16.08, DOMINGUEIRA DA DIREITA: MARCHA DA REAÇÃO FASCISTA NÃO É A ALTERNATIVA DOS
TRABALHADORES PARA COMBATER OS ATAQUES NEOLIBERAIS DO GOVERNO DILMA CONTRA O
POVO BRASILEIRO!
A marcha da reação fascista organizada pelo balaio
direitista, que abrange desde os Demo-tucanos até as hordas neonazistas da alta
classe média, não deve se configurar como a correta alternativa política do
movimento dos trabalhadores para combater os covardes ataques neoliberais que o
governo Dilma promove contra o povo brasileiro. Se é plena verdade que existe
um grande sentimento de "puteza" entre o nosso povo diante de um
quadro nacional de arrocho salarial, desemprego, inflação e retirada de
direitos conquistados com muito sangue e luta, não podemos embarcar na canoa
demagógica da direita que historicamente tem mais crimes acumulados contra o
Brasil do que os governos da Frente Popular. O fato de denunciar o caráter
fascista da marcha "coxinha" não significa abonar ou defender
politicamente a pauta do atual governo que traiu o povo, aplicando o mesmo
programa neoliberal dos corruptos tucanos derrotados na última eleição.
Conhecemos muito bem os reais defensores da governabilidade de Dilma, a começar
pela mafiosa família Marinho que ordenou a seus subordinados que parassem o
furdunço do próximo domingo. Na sequência dos "apaixonados" deste
governo estão os banqueiros que além de comandarem o ministério da economia,
são presenteados com a alta remuneração de seus "títulos financeiros"
pelo BC, para o lucro dos rentistas não existe nenhum tipo de ajuste... somente
a população carente é quem paga o ônus da crise capitalista! Também poderíamos
listar como aficcionados de Dilma o Agronegócio, que controla a pasta da
agricultura, as medievais cúpulas evangélicas que detém canais de TV
"concedidos" pelo governo... Em síntese, Dilma representa interesses
de classe frontalmente opostos aos do proletariado, seu governo é burguês e não
possui nenhuma característica de "esquerda socialista" como tenta
nos enganar o arco "chapa branca" reformista. É fato que existe uma
"onda" ideológica reacionária contra tudo que possa parecer
remotamente de "esquerda", esta ofensiva que tem bases materiais bem
sólidas é impulsionada pelas classes dominantes ligadas ao imperialismo tendo
como objetivo político no país desmoralizar e liquidar o PT, principal
referência de todos os movimentos sociais. Na mesma medida em que "sangra" o governo Dilma, a elite defenestra o PT porém mantendo a estabilidade institucional do regime,
a ofensiva da direita exige a "cabeça" das lideranças petistas e já
planejam até o encarceramento de Lula. Não devemos nos confundir com o
"refresco" dado a Dilma pelos estafetas da Globo, como Renan e o
bando do TCU, as perseguições policiais contra os dirigentes da esquerda devem
seguir como aponta os próximos passos da "Lava Jato". O verdadeiro
golpe está sendo urdido contra as conquistas históricas do povo e a criminalização de suas
lideranças. O governo Dilma é cúmplice desta patifaria! O movimento de massas
deve ganhar as ruas para protagonizar um grande desafio nesta conjuntura de
profunda crise política, lutar para derrotar os ataques neoliberais e no mesmo
compasso combater a onda fascista! No próximo domingo 16 todos os ativistas
classistas devem se mobilizar para denunciar o engodo da reação racista da
classe média, não devemos nos acovardar diante da marcha dos "coxinhas,
que deverá ser bem mais minguada do que as do início deste ano. No seguinte dia
20/08 estão marcadas manifestações "Em defesa do estado
democrático", com um eixo político que encobre o caráter de classe deste
regime da democracia dos ricos, além de avalizar a trajetória monetarista do
governo Dilma. Entretanto nestes atos também se faz necessário ir às ruas, não
para "defender Dilma" do fictício golpe militar, mas para impor nosso
programa de reivindicações operárias, ignoradas por um governo que só é
generoso com a elite financeira e burguesa deste país. O momento exige muita
ação e o proletariado está convocado historicamente a marcar uma nova
alternativa socialista para Brasil, nem a direita fascista nem a social
democracia neoliberal!