Levante dos professores no Paraná deve se voltar contra
Richa que "quebrou" o estado e Moro que promete fazer o mesmo com o
país!
Os servidores públicos e os trabalhadores devem lutar contra o governo Richa e também para pôr fim a “República do Paraná” que deseja via a Operação “Lava Jato” impor o falido “modelo” de privatização e destruição das estatais para todo o país. As relações entre Beto Richa e Sérgio Moro são bastante “íntimas”. A esposa do juiz Moro é assessora do PSDB. Rosângela Wolff de Quadros Moro é assessora jurídica de Flávio José Arns, vice-governador do Paraná, eleito na chapa encabeça por Beto Richa (PSDB). Ela faz parte do escritório de Advocacia Zucolotto Associados em Maringá que defende várias empresas privadas do ramo do Petróleo, como: INGRAX com sede no Rio de Janeiro, Helix da Shell Oil Company, subsidiária nos Estados Unidos da Royal Dutch Shell, uma multinacional petrolífera de origem anglo-holandesa, que está entre as maiores empresas petrolíferas do mundo ávidas. Todas essas empresas desejam que a Petrobras seja esquartejada e privatizada, objetivo final da "Lava Jato". Não bastasse isso, o primo do juiz, Cesar Moro Tozetto, financiou a campanha eleitoral de Richa com doações milionárias. Cesar Moro é proprietário da maior rede de Supermercados do Paraná, à Tozetto Supermercados e também é Presidente da Associação Paranaense de Supermercados. Como se observa, trata-se de uma ampla rede tucana que atua tanto para atacar as conquistas dos trabalhadores, como para abrir caminho para uma ofensiva da direita a nível nacional via a “Lava Jato”, tendo como base a destruição da Petrobras e a criminalização dos movimentos sociais. Neste longo elo de ligação está também o atual Secretário de Segurança do Paraná, o deputado federal tucano Fernando Francischini, que é delegado da PF e faz a ponte direta entre Moro e Richa. Francischini é conhecido no Paraná, como o "Rei dos Vazamentos", fornecendo para a Veja, Folha e Globo, as informações sobre as “delações premiadas” (em tese em segredo de justiça) que tem como alvo o PT. A mando de Richa e em conluio com Moro, o tucano com fortes vínculos com a PF no estado é o principal responsável pelo “vazoduto” que tem instrumentalizado as manchetes de jornais, capas de revistas e longas reportagens nas TVs, que visam desgastar o governo Dilma, a Petrobras e o PT e encobrir os escândalos envolvendo os dirigentes do PSDB, como o do Banestado. Como se observa, a ofensiva de Richa contra os professores e demais servidores públicos é parte de uma cruzada mais ampla pela entrega da economia nacional aos trustes estrangeiros, em que Moro atua sob a fachada de "moralizador" mas no fundo é representante dos interesses imperialistas em nosso país, sendo parceiro do governador tucano nesta empreitada sinistra!
A mobilização dos professores e servidores do Paraná vem se
tornando um exemplo de luta para outros estados e uma preocupação para o
tucanato que desejava descarregar o desgaste da corrupção burguesa apenas no PT
e no governo Dilma. Enquanto a mídia dedica generoso tempo de TV e páginas dos jornalões ao
“Petrolão” encobre a mobilização multitudinária contra o PSDB no Paraná,
justamente porque neste estado de fato existem manifestações de massas contra a
gestão Richa. Lutam contra as medidas do governo tucano que encaminhou para a
Assembleia Legislativa um conjunto de ajustes de austeridade como presente
natalino, estabelecendo um novo regime previdenciário para o funcionalismo
estadual, com teto máximo do INSS para o benefício da aposentadoria (cerca de
R$ 4.600,00). Quem quiser receber acima desse valor, deve contribuir para um
regime de previdência complementar. Além disso, aplicou os 11% de contribuição
previdenciária para os que já estão aposentados (no Paraná, esse desconto nunca
fora cobrado). O governo também passou a dispor de 15% da receita do estado,
para remanejamento, sem precisar consultar o Legislativo. E pode se apropriar
de R$ 90 milhões dos R$ 140 milhões que seriam destinados à defensoria pública.
