sábado, 28 de fevereiro de 2015


Assassinato de Boris Nemtsov: 
Uma “armação” da CIA em conjunto 
com seus lacaios da Ucrânia para desestabilizar governo Putin

O assassinato de Boris Nemtsov na noite desta sexta-feira, 27, em pleno centro de Moscou, um dos principais opositores do governo russo e homem com fortes ligações com a Casa Branca desde a era Yeltsin, foi uma clara operação organizada pela CIA em conjunto com o serviço secreto do governo pró-imperialista da Ucrânia para desestabilizar a gestão de Putin a frente do Kremlin. Tão logo foi anunciada a morte a mídia murdochiana mundial deu grande destaque ao ocorrido, imputando a responsabilidade direta em Putin e nos rebeldes ucranianos, tratou de insuflar manifestações populares em solidariedade ao morto. Barack Obama condenou a “morte brutal” de Nemtsov, que foi vice-primeiro-ministro de Boris Yeltsin entre 1997 e 1998. A chefe da diplomacia da UE, Federica Mogherini e o Conselho Europeu declararam sua “indignação”. O presidente francês, François Hollande, denunciou um “assassinato odioso” e reivindicou a trajetória de Nemtsov um suposto “defensor valente da democracia”, na verdade um entreguista confesso do patrimônio russo aos trustes capitalistas. A chanceler Angela Merkel exigiu a investigação desta “morte vil. Por fim, reagiu o presidente golpista ucraniano, Petro Poroshenko: “Boris Nemtsov era uma ponte entre a Ucrânia e a Rússia, e esta ponte foi destruída (...). Penso que não ocorreu por acaso”. A opositora Liudmila Alexeieva declarou à agência RIA Novosti que “se trata de um assassinato político atroz”. Como se observa diante de tanta “dor” pelo falecimento de Nemtsov, assim como ocorreu recentemente na Argentina no caso do procurador Nismam, a direita e o imperialismo desejam desestabilizar os governos não alinhados com os planos neocolonialistas da Casa Branca, principalmente a Rússia, seu grande adversário político e militar na arena mundial. O local escolhido para o assassinato foi simbólico neste sentido: a Grande Ponte de Pedra, não muito distante dos muros do Kremlin. Uma hora antes de ser assassinado, Nemtsov havia feito um chamado aos russos para que se manifestassem neste domingo contra a “agressão de Vladimir Putin” na Ucrânia e pela interrupção do apoio russo aos Rebeldes de Donestk. Desde a LBI não temos a menor dúvida de que o assassinato de Nemtsov se trata de uma armação organizada pela CIA para desestabilizar o governo Putin, que não tinha o menor interesse em eliminá-lo ainda mais na véspera da marcha que ele convocou em Moscou. Lembremos que em junho do ano passado o governo pró-imperialista de Kiev e a CIA tentaram atingir o avião de Putin e acabaram matando centenas de civis, fato até hoje não esclarecido por interesse dos EUA. Frente ao fracasso da operação aérea decidiram fomentar a oposição interna para tentar uma “primavera russa” em Moscou, como fizeram na Líbia com Kadaffi. Diante dessa nova orquestração da Casa Branca em conluio com seus lacaios da Ucrânia, que estão diretamente envolvidos no assassinato de Nemtsov para responsabilizar Putin, devemos denunciar esta provocação e chamar o povo russo a rechaçar mais esta armadilha a serviço de colocar um novo fantoche como Yelstin à frente do governo do país.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015


Tucano Ricardo Semler "abre o jogo" 
na Globo News: Construtoras dos EUA 
e Japão estão prontas para assumir 
obras paralisadas pela "Lava Jato" 
e com preço já combinado!

Em entrevista ao jornalista Mário Sérgio Conti no programa "Diálogos" na grade da Globo News na noite desta quinta-feira (26/02), o "renomado" tucano Ricardo Semler resolveu "abrir o jogo" dos bastidores da Operação Lava Jato, comandada pelo juiz Sergio Moro seu "correligionário" de partido. Segundo Semler "não haverá risco de grandes demissões" caso algumas das maiores empreiteiras do país venham a falir, por impedimento legal. A razão da afirmação do empresário tucano (que se orgulha de ter sua ficha partidária abonada por Franco Montoro e Mário Covas) reside na "certeza" de que construtoras industriais pesadas dos EUA e Japão estariam prontas para assumir as obras paralisadas por conta da Operação "Lava Jato". Diante da taxativa declaração de Semler, Conti indaga se o preço dos contratos em andamento seriam atraentes comercialmente para as transnacionais, o que o tucano responde que... Sim! Semler só não explicou como superar as limitações constitucionais para que empresas estrangeiras do ramo da construção civil pesada participem de concorrências para grandes projetos estatais. Ricardo é sócio de um ex-presidente da Petrobras durante a gestão FHC, Henri Reichstul, e sua empresa já forneceu equipamentos para a estatal. No final do ano passado Semler contrariou a cúpula do PSDB quando afirmou que "nunca se roubou tão pouco no Brasil", se reportando ao percentual pago por empresários aos atuais gestores públicos, sob a égide dos governos petistas. Agora voltou a "virar a mesa" abrindo as verdadeiras intenções das manobras jurídicas da "Lava Jato", abrir o mercado nacional da construção pesada para os trustes imperialistas. Não que Semler tenha se mostrado contrário a medida, como bom tucano defende a "desregulamentação" das poucas reservas de mercado ainda existentes no país. Semler diverge apenas da aguda "hipocrisia" da mídia corporativa que pretende carimbar o PT como o "fundador da corrupção no Brasil", enquanto relata que desde os anos 70 quando seu pai comandava sua empresa do ramo metalúrgico já se pagava as "comissões" no âmbito da Petrobras, em pleno regime militar. O tucano com fama de "empreendedorismo" disse no programa de Conti que: "Achamos que moramos em um mundo cada vez democrático, mas a verdade é que a gente vive em uma monarquia e somos todos súditos do ‘King Cash’, o ‘Rei Grana’". Por sua própria natureza de classe burguesa, Semler se recusa a nominar o "King Cash" como sendo o modo de produção capitalista, do qual a corrupção (comissões, propinas ou outros termos) é parte sistêmica da acumulação do capital e somente poderá ser eliminada cabalmente pela via da revolução socialista! Porém alguns idiotas que se reclamam de "esquerda" (como os Morenistas e o ex-MR8/PPL) conseguem enxergar nas ações fraudulentas do Juiz Moro um correlato de novo "paladino da moralização do capitalismo", como se buscassem a legitimação ética do regime social da propriedade privada. Estes idiotas de "esquerda" tem sido muito úteis a campanha reacionária impulsionada pela famiglia Marinho e Civita, que em nome de "combater os empreiteiros corruptos" pretende na realidade destruir a Petrobras.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015


Levante dos professores no Paraná deve se voltar contra Richa que "quebrou" o estado e Moro que promete fazer o mesmo com o país!

