Violentos confrontos entre manifestantes fascistas e a polícia tiveram lugar em Kiev logo após a aprovação no Parlamento de alterações constitucionais que preveem a descentralização do país, dando mais autonomia as chamadas “repúblicas populares”. A medida foi apoiada por 265 parlamentares porém grupos de extrema-direita descontentes com as alterações tentaram assaltar o edifício do parlamento (Suprema Rada) nesta segunda-feira (31). Durante os confrontos foi ouvida uma explosão após uma série de tiros. O chefe da direção do Ministério do Interior da Ucrânia em Kiev, Aleksandr Tereschuk, disse que cerca de 100 pessoas foram feridas. Mais cedo, a Suprema Rada aprovou, em primeira audiência, um projeto de emenda à Constituição que prevê a descentralização do país como previa os acordos de Minsk celebrados em fevereiro, em uma prova que o governo pró-imperialista de Kiev não consegue derrotar a resistência popular no Leste do país, mesmo com o apoio da OTAN, do imperialismo ianque e da UE, tendo que ceder aos separatistas pró-russos. A crise política é tamanha que apesar de ser o autor do projeto de emenda à Constituição, o presidente da Ucrânia, Pyotr Poroshenko não esteve presente na sessão, muito menos o primeiro-ministro, Arseny Yatsenyuk. Com o conflito a Ucrânia está mergulhada em uma crise econômica e sua falida economia vem sobrevivendo em função de empréstimos do FMI e do BCE que em troca impõem a privatização de toda infra-estrutura e serviços público do país. A frente dos protestos estão as milícias fascistas ligadas ao partido de oposição de ultra-direita Svoboda (Liberdade), comando por Oleg Tyagnibok, que deseja assumir diretamente o governo diante da fragilidade da gestão Poroshenko-Yatsenyuk, são os mesmos bandos reacionários que foram vanguarda no golpe de estado de novembro de 2013 , cujo epicentro foram as manifestações na praça Maidan apresentadas pelos revisionistas do trotskismo como uma "revolução". Hoje, em meio à crise na ex-república soviética, Putin voltou a defender a federalização ucraniana, com Donetsk e Lugansk, tendo o Leste do país autonomia do governo central e podendo inclusive participar da União Euroasiática que a Rússia criou com outras ex-repúblicas soviéticas. Somente se colocando neste lado da trincheira os marxistas leninistas poderão, ombro a ombro com o proletariado e o campesinato desta região, apontar uma perspectiva comunista proletária para o conflito, indo além de suas direções burguesas. A palavra de ordem de “Todo apoio às repúblicas populares para derrotar a reação fascista e o imperialismo” está a serviço de forjar um programa revolucionário que coloque na ordem do dia a construção de verdadeiras “Repúblicas Soviéticas” com a expropriação dos bandos burgueses restauracionistas, chamando inclusive a solidariedade ativa do proletariado russo em sua defesa. Este “impasse”, onde os grupos fascistas desejam agora controlar diretamente o governo de Kiev, somente será resolvido através da ação revolucionária dos explorados da região, que estão se enfrentando militarmente e de forma heroica com o exército da Ucrânia.
segunda-feira, 31 de agosto de 2015
Violentos confrontos entre manifestantes fascistas e a polícia tiveram lugar em Kiev logo após a aprovação no Parlamento de alterações constitucionais que preveem a descentralização do país, dando mais autonomia as chamadas “repúblicas populares”. A medida foi apoiada por 265 parlamentares porém grupos de extrema-direita descontentes com as alterações tentaram assaltar o edifício do parlamento (Suprema Rada) nesta segunda-feira (31). Durante os confrontos foi ouvida uma explosão após uma série de tiros. O chefe da direção do Ministério do Interior da Ucrânia em Kiev, Aleksandr Tereschuk, disse que cerca de 100 pessoas foram feridas. Mais cedo, a Suprema Rada aprovou, em primeira audiência, um projeto de emenda à Constituição que prevê a descentralização do país como previa os acordos de Minsk celebrados em fevereiro, em uma prova que o governo pró-imperialista de Kiev não consegue derrotar a resistência popular no Leste do país, mesmo com o apoio da OTAN, do imperialismo ianque e da UE, tendo que ceder aos separatistas pró-russos. A crise política é tamanha que apesar de ser o autor do projeto de emenda à Constituição, o presidente da Ucrânia, Pyotr Poroshenko não esteve presente na sessão, muito menos o primeiro-ministro, Arseny Yatsenyuk. Com o conflito a Ucrânia está mergulhada em uma crise econômica e sua falida economia vem sobrevivendo em função de empréstimos do FMI e do BCE que em troca impõem a privatização de toda infra-estrutura e serviços público do país. A frente dos protestos estão as milícias fascistas ligadas ao partido de oposição de ultra-direita Svoboda (Liberdade), comando por Oleg Tyagnibok, que deseja assumir diretamente o governo diante da fragilidade da gestão Poroshenko-Yatsenyuk, são os mesmos bandos reacionários que foram vanguarda no golpe de estado de novembro de 2013 , cujo epicentro foram as manifestações na praça Maidan apresentadas pelos revisionistas do trotskismo como uma "revolução". Hoje, em meio à crise na ex-república soviética, Putin voltou a defender a federalização ucraniana, com Donetsk e Lugansk, tendo o Leste do país autonomia do governo central e podendo inclusive participar da União Euroasiática que a Rússia criou com outras ex-repúblicas soviéticas. Somente se colocando neste lado da trincheira os marxistas leninistas poderão, ombro a ombro com o proletariado e o campesinato desta região, apontar uma perspectiva comunista proletária para o conflito, indo além de suas direções burguesas. A palavra de ordem de “Todo apoio às repúblicas populares para derrotar a reação fascista e o imperialismo” está a serviço de forjar um programa revolucionário que coloque na ordem do dia a construção de verdadeiras “Repúblicas Soviéticas” com a expropriação dos bandos burgueses restauracionistas, chamando inclusive a solidariedade ativa do proletariado russo em sua defesa. Este “impasse”, onde os grupos fascistas desejam agora controlar diretamente o governo de Kiev, somente será resolvido através da ação revolucionária dos explorados da região, que estão se enfrentando militarmente e de forma heroica com o exército da Ucrânia.
sábado, 29 de agosto de 2015
EM FORTALEZA DILMA PRIMEIRO "DIALOGA BRASIL" COM
OS EMPRESÁRIOS E DEPOIS FAZ DEMAGOGIA DO AJUSTE COM SINDICALISTAS "CHAPA
BRANCA"
Aos gritos histéricos de "não vai ter golpe" a esquerda corrompida "chapa branca" saudava a presidente Dilma em um encontro no Centro de Eventos de Fortaleza, batizado de "Dialoga Brasil". Ao lado do governador Camilo Santana, um preposto da reacionária oligarquia dos Ferreira Gomes no interior do PT, Dilma distribuía sorrisos demagógicos para sindicalistas da CUT e CTB que não se sentiram nem um pouco incomodados com o fato da presidente poucas horas antes ter se reunido com empresários para anunciar mais um pacote de privatizações no setor de infraestrutura da região Nordeste. No "seio familiar" da burguesia Dilma defendeu a famigerada "Agenda Brasil", uma iniciativa compartida entre o governo do PT e a máfia pemedebista do Senado Federal, que tem na figura do grande empresário cearense Eunício Oliveira um dos principais caciques parlamentares. Mas depois de selar acordos políticos com as oligarquias locais, que mesmo em "pé de guerra" na região juram fidelidade ao governo em troca das benesses do butim estatal, Dilma vai ao encontro dos movimentos sociais pedir apoio popular para suas medidas de ataque contra as conquistas e direitos dos trabalhadores. O mote do engodo já está até meio "surrado", seria a luta contra a "direita golpista" ...Faltou explicar que os principais agentes das classes dominantes nacionais e do imperialismo sustentam este governo neoliberal que privilegia os interesses dos rentistas financeiros e oligopólios transnacionais. É evidente que para uma esquerda corrompida ideológica e materialmente pelo estado burguês não tem a menor importância manifestar seu "amor" para Dilma, mesmo quando seu governo patrocina o arrocho salarial e o desemprego em massa do proletariado. O governador Camilo, ventríloquo dos Gomes, está alinhado com a política de ajuste fiscal e inclusive já cortou a assistência médica para os servidores estaduais, que pagam por este serviço fundamental para sua sobrevivência. Porém para os sindicalistas "chapa branca" isto não passa de pequenos "detalhes insignificantes" e o que importa mesmo é que "não vai ter golpe"... Por sinal o fantasma do golpe de estado não pode ser mais abandonado sob pena de perderem a justificativa para praticarem a pior espécie de pilantragem política, agora o perigo vem do TSE... Isto porque a Globo, TCU, FIESP e Lava Jato declararam que a legitimidade das urnas deve ser respeitada. Para que não falte um eixo de enganação política, resta à esquerda reformista como o PCdoB e seu novo amigo PCO, elegerem o ministro estafeta Levy como o único responsável pelo "pacote de maldades" do governo. Então a "inocente" Dilma deveria romper com o crápula Levy e C&A e atender as reivindicações dos trabalhadores... porém enquanto este "conto de fadas" não se realiza a classe operária parte para o combate direto contra a burguesia e seu governo de "esquerda" privatista. Para delimitar com a farsa do "golpe iminente" a LBI esteve junto aos grevistas, servidores federais e estaduais, denunciando a visita da presidente no Ceará que teve um claro objetivo de comprometimento econômico de seu governo com as oligarquias corruptas do estado. Enquanto a esquerda reformista "chupava os ovos" da elite dominante e sua presidente, os trabalhadores em luta gritavam outras palavras de ordem na porta de fora do "Diálogo Brasil": Vamos estragar a festa dos que nos atacam e roubam nossos direitos!
