segunda-feira, 3 de agosto de 2015


CONTRA O PT, LAVA JATO ATUALIZA OS ANTIGOS "3 PÊS"...O QUE VEM DEPOIS?

Historicamente para ser preso e previamente condenado como culpado no Brasil até pouco tempo “bastava” ser pobre, preto e puta, os famosos “3 Pês”. Agora, depois do julgamento-farsa do Mensalão e particularmente com a Operação Lava Jato acrescentou-se mais uma “P” na lista fatal, o de Petista. Basta ser um petista, ligado às origens do partido, como “requisito” para ser preso sob a acusação de maior corrupto da República, uma artimanha que vem encobrindo o ódio dos setores mais reacionários da classe dominante a Lula e ao PT! Enquanto isto todos os tucanos que doaram o patrimônio nacional pela via das privatizações ganhando comissões bilionárias estão soltos, "livres para voar"! A recente detenção de João Vaccari e a decretação da “reprisão” de José Dirce sem qualquer necessidade e com acusações requentadas demonstram claramente que os dirigentes petistas são o alvo prioritário da sanha da “República no Paraná” comandada pelo Juiz Sergio Moro em conluio com os delegados tucanos da PF e os procuradores formados em Harvard. Este séquito reacionário age sem qualquer resistência mesmo no terreno das instituições burguesas constitucionais em pleno governo Dilma porque tem “costas largas”, está apoiado pelo Departamento do Estado ianque e a CIA, que vem inclusive fornecendo informações privilegiadas para sua falsa cruzada moralizadora que visa criminalizar o PT e na sequência o conjunto da esquerda classista para colocar a economia nacional sob o controle completo dos monopólios ianques. Estes fatos insólitos nos remetem ao Pacote de Abril da ditadura militar, quando em 1977 Geisel fechou provisoriamente o Congresso Nacional usando o esdrúxulo pretexto que o parlamento obstaculizava uma reforma para "modernizar" o judiciário dos "3 Pês". Na verdade, o facínora desejava impedir por decreto que em 1978 as "prometidas" eleições diretas dessem a vitória ao MDB, tanto para os governos estaduais como para o Senado. O draconiano pacote imposto pelo general cancelou a escolha pelo voto dos governadores e criou os senadores biônicos que garantiram maioria a Arena, além de proibir a propaganda eleitoral ao vivo na TV, censura motivada pelo discurso do líder do MDB na Câmara dos Deputados, Alencar Furtado, denunciando duramente a ação fascista dos gorilas em plena rede nacional de TV. Naquele tempo a ditadura militar prendia pobre, pretos e putas (os “3 Pês”), perseguia os comunistas e cerceava a oposição burguesa usando qualquer pretexto para que o MDB não ganhasse nas urnas. Agora, em plena “democracia” dos ricos e ironicamente sob a égide do servil governo Dilma, Moro usa o combate a corrupção para perseguir e prender dirigentes petistas, cujo alvo principal é o próprio Lula, temendo que o líder petista ainda tenha força eleitoral em 2018. O trabalho de Moro de instituir os “4 Pês” tem sido facilitado enormemente pela ajuste neoliberal imposto pelo governo Dilma e a covardia do PT e de sua “esquerda”, que assim como o MDB na ditadura militar era ao mesmo tempo vítima e cúmplice da farsa montada pelos chacais da ditadura.