O estado do Paraná não é somente o centro político de uma "conspiração" que pretende desnacionalizar por completo a economia do país, hoje também o epicentro da luta de massas contra a política de "ajuste" e arrocho salarial que vem sendo levada a cabo pelos governos estaduais e central. Ontem (25/02) uma multidão de cerca de 50 mil trabalhadores públicos, tendo como vanguarda os professores em greve, ocupou as ruas de Curitiba para denunciar a fraude administrativa do governo do tucano Beto Richa. A constatação da falência do estado, logo após a reeleição de Richa onde os "cofres públicos" irrigaram generosamente grandes grupos econômicos da região, forjou o envio de um "Pacotaço" para aprovação da Assembleia Legislativa. Este "Pacotaço" como ficou conhecido, estava dividido em dois projetos de lei que se aprovados implantariam um novo aumento de impostos, a extinção dos quinquênios, alterações nas gratificações e na carreira do funcionalismo e a alteração de benefícios como o auxílio-transporte. Além disso, permitiriam ao governo tucano se apropriar de R$ 8 bilhões de um fundo previdenciário (Paraná Previdência) dos servidores estaduais, colocando em risco suas aposentadorias e pensões, além de empurrar com a "barriga" essa enorme dívida para os próximos governos eleitos. A reação dos professores e também de outras categorias foi imediata contra a "insanidade" neoliberal do playboy Richa, a greve da educação logo foi deflagrada e se estendeu de forma organizada para todas as regiões do estado. Hoje a paralisação já dura quase vinte dias, marcando terreno com atividades vitoriosas como a combativa ocupação da Assembleia Legislativa que impediu os deputados governistas aprovassem o "Pacotaço" de Richa. A greve dos professores mobiliza cerca de cinquenta mil trabalhadores e ameaça "contaminar" o conjunto do funcionalismo público que vem demonstrando que não vai aceitar passivamente a política de austeridade de um governo corrupto. A enorme marcha sobre Curitiba foi histórica, atraindo a simpatia política de todos os explorados das regiões mais carentes da cidade "glamourizada" como um "eldorado" capitalista do Brasil. Mas a realidade falimentar do Paraná não é um fenômeno exclusivo deste estado, a "farra" monetária da reeleição deixou vários governos na mesma situação, Brasília e Ceará parecem caminhar na mesma direção. Como o Tesouro Nacional, agora sob o comando da equipe neoliberal de Levy, deliberou não mais endossar as dívidas dos estados, na maioria com organismos financeiros internacionais, muitos governadores já sentem o prenúncio de crise fiscal e muita luta por parte dos trabalhadores do setor público. Porém é necessário dar um norte de politização classista a estes combates sindicais e econômicos, e no estado do Paraná existe uma oportunidade única. Com a maquiagem de um combate a corrupção na Petrobras, no Paraná foi montada uma "força tarefa" chefiada pelo juiz federal Sérgio Moro, amigo íntimo de Richa, que pretende abrir o caminho para as transnacionais imperialistas controlarem o setor da construção pesada no país, além é claro de reduzir ao máximo a capacidade industrial da maior estatal da América Latina. A chamada operação "Lava Jato" é uma investida entreguista do tucanato associado aos trustes econômicos norte-americanos para finalizar a "privataria" iniciada por FHC. O Paraná foi escolhido como "berço" desta iniciativa quando era apresentado pela mídia corporativa como um "modelo de gestão" a ser seguido em todo país, mas agora o "castelo" simplesmente ruiu! O movimento de massas no estado deve seguir firme e ampliar ainda mais a luta para derrotar a ofensiva neoliberal do farsante Richa, mas também incluir em sua plataforma política a denúncia do embuste do juiz Moro e sua operação "Lava Jato".

Rebaixamento da Petrobras pela Moodys: Os piratas imperialistas já começaram a agir!

A agência internacional de "classificação de riscos" Moodys acaba de rebaixar a "nota de crédito" da Petrobras, gerando um grande alvoroço no meio político e econômico nacional, mas o qual é mesmo o significado real deste rebaixamento e o que representa a tal agência Moodys para provocar um "pânico" na elite dominante? Em primeiro lugar temos que ser categóricos sobre as consequências econômicas deste rebaixamento dos "ratings" para a Petrobras: Nenhuma! Estas agências de risco são na verdade "porta vozes" do mercado financeiro e bursátil e como aves agourentas servem para "vocalizar" um iminente ataque especulativo contra um país ou mesmo uma grande empresa. Como já vínhamos denunciando vigorosamente a Petrobras está sob um ataque direto da chamada "Operação Lava Jato", que agora convoca no front internacional os piratas do cassino de Wall Street para complementar seu trabalho sujo contra a maior empresa estatal da América Latina. O objetivo do anúncio da Moodys, uma agência colateral dos rentistas, é dificultar a captação do crédito para amortizar a dívida financeira da Petrobras, forçando a venda de mais ações com poder de voto da estatal nas principais bolsas imperialistas. Mas o objetivo da Moodys não se limita a "bombardear" a Petrobras, o rebaixamento das notas da empresa pretende atingir o conjunto dos títulos públicos da dívida interna brasileira, o que pressionaria o governo a elevar mais uma vez a taxa básica de juros. Porém a "provocação" da Moodys, não é a primeira vez que atuou desta forma contra o país, pode ser respondida com uma decidida medida contra o capital financeiro na defesa da Petrobras: o confisco de todas as ações ordinárias (com direito a voto) em poder dos rentistas internacionais. Com esta resolução o governo colocaria uma "pá de cal" nas pretensões dos rentistas que usaram a Moodys para desvalorizar o capital da estatal, retirando definitivamente a Petrobras das oscilações do cassino financeiro. Hoje o Tesouro Nacional controla cerca de 40% das ações da Petrobras, o que expõe constantemente a estatal a "orgia" dos pregões de Wall Street. A própria diretoria da Petrobras, indicada pelo acionista majoritário no caso o governo brasileiro, é refém de grandes grupos econômicos que tem "assento" nas decisões da empresa. Somente a completa estatização da Petrobras pode neste momento acabar com o ataque especulativo que vem sofrendo e que ameaça sua própria existência enquanto empresa nacional. Mas desgraçadamente o governo Dilma aponta em outra direção. A equipe econômica palaciana, sob o comando do neoliberal Levy, diante do anúncio da Moodys caminha para atender as "reivindicações" dos rentistas. Levy pretende "enxugar" a estatal e garantir a remuneração sobrevalorizada dos acionistas "minoritários", em suas próprias palavras propõe " medidas para acalmar o mercado"... Já a oposição demotucana e seu novo "herói", o juiz Sergio Moro, preveem o "início do fim", afirmando que o "relatório" da Moodys representa a verdade fidedigna da Petrobras e a única solução "viável" seria o seu "esquartejamento".

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015


Cunha e a quadrilha do PMDB garantem a governabilidade para Levy seguir a ofensiva neoliberal

Para quem anunciou que a eleição de Eduardo Cunha para a presidência da Câmara dos Deputados seria o prenúncio do impeachment da presidente Dilma, deve ter se "surpreendido" com a harmoniosa reunião realizada ontem entre a bancada parlamentar do PMDB e a equipe econômica palaciana, chefiada pelo "duplo" ministro Joaquim Levy (membro do governo Dilma e informalmente também do secretariado de Obama). No Palácio do Jaburu (sede da vice-presidência) o PMDB "bateu o martelo" no apoio à aprovação do pacote fiscal neoliberal proposto por Levy, entre os defensores mais enfáticos das medidas está o presidente da Câmara, o suposto golpista Eduardo Cunha: "Temos que ter responsabilidade neste momento". Pela bancada do partido no Senado o presidente Renan Calheiros endossou apoio ao ajuste, já o anfitrião do encontro, vice-presidente Michel Temer cobrou do governo Dilma na presença do ministro Aloizio Mercadante, que a presidenta dê ao partido assento devido nas decisões centrais do governo, fisiologismo do PMDB somado ao seu alinhamento ideológico com a ofensiva neoliberal contra os direitos dos trabalhadores reforça a "tese" de que Dilma terá que convencer a maioria do seu próprio partido a mudar o discurso em defesa das conquistas sociais. Esta reunião que contou com toda cúpula do PMDB e do próprio governo, com a única exceção da presença da presidente, confirma o que já tínhamos afirmado até a exaustão, ou seja, o suposto golpismo de Cunha e dos parlamentares reacionários que integram a base aliada está dirigido contra os direitos da classe operária! O robusto bloco de direita no Congresso nacional, composto desde parlamentares governistas até a oposição demotucana, está disposto a garantir a governabilidade da Frente Popular na medida que representa a opção mais estável para seguir a receita econômica neomenatarista ditada por Washington. Levy e seu comparsa Tombini são a expressão maior dos interesses dos rentistas internacionais no quadro do governo petista, não só no que tange a suprimir conquistas sociais mas fundamentalmente para auferir maior lucratividade para a banca financeira, a alta da taxa de juros e a disparada da cotação do Dólar não deixam dúvidas sobre em seus objetivos estratégicos. Reorientar a economia brasileira para o campo comercial dos EUA, retirando o país da zona de influência dos Brics é a tarefa central desta equipe econômica neoliberal, que conta com "carta branca" da presidenta Dilma, neste marco seria uma estupidez completa do imperialismo arquitetar um "golpe parlamentar" contra o governo, e sob esta orientação atuam fielmente em nosso país os parlamentares neoliberais, cuja liderança política de Cunha é inquestionável.

Abaixo a perseguição da Rede Globo contra o Blog “O Cafezinho” e Miguel do Rosário! Não a criminalização dos movimentos sociais, lutadores e da imprensa alternativa, operária e popular!