quinta-feira, 27 de agosto de 2015
QUEM É MESMO QUE PREPARA UM “GOLPE” CONTRA AS LIBERDADES
DEMOCRÁTICAS E O DIREITO DE ORGANIZAÇÃO DOS TRABALHADORES?
O eixo político que vem sendo usado pela Frente Popular para
defender o governo Dilma é a defesa da democracia. Como o PT e o PC do B são
avalistas do ajuste fiscal neoliberal ditado pelo Planalto, mobilizam sua base
social e política em nome da garantia do “Estado democrático de Direito”, do
“respeito às instituições republicanas” e em nome da legalidade como bandeiras
para manter a governabilidade burguesa de Dilma a frente da Presidência da
República. Foi isto que vimos nos atos do dia 20 de agosto. A essa cantilena
distracionista somou-se a CUT, MST, UNE, MTST, setores do PSOL e o PCO. Enquanto isso, no Congresso Nacional, o
governo encaminhou a chamada “Lei Antiterrorista” para atacar o movimento de
massas e suas organizações políticas e sindicais. Este é justamente o “segredo”
da Frente Popular: controla as entidades de massas que lhe dão sustentação
enquanto junto com os setores mais reacionários da burguesia leva diante a
perseguição aos ativistas e lutadores classistas, como vimos no processo contra
dos 23 presos políticos no Rio de Janeiro. O projeto de lei enviado pelo
governo Dilma foi aprovado na Câmara dos Deputados em meados de agosto, agora
segue para o Senado. O texto final prevê pena de reclusão de 12 a 30 anos em
regime fechado e tipifica como crimes de terrorismo usar, ameaçar, transportar
e guardar explosivos e gases tóxicos, conteúdos químicos e nucleares praticados
com o intuito de intimidar o Estado, organização internacional, pessoa jurídica
e provocar terror generalizado na ordem social. Incendiar, depredar meios de
transporte públicos ou privados ou qualquer bem público, bem como sabotar
sistemas de informática, o funcionamento de meios de comunicação ou de
transporte, portos, aeroportos, estações ferroviárias ou rodoviárias, hospitais
e locais onde funcionam serviços públicos também entram na tipificação do
crime. Em resumo dá poder ao Estado e seu aparato de repressão de enquadrar o
que bem desejar como “terrorismo”. Este é o real conteúdo do PL 2016/15,
assinado pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo e Joaquim Levy, da
Fazenda, os mesmos que respectivamente deixa livre a reação burguesa
fascistóide e o “pai” do ajuste neoliberal. Valendo-se desta “ajuda”
proporcionada pelo governo Dilma, o deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA)
colocou emendas para “aperfeiçoar" o projeto: “No caso da Lei Antiterror, está
incluído um artigo que praticamente torna movimentos sociais e sindicatos – e
todos sabemos da cooptação de grande parte dessas organizações pelo PT –
inimputáveis. Ora, quer dizer que o MST, que já vem tendo um intercâmbio
preocupante com coletivos venezuelanos que usam o terror como ferramenta de
intimidação política e praticam atos contra o Estado e a ordem pública e em
ameaça a vida de pessoas, não poderá ser enquadrado nessa lei? Não podemos permitir
que movimentos que servem de massa de manobra do governo fiquem acima de
qualquer legislação. Isso não existe em nenhuma democracia do mundo” (FSP, 10.08). Note-se
que já na versão enviada por Cardozo e aprovada na Câmara dos Deputados a lei
atenta contra o direito de manifestação na medida em que pode enquadrar não
apenas agressões contra a população civil - já cobertos por várias leis - como
manifestações populares e protestos, como ocupações de terras, passeatas,
greves no setor de transportes públicos e enfrentamentos com forças de
segurança, mesmo em legítima defesa. Apesar da inclusão da salvaguarda sobre os
movimentos sociais, a interpretação fica a cargo do juiz, caso a caso. Todas as
organizações políticas e do movimento popular podem ser enquadradas nessa lei
de acordo com a interpretação de policiais, delegados e juízes. A lei é uma
grave ameaça aos direitos de manifestação e organização política dos
trabalhadores e da juventude. Ironicamente, justamente no momento onde a Frente
Popular usa a defesa da “democracia” para blindar o governo Dilma e o PT é alvo
de ataques fascistas como foi o atentado ao Instituto Lula, o Planalto tem como alvo as organizações populares ligadas à esquerda,
apoiadoras ou não do governo! Como se observa Dilma trabalha em parceria para
saciar o apetite reacionário das oligarquias e da direita para elaborar uma
nova legislação draconiana, com a roupagem de um projeto de lei sobre o
terrorismo, sob o pleno aval da esquerda governista. A repressão policial aos movimentos
sociais vem ganhando novos contornos políticos, com prisões, torturas e até
mesmo assassinatos de lideranças populares, como vimos os companheiros do MST
mortos nos últimos dias. Fatos graves que tinham “saído de cena” no final dos
anos 70 retornam pela porta da frente do cenário nacional em pleno governo do
PT. Sob esta cruzada reacionária está ameaçado, como na ditadura militar, o
próprio direito de organização e manifestação política da esquerda e do
movimento de massas. Diante desta escalada reacionária em nome da LBI
convocamos todas as forças políticas do campo operário e popular a cerrar
fileiras, apesar das diferenças políticas e ideológicas, no combate frontal
pela senda da ação direta, a toda e qualquer medida estatal (em todas as suas
instâncias) que mire na eliminação de nossas conquistas democráticas e sociais,
porque entendemos que cada derrota acumulada do proletariado “joga água no
moinho” do retrocesso histórico e do obscurantismo da humanidade em uma etapa
de ofensiva total do imperialismo, sem prestar no curso desse combate qualquer
apoio ou solidariedade ao governo Dilma, ao contrário, unificando forças para
barrar através da luta direta o ajuste neoliberal e a mal chamada “lei
antiterrorismo”.
A MORTE DE VARGAS E O OCASO DO NACIONAL-DESENVOLVIMENTISMO
No último dia 24 de agosto completou-se 61 anos do suicídio
de Getúlio Vargas. Episódio marcante da história política brasileira, a morte
de Vargas ocorreu em meio a uma profunda crise que refletia as contradições do
projeto desenvolvimentista de seu governo. Em 1953, a continuidade da política
de estímulo à industrialização, uma das principais características do
varguismo, começou a sofrer limitações, exigindo a ampliação de investimentos e
o aumento das importações de equipamentos e máquinas, o que provocava déficit
na balança comercial do país. O mesmo ocorria com a balança de pagamentos,
devido à sangria das riquezas nacionais, promovida pelo crescimento das
remessas ilegais de lucros pelas empresas estrangeiras que atuavam no país. Esse
quadro tornava-se ainda mais grave com a queda dos preços do café no mercado
mundial (principal commoditie para exportação no período), contribuindo para o
declínio da receita externa, o que reacendeu a disputa feroz entre as
diferentes frações da burguesia nacional pelas divisas em dólar e pelo controle
do Estado burguês a fim de preservar seus interesses comerciais. Foi esse o
“pano de fundo” fundamental da crise política que abalou profundamente o país
nos anos 50 e levou ao “suicídio” induzido do “caudilho nacionalista” em agosto
de 1954, sob a pressão direta do imperialismo ianque ávido pela “troca” do
chefe de estado brasileiro. A principal força de oposição a Vargas era a União
Democrática Nacional (UDN), que expressava os interesses das oligarquias
agroexportadoras descontentes com as restrições às importações e à política de
controle e confisco cambial, mecanismos que transferiam recurso do setor
agrário-exportador para o setor industrial. A UDN também agrupava os estratos
superiores da classe média, que temiam a esquerdização e o comunismo. O capital
imperialista, que desejava utilizar as divisas do país para a conversão e a
emissão de lucros para o exterior, era o aliado mais importante desse partido.
