CONTRA O PT, LAVA JATO ATUALIZA OS ANTIGOS "3
PÊS"...O QUE VEM DEPOIS?
Historicamente para ser preso e previamente condenado como
culpado no Brasil até pouco tempo “bastava” ser pobre, preto e puta, os famosos
“3 Pês”. Agora, depois do julgamento-farsa do Mensalão e particularmente com a
Operação Lava Jato acrescentou-se mais uma “P” na lista fatal, o de Petista.
Basta ser um petista, ligado às origens do partido, como “requisito” para ser
preso sob a acusação de maior corrupto da República, uma artimanha que vem
encobrindo o ódio dos setores mais reacionários da classe dominante a Lula e ao
PT! Enquanto isto todos os tucanos que doaram o patrimônio nacional pela via
das privatizações ganhando comissões bilionárias estão soltos, "livres
para voar"! A recente detenção de João Vaccari e a decretação da
“reprisão” de José Dirce sem qualquer necessidade e com acusações requentadas
demonstram claramente que os dirigentes petistas são o alvo prioritário da
sanha da “República no Paraná” comandada pelo Juiz Sergio Moro em conluio com
os delegados tucanos da PF e os procuradores formados em Harvard. Este séquito
reacionário age sem qualquer resistência mesmo no terreno das instituições
burguesas constitucionais em pleno governo Dilma porque tem “costas largas”,
está apoiado pelo Departamento do Estado ianque e a CIA, que vem inclusive fornecendo
informações privilegiadas para sua falsa cruzada moralizadora que visa
criminalizar o PT e na sequência o conjunto da esquerda classista para colocar
a economia nacional sob o controle completo dos monopólios ianques. Estes fatos insólitos nos remetem ao Pacote
de Abril da ditadura militar, quando em 1977 Geisel fechou provisoriamente o
Congresso Nacional usando o esdrúxulo pretexto que o parlamento
obstaculizava uma reforma para "modernizar" o judiciário dos "3
Pês". Na verdade, o facínora desejava impedir por decreto que em 1978 as
"prometidas" eleições diretas dessem a vitória ao MDB, tanto para os
governos estaduais como para o Senado. O draconiano pacote imposto pelo general
cancelou a escolha pelo voto dos governadores e criou os senadores biônicos que
garantiram maioria a Arena, além de proibir a propaganda eleitoral ao vivo na
TV, censura motivada pelo discurso do líder do MDB na Câmara dos Deputados,
Alencar Furtado, denunciando duramente a ação fascista dos gorilas em plena rede
nacional de TV. Naquele tempo a ditadura militar prendia pobre, pretos e putas
(os “3 Pês”), perseguia os comunistas e cerceava a oposição burguesa usando
qualquer pretexto para que o MDB não ganhasse nas urnas. Agora, em plena
“democracia” dos ricos e ironicamente sob a égide do servil governo Dilma, Moro
usa o combate a corrupção para perseguir e prender dirigentes petistas, cujo
alvo principal é o próprio Lula, temendo que o líder petista ainda tenha força
eleitoral em 2018. O trabalho de Moro de instituir os “4 Pês” tem sido
facilitado enormemente pela ajuste neoliberal imposto pelo governo Dilma e a
covardia do PT e de sua “esquerda”, que assim como o MDB na ditadura militar
era ao mesmo tempo vítima e cúmplice da farsa montada pelos chacais da
ditadura.