Violentos confrontos entre manifestantes fascistas e a polícia tiveram lugar em Kiev logo após a aprovação no Parlamento de alterações constitucionais que preveem a descentralização do país, dando mais autonomia as chamadas “repúblicas populares”. A medida foi apoiada por 265 parlamentares porém grupos de extrema-direita descontentes com as alterações tentaram assaltar o edifício do parlamento (Suprema Rada) nesta segunda-feira (31). Durante os confrontos foi ouvida uma explosão após uma série de tiros. O chefe da direção do Ministério do Interior da Ucrânia em Kiev, Aleksandr Tereschuk, disse que cerca de 100 pessoas foram feridas. Mais cedo, a Suprema Rada aprovou, em primeira audiência, um projeto de emenda à Constituição que prevê a descentralização do país como previa os acordos de Minsk celebrados em fevereiro, em uma prova que o governo pró-imperialista de Kiev não consegue derrotar a resistência popular no Leste do país, mesmo com o apoio da OTAN, do imperialismo ianque e da UE, tendo que ceder aos separatistas pró-russos. A crise política é tamanha que apesar de ser o autor do projeto de emenda à Constituição, o presidente da Ucrânia, Pyotr Poroshenko não esteve presente na sessão, muito menos o primeiro-ministro, Arseny Yatsenyuk. Com o conflito a Ucrânia está mergulhada em uma crise econômica e sua falida economia vem sobrevivendo em função de empréstimos do FMI e do BCE que em troca impõem a privatização de toda infra-estrutura e serviços público do país. A frente dos protestos estão as milícias fascistas ligadas ao partido de oposição de ultra-direita Svoboda (Liberdade), comando por Oleg Tyagnibok, que deseja assumir diretamente o governo diante da fragilidade da gestão Poroshenko-Yatsenyuk, são os mesmos bandos reacionários que foram vanguarda no golpe de estado de novembro de 2013 , cujo epicentro foram as manifestações na praça Maidan apresentadas pelos revisionistas do trotskismo como uma "revolução". Hoje, em meio à crise na ex-república soviética, Putin voltou a defender a federalização ucraniana, com Donetsk e Lugansk, tendo o Leste do país autonomia do governo central e podendo inclusive participar da União Euroasiática que a Rússia criou com outras ex-repúblicas soviéticas. Somente se colocando neste lado da trincheira os marxistas leninistas poderão, ombro a ombro com o proletariado e o campesinato desta região, apontar uma perspectiva comunista proletária para o conflito, indo além de suas direções burguesas. A palavra de ordem de “Todo apoio às repúblicas populares para derrotar a reação fascista e o imperialismo” está a serviço de forjar um programa revolucionário que coloque na ordem do dia a construção de verdadeiras “Repúblicas Soviéticas” com a expropriação dos bandos burgueses restauracionistas, chamando inclusive a solidariedade ativa do proletariado russo em sua defesa. Este “impasse”, onde os grupos fascistas desejam agora controlar diretamente o governo de Kiev, somente será resolvido através da ação revolucionária dos explorados da região, que estão se enfrentando militarmente e de forma heroica com o exército da Ucrânia.
segunda-feira, 31 de agosto de 2015
Violentos confrontos entre manifestantes fascistas e a polícia tiveram lugar em Kiev logo após a aprovação no Parlamento de alterações constitucionais que preveem a descentralização do país, dando mais autonomia as chamadas “repúblicas populares”. A medida foi apoiada por 265 parlamentares porém grupos de extrema-direita descontentes com as alterações tentaram assaltar o edifício do parlamento (Suprema Rada) nesta segunda-feira (31). Durante os confrontos foi ouvida uma explosão após uma série de tiros. O chefe da direção do Ministério do Interior da Ucrânia em Kiev, Aleksandr Tereschuk, disse que cerca de 100 pessoas foram feridas. Mais cedo, a Suprema Rada aprovou, em primeira audiência, um projeto de emenda à Constituição que prevê a descentralização do país como previa os acordos de Minsk celebrados em fevereiro, em uma prova que o governo pró-imperialista de Kiev não consegue derrotar a resistência popular no Leste do país, mesmo com o apoio da OTAN, do imperialismo ianque e da UE, tendo que ceder aos separatistas pró-russos. A crise política é tamanha que apesar de ser o autor do projeto de emenda à Constituição, o presidente da Ucrânia, Pyotr Poroshenko não esteve presente na sessão, muito menos o primeiro-ministro, Arseny Yatsenyuk. Com o conflito a Ucrânia está mergulhada em uma crise econômica e sua falida economia vem sobrevivendo em função de empréstimos do FMI e do BCE que em troca impõem a privatização de toda infra-estrutura e serviços público do país. A frente dos protestos estão as milícias fascistas ligadas ao partido de oposição de ultra-direita Svoboda (Liberdade), comando por Oleg Tyagnibok, que deseja assumir diretamente o governo diante da fragilidade da gestão Poroshenko-Yatsenyuk, são os mesmos bandos reacionários que foram vanguarda no golpe de estado de novembro de 2013 , cujo epicentro foram as manifestações na praça Maidan apresentadas pelos revisionistas do trotskismo como uma "revolução". Hoje, em meio à crise na ex-república soviética, Putin voltou a defender a federalização ucraniana, com Donetsk e Lugansk, tendo o Leste do país autonomia do governo central e podendo inclusive participar da União Euroasiática que a Rússia criou com outras ex-repúblicas soviéticas. Somente se colocando neste lado da trincheira os marxistas leninistas poderão, ombro a ombro com o proletariado e o campesinato desta região, apontar uma perspectiva comunista proletária para o conflito, indo além de suas direções burguesas. A palavra de ordem de “Todo apoio às repúblicas populares para derrotar a reação fascista e o imperialismo” está a serviço de forjar um programa revolucionário que coloque na ordem do dia a construção de verdadeiras “Repúblicas Soviéticas” com a expropriação dos bandos burgueses restauracionistas, chamando inclusive a solidariedade ativa do proletariado russo em sua defesa. Este “impasse”, onde os grupos fascistas desejam agora controlar diretamente o governo de Kiev, somente será resolvido através da ação revolucionária dos explorados da região, que estão se enfrentando militarmente e de forma heroica com o exército da Ucrânia.