O governo Vargas, por sua vez, tinha como base de sustentação o chamado pacto
populista, uma espécie de aliança entre a burguesia industrial e as massas
trabalhadoras das cidades, incluindo também as facções das oligarquias
regionais atreladas ao Estado desde 1930 e setores nacionalistas das Forças
Armadas, todos unidos em torno de uma ideologia nacionalista que apresentava o
desenvolvimento industrial capitalista como meio de realização de interesses
comuns da burguesia e do proletariado.
terça-feira, 25 de agosto de 2015
ACABA GREVE NA GM... COMEÇA NA MERCEDES-BENZ: CONTINUA O
ATAQUE PATRONAL AOS METALÚRGICOS SEM QUE HAJA UMA RESPOSTA OPERÁRIA À ALTURA DA
CUT E CONLUTAS
Nesta segunda-feira, 24 de agosto, foi encerrada a greve na
GM de São José dos Campos. De forma emblemática, no mesmo dia, em São Bernardo
do Campo, no ABC paulista, teve início a paralisação dos metalúrgicos da
Mercedes-Benz contra as demissões. Cerca de 7 mil operários decretaram greve
por tempo indeterminado, a montadora alemã anunciou demissões a partir de 1º de
setembro. Em janeiro, 160 trabalhadores foram desligados da unidade no ABC.
Outros 500 foram demitidos em maio. Cerca de 300 ex-funcionários acamparam em
frente à fábrica durante 26 dias de junho, pedindo a reversão da medida. A
Mercedes-Benz afirma que ainda há um excedente de 2 mil na fábrica, que emprega
cerca de 10 mil pessoas no total. Apenas de junho para julho, foram 1,2 mil vagas
fechadas nas montadoras. Vale lembrar que na Volkswagen de Taubaté (SP) a greve
foi deflagrada há nove dias contra 50 demissões. Como podemos observar há uma
brutal ofensiva patronal em curso contra os metalúrgicos de conjunto. Frente a esses ataques tanto a CUT como a
Conlutas, que dirigem respectivamente os Sindicatos dos Metalúrgicos do ABC e
SJC, vem optando por acordos com as empresas por meio de PDV´s e lay-offs que
apenas retardam as demissões e agregam alguns “benefícios” aos demitidos. O
conjunto da burocracia sindical, seja ela “chapa branca” ou ligada a “oposição
de esquerda” não tem respondido à altura ao facão das demissões, em nenhuma
montadora que dispensou operários houve ocupação das empresas, no máximo
paralisações para se chegar a acordos ultra-defensivos. Neste quadro, a greve
da GM foi encerrada nesta segunda-feira com a direção sindical ligada a
Conlutas-PSTU aprovando em assembleia demissões por meio de PDV e ao final do
lay-off, com pagamento de indenização de quatro salários nominais para cada
trabalhador. Com o acordo, os 798 trabalhadores que haviam sido demitidos
através de telegramas recebidos em suas casas no último dia 8 ficarão cinco
meses afastados da fábrica, com seus contratos suspensos (lay-off). Após o
término do período estipulado, a GM fica livre para demitir os 798
trabalhadores, desde que pague quatro salários nominais a cada um desses
operários. Com este precedente e “exemplo” dado pelo PSTU, a direção dos
metalúrgicos do ABC (Articulação-PT) sente-se de mão livres para impor acordos
do mesmo tipo em suas bases como na própria Mercedes Benz que iniciou a greve
nesta semana. O mais trágico é que depois de fechar o acordo o Presidente do
sindicato de São José dos Campos, Antônio Ferreira de Barros, o Macapá, declarou
“O cancelamento das demissões não coloca um ponto final na luta em defesa do
emprego. O Sindicato continuará em campanha para que a presidente Dilma
Rousseff assine uma medida provisória garantindo estabilidade no emprego para
todos os trabalhadores, reduza a jornada para 36 horas sem redução de salário,
proíba a remessa de lucros para o exterior e estatize as empresas que
demitirem”. A quem deseja enganar o dirigente do PSTU? Todos os operários sabem
que o acordo é uma derrota, porém, como em nenhum momento sua direção propôs
ocupar a fábrica com o objetivo de forçar pela ação direta o fim das demissões,
acabaram aceitando a “única saída” apresentada pelo sindicato, que tem a cara
de pau de noticiar que “Metalúrgicos da GM aprovam acordo que cancela
demissões” (site SMSJC, 24.08) e ainda celebra os “direitos conquistados”. No
ABC, a Articulação-PT afirma que “A empresa não informou quantos já foram
demitidos, mas sabemos que é em torno de 1.500 companheiros. A Mercedes
insistiu em recuperar a proposta rejeitada pelos trabalhadores em 2 de julho.
Nós defendemos que o PPE é a solução. Infelizmente, por intransigência da
montadora, não houve acordo” (sítio SMABC, 25,08). Como se observa, enquanto a
Conlutas opta por PDV e lay-offs, a CUT defende o PPE proposto pelo governo
Dilma que reduz salários, porém ambas não apontam em nenhum momento a
radicalização da luta para barrar os ataques patronais porque sabem que se
fossem consequentes e convocassem uma greve geral da categoria metalúrgica iriam
abrir uma tremenda crise política que colocariam a resistência operária no
centro da conjuntura nacional, tudo que não querem os patrões e o governo
Dilma, mas que é uma necessidade para os trabalhadores barrem a ofensiva
antipopular. Em nome da Tendência Revolucionária Sindical, impulsionada pela
LBI, nos solidarizamos com a luta dos trabalhadores da GM, Volks e da Mercedes-Benz.
Alertamos aos companheiros a não terem nenhuma ilusão no governo burguês da
“gerentona” petista e no seu PPE! O momento agora é de cobrir da mais ampla
solidariedade à greve e estendê-la para outras fábricas da região e demais
montadoras para demonstrar a força do proletariado. Para que esta luta possa
vencer é necessário superar a política de colaboração de classes da direção do
Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Ao mesmo tempo em que defendemos o
fortalecimento da greve, com uma campanha nacional em solidariedade a luta dos
operários, devemos apresentar um pauta classista para a paralisação que além de
impor o cancelamento das demissões, contemple a redução dos ritmos de produção
e da jornada de trabalho sem redução de salário, Escala móvel de salários, onde os contratos
coletivos de trabalho devam assegurar aumento automático dos salários, de
acordo com a elevação dos preços dos carros e a escala móvel por horas de
trabalho, para absorver a mão de obra metalúrgica desempregada. É fundamental
para enfrentar a ofensiva dos patrões a retomada dos métodos de luta e ação
direta, com assembleias massivas democráticas e greves unificadas para arrancar
verdadeiros aumentos salariais e fazer avançar a consciência política da
classe, a fim de aumentar o potencial de combate contra os seus inimigos de
classe que têm imputado derrotas econômicas, sociais e políticas aos
trabalhadores. Como sempre, CUT e Conlutas abrem mão da luta direta e da greve
com ocupação de fábrica, único meio para barrar as demissões, para fazer
acordos vergonhosos com os patrões!
segunda-feira, 24 de agosto de 2015
CRISE MUNDIAL DAS BOLSAS, PRODUTO DA DESACELERAÇÃO DA
ECONOMIA CHINESA OU NOVO GOLPE BURSÁTIL PARA QUEBRAR OS "EMERGENTES"?
