contra os comunistas. Agora a culpa recai
sobre os “radicais islâmicos”. Se na Alemanha os SS armaram o ataque ao
parlamento e acusaram o PC, nos dias de hoje o DNA do Mossad está presente na
ação e a projeção de Netanyahu na marcha deste domingo demonstra bem a armação
descarada e seu planejamento, como um exemplo típico de “false flag”, um ato
que uma organização política ou militar realiza contra alvos aliados para
culpar terceiros adversários e, em seguida, impor determinada agenda política!
Mas os detalhes da ação aos poucos vão revelando a farsa montada. Apesar de
toda a precisão e frieza que os supostos terroristas demonstraram ter, cobrindo
seus rostos e ocultando suas impressões digitais, eles gritaram que “Vingamos
Maomé” e mais... deixaram um passaporte no interior do veículo roubado, revelando
sua identidade, deixando pistas para as forças de segurança e mídia os
apresentarem como “extremistas islâmicos”! Obviamente este documento foi
plantado pelo Mossad para se fazer esta ligação política imediata. O primeiro
carro abandonado pelos supostos terroristas foi em frente a um restaurante
judaico e o terceiro suspeito, o negro Amedy Coulibaly, também invadiu um supermercado
judaico, Hyper Cacher, justamente para que Israel e os judeus fossem
apresentados como vítimas. O mais rocambolesco desta farsa é que os homens que
desejavam na ação contra a revista o total anonimato em meio a perseguição da
polícia ligaram para a TV a fim de assumir sua identidade e se dizerem
integrantes da Al Qaeda do Iêmen “Fui enviado, eu, Cherif Kouachi, pela Al
Qaeda do Iêmen. Eu fui lá e foi Anwar al Awlaki que me financiou”, disse ele à
BFM-TV por telefone, de acordo com uma gravação transmitida pelo canal de TV
depois do fim do cerco. Também durante o sequestro no mercado, Coulibaly falou
que pertencia ao Estado Islâmico à televisão francesa!!!Em resumo, agora todos
os supostos terroristas estão mortos em uma evidente queima de arquivo,
enquanto a namorada-cúmplice de um deles fugiu justamente para a...Síria! Mas
antes de seu silêncio mortal os 3 supostos terroristas trataram de anunciar a
que grupo islâmico pertenciam e quem os financiava, deixando o caminho aberto
para a reação contra os muçulmanos e para Israel (devido a morte de alguns
judeus franceses) acender no cenário mundial como vítima na França da ação
terroristas destes grupos!
Note-se que a Frente Nacional (FN) de Le Pen e sua filha não
foram convidados para a marcha em uma clara intenção de Hollande, que esteve
ladeado por Sarkozy, de preparar a transição pactuada entre o PSF com a
direitista UMP em nome da “União Nacional” e barrando desta forma
temporariamente o ascenso da FN, muito arriscado para os planejamentos ianques
para a Europa. Ocorre que as pesquisas de opinião indicam que Marine Le Pen
estaria em primeiro lugar se uma eleição presidencial fosse realizada hoje,
reflexo do aprofundamento do giro à direita na França após o atentado. Não por
acaso seu slogan foi “Mantenha a calma e vote Le Pen”. Após o atentado à
redação do jornal “Charlie Hebdo”, a Frente Nacional vinculou o ato a imigração
e exigiu um referendo para restabelecer a pena de morte. Como se observa, o
cenário se polarizará em uma disputa entre a UMP de Sarkozy e a FN de Le Pen
nas próximas eleições presidenciais francesas, onde o PS cujo governo em crise
será “castigado” acabará por apoiar a UMP no segundo turno. Por esta razão,
Sarkozy ao lado de Hollande na marcha declarou “Foi declarada guerra à França,
a suas instituições, à República, pelos bárbaros que negam a própria ideia de
civilização e os valores universais da humanidade. Esta situação trágica chama
cada um de nós a respeitar a unidade nacional que devemos às vítimas”. Diante
da falsa disjuntiva “Civilização ou Barbárie” proclamada pela boca dos
verdadeiros terroristas que assassinam povos inteiros através de guerras e da
fome, o proletariado europeu não pode cair no engodo político de apoiar uma
frente estatal terrorista para combater o suposto “extremismo islâmico”! A
tarefa da esquerda revolucionária é denunciar esta frente contrarrevolucionária
mundial e preparar a resistência tendo como eixo a solidariedade de classe aos
povos oprimidos na Síria, Líbano, Iraque, Afeganistão, Palestina e Irã, que
serão alvo militar no próximo período da ofensiva destes terroristas assassinos
que hoje se reuniram no “Palais de l'Élysée” e estiveram na “Comissão de
Frente” da marcha gigantesca em Paris! Este fato tragicamente revela a extrema
confusão política que está submetida a sociedade francesa e particularmente os
trabalhadores do país, cabendo a tarefa aos Marxistas Revolucionários “remarem
contra a maré” e combater com vigor para que o proletariado aponte suas “armas”
para o verdadeiros terroristas a serviço do capital: François Hollande,
Sarkozy, Le Pen, o parceiro-chacal nazisionista Benjamin Netanyahu e seu
patrono Obama!
LEIA TAMBÉM: PORTAL 247 CITA BLOG DA LBI