domingo, 4 de outubro de 2015


OBAMA BOMBARDEIA HOSPITAL NO AFEGANISTÃO LOGO DEPOIS DE RECEBER A BENÇÃO DO “PROGRESSISTA” PAPA FRANCISCO

Poucos dias após o Para Francisco ter viajado aos EUA e declarado ter muitas afinidades com o presidente Obama, afirmando que ambos são “homens progressistas”, o presidente ianque ordenou neste sábado, 03 de outubro, um bombardeio ao Afeganistão cujo alvo foi um hospital dos Médicos sem Fronteiras na cidade de Kunduz no norte do país, deixando um rastro de sangue de pelo menos 20 mortos e centenas de feridos, entre médicos e pacientes! Obama, um verdadeiro lobo na pele de cordeiro, vem atacando impiedosamente não só o Afeganistão, mas também a Síria e o Iraque como parte da política do imperialismo de agressões militares para impor seu domínio político e econômico na região. Quando o Papa esteve com ele na Casa Branca, o pontífice declarou para que “todos os homens e mulheres de boa vontade dos EUA apoiem os esforços da comunidade internacional para proteger os mais fracos no mundo”. Com estas palavras Bergoglio buscava dar uma cobertura “humanitária” a política assassina da OTAN (representante militar da “comunidade internacional”) e de seus “esforços” em combater todos os adversários políticos das potências capitalistas, no caso específico o Talibã. Só no Afeganistão Obama mantêm 10 mil homens ocupando o país em apoio à ação genocida da OTAN! O ataque ao hospital foi deliberado, não um engano: Sediq Sediqi, porta-voz do Ministério do Interior afegão, subordinado aos EUA, disse que o bombardeio foi solicitado pelos órgãos de inteligência ianque que operam no Afeganistão porque “havia 15 terroristas escondidos no hospital”. Apresentado por Obama como um “grupo terrorista de bárbaros fundamentalistas islâmicos” e pelo Papa como “inimigos da fé cristã” o Talibã condenou imediatamente o ataque. Em comunicado, o porta-voz do grupo, Zabihullah Mujahid, explicou que o bombardeio ocorreu quando não havia nenhum insurgente no interior do centro médico “já que a situação de conflito não permite que nossos guerreiros sejam hospitalizados lá”. Enquanto isso, o Papa Francisco ficou em completo silêncio diante do ataque ao hospital já que a operação tinha como alvo os “infiéis islâmicos”, já Obama se limitou a dizer que iria “instalar um inquérito completo antes de fazer um julgamento definitivo sobre as circunstâncias do ocorrido”. Como observamos a “sintonia” entre o presidente dos EUA e o representante do Vaticano é enorme, não por acaso, seguem juntos também no “esforço” para restaurar o capitalismo em Cuba!  Como denunciou a filha de Che Guevara, Aleida, que se negou a ir à missa durante a visita do Papa a ilha operária, “a Igreja Católica é um dos principais instrumentos de dominação capitalista no mundo, foi um dos maiores conquistadores e exploradores das riquezas dos povos”. A LBI vem denunciando o Papa Francisco e o engodo de sua política “progressista” que neste momento está claramente a serviço de apoiar a gestão de Obama nos EUA e sua “nova” cruzada reacionária travestida de “renovadora”. Frente ao ataque dos aviões ianques ao hospital no Afeganistão declaramos que se trata de mais um ato terrorista dos EUA contra os povos árabes e muçulmanos, provando que a Casa Branca e OTAN são os verdadeiros neoconquistadores genocidas, assim como na época da colonização que dizimou os povos originários agem sobre a benção do Papa e da Igreja Católica para rapinar as riquezas das nações, matando milhares de vidas em nome dos "valores da civilização"!