O fantasma do crash financeiro de setembro de 2008 voltou
rondar os mercados bursáteis de todo o mundo nesta segunda feira, já denominada
de "Black Monday" ou na linguagem própria dos operadores do cassino
"Sell-Off-Global". O agravante é que o start do "pânico"
financeiro veio da bolsa de Xangai, principal centro comercial da China,
desvalorizando cerca de 8,5% em um único dia. As economias capitalistas
periféricas ou "emergentes", no verbete dos rentistas, vem sofrendo
desde o ano passado com a abrupta queda na cotação internacional do preço das
comodities, fenômeno atribuído principalmente a desaceleração da economia
chinesa. O PIB chinês vinha se mantendo a uma média de 9,5% nos últimos dez
anos, a exceção de 2009 quando pontuou 6,8% na esteira da crise mundial,
"estranhamente" no ano seguinte o valor global das comodities
atingiria seus melhores níveis com a retomada do crescimento chinês. Em 2014
com o avanço do projeto dos BRICS, China e Rússia foram alvos de ataques
comerciais e financeiros vindos diretamente de Washington, que ainda continua
sendo um parceiro importante das duas economias. O imperialismo ianque teve um
peso determinante no processo de restauração capitalista dos dois antigos
Estados Operários, no caso chinês como sócio industrial e no russo como
comprador de reservas naturais, via Europa. Não foi muito difícil
"induzir" com todas as manobras possíveis uma desaceleração da
economia chinesa, diante da necessidade de apresentar para o mundo a suposta
recuperação econômica do "gigante" americano. É óbvio que não se
trata simplesmente de uma "artimanha conspiratória" contra a China, o
estancamento das forças produtivas do capital é um processo em marcha que
remonta bem antes do crash de 2008 e vai muito além dos ataques financeiros
especulativos contra nações semicoloniais promovidos por rentistas de Wall
Street. No caso específico da queda da bolsa de Xangai nesta segunda, ou mesmo
dos rumores sobre uma grave crise bancária, reduzido impacto terá sobre a
economia nacional da China ainda pouca "alavancada" com a especulação
de títulos financeiros. Porém se os problemas reais da economia chinesa não
estão seriamente relacionados com um cassino financeiro local, até mesmo a
desvalorização cambial do Yuan foi uma operação de defesa frente à baixa
cotação de outras moedas diante do Dólar, a "Black Monday" poderá
trazer efeitos mais negativos para economias mais frágeis, como a do Brasil por
exemplo. Para um país que tem seu sistema bancário e financeiro controlado
pelas mãos do Estado, os ataques especulativos internacionais sempre terão um
efeito reduzido, o que não se pode afirmar de outras nações subalternas aos
interesses dos parasitas do mercado de capitais. Em 1997 a bolsa de Xangai
também sofreu forte queda, logo a mídia "murdochiana" se lançou no
prognóstico da "catástrofe chinesa", porém quem entrou em crise foram
os vizinhos capitalistas também conhecidos como "Tigres Asiáticos",
Japão e Coreia do Sul amargaram anos de recessão econômica. Apesar da "forte
torcida" contrária o governo chinês anunciou a manutenção da meta de
crescimento do PIB neste ano em pelo menos 7%, ao contrário das "vozes do
mercado" que prognosticaram 6 ou 6,5%. A China vem completando um processo
de transição econômica onde houve tanto uma renovação da legislação trabalhista
(acarretando mais gastos sociais para o Estado ,em contraponto ao que ocorre
hoje no Brasil) como a da incorporação de grandes empresas estrangeiras ao
patrimônio estatal, estes dois elementos forçaram uma redução em investimentos
públicos para o triênio 2014/2016. A previsão do governo de Pequim é que em
2017 a China retome seus níveis acelerados de crescimento. Todos os países
exportadores para a "locomotiva chinesa" estão sendo afetados com a
situação atual, da qual o imperialismo ianque tenta tirar proveito de todas as
formas, a Casa Branca está consciente que a China será a menos atingida... mas
não podemos dizer o mesmo do Brasil, Argentina ou Rússia que assistem suas
balanças comerciais simplesmente desabarem. Os rentistas internacionais, no
entanto, estão à procura de novas "vítimas" para realizarem seus
lucros sob a base da especulação financeira em cima das ações dos trustes
americanos semifalidos, o alvo não poderá ser novamente a abalada economia
ianque, então não precisa ser muito esperto para descobrir quem arcará com o
ônus da crise imperialista...
sábado, 22 de agosto de 2015
TSIPRAS RENUNCIA PARA ENCABEÇAR UM “NOVO” GOVERNO À SERVIÇO
DA TROIKA... “DISSIDENTES” DO SYRIZA FORMAM A UNIDADE POPULAR COMO “ALTERNATIVA
DE ESQUERDA” PARA REPETIR O "FILME" DO ENGANO!
Tsipras, o primeiro-ministro grego, apresentou sua demissão
neste 20 de agosto, dia em que o país recebeu a primeira parte do empréstimo
liberado depois do acordo com a Troika em que o traidor socialdemocrata
entregou o patrimônio nacional (aeroportos, portos...) aos grupos capitalistas
alemães. Segundo o vendilhão “o mandato de 25 de janeiro está esgotado”. Ele
deseja agora governar sem a demagogia socialdemocrata que marcou a campanha
eleitoral do Syriza no começo do ano, encabeçando uma nova gerência com um
gabinete que seja conformado com o apoio direto dos partidos da centro-direita,
como o Pasok, Anel, To Potami e outros. As eleições estão previstas para 20 de
setembro. Diante da disputa que se avizinha Tsipras cinicamente declarou “Sinto
a obrigação ética e política de deixar as minhas ações ao vosso julgamento: o
que foi certo, o que foi errado e o que não foi feito”, dizendo-se orgulhoso
das negociações e repetindo que o acordo privatista e antipovo com a UE, FMI e
BCE foi o melhor que se podia alcançar. Com esta manobra, Tsipras também se
livra dos parlamentares “dissidentes” de Syriza. 25 deles formaram um novo
partido, a Unidade Popular (UP), uma espécie de “Syriza das origens”
reivindicando o programa socialdemocrata para gerir a crise capitalista baseada
na velha política de colaboração de classes abandonada por Tsipras, que se
converteu rapidamente em um agente direto da Troika, traindo os interesses do
povo grego. Frente a esta realidade da repetição do “filme” do engano, os trotskistas revolucionários denunciam
que Tsipras convocou as eleições para com a legitimidade de um novo mandato lhe
concedida pelas urnas encabeçar um governo ainda mais subserviente a Troika, prometendo uma “renegociação justa da dívida” em outubro. A UP liderada pelo
ex-ministro Panagiotis Lafazani, também apresentará lista própria nas eleições
legislativas. Este novo partido não passa de uma versão requentada da receita
socialdemocrata que o Syriza apresentou em janeiro, buscando conciliar os
interesses dos capitalistas nacionais com o povo espoliado, através da bandeira
do retorno da moeda nacional (o Dracma), prometendo no máximo nacionalizar
bancos e algumas indústrias para criar um “Estado forte” que sirva a sua frágil
burguesia nativa. O ex-ministro da economia Yanis Varoufakis e a então
presidente do parlamento, Zoe Konstantopoulou, ainda não decidiram se irão
juntar-se a UP, podem fazê-lo até 9 de setembro ou se postular como candidatos
se também criarem um novo partido. Seja como for, desgraçadamente, estamos assistindo o
surgimento de mais uma vã tentativa de “resgatar” o moribundo capitalismo.
Todas as correntes revisionistas que semearam ilusões na última cartada
política do Syriza, o referendum-farsa denunciado pelo KKE e a LBI, agora migram para a UP. Por outro lado, o KKE apesar de suas limitações
programáticas se manteve “limpo” de todas as manobras da social democracia,
reunindo a autoridade política necessária para liderar os levantes populares
pela conquista do poder operário, para além das arapucas eleitorais que se
avizinham. Dentro desta realidade o mais justo e correto para os interesses do proletariado grego neste momento é apoiar as
candidaturas classistas do KKE contra Tsipras-Syriza, os velhos partidos da ordem e a
“nova esquerda” domesticada representada pela UP. A tarefa central que se mantêm neste cenário é apontar que o caminho dos trabalhadores e do povo grego para
barrar os ataques impostos pela Troika e o governo do Syriza não são as
eleições e sim a mobilização direta, suas greves e lutas pela nacionalização
dos bancos, indústrias, portos e aeroportos sob o controle dos trabalhadores e
de conselhos operários para lançar as bases para a construção de um poder de
novo tipo, um Estado Operário, forjando uma alternativa revolucionária
trabalhadores da cidade e do campo.
sexta-feira, 21 de agosto de 2015
75 ANOS DO ASSASSINATO DE TROTSKY: NA LUTA PARA DERROTAR A
CONTRARREVOLUÇÃO E O REFORMISMO, LEVANTAMOS A BANDEIRA DA IV INTERNACIONAL PARA
HONRAR O VIVO LEGADO DE NOSSO CHEFE BOLCHEVIQUE!