O Blog “O Cafezinho” de Miguel do Rosário acaba de ser penalizado pela justiça a pagar R$ 20 mil de indenização em processo movido por Ali Kamel, diretor-geral de jornalismo da Rede Globo. Acrescido das custas judiciais, o valor chega a mais de R$ 30mil! A razão formal que embasou a arbitrária decisão do juiz é que “O Cafezinho” fez uma suposta crítica caluniosa ao todo poderoso escriba da famiglia Marinho, chamando-o de "sacripanta" e "reacionário". Porém, por trás dessa clara perseguição político-judicial, encontra-se o fato de Miguel do Rosário ter denunciado seguidamente e com farta documentação a sonegação fiscal milionária das Organizações Globo e suas manobras obscuras para escapar do Fisco. Soma-se a isso que o blogueiro vem colocando a nu o papel da emissora na manipulação midiática de nosso povo e a colaboração íntima da Globo, sob o comando de Roberto Marinho, com a ditadura militar que perseguiu e matou centenas de lutadores no Brasil nos anos de chumbo. Mais recentemente “O Cafezinho” vem se dedicando a investigar a lista de políticos burgueses e altos-executivos brasileiros envolvidos no escândalo do HSBC suíço encoberta pelos jornalões e redes de TV porque também envolve nomes plumados do tucanato. Até o momento já são vários blogueiros perseguidos judicialmente pela sanha de Ali Kamel e sua censura “global”, tanto que o Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé lançou uma campanha de arrecadação financeira em solidariedade ao “O Cafezinho”. Desde o Blog da LBI nos solidarizamos com Miguel do Rosário, exigimos o fim da perseguição aqueles que denunciam a manipulação midiática capitalista e a Rede Globo em particular. Esta ofensiva contra a chamada “imprensa alternativa” que não está alinhada aos grandes meios corporativos de alienação de massa da burguesia em nosso país é parte de uma cruzada maior contra o conjunto dos movimentos sociais e a luta dos trabalhadores, recrudescimento que vem se aprofundando desde as “Jornadas de Junho” com a prisão dos Black Bloc´s e, depois, no processo contra os 23 ativistas do Rio de Janeiro, entre eles Sininho, Igor Mendes e Karlaine, farsa jurídica que levou esses companheiros ao cárcere, em uma ação orquestrada pela justiça a serviço do governo Cabral-Pezão e que teve apoio de Dilma. Mesmo divergindo das posições políticas de Miguel do Rosário, que junto com outros blogueiros “chapa branca” chegaram a acusar os Black Bloc´s de fazerem o jogo da direita, do PSDB e da própria Globo contra o governo Dilma nas manifestações de 2013, cantilena que acabou colaborando com a sanha repressiva contra os lutadores sociais e alimentando uma investida reacionária que desgraçadamente agora o próprio “O Cafezinho” é vítima, o Blog da LBI repudia de forma veemente a ação judicial de Ali Kamel e da Globo contra Miguel do Rosário, por sua vez convoca a ampla solidariedade contra a perseguição que é alvo seu Blog. Por fim, aproveitamos para declarar ser impossível existir uma “mídia independente” dos grandes monopólios dos meios de comunicação, sem a ruptura revolucionária com o Estado burguês e a expropriação dos meios de comunicação capitalistas, que manipulam a população segundo seus interesses de classe sob o silêncio cúmplice do governo do PT, gerência que servilmente chega a financiar fartamente os barões da mídia. A única forma de ter uma mídia comprometida com os interesses dos trabalhadores e do povo pobre é lutando pela liquidação do próprio Estado burguês, pondo abaixo o “quarto poder” que aliena as massas para manter a exploração capitalista e a hegemonia do imperialismo sobre os povos do planeta.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015


Golpe parlamentar para derrubar Dilma ou ofensiva neoliberal do governo contra os trabalhadores: Qual a ameaça real a combater?

O dia 15 de março, data onde eram empossados os governadores e presidentes "eleitos" indiretamente pelo Colégio Eleitoral da ditadura militar, foi simbolicamente escolhido como o "start" da campanha pelo impeachment da presidenta Dilma. Estão sendo convocados atos políticos nas principais capitais do país, e obviamente a grande expectava se concentra na capacidade da oposição demotucana em mobilizar pessoas na cidade de São Paulo, considerada hoje o centro da reação nacional. A mídia "murdochiana" começa a entrar forte na campanha da direita, liberando seus executivos e "estrelas" para reforçarem a convocatória. O pano de fundo desta operação política de emparedar o governo logo nos seus primeiros dias do novo mandato está assentado na ofensiva institucional da "Lava Jato", sob o comando do ultraconservador juiz federal Sérgio Moro. O campo político de sustentação da Frente Popular, incluindo de contrabando neste bloco "chapa branca" o PCO, logo saiu a denunciar que a burguesia nacional teria como seu eixo de intervenção no próximo período a derrubada (via um golpe parlamentar) do governo Dilma. Porém uma análise mais profunda e marxiana da conjuntura aponta em outra direção, embora a chantagem do impeachment esteja presente no cenário. O que realmente está passando quase que completamente desapercebido do conjunto da esquerda (tanto das alas oficialista e oposicionista) é o fato da verdadeira dimensão da operação "Lava Jato", ou seja, uma grande manobra do imperialismo para destruir a principal indutora do desenvolvimento da infraestrutura nacional: A Petrobras! Este é o foco das forças políticas alinhadas a Washington, que povoam desde o interior do PMDB, PDT, PSB até a tucanalha e os moribundos do Dem. Quebrar as empreiteiras nacionais é o primeiro passo para paralisar as obras estatais do país e logicamente colocar uma "camisa de força" nos planos de expansão da Petrobras. O objetivo posterior da Casa Branca é fazer aprovar neste Congresso corrupto a eliminação das restrições legais para que mega construtoras norte-americanas possam ter acesso a licitação das obras públicas e participar dos projetos das estatais brasileiras, principalmente na área de energia. Medidas similares já foram adotadas pelos parlamentos do Chile e México, para liberar o "trabalho" das empreiteiras ianques. Nestes dois países considerados como paraísos para a iniciativa neoliberal, as construtoras locais foram simplesmente eliminadas do mercado para ceder espaço aos trustes imperialistas. Os arautos da "livre concorrência" internacional irão afirmar que nossas empreiteiras são todas corruptas (pura verdade!) e que é justo que seus executivos estejam presos pela "Lava Jato". Acontece que a mira política do juiz Moro não é prender por muito tempo os barões das empreiteiras, depois do carnaval midiático serão todos soltos. O justiceiro da "República do Paraná" pretende falir parte das empresas para depois desmoralizar os dirigentes petistas, estes sim correm risco de ficar encarcerados por um bom período. Além de paralisar a construção das novas refinarias da Petrobras, causando demissão em massa de operários, a "Lava Jato" já conseguiu inviabilizar o setor dos estaleiros nacionais responsáveis pela fabricação das plataformas e navios (sonda e de transporte) da estatal. Não precisa ser muito inteligente para concluir que sem conseguir extrair grandes quantidades de óleo cru a Petrobras não consegue se sustentar diante da forte queda na cotação Internacional do petróleo. Portanto nesta etapa de intenso ataque econômico não interessa a burguesia nacional apear do poder sua principal aliada política, a presidente Dilma. As empreiteiras respondem por uma fatia considerável do PIB nacional que somada ao agronegócio e bancos constituem o tripé da economia brasileira. Podemos afirmar que este "trio de ouro" da burguesia integra o governo do PT e não está interessado na desestabilização do regime político. Isto não significa que não existam pesadas turbulências nesta etapa, onde o atual "modelo" de crescimento capitalista do governo petista está praticamente esgotado. Neste sentido surge a necessidade dos "ajustes" orquestrados por Levy e comparsas, que pretendem descarregar o ônus da crise do "modelo" nas costas dos trabalhadores. O verdadeiro "impeachment" está sendo executado nos cortes dos programas sociais do governo, no conluio para destruir a Petrobras e na subtração das conquistas históricas dos trabalhadores.

Greve na GM: Ocupar a fábrica para barrar as demissões ou “lutar” por um novo PDV, o “conto” da grande vitória, como defende a Conlutas-PSTU?