A benção do Papa Francisco a gestão de Obama se incrementou após a visita do Pontífice aos EUA e não se abalou nem com o incremento belicista de Washington na África e no Oriente Médio. Os discursos confirmaram o momento de aproximação que vive a relação entre o Vaticano e a Casa Branca, que leva a definir o Papa como o “principal aliado de Obama no mundo”, segundo altos funcionários do governo ianque. Obama ressaltou várias ideias em comum com o Papa e aproveitou para confirmar que compartilha sua preocupação pelo meio ambiente e o tema migratório (casualmente, duas iniciativas políticas impulsionadas pelo presidente e freadas no Congresso pela oposição republicana) e agradecer por sua ajuda para facilitar o restabelecimento das relações diplomáticas com Cuba. Bergoglio confirmou no ato da Casa Branca sua aliança com o presidente da maior potência mundial, tanto que não houve nenhuma crítica do Papa ao ataque ao hospital dos MSF no Afeganistão. Esta aliança se solidifica frente às batalhas contra os opositores republicanos no congresso, que mantêm paralisadas várias iniciativas do executivo e diante das disputadas eleições presidenciais que se avizinham.

Considerado inicialmente como um conservador que teria colaborado inclusive com a ditadura militar argentina, o Papa Francisco foi aos poucos ganhando espaço e simpatia de setores da “esquerda” domesticada que agora saem a saudar com entusiasmo seu mandato “renovador” e até mesmo “subversivo” na Igreja Católica. Esta avaliação chegou a seu ápice com o papel de primeira grandeza que assumiu no acordo de reatamento das relações diplomáticas entre Cuba e EUA. Na verdade, não há nada de novo no que defende o Pontífice, trata-se da surrada cantilena da “justiça social” como uma forma de convencer aos explorados de que é possível dentro do capitalismo conviver harmonicamente as classes sociais desde que haja a “distribuição da riqueza” e não a destruição revolucionária da burguesia e seu Estado, uma crença equivalente à ilusão na existência do “paraíso” no reino dos céus!  Como Marxistas Leninistas (ateus e materialistas) caracterizamos a Igreja Católica como um instrumento secular e contemporâneo da dominação imperialista. Denunciamos o papel contrarrevolucionário da instituição na chamada “Guerra fria”, tendo dado uma “contribuição” decisiva no crescimento do sindicato “SOLIDARIEDADE”, fabricando a liderança sindical “amarela” do polonês Lech Walesa. Na eliminação das conquistas operárias dos Estados do Leste Europeu, o então Papa Karol Wojityla atuou como um verdadeiro “ponta de lança” ideológico do sinistro governo Reagan. Os princípios do “livre mercado”, na Igreja, são bem mais profundos e arraigados do que os da “fraternidade” e “igualdade” que diz reivindicar o cristianismo. Na atual ofensiva imperialista contra povos e nações, sendo o nacionalismo burguês o adversário político e militar da “hora”, produto da derrota histórica já sofrida pela maioria dos regimes Stalinistas, o Papa Bergoglio, mascarado de Francisco I, é uma peça fundamental e exatamente por isso foi “ungido” à condição de interlocutor de “Deus” na barbárie humana do capitalismo e parceiro de Obama nas investidas do imperialismo contra os povos.

Diante da impossibilidade de derrotar a resistência dos povos oprimidos, Obama pretende ampliar a chamada “guerra ao terrorismo”, utilizando-se cada vez mais de bombardeios com aviões não tripulados ou mísseis disparados de longa distância, atingindo propositadamente alvos civis como o Hospital dos MSF no Afeganistão, chacinando principalmente mulheres e crianças, para provocar terror e desespero na população. Essa verdadeira guerra de terror imperialista é a política da Casa Branca para auferir lucros para a poderosa indústria bélica ianque. Portanto, é uma guerra prolongada que só pode ser derrotada com a unidade dos povos oprimidos de todo o mundo. Esse é o motivo por que os Marxistas Revolucionários devemos apoiar cada ofensiva sobre os agressores imperialistas, postando-se em frente única com a forças que, neste momento, enfrentam as tropas de rapina das potências capitalistas. Cada revés sofrido pelos invasores dos EUA e da OTAN no Afeganistão, no Iraque, na Líbia ou em qual quer parte do mundo, ajuda a elevar o nível de consciência do proletariado e aumenta a sua confiança de que o imperialismo pode ser derrotado, forjando as condições para a construção de uma autêntica direção revolucionária que lute pela edificação do socialismo.