Vivemos em pleno século XXI uma onda reacionária que
percorre o planeta. Desgraçadamente não é o “espectro do comunismo” como
apontava Marx e Engels em 1848 no Manifesto Comunista que nos ronda, mas a
barbárie e fascismo avançam sobre os povos, através de guerras de rapina
neocolonialistas, ataques econômicos dos abutres internacionais, golpes
militares ou "parlamentares" e contrarrevoluções, escalada
pavimentada e facilitada pela política suicida de colaboração de classes do
reformismo, do nacionalismo burguês e da socialdemocracia que paralisa o
movimento de massas e sua resistência de classe. Nesses tempos de reação, de
profundo retrocesso ideológico, político e cultural, aberto fundamentalmente no
lastro da derrota histórica que o proletariado mundial sofreu com a destruição
da URSS e do Muro de Berlim, é que homenageamos nosso camarada e chefe Leon
Trotsky nos 75 anos de sua morte, quando foi assassinado em 21 de agosto de 1940 de
forma traiçoeira por um agente disfarçado da GPU estalinista no México. Como o
Velho, sabemos “remar contra a maré”, sem falsos atalhos oportunistas e
euforias artificiais próprias do revisionismo, ele mesmo pagou com sua vida por
não capitular a Stálin e, mais ainda, por não aceitar qualquer aliança com o
imperialismo “democrático” para atacar a URSS mesmo degenerada e “totalitária”
quando poderia assim ter “ganho” a simpatia da “opinião pública mundial”. Na
sua casa na cidade do México, com um punhado de militantes revolucionários
dedicados, Trotsky resistiu até onde pôde as investidas da polícia política
soviética e seus serviçais espalhados pelo planeta, mantendo firme a luta
política e programática pela revolução proletária, a construção do partido
internacionalista e a defesa do comunismo como futuro para a humanidade. Por
dedicar integralmente sua vida a construção do Partido Mundial da Revolução,
pagou com sangue a defesa intransigente que talhou desde jovem em São
Petersburgo (quando dirigiu o Soviete local) os princípios do internacionalismo
proletário, o combate a conciliação de classes, ao oportunismo e ao sectarismo.
Como fundador e dirigente do Exército Vermelho protegeu a URSS do cerco
imperialista depois de 1917, já na condição de fundador e dirigente da Quarta
Internacional defendeu a URSS dos ataques fascistas e denunciou a degeneração
stalinista após a morte de Lenin. Trotsky, hoje, estaria ao lado daqueles que
combatem as falsas “revoluções” no Oriente Médio e na Ucrânia, denunciaria os
filisteus revisionistas que se juntam a Casa Branca e da OTAN em nome da defesa
da “democracia” e dos “direitos humanos” para atacar regimes nacionalistas
apresentados como “ditaduras”, como o fez no seu exílio no próprio México
quando o governo do General Cárdenas foi atacado pelo imperialismo ianque
“democrático”, sem jamais pactuar com a burguesia nacional em detrimento aos
interesses do proletariado local e mundial. Aqui no Brasil, enquanto muitos
“trotskistas” flertam com a direita reacionária ou, por outro lado, alguns
tornam-se seguidistas da frente popular, seus genuínos herdeiros sabemos como
nos ensinou o “Velho” a andar no “fio da navalha” sem capitular a reação
fascista e ao PT mas defendendo de forma intransigente a resistência operária e
popular aos ataques covardes do governo Dilma, serviçal dos rentistas. Neste
momento de extrema polarização política em nosso país e em todo planeta, mais
do que nunca a LBI levanta desde suas modestas forças militantes a bandeira da
reconstrução da IV Internacional, não como um “passo atrás” ou saudosismo
histórico mas como parte fundamental e necessária da luta para que a humanidade
possa desfrutar, como dizia ele, plenamente a vida e seus prazeres sem estar
presa aos grilhões da opressão e exploração impostos pelo senil modo de
produção capitalista. Por isto, de punhos erguidos, homenageamos com todo
orgulho, dedicação e paixão militante nosso mestre bolchevique nestes 75 anos
de sua morte! Trotsky presente na luta sempre!
quinta-feira, 20 de agosto de 2015
20 DE AGOSTO: PT, CUT E ENTIDADES “CHAPA BRANCA” DEFENDEM A
"DEMOCRACIA" DO GOVERNO DILMA ENQUANTO BASE CLASSISTA DENUNCIA O
AJUSTE NEOLIBERAL IMPOSTO PELA FRENTE POPULAR
Neste dia 20 de agosto ocorreram atos políticos pelo país
afora contra o ajuste neoliberal do governo Dilma e a ofensiva da direita. PT,
PCdoB, CUT, MST e UNE trataram de fazer da atividade uma manifestação
exclusivamente em defesa da “democracia e contra o golpe” enquanto a LBI e
outros setores classistas centraram seu combate nos ataques covardes que o
Palácio do Planalto vem desferindo contra os trabalhadores. Em geral os atos
foram pequenos, sendo porém bastante representativos no Rio de Janeiro e em São
Paulo. Em cidades como Rio, Fortaleza, Recife, Salvador e Vitória houveram atos
separados porque várias entidades não aceitaram o caráter “chapa branca” da
manifestação. Em Fortaleza, a militância da LBI participou da marcha ocorrida
pela manhã que se concentrou na Praça da Bandeira, no centro da cidade e
terminou na reitoria da Universidade Federal do Ceará (UFC). Foram cerca de mil
ativistas que se juntaram a servidores, professores e estudantes em greve das
universidades federais. Além da LBI, diversas categorias em luta estiveram
presentes como servidores municipais, carteiros, militantes do MTST,
sindicalistas ligados ao PSOL e a Intersindical. Esta atividade teve uma marca
de clara denúncia dos covardes ataques do governo Dilma contra os trabalhadores.
Este perfil classista de apoio as greves acabou “assustando” as entidades
“chapa branca” como a CUT, UNE e os partidos da frente popular que convocaram
uma manifestação para o período da tarde contra o fictício “golpe contra
Dilma”, da qual não participamos. De fato, o apoio ativo aos servidores
federais em greve e à luta contra a privatização do Instituto de Previdência do
Município (IPM) de Fortaleza, ataques desferidos pelo governo do PT e seu
aliado na capital, o Prefeito Roberto Cláudio (PROS), filhote da oligarquia
Gomes, amedrontou as entidades “chapa branca” que não teriam condições de
defender governos que atacam os trabalhadores porque sabiam que seriam
escorraçadas da atividade. Essa divisão em dois atos foi produto da própria
luta de classes, na medida em que não se pode defender os governos burgueses
algozes dos explorados e, ao mesmo tempo, resistir aos seus ataques de forma
consequente, através da luta direta, greves e enfretamentos de classe. Mais de
mil ativistas percorreram as ruas do centro e se juntaram aos servidores em
greve, demonstrando que para barrar a ofensiva da direita reacionária é
fundamental uma resposta independente dos trabalhadores contra a oposição
conservadora e o governo Dilma. Para garantir sua governabilidade burguesa o PT
pactuou com a Rede Globo e Renan o incremento das medidas contra o povo através
da malfadada “Agência Brasil” privatista, tornando-se ainda mais refém da elite
dominante! Ao participar nos atos do dia 20, a militância da LBI soube intervir
nas manifestações sem capitular a política de colaboração de classes do PT, não
fingiu ser o ministro Levy o único “pai” do ajuste e responsabilizou
diretamente Dilma e seu governo como os verdadeiros algozes dos explorados.
ALGUÉM AINDA LEMBRA DO "FORA DELFIM!" NA ÉPOCA DO
REGIME MILITAR?
