MORRE O FACÍNORA BRILHANTE USTRA: MAIS UM TORTURADOR QUE “JÁ
VAI TARDE PARA O INFERNO”!
O facínora torturador Brilhante Ustra que chefiou o sinistro
DOI-CODI de 1970 a 1974 durante a ditadura militar morreu na madrugada desta
quinta-feira, 14 de outubro. Como Marxistas Leninistas não cremos na punição de
facínoras após a morte, mas poderíamos nos somar ao justo ódio de suas honradas
vitimas que neste momento devem estar comemorando com o ditado popular: “já vai
tarde para o inferno”! Este monstro assassino comandou pessoalmente centenas de
seções de tortura como a de Amelinha Teles, então dirigente do PCdoB, sendo
responsável pelo assassinato de dezenas de militantes de esquerda. Durante o
período em que comandou o DOI-CODI em São Paulo, 502 lutadores foram torturados
no local e 50 mortos pelo órgão. Em depoimento à Comissão Nacional da Verdade
em 2013, o fascista cinicamente afirmou que a presidente Dilma Rousseff
participou de “organizações terroristas para implantar o comunismo no Brasil
nas décadas de 1960 e 1970” e arrematou justificando os crimes sanguinários dos
gorilas de farda “Se os militares não tivessem lutado, o Brasil estaria sob uma
ditadura do proletariado”. Ustra embarcou para o túmulo pelas “vias naturais”
aos seus 83 anos e não sucumbiu pelo desejo traçado pelo proletariado para
vingar a morte de seus lutadores: o justiçamento de seus algozes em pleno calor
dos combates travados nos anos de “chumbo”. Em uma guerra desigual e injusta,
os oprimidos são obrigados a lançarem mão de todos os recursos que potenciem a
elevação de sua moral de luta, mesmo que estes sejam considerados excepcionais
em “tempos de paz”. O acerto de contas que o proletariado necessita realizar
com os facínoras da ditadura militar, deverá inevitavelmente vir na esteira do
implacável combate ao regime capitalista e sua forma mais aperfeiçoada de
"estabilidade democrática", a democracia dos ricos. Para a classe
operária o verdadeiro julgamento de seus covardes algozes só acontecerá quando
for capaz de construir seus próprios organismos de poder, estabelecendo
tribunais operários e populares de julgamento e punição, como instrumentos da histórica
justiça de classe do proletariado.