Os operários da GM de São José dos Campos estão em greve desde a sexta-feira, 20 de fevereiro. Resistem a demissão de 798 trabalhadores anunciadas pela multinacional ianque. Em reunião realizada com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, filiado à CSP-Conlutas e controlado pelo PSTU, a GM propôs a abertura de lay-off, por dois meses. Após esse período, todos seriam demitidos. A empresa também propôs, cinicamente como “alternativa”, a demissão imediata de até 798. Em resumo, demissão agora ou daqui a dois meses! O histórico da conduta da direção sindical morenista aponta que ela pretende “arrancar” da empresa um Plano de Demissões Voluntárias (PDV) para apresentar os “benefícios” como uma “grande vitória”. Foi assim nos acordos passados em São José e recentemente esse “modelo” foi aplicado na Volks do ABC pela Articulação Sindical (PT). Em nenhum momento o PSTU defendeu a ocupação da planta e a greve geral da categoria, prefere dizer que “Governo Federal tem de intervir” afirmando “O Sindicato vai reforçar, junto ao governo federal, a reivindicação de que a presidente Dilma Rousseff (PT) edite uma medida provisória garantindo estabilidade no emprego para todos os trabalhadores de empresas que recebem incentivos fiscais, como é o caso das montadoras. Em 2014, o setor automotivo fechou 12 mil postos de trabalho no país, apesar de todos os benefícios recebidos do governo”. No máximo lançou uma carta as demais centrais sindicais propondo a construção de um “dia nacional de paralisação contra as demissões nas montadoras” (site SMSJC, 23.02). Ocorre que as centrais “chapa branca” não estão interessadas em colocar Dilma no centro do furacão, encontram-se dedicadas a tirar a direção do Sindicato dos Metalúrgicos de SJC das mãos da Conlutas, já que a eleição ocorre nestes dias 24-25 de fevereiro. Uma derrota dos operários da GM pavimentaria o fim do controle do sindicato pelo PSTU (Chapa 1) que quase perdeu a entidade nas eleições passadas pelas seguidas derrotas sofridas na própria GM e na Embraer. Apesar da CUT-CTB (Chapa 2) levarem nacionalmente uma política igual à da Conlutas em SJC criticam a direção do sindicato por não saber resistir as demissões e ser “intransigente”. Em meio a este disputa intra-burocrática o caminho a ser seguido pelos operários é a ocupação da fábrica, a deflagração da greve em todas as fábricas da região do Vale do Paraíba e o chamado a uma paralisação de solidariedade de todas as montadoras do país, já que a Ford também acaba de anunciar a demissão de 420 trabalhadores! Desde a LBI nos solidarizamos com a luta dos trabalhadores da GM e alertamos aos companheiros a não terem nenhuma ilusão no governo burguês da “gerentona” petista. Lembrem-se que Lula não tomou nenhuma medida contra as demissões na Embraer e Dilma fez o mesmo na recente crise na Volks. Esta política suicida da Conlutas-PSTU só levará a derrota! É preciso ter claro que o acordo passado, assinado pelo sindicato, resultou em redução do piso salarial e em demissões por meio do PDV. Houve quem dissesse que foi uma vitória parcial, porque se havia obtido uma estabilidade temporária. Agora, se vê que o acordo serviu apenas à GM! O momento agora é de cobrir da mais ampla solidariedade a greve na GM e estendê-la para outras fábricas da região e demais montadoras para demonstrar a força do proletariado. Para que esta luta possa vencer é necessário superar a política de colaboração de classes da direção do Sindicato dos Metalúrgicos de SJC, controlado pela Conlutas sem depositar nenhuma confiança na “oposição” encabeçada pela pelegada da CUT-CTB. Ao mesmo tempo que defendemos o fortalecimento da greve, com uma campanha nacional em solidariedade a luta dos operários da GM, devemos apresentar um pauta classista para a paralisação que além de impor o cancelamento das demissões dos 798 trabalhadores, contemple a redução dos ritmos de produção e da jornada de trabalho sem redução de salário;  Escala móvel de salários, onde os contratos coletivos de trabalho devam assegurar aumento automático dos salários, de acordo com a elevação dos preços dos carros e a escala móvel por horas de trabalho, para absorver a mão de obra metalúrgica desempregada. Com essa medida o trabalho disponível deve ser repartido entre todos os operários existentes e a repartição deve determinar a duração da semana de trabalho, com o salário médio de cada operário sendo o mesmo da antiga semana de trabalho. Não ao banco de horas! Fim dos empréstimos do BNDES às transnacionais que só engorda os bolsos dos patrões e financia as demissões! Frente à ameaça das demissões da fábrica da GM é preciso defender a estatização da empresa sob controle dos trabalhadores e sem nenhuma indenização. Para isso é preciso organizar nacionalmente uma campanha contra as demissões sem nenhuma ilusão nos inócuos apelos a Dilma sob o eixo da ocupação das empresas que demitirem, assembleias intersindicais unificadas, paralisações de verdade e a construção da greve geral da categoria. É fundamental para enfrentar a ofensiva dos patrões a retomada dos métodos de luta e ação direta, com assembleias massivas democráticas e greves unificadas para arrancar verdadeiros aumentos salariais e fazer avançar a consciência política da classe, a fim de aumentar o potencial de combate contra os seus inimigos de classe que têm imputado derrotas econômicas, sociais e políticas aos trabalhadores.

sábado, 21 de fevereiro de 2015


Todo apoio à luta dos operários do COMPERJ! Pagamento imediato dos salários atrasados e estatização das empreiteiras que demitem! Em defesa da Petrobras sob controle dos trabalhadores! Pela retomada das obras de construção das refinarias!

3000 trabalhadores do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (COMPERJ) estão sem salário desde dezembro de 2014. Soma-se a este número outros 500 operários que foram demitidos sem receber seus direitos trabalhistas por empresas que prestam serviço para a Petrobras, como a Alusa. Frente a esta realidade os trabalhadores ocuparam heroicamente a ponte Rio-Niterói no dia 10 de fevereiro e continuam na luta por seus empregos e direitos com manifestações de rua. Desde a LBI nos solidarizamos com o combate de classe dos companheiros e exigimos o pagamento integral dos salários, o pagamento das verbas rescisórias dos demitidos e a reincorporação de todos ao trabalho. A crise na Petrobras em função do ataque a companhia pelos rentistas internacionais e uma direção corrupta completamente servil ao mercado não pode recair sobre os ombros dos trabalhadores. O escândalo das “comissões” (propinas) pagas pelas empreiteiras como a Alusa aos diretores da Petrobras, que vem desde o governo tucano e continuou sobre a gerência petista, não pode ser o pretexto para paralisar as obras, demitirem os trabalhadores e não pagarem seus direitos. Defendemos a estatização de todas as empreiteiras, a retomada das obras das refinarias-COMPERJ e o controle da Petrobras pelos trabalhadores! Nesse sentido, nos somamos a convocatória da plenária do dia 26 de fevereiro para organizar a resistência dos trabalhadores e cobrir sua luta da mais ampla solidariedade, que se realizará no Sindpetro-RJ, para traçar ações de organização da campanha “SOS Comperj: os trabalhadores não pagarão pela crise”.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015


Todo apoio à prisão dos golpistas pró-ianques na Venezuela! O reacionário prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, deve responder diante de um Tribunal Popular por seus vínculos com a CIA e a Casa Branca!