O genial Marx afirmou em seu livro O 18 Brumário de Luiz
Bonaparte que "A história se repete a primeira vez como tragédia e depois
como farsa", pois bem a militância de esquerda que viveu o último período
do regime militar no Brasil deve ainda se lembrar da polêmica instalada no
movimento com a defesa da bandeira do "Fora Delfim!" em 1983, quando
este crápula da ditadura era o então todo poderoso ministro do Planejamento no
governo do general Figueiredo. O bloco reformista da época, composto pelo PCB,
MR8 e PCdoB, deliberou que a palavra de ordem mais adequada não seria mais o
"Abaixo a Ditadura", afinal para eles Figueiredo era um "aliado
tático" na luta pela redemocratização do país, o general teria promovido a
"Anistia Geral" e estava inclinado a convocar uma constituinte "meia boca" que apontasse as eleições diretas para presidente em 1989. O
foco de "todo mal" para os reformistas seria Delfim, apologista da
recessão econômica e dos compromissos draconianos com o FMI, diziam estes senhores
que o ditador Figueiredo ao delegar o controle da economia para o ministro do
Planejamento não seria mais o responsável direto pelo arrocho salarial e
desemprego que se alastrava pelo Brasil em meados dos anos 80. Passados mais de
30 anos deste momento histórico do país, assistimos hoje uma versão mais
"elaborada" deste bloco reformista (que permanece ainda com o PCdoB)
defender o "Fora Levy" no sentido de preservar a presidenta Dilma da
responsabilidade política pelos covardes ataques que vem desfechando contra a
classe trabalhadora. O distracionismo atual do reformismo soa como uma farsa
completa, Dilma está ameaçada por um golpe... e o estafeta dos rentistas Levy
agiria como se fosse membro de um outro governo fictício, talvez o "Shadow
Cabinet" na tradição britânica. Seguindo esta lógica da esquerda "
chapa branca" deveríamos gritar o "Fora Aécio e leve junto seu
ministro Levy!" Acontece que no mundo real Levy, Temer (Articulação
Política), Monteiro, Katia Abreu etc... são ministros do governo do PT e não do
PSDB. Se Dilma implementa a mesma plataforma econômica tucana a
responsabilidade principal é dela que foi eleita e depois de sua anturragem
neoliberal nomeada. Quanto a risível tentativa de golpe, quem sabe preparado
pela GLOBO, UDR, FIESP, Casa Branca e os banqueiros muito insatisfeitos com seu
governo... Seria melhor pelo menos respeitar a figura de um Jango, deposto por
suas tentativas de controlar a remessa de lucros de empresas multinacionais e
realizar uma tímida reforma agrária. Dilma não merece respeito algum, abandonou
a própria sorte seus companheiros de PT, primeiro no processo do "Mensalão" e agora na "Lava Jato", selou um pacto de
governabilidade com o que há de mais podre e corrompido na política burguesa,
desmantelou a Petrobras paralisando as sondas e refinarias em construção,
suprimiu conquistas e direitos sociais dos trabalhadores mais humildes para
remunerar o cassino dos rentistas , privatizou estradas e aeroportos e por
último pretende acabar com o SUS depois de liquidar com as universidades
federais... a lista é maior porém seria enfadonho prosseguir. Os reformistas
criaram o fantasma do golpe, que igual o da ópera é uma completa burla, para
defender o "Estado Democrático", favor não confundir com defesa das
liberdades democráticas que estão sendo suprimidas por este mesmo governo em
harmonia com Congresso do BBB, ver a aprovação da chamada lei antiterrorismo ou
a reforma política ambas contando com o apoio dos parlamentares do PT. Mas para
os arautos da Frente Popular é possível fazer a demagogia da "luta contra
o ajuste" apoiando o mesmo governo que promove bem mais do que um ajuste
fiscal, na verdade um programa monetarista de submissão de nossa economia ao
cardápio do capital financeiro internacional. E não venham mais falar que a
culpa é da crise capitalista e que "Dilma faz o que pode já que com Aécio
seria pior" ... Na crise estrutural do capitalismo o governo burguês do PT
optou por gerenciar o Estado na perspectiva de preservar e manter a acumulação
financeira das grandes corporações e descarregar o ônus da crise nas costas do
proletariado. Somente uma esquerda corroída ideologicamente e venal pode
sustentar tamanhos disparates contra o marxismo revolucionário, não por
coincidência foi este mesmo setor "chapa branca" que no passado apoiou
a ofensiva imperialista contra as conquistas operárias da antiga URSS. O
suposto "golpe" não passa de um estelionato político para traficarem
o apoio envergonhado as medidas neoliberais deste governo, desarmando a
resistência operária e popular aos ataques do capital. As classes dominantes
darão base social ao governo Dilma até que se complete o "desmonte"
do Estado Nacional (e não simplesmente o ajuste levyano), após este limite
farão o que a presidente fez com seus velhos companheiros na luta contra a
ditadura... a abandonarão a fúria leonina da direita fascista!
quarta-feira, 19 de agosto de 2015
LEIA A ÚLTIMA EDIÇÃO DO JORNAL LUTA OPERÁRIA, Nº 298, EDIÇÃO
ESPECIAL - AGOSTO/2015
EDITORIAL
Neste 20 de agosto, lutar contra os ataques covardes do
governo Dilma, a "Agenda Brasil" privatista e a ofensiva da direta
reacionária!
PARA ALÉM DO DIA 16
Quem ganhou e quem perdeu com o impacto das manifestações?
COMO PREVISTO PELA LBI MINGUA DOMINGUEIRA DA DIREITA
Chefes da Famiglia Marinho ordenaram o fim do “Furdunço”
OFENSIVA DA OPOSIÇÃO BURGUESA
Marcha da reação fascista não é a alternativa dos trabalhadores para combater os ataques neoliberais do governo Dilma!
PSTU TEVE VERGONHA EM IR À MARCHA REACIONÁRIA DOS 'COXINHAS'...
No passado defendeu os 'revolucionários de Maidan' na
Ucrânia e a 'rebelião popular' na Líbia, marionetes da direita
DIANTE DOS PANELAÇOS DA CLASSE MÉDIA
Por que mesmo lutando contra o ajuste não é correto convocar
a derrubada do governo Dilma?
POLÊMICA PCO VERSUS PSTU
"Golpismo ou Dilmismo", pode haver outra
alternativa para os trabalhadores?
PT, PCdoB E PCO SAEM EM
DEFESA DO ESTADO 'DEMOCRÁTICO'
Até os revisionistas de “O Trabalho” criticam o governismo
embriagado de Causa Operária!
DILMA ABRE MÃO DO GOVERNO...
Implora as elites reacionárias para cumprir até o fim seu
mandato a serviço dos rentistas
PARA OS QUE SE "ESCANDALIZARAM" E DEIXARAM DE
DEFENDER DIRCEU
É bom lembrar que Lula e o PT também receberam milhões das
mesmas corporações capitalistas
"NEM BANDIDO NEM HERÓI"
Dirceu preso político vítima de sua própria estratégia de
colaboração de classes com a burguesia que abriu caminho para reação da direita
"CAÇA ÀS BRUXAS" DA DIREITA AVANÇA NO PAÍS
Bomba no Instituto, "reprisão" de Dirceu e os próximos
passos... encarceramento de lula e ataque aos sindicatos
CONTRA O PT, LAVA JATO ATUALIZA OS ANTIGOS "3 PÊS"
O que vem depois?
"LAVA
JATO" ATACA CONSTRUÇÃO DA USINA ANGRA 3
Tênue soberania energética do país vai "pro
espaço" e Casa Branca elogia Moro, mera coincidência?
FORA CUNHA, RENAN E O PARLAMENTO BURGUÊS CORRUPTO
Construir uma alternativa revolucionária de poder dos
trabalhadores!
ADIADA VOTAÇÃO DO PROJETO PARA ENTREGAR PRÉ-SAL
Dilma e Tucanos juntos para enfraquecer e
privatizar a Petrobras
DILMA REÚNE ABUTRES DE SUA BASE PARA DENUNCIAR OS "GOLPISTAS"
Defender um governo que leva milhares
a morte por falta de remédios no SUS enquanto subsidia as montadoras com o PPE?
AO COMPLETAR 4 ANOS, BLOG DA LBI ALCANÇA CERCA DE 450 MIL
ACESSOS
Vida longa a esta trincheira pela
construção do Partido Revolucionário!
GREVE NA GM
Ocupar a fábrica contra as demissões ou pedir para Dilma e
Alckmin 'agir em defesa dos trabalhadores'?
CARTA DO MOB AOS BANCÁRIOS DO CEARÁ
Nem burocracia governista da chapa 1, nem oposição domesticada da chapa 2! Voto Nulo por uma oposição classista!
MRT/LER RENDE-SE AO PSOL
Os marxistas devem "curtir no face" mais esta
guinada oportunista do revisionismo?
CAI O JATO, SOBE MARINA
Há um ano do “acidente” orquestrado pela CIA que vitimou
Eduardo Campos e abriu caminho para atual etapa de reação burguesa
VITO GIANNOTTI
Uma vida integralmente dedicada à causa da emancipação do
proletariado
PARLAMENTO GREGO SE ALINHA À TRAIÇÃO DE TSIPRAS...
Plataforma de Esquerda já se coloca como alternativa eleitoral para gerir a crise capitalista
CÚPULA EUROPEIA APROVA RENDIÇÃO DA GRÉCIA
Enquanto revisionistas caminhavam a reboque do
"OXI" de Tsipras, LBI denunciava a intenção do Syriza de fraudar o
desejo popular
VITÓRIA DO "OXI" SIGNIFICA A VONTADE DO POVO GREGO
EM ROMPER COM A ESPOLIAÇÃO IMPERIALISTA...