Somando-se a esse primeiro pacote de maldades, ocorreu uma ampliação dos
tributos estaduais, que ficou conhecido como Tarifaço: aumento de 40% do IPVA e
aumento da alíquota de ICMS para combustíveis e outros produtos de consumo
popular. A resistência massiva a esses ataques do tucanato ocorre enquanto os
atos pró-impeachment de Dilma até agora foram minúsculos. A direita e a Rede
Globo esperam o dia 15 de março para tentar dar alguma legitimidade popular ao
engodo golpista mas enquanto isso os trabalhadores estão saindo as ruas contra
as medidas draconianas impostas pelos governos estaduais. Em Brasília, por
exemplo, os professores seguiram o exemplo do Paraná e deflagraram greve geral
contra o governo Rollemberg (PSB), que apoiou Aécio no segundo turno das
eleições presidenciais. Em uma das maiores assembleias da categoria nos últimos
anos, os professores do Distrito Federal forçaram o Sinpro-DF a decretar
paralisação até sexta-feira, dia 27. A categoria sofre um dos maiores ataques
já recebidos em seus direitos elementares. Existe todo um plano de contingência
de gastos do GDF que está sendo aplicado nas costas dos professores. Se todos
os benefícios, verbas e direitos dos professores não forem pagos, a categoria
deve deliberar pela greve por tempo indeterminado! Está claro que somente a
ação direta pode derrotar o “ajuste fiscal” dos governos estaduais e do
Planalto, sob o comando do odiado Levy. A mobilização popular em defesa de seus
direitos e conquistas é o caminho para derrotar a oposição conservadora e
superar a política de colaboração de classes da Frente Popular, que paralisa o
movimento operário enquanto Dilma desfere seu pacote de maldades neoliberais
contra os trabalhadores!
A direção da APP-Sindicato, que dirige a luta dos
professores do Paraná, é composta por correntes sindicais cutistas, como a DS
(que é a maioria da direção), a Articulação Sindical e O Trabalho. Passando
claramente por cima dos limites que a direção sindical impôs no início da mobilização,
os trabalhadores superaram a tentativa de limitar o movimento de luta a uma
ação de “pressão” sobre a máfias de deputados que dominam a ALEP (Assembleia
Legislativa): impediram o funcionamento da “casa do povo” e que os deputados
aprovassem o “pacotaço” com um conjunto de medidas contra o povo que o governo
queria impor; obrigando os deputados (que tiveram que fugir de camburão) e,
depois, o próprio governo a recuar em seus planos de cortes de mais de R$ 11
bilhões do orçamento do Estado (cerca de 25%). Na marcha deste dia 25, os
trabalhadores percorreram as ruas do centro da cidade até o palácio do Governo,
aguardando o fim da reunião do Comando com os representantes de Richa. Apesar da
reunião não ter apresentado nenhum tipo de avanço, além do que já havia sido
conquistado com as duas ocupações da Assembleia Legislativa, a direção estadual
da APP-Sindicato subiu no carro de som para dar a entender aos trabalhadores
que a greve poderia terminar, que as negociações estão chegando ao final e já
não teria mais motivo para os trabalhadores continuarem com os braços cruzados.
A diretoria da APP quer usar uma pauta mínima, para facilitar a retirada de
duzentos mil trabalhadores da greve facilitando assim o serviço do PSDB de
atacar mais à frente os direitos e benefícios dos servidores públicos
estaduais, quando estes estiverem trabalhando. O momento exige outro caminho: o
levante dos professores no Paraná deve se voltar contra Richa que “quebrou” o
estado e Moro que promete fazer o mesmo com o país! Desde a LBI, que foi a
primeira corrente política a defender a mobilização unitária contra Richa e
Moro, declaramos que os professores não devem recuar, mas aprofundar sua
mobilização para impor uma derrota histórica ao tucanato e no curso da sua radicalizada
luta ter também como alvo a denúncia frontal do embuste do juiz Sergio Moro e
sua Operação político-policial “Lava Jato” cujo objetivo final é abrir caminho para a destruição da Petrobras e a entrega da
economia nacional à rapina dos abutres imperialistas!