O Serviço Bolivariano de Inteligência, SEBIN, deteve ontem (19/02) o prefeito (alcaide) metropolitano de Caracas, Antonio Ledezma, sob a acusação de conspiração golpista contra o governo constitucional de Nicolás Maduro. Ledezma é dirigente do partido ultradireitista Alianza Bravo Povo (ABP) e conjuntamente com Henrique Capriles e Leopoldo Lopez (preso a mais de um ano) coordenam as ações de sabotagem ao governo nacionalista burguês do PSUV. Porém o prefeito de Caracas talvez incentivado pela crise econômica de desabastecimento que assola a Venezuela tenha pretendido um dar um passo mais "ousado": planejar o assassinato do próprio presidente Nicolás Maduro. Para os conservadores que afirmam se tratar de mais um "delírio" da " teoria da conspiração", não custa lembrar que a prematura morte do coronel Hugo Chavez foi produto direto de uma intoxicação radioativa que acelerou um tumor cancerígeno já existente. Para os "experts" da CIA trata-se de uma operação bastante elementar e diversas vezes já realizada contra os adversários do "American Way of Life". A Venezuela vive uma conjuntura bastante polarizada politicamente, em particular após a morte de seu "Comandante Bolivariano", onde por um lado o presidente Maduro não avança em nenhuma medida de expropriação dos grandes grupos econômicos e na outra ponta a burguesia nativa segue boicotando as tímidas iniciativas de confronto do governo com o imperialismo e seus representantes caninos na Venezuela. Com uma inflação alta e salários corroídos fica muito difícil ao frágil governo Maduro recompor a base social do Chavismo no interior do movimento operário organizado. Maduro se apoia fundamentalmente nos setores populares e periféricos que diante das medidas sociais do governo nacionalista burguês obtiveram conquistas importantes no seu nível de vida. Mas a debilidade da economia capitalista venezuelana, monoprodutora e dependente das exportações de petróleo para os EUA, impede um avanço histórico mais significativo para os trabalhadores sob o marco de um regime burguês da propriedade privada dos meios de produção. Sob o "fogo cruzado" das duas trincheiras de classe, Maduro tenta se equilibrar com uma política "centrista de esquerda" e que obviamente não é aceita pelo imperialismo. Neste quadro o bloco conservador de oposição, concentrando desde forças fascistas até liberais de direita, tenta voltar ao controle do Estado burguês seja pela via institucional ou golpista. Na primeira hipótese o caminho parece estar obstruído para a oposição já que o Chavismo assegurou a hegemonia no campo do judiciário federal e fundamentalmente no seio das Forças Armadas. Uma conduta acertada e totalmente distinta da realizada pelo PT no Brasil ou a FpV (Kirchnerista) na Argentina. Com a trilha institucional obstruída a oposição direitista prioriza mesmo as alternativas de sabotagem, golpismo e assassinatos, criando um clima de terror no país. A prisão de duas lideranças da oposição (Leopoldo e agora Ledezma) deve "atiçar fogo" na conjuntura, desatando novamente as multitudinárias marchas da classe média contra o governo Bolivariano. Como Marxistas Revolucionários não compartimos da "tese" acerca do caráter socialista do Estado na Venezuela, seguimos caracterizando os governos Bolivarianos como uma expressão radicalizada do nacionalismo burguês. Contudo não somos "derrotistas" entre o confronto real travado entre o Chavismo e o bloco conservador pró-imperialista. Os Trotsquistas não podem ser neutros na luta política ou militar contra os interesses rapineiros do Império em nosso continente ou no planeta. A prisão de Ledezma acendeu o "sinal vermelho" para o Departamento de Estado dos EUA, que logo acionou seus "meios de comunicação" para denunciar mais uma vez os atos "autoritários e antidemocráticos" do governo Maduro. Parece uma piada de muito mau gosto que a "imprensa livre" defenda uma figura sinistra como Ledezma um dos signatários do "Acordo Nacional para a Transição", publicado no último 11 de fevereiro, um documento fascista que seria o ponto de partida para o desenvolvimento de um plano de golpe que incluiria até mesmo um bombardeio aéreo (com apoio logístico da CIA) ao Palácio Miraflores. Apoiamos incondicionalmente as prisões dos elementos abertamente golpistas e ligados a Casa Branca (centro mundial do terrorismo de estado) na Venezuela, porém apontamos a necessidade de ir além dos estreitos limites do regime burguês vigente. É necessário convocar o proletariado venezuelano para julgar e condenar os golpistas da direita, através da construção de seus próprios organismos de poder. Neste sentido a organização de tribunais populares, democraticamente constituídos de forma independente pelo movimento de massas, será um primeiro passo decisivo para derrotar a ofensiva golpista e os planos da pirataria imperialista para subjugar a Venezuela.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015


Fracassa a "Marcha por Nisman", com 
a ajuda de um forte temporal a presidente Cristina Kirchner consegue respirar para retomar iniciativa política contra a direita 

A "Marcha do Silêncio" rodeada de uma grande expectativa política por parte da oposição de direita ao governo CFK acabou frustrando seus promotores. Sob um forte temporal que desabou no final da tarde de ontem (18/2) sobre a cidade autônoma de Buenos Aires, um contingente de cerca de 100 mil pessoas marcharam até a Praça de Maio (sede do governo) para responsabilizar a presidenta Cristina pela morte do promotor de justiça federal Alberto Nisman ocorrida exatamente a um mês atrás. O bloco conservador (praticamente todo unido um torno da convocatória da Marcha) esperava organizar a maior manifestação da história recente da Argentina, contaram com o frenético apoio de todos os setores da mídia corporativa e também da maioria de juízes e promotores de justiça do Estado Burguês. Mas o que seria o "golpe letal" contra a permanência do governo Cristina até o final de seu mandato se transformou em mais uma das mobilizações medianas convocadas pela reacionária classe média portenha. Nem de longe compareceram mais de um milhão de manifestantes (era a menor "aposta" da oposição), ao contrário perto de cem mil apáticos cidadãos portavam cartazes "exigindo justiça para o caso Nisman", sem o menor entusiasmo político. O comando geral da oposição burguesa compareceu em peso a "fria" passeata, "castigada" por uma intensa chuva do verão argentino. A mídia "murdochiana" transmitia ao vivo o protesto, além de convocar desesperadamente a população a comparecer as ruas do centro portenho. O prefeito de Buenos Aires, Maurício Macri, do partido semifascista PRO era uma das cabeças políticas da Marcha que contou também com a participação dos deputados Hermes Binner (Partido Socialista), Sergio Massa (Frente Renovador), Margarita Stolbizer (GEN), Elisa Carrió (Coalición Cívica ARI) e Julio Cobos (UCR); todos estes aspirantes de "primeira linha" a ocupar a Casa Rosada nas próximas eleições presidenciais de outubro. Enquanto a oposição amargava o grande fracasso da Marcha, Cristina e sua anturragem estatal inaugurava uma nova central nuclear, Atucha II, que colocará a Argentina na rota da produção de artefatos atômicos. Este comparativo nos fornece as razões políticas do fiasco da mobilização organizada pela direita com o objetivo de "tomar de assalto" o governo, a presidente Cristina assume tímidas medidas que afrontam os interesses imperialistas no país, este elemento é suficiente para gerar uma forte desconfiança dos setores mais conscientes do proletariado em uma oposição conservadora completamente subordinada a Casa Branca. No compasso em que o governo CFK estabelece acordos comerciais e militares com os adversários de Washington, o bloco reacionário e entreguista tenta desferir em vão sua carga direitista contra as conquistas sociais e democráticas da população trabalhadora, mirando a conquista do poder estatal.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015


O Carnaval do “Face” e sua falsa euforia: A vazia espetacularização da vida a serviço da dominação cultural e ideológica de nosso povo!

William Waack, o ventríloquo da famiglia  Marinho, anunciou no Jornal da Globo da última sexta-feira, 13, que iria começar o “carnaval brasileiro”, nas palavras dele a “única coisa que dá certo em nosso país, que gera alegria ao povo em tempos de crise”. Em campanha aberta para desmoralizar a Petrobras, o PT e demonstrar que o Brasil é uma “bandalheira geral” que nada presta, o âncora global enalteceu os desfiles no Sambódromo e na Bahia como exemplos únicos de organização e beleza, como se a prostituição e a mercantilização da verdadeira festa popular fosse seu melhor exemplo. Nos spots da emissora viu-se em Salvador, Cláudia Leite, a “musa” do momento e os trios elétricos potentes recheados de marcas de patrocinadores, desde cervejas até produtos de beleza comandarem uma multidão de foliões idiotizados vestidos de uniformes em formas de abadás coloridos pagos a peso de ouro pela classe média deslumbrada com seus “selfies” para colocar no “Face”... Os camarotes, organizados por grandes marcas capitalistas e espalhados nos principais pontos da “folia” do país, são a atualização da Casa Grande que assiste drogada a “senzala” passar com uma “euforia” injustificada. No “berço” do carnaval a cidade do Rio, o sambódromo com as “escolas de samba”, desfilaram a riqueza portentosa com suas celebridades televisivas que em nada tem relação com a vida pobre do povo, sob o aplauso de turistas que pagaram pacotes caríssimos nas arquibancadas saudando a “majestosa festa nacional”. Não por acaso, a escola campeã, a Beija-flor foi patrocinada em R$10 milhões pelo sanguinário ditador da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang, enquanto a maioria do povo do país africano sobrevive com menos de R$1 por dia. Unindo o espetáculo vazio, a euforia artificial dos foliões que se auto-fotografam na espetacularização das vidas privadas via as chamadas “redes sociais” e que são alvos fáceis das necessidades do mercado. Este escolhe a dedo suas “musas” para vender revistas de celebridades, produtos diversos e sucessos sonoros a fim de emplacar verdadeiros lixos nas “paradas de sucesso”. Este é o modelo de “alegria” que a elite decadente deseja nos impor artificialmente, deculturando o país com “hits” idiotizantes e padrões de beleza “sarados” para impor um perfil de comportamento barbarizado e bestial ao melhor estilo dos BBB´s, patrocinando “valores” que são a base do fascismo. A Rede Globo e a direita esperam o passar desta quarta-feira “de cinzas” em que termina a “festa” manipuladora para retomar sua ofensiva política para privatizar a Petrobras e manter o desnorteado governo Dilma nas cordas. Desgraçadamente, o Carnaval perdeu totalmente seu teor contestatório, de autêntica festa popular e se tornou em um grande evento de alienação de massas, quadro que se aprofundou nos dozes anos de governo nacional da Frente Popular. Na transformação desta festa em um espetáculo para a exibição de valores e comportamentos não há qualquer correspondência com o espírito popular de sua origem chamado “entrudo”, ou seja, a festa “de libertação” que antecede a quaresma, uma vez que o Carnaval era sinônimo de subversão dos “bons costumes” da elite oligarca ultrarreacionária. Hoje a “festa” que vemos na TV não representa mais o caráter contestatório político-religioso presente até meados da década de 50 (a sátira política como crítica ao regime político vigente). Até mesmo os “blocos alternativos” cada vez mais se rendem ao mercado e os foliões se dobram a “falsa euforia” que tanto agrada as classes dominantes. Para romper com este ciclo cultural, político e ideológico destrutivo só há uma saída: colocar abaixo pela senda revolucionária o modo de produção capitalista e seu mercado que reduz as festas populares a meros espetáculos voltados ao lucro e a dominação de nosso povo idiotizado que encobrem seus problemas pessoais e sociais através das imagens glamorosas do mundo imaginário do “Face”!