Para Tsipras o momento é de voltar a negociar uma rendição
"justa" com a Troika
ACORDO NUCLEAR
“Recuo” atual do imperialismo ianque tenta ganhar tempo para
desarmar o Irã
OFENSIVA REACIONÁRIA DO GOVERNO ERDOGAN
Sob pretexto de atacar o EI, Turquia bombardeia a síria,
persegue milícias curdas e prende militantes do PC e PKK
EUA E CUBA REABREM SUAS EMBAIXADAS
Enfrentar o "abraço de urso" que
Obama deseja impor ao Estado Operário com a redobrada defesa da Revolução
ELEIÇÕES PRIMÁRIAS ARGENTINAS
terça-feira, 18 de agosto de 2015
NESTE DOMINGO PSTU TEVE VERGONHA DE IR À MARCHA REACIONÁRIA
DOS 'COXINHAS'...NO PASSADO DEFENDEU OS 'REVOLUCIONÁRIOS DE MAIDAN' NA UCRÂNIA
E A 'REBELIÃO POPULAR' NA LÍBIA, MARIONETES DA DIREITA
segunda-feira, 17 de agosto de 2015
QUEM GANHOU E QUEM PERDEU COM O IMPACTO DAS MANIFESTAÇÕES OCORRIDAS NESTE DIA 16?
Em uma análise mais superficial a primeira resposta parece
até uma obviedade, está absolutamente evidente que o governo Dilma ganhou um
grande fôlego político com o fato das manifestações deste último domingo não
terem superado as do início deste ano. A temida "bala de prata" para
inicializar o processo de impeachment contra Dilma não pôde ser disparada pelos
setores mais hidrófobos da oposição Demo-tucana em função do número bem menor
de manifestantes do que as expectativas lançadas pelos organizadores da domingueira
da direita. Não foi uma enorme surpresa o relativo esvaziamento dos últimos
atos organizados por "entidades" fascistizantes, agora engordados
oficialmente pela cúpula Tucana, toda a conjuntura política da semana anterior
já apontava para um refluxo das atividades dos "coxinhas". O elemento
determinante para o "fiasco" da direita foi o pacto de trégua selado
entre o governo, a famiglia Marinho e o presidente do Senado, Renan Calheiros.
A governabilidade temporária de Dilma foi ungida em conjunto com a chamada
"Agenda Brasil", uma versão ainda mais agressiva do ajuste neoliberal
"levyano". Também pesou o interesse direto da Globo na realização
"pacífica" das Olimpíadas do ano que vem, onde estão em jogo créditos
e investimentos internacionais que não foram ainda consumados. Por outro lado a
tal "Agenda" agrega setores do capital que não se sentiram plenamente
representados nos ganhos do ajuste anterior. Para completar a bênção final do
imperialismo, o editorial do New York Times condenando a iniciativa de
impeachment como um dado nefasto aos negócios dos rentistas ianques. Com o
clima entusiástico de "vencemos o golpe" (esmagando o povo pobre que
deverá perder até o SUS com a dantesca "Agenda") o PT sabia que a
"domingueira" não teria a capacidade de "detonar" o
governo. Isolados pelo pacto, além dos "radicais" da oposição
burguesa, também a cúpula Tucana foi atingida pela baixa audiência dos
protestos. Os analistas da mídia "murdochiana" logo encontraram o
bode expiatório, a razão do vexame foi debitada na conta de Aécio Neves, que
resolveu comprometer a "autonomia" dos movimentos reacionários da
classe média com as digitais políticas do PSDB. Este elemento teria afastado
das ruas milhares de manifestantes de características totalmente antipartido,
tal qual os ativistas das míticas "Jornadas de Junho" de 2013. Porém
podemos afirmar categoricamente que no campo da oposição de direita nem todos
foram derrotados no último domingo. Se Aécio, Serra, ou Caiado não foram
consagrados como "salvadores da pátria" não podemos dizer o mesmo do
juiz Sergio Moro, o paladino da operação policial "Lava Jato". Moro
foi ovacionado, mesmo sem estar presente, nas principais concentrações urbanas
do último domingo, emerge como a principal figura da oposição, não partidária e
contra a repudiada "corrupção petista". Muito grave foi o fato de que
em várias cidades as passeatas da reação acabaram nas portas da Polícia
Federal, como demonstração de apoio às prisões da Lava Jato. A sobrevida
política dada a Dilma não eliminou a possibilidade da prisão do próprio Lula
pela Lava Jato (embora a tenha tornada mais complexa), e com certeza Moro
seguirá na direção de outras lideranças do PT. Outras "cabeças" devem
ser sacrificadas na bandeja da governabilidade de Dilma, Collor e Eduardo Cunha
podem ser a "bola da vez" da justiça operada por Moro. Este cenário é
fértil para a ascensão de um populismo antipartidário, com a mira voltada na
disputa presidencial de 2018. Para o povo trabalhador mais consciente da farsa
armada na domingueira da direita, permanece o desejo de combater os covardes
ataques do governo Dilma ao mesmo tempo em que manifesta a vontade de derrotar
a onda fascista. Ganhar as ruas no próximo dia 20 não para defender o lacaio
governo Dilma de um suposto golpe militar inexistente ou para dar suporte ao
"Estado Democrático" que espolia e assassina a população pobre e
negra. Vamos mobilizar o proletariado para com a ação direta derrotar a "Agenda Brasil", a direita fascista e impor nosso programa histórico de
reivindicações sociais! Nenhuma ilusão nos burocratas da CUT que falam em
"pegar armas para defender Dilma", enquanto sabotam as greves de
resistência contra a política de austeridade do governo petista.
domingo, 16 de agosto de 2015
COMO JÁ PREVISTO PELA LBI MINGUA DOMINGUEIRA DA DIREITA: CHEFES
DA FAMIGLIA MARINHO ORDENARAM O FIM DO “FURDUNÇO”
As manifestações convocadas pela direita neste domingo, 16, foram bem
menores que as marchas "verde amarelo" realizadas em abril e março. Em São Paulo não chegaram a
200 mil pessoas, contingente bem menor esteve presente em outros estados. Essa redução do número de “coxinhas” nas ruas se deve a orientação da Rede Globo que fechou
um acordo com Dilma para garantir a governabilidade burguesa com o compromisso
do governo do PT seguir aplicando o ajuste neoliberal contra os trabalhadores e o povo
brasileiro. A famiglia Marinho aceitou manter Dilma no Planalto arrefecendo a investida demo-tucana e o "furdunço" dos grupos fascistas contra a gerentona enquanto tem como alvo prioritário Lula e outros dirigentes do PT via a Operação Lava Jato.
Brigada da LBI distribui panfletos denunciando a ofensiva da direta |
A LBI combateu ativamente a manifestação da direita e, ao
mesmo tempo, denunciou o ajuste neoliberal imposto pelo governo Dilma, apontando
a necessidade de construir uma alternativa dos trabalhadores contra a reação
fascista e a frente popular. Não nos acovardamos e saímos as ruas em defesa do programa revolucionário neste momento de extrema polarização política. Deixamos claro que a "puteza" com as medidas anti-populares do governo deve ser canalizada através da resistência direta dos oprimidos, sem prestar qualquer apoio ou estabelecer uma frente política com a oposição conservadora.
Militantes da LBI combateram neste dia 16 a reação fascista e o ajuste neoliberal do governo Dilma |
sábado, 15 de agosto de 2015
16.08, DOMINGUEIRA DA DIREITA: MARCHA DA REAÇÃO FASCISTA NÃO É A ALTERNATIVA DOS
TRABALHADORES PARA COMBATER OS ATAQUES NEOLIBERAIS DO GOVERNO DILMA CONTRA O
POVO BRASILEIRO!
A marcha da reação fascista organizada pelo balaio
direitista, que abrange desde os Demo-tucanos até as hordas neonazistas da alta
classe média, não deve se configurar como a correta alternativa política do
movimento dos trabalhadores para combater os covardes ataques neoliberais que o
governo Dilma promove contra o povo brasileiro. Se é plena verdade que existe
um grande sentimento de "puteza" entre o nosso povo diante de um
quadro nacional de arrocho salarial, desemprego, inflação e retirada de
direitos conquistados com muito sangue e luta, não podemos embarcar na canoa
demagógica da direita que historicamente tem mais crimes acumulados contra o
Brasil do que os governos da Frente Popular. O fato de denunciar o caráter
fascista da marcha "coxinha" não significa abonar ou defender
politicamente a pauta do atual governo que traiu o povo, aplicando o mesmo
programa neoliberal dos corruptos tucanos derrotados na última eleição.