Hoje (18/F) juízes, promotores e procuradores de justiça marcham na Argentina exigindo a "cabeça" de Cristina: Um prenúncio do que pode ocorrer amanhã no Brasil?

Hoje, 18 de fevereiro, está previsto ocorrer uma gigantesca manifestação em Buenos Aires contra o governo Cristina Kirchner, quando se completa um mês da "misteriosa" morte do promotor federal Alberto Nisman. A multitudinária mobilização denominada de "Marcha do Silêncio" é impulsionada por um amplo arco político de forças conservadoras de oposição, contando também com a simpatia de algumas organizações da esquerda revisionista, tendo como objetivo central a deposição da presidenta Cristina, acusada indiretamente pelo assassinato de Nisman. O suicídio do promotor de justiça ainda é a versão oficial dos organismos responsáveis pela investigação do caso, embora a cada dia apareça na mídia corporativa (inimiga visceral da corrente Kirchnerista) uma nova "revelação" que aponta para algum flanco do governo. O clima de comoção nacional gerada pela abrupta morte de Nisman, com um tiro na cabeça, rapidamente foi galvanizado pelos setores da direita, da qual o próprio promotor era um forte referência política. Nisman estava em plena cruzada para acusar Cristina pelo encobrimento dos autores criminais do atentado à AMIA ocorrido em 1994. Segundo o reacionário promotor o governo CFK vinha protegendo organizações terroristas islâmicas, como o Hezbolah, em função de acordos comerciais celebrados entre Argentina e o Irã. Pouco antes de morrer Nisman buscava apresentar "provas" a uma comissão do parlamento argentino (uma espécie de CPI), onde exigiria o início do processo de deposição de Cristina. Obviamente que neste quadro de intensa polarização, o surgimento do "cadáver Nisman" catapultou todos os adversários políticos e econômicos do governo a saírem às ruas para exigir a derrubada da presidenta Cristina. A marcha de hoje é freneticamente patrocinada pela mídia "murdochiana", que prometeu vingança após a aprovação de uma tímida lei de regulamentação dos meios jornalísticos, porém conta ainda com o pesado aval da mais alta hierarquia da justiça argentina. São imprevisíveis os desdobramentos políticos do "dia after", a única certeza é que se a mega "Marcha do Silêncio" conseguir produzir mais "defuntos" políticos será o governo CFK que poderá "morrer" prematuramente. A repercussão da iniciativa política dos juízes e procuradores argentinos já se fez sentir no Brasil, não por coincidência a mídia global promove entusiasticamente a figura do magistrado Sérgio Moro encarregado de criminalizar o PT na malfadada "Operação Lava Jato". Até mesmo o decadente Joaquim Barbosa resolveu sair das catacumbas e reivindicar a "degola" do inofensivo ministro Eduardo "Soneca" Cardozo. Neste ano acontecerão eleições presidenciais na Argentina, o ciclo estatal CFK está bastante desgastado por uma crise econômica  que reduziu importantes conquistas operárias obtidas nos anos de Peronismo. Cristina, ao contrário de sua "colega" Dilma, assumiu algumas "pelejas" com setores da burguesia nativa, em particular os "sojeros" e barões da mídia como o grupo "Clarín". Dilma trilha um caminho diferente, nomeia o agro- negócio para a pasta da Agricultura e irriga fartamente a famiglia Marinho com verbas estatais, sem falar no fato de convocar rentistas para controlar o Ministério da Fazenda. Comparações entre a situação política da Argentina e Brasil são inevitáveis, similaridade evidente ocorre com forças conservadoras da extrema direita (encrustadas no aparelho estatal) que "salivam" com o impeachment de Cristina e Dilma. Porém se na Argentina o calibre central da burguesia nacional aspira por uma mudança do núcleo político estatal no Brasil ocorre o oposto. As oligarquias financeiras sustentam o governo da Frente Popular do PT na medida em que é o único regime político (colaboração de classes) que pode garantir a estabilidade social, e nesta senda implementar um agressivo receituário neoliberal contra as massas.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015


Uma polêmica com o revisionismo sobre o caráter da gestão Tsipras: O Syriza encabeça um governo “socializante” em disputa ou uma gerência burguesa de “esquerda” a serviço da Troika?

Às vésperas do governo comandado pelo primeiro-ministro Alexis Tsipras, dirigente do Syriza, completar um mês podemos estabelecer um balanço inicial das medidas adotadas até aqui e das perspectivas estratégicas de seu mandato “gerencial” na Grécia. Como não se trata de um governo tradicional da burguesia mas de uma gerência socialdemocrata de “esquerda” eleito com amplo apoio popular, o Syriza tomou inicialmente algumas medidas baseadas na sua demagogia “anti-austeridade”: anunciou a renegociação da dívida como prioridade, o aumento do salário mínimo para 751 euros, a reincorporação dos empregados estatais demitidos ilegalmente, fornecimento gratuito de eletricidade para 300.000 famílias, uma reforma fiscal e um freio nas privatizações em curso para “revisar” suas condições. Estas iniciativas foram saudadas pela esquerda reformista e os revisionistas do trotskismo como “grandes vitórias” sendo supostamente provas incontestes de que o governo Tsipras deve ser apoiado “criticamente” ou pelo menos respaldadas todas as suas medidas anti-austeridades, pois este seria um governo “socializante” em disputa! Nada mais falso do que essa caracterização que supostamente se apresenta como “preliminar”, tais primeiras medidas do Syriza são completamente insuficientes, não representam nenhum enfrentamento frontal com a Troika e, muito menos, uma ruptura revolucionária com o capitalismo. Ao contrário, esses paliativos foram tomados para ganhar tempo frente a sua base social, enquanto Tsipras e o ministro das Finanças, Ministro das Finanças, Yanis Varoufakis, fizeram um giro pelo Europa a fim de fechar um “pacto social” com outros países da UE. Em seu lava-pés, o novo governo grego começou a negociação de sua dívida com várias concessões. Para acalmar os investidores, deixou de falar em “cancelamento parcial” da dívida para defender uma “reestruturação” dos pagamentos, com novos títulos a mais longo prazo e atados ao crescimento. Foi declarar que vai seguir pagando, mas solicitando condições menos asfixiantes, proposta que foi negada pela Alemanha (seu maior credor) sendo Merkel apoiada pelo francês Hollande (PS). A solicitação de Atenas se limitou a reivindicar um “programa ponte” até maio que lhe permita um respiro para seguir negociando enquanto implementa suas primeiras medidas. Mas a resposta do BCE foi direta: não aceitar os títulos gregos como garantia por financiamento para novos empréstimos depois do dia 28 de fevereiro, quando vence o programa de resgate. Em resumo, o imperialismo europeu (não) está “pagando para ver” até onde vai o plano anti-austeridade do Syriza, que agora está solicitando uma “conferência da dívida europeia” como mais uma medida distracionista para camuflar sua completa impotência de enfrentar o imperialismo europeu! A composição do governo é outro sinal do rumo escolhido pelo Syriza. Selou um pacto com o direitista e xenófobo Gregos Independentes (ANEL), cujo dirigente, Panos Kamenos, é nada menos que ministro da Defesa. Como podemos observar trata-se de um governo de colaboração de classes que deve ser combatido pela vanguarda classista grega e mundial. Como denunciou o KKE no comunicado “Sobre a perigosa e enganosa campanha da chamada 'solidariedade com o povo grego’” em que alerta “No momento em que as discussões e reuniões do novo governo SYRIZA-ANEL desenrolam-se a nível internacional, antes do início das negociações oficiais com os ‘parceiros e prestamistas europeus’, está a ser promovida por certas forças no exterior uma ‘campanha de solidariedade com o povo grego e o governo de esquerda’. Entretanto, se alguém examinasse as condições reais e os fatos de um modo objetivo perceberia que o que está no centro das negociações é o seguinte: como é que o povo continuará a pagar o alto preço pela dívida que ele não criou; como é que a competitividade dos grupos de negócios será reforçada; como prosseguirão as ‘reformas’ (as quais, como enfatizou o primeiro-ministro Tsipras durante a sua reunião com o presidente francês Hollande em 4/Fev, são objetivos do governo, ninguém está a impor-lhes); e quão prontamente o dinheiro será assegurado para a recuperação do capital”. Desde a LBI convocamos as organizações revolucionárias a nível mundial a somar-se na denúncia feita pelo KKE e a desmascarar a farsa montada pelo governo Syriza. A tarefa dos Marxistas-Leninistas neste momento crucial da luta de classe na Grécia é combater as ilusões dos explorados na nova gerência socialdemocrata e organizar desde as bases operárias e populares a luta direta contra a política de colaboração de classes do Syriza e não o contrário, como desgraçadamente fazem o integrantes da família revisionista pelo mundo, semeando falsas expectativas no governo burguês sob o comando de Alexis Tsipras.

Sob inércia do ministro Eduardo “Soneca” Cardozo, PF e a “República de Curitiba” preparam indiciamento de Dirceu na Operação “Lava Jato”

No ápice da crise de Vargas em 1954 um bordão foi popularizado por ser tratar de um verdadeiro poder paralelo por cima do governo nacionalista sob intenso cerco do imperialismo, estamos falando é claro da "República do Galeão". A base aérea do Galeão (RJ) foi convertida no "quartel general" da oposição reacionária a Vargas, que contando com o apoio dos militares, expediam mandatos de prisão além de promoverem interrogatórios "coercitivos" a militantes políticos ligados ao PTB. O então gabinete de Vargas mostra-se completamente impotente diante da sanha furiosa e inconstitucional da "República do Galeão", que contava com o apoio entusiástico da famiglia Marinho. Qualquer semelhança histórica com o que está ocorrendo hoje na famigerada operação "Lava Jato" não é mera coincidência. Desde Curitiba e com "amplos poderes" o Juiz federal Sergio Moro e sua equipe de procuradores comandam um enorme espetáculo midiático que supostamente visa combater o "mar de lama" instalado no seio da Petrobras. Porém parece mesmo que o objetivo da "Lava Jato" está bem distante de princípios "éticos", busca realmente destruir a maior empresa estatal do país e de quebra criminalizar os dirigentes do PT como "bandidos corruptos". O "gancho" jurídico da "Lava Jato" parte de uma evidência inerente ao próprio sistema capitalista da tão louvada "iniciativa privada", ou seja, todos os gestores do Estado burguês (sem exceção alguma!) recebem "comissões" das grandes empresas capitalistas. Não foi o PT, tampouco o PSDB que criaram as chamadas "propinas", estas existem desde o nascimento da república "democrática" (no mínimo!) e infestam todas os setores do Estado Nacional (desde pequenas prefeituras até a maior estatal do Brasil). As "comissões" são o mecanismo moderno para a realização do acúmulo patrimonial da elite política dominante e só podem ser eliminadas integralmente com a transformação revolucionária do modo de produção capitalista, qualquer "medida moralizadora" que não aborde esta questão fulcral não passa de demagogia barata geralmente manipulada politicamente por segmentos da direita. A “caça às bruxas" em curso, sob a maquiagem jurídico policial, está focada em paralisar o crescimento da Petrobras em áreas estratégicas como o refino industrial do óleo cru (incluindo o "Pré-sal") e química fina, que precisam de grandes obras tocadas justamente pelas empreiteiras nacionais. Como o juiz Miro sentiu-se amplamente amparado pela venal mídia corporativa em sua empreitada contra os interesses do país e posteriormente constatou que o próprio ministro da justiça, o petista Eduardo Cardozo, não lhe impunha nenhum limite resolveu instalar um poder paralelo por cima das próprias "instituições". Trata-se da "República de Curitiba" que agora elegeu como alvo político o PT, neste rumo Moro deu seus primeiros passos na direção de Vaccari e José Dirceu, sendo que este já responde centralmente por outra farsa jurídica, o "Mensalão", baseado na mesma hipocrisia burguesa de que só o PT neste país recebe "comissões"...

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Leia a mais recente edição do Jornal Luta Operária nº 291, 1ª Quinzena de Fevereiro/2015


EDITORIAL
Golpe parlamentar para derrubar Dilma ou ofensiva neoliberal do governo contra os trabalhadores: Qual a ameaça real a combater?


EXPLOSÃO EM PLATAFORMA MARÍTIMA DA PETROBRAS
Mera coincidência com ápice da crise ou o início da “tradicional” sabotagem da CIA?


ALTA DO DÓLAR SOBRE O REAL
Ou o “golpe” silencioso dos rentistas que conta com a ajuda de Levy e Tombini

  
“FESTA” DOS 35 ANOS
Sob o fogo cerrado da direita, PT conduz a ofensiva neoliberal contra as massas preparando seu próprio enterro político!


FERREIRA GOMES NO PT E OS ACM FAZEM O MESMO NO PDT
Por que as oligarquias reacionárias aderiram aos partidos da “esquerda socialista”?


“DISPUTA” NA CÂMARA DOS DEPUTADOS
Vitória acachapante de Cunha humilhou o PT, que “lamenta” o pouco empenho do Planalto na campanha de Chinaglia

  
DILMA E “LAVA JATO” SABOTAM TÍMIDO PROJETO DE SOBERANIA NACIONAL
Cancelamento das refinarias “Premium” e drástica redução nas obras da COMPERJ e Abreu Lima
  

DIRCEU “AMEAÇA” FORMAÇÃO DE NOVA TENDÊNCIA MAIS À ESQUERDA NO PT...
Foi “enquadrado” pela “Lava Jato”!
  

ATAQUE À CAIXA ECONÔMICA FEDERAL
Dilma anuncia novo processo de privatização com abertura de capital


UM PRIMEIRO BALANÇO POLÍTICO DO DIA 28.01
Nem greves, nem paralisações... Atos esvaziados com o objetivo de preservar Dilma!

  
STÉDILE DEBATE COM BLOGUEIROS DA ESQUERDA
LBI exige ruptura do MST com a política neoliberal do governo Dilma!


FORMADA CHAPA DE OPOSIÇÃO DOS PROFESSORES/CEARÁ
LBI integra a chapa Oposição Alternativa para derrotar os pelegos da CUT na APEOC


ATOS PELO PASSE LIVRE - SÃO PAULO
Refluxo do movimento reflete ausência de estratégia classista e revolucionária para luta contra aumento das passagens


VITÓRIA OU DERROTA ADIADA?
Sindicato “troca” 800 demissões por PDV na Volks! CUT comemora fim da greve via acordo idêntico ao celebrado pela Conlutas e GM!


91 ANOS DA MORTE DE LENIN (Exclusivo para internet)
Nossa reverência militante ao chefe exemplar do Partido Bolchevique!


MORTE DO PROCURADOR NISMAN
Comoção favorece a direita que acusa “terroristas do Irã” e governo Cristina de terem ordenado seu “silêncio sepulcral”


IMPERIALISMO FECHA CERCO CONTRA REBELDES NA UCRÂNIA
Miram nas “Repúblicas Populares”, mas o verdadeiro alvo é Moscou!


VITÓRIA DO SYRIZA
Gerência socialdemocrata de “esquerda” à serviço da Troika! Convocar KKE a encabeçar Oposição Operária ao governo Tsipras!


NOVO LANÇAMENTO DA EDITORA “PUBLICAÇÕES LBI”
Ofensiva imperial para destruir a Petrobras

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015


Explosão em plataforma marítima da Petrobras: Mera coincidência com o ápice da crise ou o início da "tradicional" sabotagem da CIA? 