Conhecemos muito bem os reais defensores da governabilidade de Dilma, a começar
pela mafiosa família Marinho que ordenou a seus subordinados que parassem o
furdunço do próximo domingo. Na sequência dos "apaixonados" deste
governo estão os banqueiros que além de comandarem o ministério da economia,
são presenteados com a alta remuneração de seus "títulos financeiros"
pelo BC, para o lucro dos rentistas não existe nenhum tipo de ajuste... somente
a população carente é quem paga o ônus da crise capitalista! Também poderíamos
listar como aficcionados de Dilma o Agronegócio, que controla a pasta da
agricultura, as medievais cúpulas evangélicas que detém canais de TV
"concedidos" pelo governo... Em síntese, Dilma representa interesses
de classe frontalmente opostos aos do proletariado, seu governo é burguês e não
possui nenhuma característica de "esquerda socialista" como tenta
nos enganar o arco "chapa branca" reformista. É fato que existe uma
"onda" ideológica reacionária contra tudo que possa parecer
remotamente de "esquerda", esta ofensiva que tem bases materiais bem
sólidas é impulsionada pelas classes dominantes ligadas ao imperialismo tendo
como objetivo político no país desmoralizar e liquidar o PT, principal
referência de todos os movimentos sociais. Na mesma medida em que "sangra" o governo Dilma, a elite defenestra o PT porém mantendo a estabilidade institucional do regime,
a ofensiva da direita exige a "cabeça" das lideranças petistas e já
planejam até o encarceramento de Lula. Não devemos nos confundir com o
"refresco" dado a Dilma pelos estafetas da Globo, como Renan e o
bando do TCU, as perseguições policiais contra os dirigentes da esquerda devem
seguir como aponta os próximos passos da "Lava Jato". O verdadeiro
golpe está sendo urdido contra as conquistas históricas do povo e a criminalização de suas
lideranças. O governo Dilma é cúmplice desta patifaria! O movimento de massas
deve ganhar as ruas para protagonizar um grande desafio nesta conjuntura de
profunda crise política, lutar para derrotar os ataques neoliberais e no mesmo
compasso combater a onda fascista! No próximo domingo 16 todos os ativistas
classistas devem se mobilizar para denunciar o engodo da reação racista da
classe média, não devemos nos acovardar diante da marcha dos "coxinhas,
que deverá ser bem mais minguada do que as do início deste ano. No seguinte dia
20/08 estão marcadas manifestações "Em defesa do estado
democrático", com um eixo político que encobre o caráter de classe deste
regime da democracia dos ricos, além de avalizar a trajetória monetarista do
governo Dilma. Entretanto nestes atos também se faz necessário ir às ruas, não
para "defender Dilma" do fictício golpe militar, mas para impor nosso
programa de reivindicações operárias, ignoradas por um governo que só é
generoso com a elite financeira e burguesa deste país. O momento exige muita
ação e o proletariado está convocado historicamente a marcar uma nova
alternativa socialista para Brasil, nem a direita fascista nem a social
democracia neoliberal!
quinta-feira, 13 de agosto de 2015
GREVE NA GM: OCUPAR A FÁBRICA CONTRA AS DEMISSÕES OU PEDIR PARA DILMA E ALCKMIN 'AGIR EM DEFESA DOS TRABALHADORES' COMO IMPLORA O
PSTU?
A greve dos operários da GM de São José dos Campos começou no
início desta semana e continua forte. Cinicamente, como “presente do dia dos
pais”, a empresa emitiu telegramas anunciando a demissão de quase 500
trabalhadores. Frente ao ataque os metalúrgicos aprovaram a paralisação por
tempo indeterminado. Este golpe ocorre em tempos de ajuste neoliberal onde
cresce o desemprego e a recessão, onde a crise capitalista é jogada nas costas dos explorados. É parte de uma ofensiva geral das montadoras
que estão anunciando férias coletivas, “lay-offs” e dispensando trabalhadores. Além
de reduzir a mão de obra, o anúncio destas medidas têm como objetivo impor o Programa de Proteção ao
Emprego (PPE) lançado pelo governo Dilma com o apoio da CUT a fim de reduzir
salários e os patrões contarem com recursos do FAT para pagar os salários achatados aos
operários! Nesta sexta-feira, dia 14, haverá uma nova assembleia para dar
continuidade à luta, os operários da GM devem manter a greve e deliberar pela
ocupação da empresa já que a montadora ianque entrou na justiça burguesa para
criminalizar a luta e multar o sindicato, em uma clara provocação patronal.
Desgraçadamente a política da direção do Sindicato dos Metalúrgicos de SJC,
filiado à Conlutas e controlado pelo PSTU, segue com seu eixo distracionista e suicida de “Exigir
dos governos que intervenham para anular demissões” como afirma o presidente da
entidade, Antônio Macapá: “Assim como o governo federal, o governo do estado
também beneficia a indústria automotiva com programas de incentivos. O poder
público não pode se omitir numa situação tão grave como esta. As empresas já
têm benefícios demais. Agora é hora de o governo agir em defesa do trabalhador”
(site PSTU, 12.08). Como se observa o PSTU, que antes pedia que Dilma editasse
uma MP para impedir as demissões, agora chega ao cúmulo do absurdo de pedir “ajuda” ao fascista Alckmin, como
se estes governos burgueses (e particularmente o Opus Dei tucano) fossem aliados dos trabalhadores! Na verdade a Conlutas opta
por este caminho suicida para não tomar a única medida de ação direta que poder
barrar as demissões e impulsionar a solidariedade de classe em todo o Vale do
Paraíba que é a ocupação da GM e o chamado a uma greve geral metalúrgica em
toda a região. Os operários devem ir pelo caminho oposto a de ter ilusões que Dilma e Alckmin adotem medidas em seu favor, precisam tomar em suas mãos a
defesa do emprego, enfrentando a ofensiva patronal através da greve com
ocupação e solidariedade de classe! Desde a LBI nos solidarizamos com a luta dos trabalhadores
da GM e alertamos aos companheiros a não terem nenhuma ilusão no governo
burguês da “gerentona” petista e muito menos em Alckmin. Lembrem-se que Lula
não tomou nenhuma medida contra as demissões na Embraer e Dilma fez o mesmo na
recente crise na Volks. Esta política suicida da Conlutas-PSTU só levará a
derrota! É preciso ter claro que o acordo passado, assinado pelo sindicato,
resultou em redução do piso salarial e em demissões por meio do PDV. Houve quem
dissesse que foi uma vitória parcial, porque se havia obtido uma estabilidade
temporária. Agora, se vê que o acordo serviu apenas à GM! O momento agora é de
cobrir da mais ampla solidariedade a greve na GM e estendê-la para outras
fábricas da região e demais montadoras para demonstrar a força do proletariado.
Para que esta luta possa vencer é necessário superar a política de colaboração
de classes da direção do Sindicato dos Metalúrgicos de SJC, controlado pela
Conlutas sem depositar nenhuma confiança na “oposição” encabeçada pela pelegada
da CUT-CTB. Ao mesmo tempo que defendemos o fortalecimento da greve, com uma
campanha nacional em solidariedade a luta dos operários da GM, devemos
apresentar um pauta classista para a paralisação que além de impor o
cancelamento das demissões, contemple a redução dos
ritmos de produção e da jornada de trabalho sem redução de salário; Escala móvel de salários, onde os contratos
coletivos de trabalho devam assegurar aumento automático dos salários, de
acordo com a elevação dos preços dos carros e a escala móvel por horas de
trabalho, para absorver a mão de obra metalúrgica desempregada. Com essa medida
o trabalho disponível deve ser repartido entre todos os operários existentes e
a repartição deve determinar a duração da semana de trabalho, com o salário
médio de cada operário sendo o mesmo da antiga semana de trabalho. Não ao banco
de horas! Fim dos empréstimos do BNDES às transnacionais que só engorda os
bolsos dos patrões e financia as demissões! Frente à ameaça das demissões da
fábrica da GM é preciso defender a estatização da empresa sob controle dos
trabalhadores e sem nenhuma indenização. Para isso é preciso organizar
nacionalmente uma campanha contra as demissões sem nenhuma ilusão nos inócuos
apelos a Dilma e Alckmin sob o eixo da ocupação das empresas que demitirem, assembleias
intersindicais unificadas, paralisações de verdade e a construção da greve
geral da categoria. É fundamental para enfrentar a ofensiva dos patrões a
retomada dos métodos de luta e ação direta, com assembleias massivas democráticas
e greves unificadas para arrancar verdadeiros aumentos salariais e fazer
avançar a consciência política da classe, a fim de aumentar o potencial de
combate contra os seus inimigos de classe que têm imputado derrotas econômicas,
sociais e políticas aos trabalhadores.
Assinar:
Postagens (Atom)