Nesta quarta-feira (11/02) a tarde uma explosão a bordo do navio plataforma "Cidade São Mateus", fretado desde 2009 pela Petrobras a empresa BW Offshore, deixou 3 trabalhadores mortos e 10 feridos no litoral Norte do Espírito Santo. Outros 6 petroleiros ainda estão desaparecidos. A unidade móvel da BW (CSM), empresa de origem norueguesa, foi uma das cinco alugadas pela Petrobras a esta empresa e operava no pós-sal dos campos de Camarupim e Camarupim Norte, no litoral do Espírito Santo, a cerca de 120 km da costa. Conforme a Petrobras, a produção de gás é o foco da plataforma, que é escoada totalmente por duto para terra. Segundo os relatos iniciais a explosão teria ocorrido na casa de máquinas e logo atingido a tubulação do gás. Ainda é muito cedo para conclusões mais precisas sobre o trágico acidente que ceifou a vida de quase uma dezena de operários e acidentou gravemente o mesmo número. Porém alertamos que a campanha internacional de destruição da Petrobras não é operada por " anjinhos" que se limitam a torpe publicidade midiática. Conhecemos muito bem a atuação criminosa do Departamento de Estado dos EUA e seu braço armado a CIA em outros episódios recentes da nossa história, nem precisa ir muito longe basta rememorar o "estranho" acidente que vitimou o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, até hoje envolto em "sigilo de estado". O certo é que os abutres da nação usarão este acidente fatal para intensificar ainda mais a ofensiva privatista contra a nossa empresa estatal. No momento se impõe estabelecer todo apoio material e humano as vítimas e seus familiares, exigindo uma apuração rigorosa e aberta ao conjunto das entidades sindicais (ao contrário do que ocorreu na queda do avião do presidente do PSB). Nossa integral solidariedade aos bravos petroleiros que arriscando a própria vida e com baixos salários (muitos até precarizados) levam esta empresa a ocupar uma das lideranças mundiais do setor de extração marítima de óleo e gás, uma área de altíssimo risco para vidas humanas. Os chacais e hienas imperialistas não serão vitoriosos em sua sinistra escalada para destruir a Petrobras, a força do proletariado é bem maior!

Por que o Dólar sobe no quadro de estancamento da economia? Ou o "golpe" silencioso dos rentistas que conta com a ajuda de Levy e Tombini

Em meio as manchetes convulsionadas da mídia corporativa sobre a crise da Petrobras, corrupção dos gestores estatais e lógico o envolvimento do PT em todas as "desgraças" do país podemos ler sem muito destaque que a cotação do Dólar em relação ao Real atingiu o maior valor dos últimos dez anos. Não existem razões econômicas ou financeiras no cenário mundial, como por exemplo um crash bursátil em algum centro imperialista, que justifiquem a vertiginosa alta da moeda norte-americana no mercado brasileiro. Tampouco a lenta recuperação da economia ianque ainda não foi capaz de comprimir a cotação de outras moedas nacionais, apesar de apontar uma recomposição cambial do Dólar em 2014 com a forte ajuda do FED. No plano local não podemos encontrar o motivo da desvalorização do Real em nenhum dos fundamentos econômicos da conjuntura atual, não estamos atravessando um aquecimento das importações e o consumo interno está indicando uma tênue tendência a recessão ou estagnação temporal. Porém os "experts" consultores do mercado de capitais logo encontraram uma razão nada crível para a valorização do Dólar: "A corrupção na Petrobras". Para os leitores menos entrosados com a "ciência da economia" não custa registrar que a elevação do Dólar não só influência os índices inflacionários nacionais, aumentando o preço de insumos básicos, mas também infere diretamente nas reservas cambiais do país, o lastro mais importante da economia brasileira no momento em que as "projeções" do PIB revelam um crescimento zero para este ano. Quando os rentistas internacionais apostam na depreciação da nossa moeda, no mercado nacional, promovem um verdadeiro ataque especulativo as reservas cambiais do país, hoje orçadas em cerca de 400 bilhões de Dólares. Diante do "ataque" o BC se vê forçado a promover leilões de Dólar (swaps cambiais) para baixar a cotação e aí os rentistas fazem "barba e cabelo"! Este "golpe" do mercado contra a economia nacional não é propriamente uma novidade, vem sendo utilizado justamente em momentos de crise e instabilidade política, como denunciamos nas "Jornadas de Junho" de 2013. Também para ser exitoso o "ataque especulativo" deve contar com a aquiescência das autoridades monetárias, no caso a direção do Banco Central e Tesouro Nacional, dispostas a ceder aos apetites vorazes dos "golpistas". Agora "descobriram" um terreno fértil para tentar solapar o último "bastião" do governo Dilma, já que a Balança Comercial do país encontra-se deficitária. A crise artificial provocada para destruir a Petrobras parece estar servindo para objetivos múltiplos, desde os trustes transnacionais do petróleo, passando pela oposição reacionária tucana e agora chegando ao bolso dos especuladores do mercado de capitais. Por sua vez o chefe da equipe econômica palaciana, Joaquim Levy, parece prestar ordens não ao governo Dilma mas aos rentistas que se refestelam com o assalto as reservas cambiais do Brasil. Este criminoso "golpe" financeiro contra o povo trabalhador, que em última medida pagará a conta do "ataque especulativo", está passando desapercebido das atenções da esquerda "chapa branca" muito preocupada com o suposto impeachment da presidenta...

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015


Potências imperialistas fecham cerco contra os “rebeldes” na Ucrânia: Miram nas “Repúblicas Populares”, mas o verdadeiro alvo é Moscou! Os Marxistas combatem na mesma trincheira dos separatistas e da Rússia contra o imperialismo, a OTAN e seus bandos fascistas!

Na véspera de se completar um ano do golpe desferido em 21 de fevereiro de 2014 pelos fascistas na Ucrânia com o objetivo de subordinar o país aos ditames da OTAN, UE e do FMI, os líderes das potências imperialistas como EUA, Alemanha e França, tendo como pretexto discutir a “segurança global”, se reuniram nesse final de semana em Munique para organizar uma ofensiva política e militar contra os “rebeldes” do Leste ucraniano e reforçar as sanções contra a Rússia. Do encontro também participou o presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, que exigiu o incremento das medidas contra Moscou mostrando passaportes de soldados russos que supostamente atuam no território do país. O Kremlin enviou representante para cúpula a fim de apresentar um “plano de paz” cuja condição inicial seja o fim das ações militares ucranianas, apoiadas pelo imperialismo, contra as chamadas “Repúblicas Populares”, particularmente Donetsk, que vem resistindo a sanha genocida de Kiev e cuja direção convocou 100 mil combatentes populares para enfrentar as forças leais ao governo de Poroshenko. O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, traçou em poucas palavras a política da Casa Branca e da UE: “Muitas vezes o presidente Putin prometeu a paz e entregou tanques, tropas e armas aos separatistas. Então vamos continuar a ajudar a Ucrânia com assistência de segurança, não para encorajar a guerra, mas para permitir que a Ucrânia se defenda. Para ser claro, nós não acreditamos que exista uma solução militar na Ucrânia. Mas, para ser igualmente claro, não acreditamos que a Rússia esteja certa de fazer o que está fazendo. Acreditamos que devemos buscar uma paz honrada. Também acreditamos que o povo da Ucrânia tem o direito de se defender” e concluiu como uma ameaça “Levando-se em conta a recente história da Rússia precisamos julgar seus atos, não suas palavras. Atos, não palavras, presidente Putin”. Para pressionar ainda mais a Rússia um novo encontro está marcado para esta quarta-feira (11) em Misnk. Putin defende a federalização ucraniana, com Donetsk e Lugansk passando a ter poder de veto em qualquer aprofundamento das relações de Kiev com o Ocidente, tendo autonomia do governo central e podendo inclusive participar da União Euroasiática que a Rússia criou com ex-repúblicas soviéticas, termos inaceitáveis para o imperialismo. Somente se colocando neste lado da trincheira os marxistas leninistas poderão, ombro a ombro com o proletariado e o campesinato desta região, apontar uma perspectiva comunista proletária para o conflito, indo portanto além de suas direções burguesas. A palavra de ordem de “Todo apoio as milícias de autodefesa para derrotar a reação fascista e os golpistas impostos em Kiev! Armas para os revoltosos expulsarem os neocolonialistas!” está a serviço de forjar um programa revolucionário que coloque na ordem do dia a construção de verdadeiras “Repúblicas Soviéticas” com a expropriação dos bandos burgueses restauracionistas, chamando inclusive a solidariedade ativa do proletariado russo em sua defesa. Os bolcheviques leninistas em caso de uma guerra deflagrada na região de influência geopolítica da antiga URSS saberão levantar as “bandeiras de outubro”, tão sentidas para o proletariado soviético, e na mesma trincheira militar dos restauracionistas russos contra o imperialismo acertarão suas “contas” históricas com aqueles que ajudaram a destruir as conquistas operárias da revolução socialista de 1917!