ASSUME A QUADRILHA TEMER: MEIRELLES, EX-MINISTRO E HOMEM DE
CONFIANÇA DE LULA, ESTÁ NA LINHA DE FRENTE DO GABINETE “GOLPISTA” PARA
APROFUNDAR A RECEITA NEOLIBERAL QUE DILMA FOI INCAPAZ DE FINALIZAR
O cenário embrulhou o estômago. Cercado de gangesteris de colarinho branco, Temer “tomou posse” como presidente interino ladeado de ex-ministros do governo Lula e Dilma que agora assumem vários postos centrais no gabinete da quadrilha golpista. Henrique Meirelles, Kassab, Romero Jucá, Eliseu Padilha, Moreira Franco, Eduardo Henrique Alves, Helder Barbalho, Sarney Filho... O “novo” ministério tem seis partidos que governaram com Dilma: PMDB, PP, PR, PRB, PSD e PTB. Da oposição conservadora nomes como Serra (PSDB), Jungmann (PPS) e Mendonça Filho (DEM). Porém o homem forte do gabinete “golpista” de rapineiros é Henrique Meirelles, nome do círculo político de confiança íntima de Lula e indicado pelo ex-presidente operário para substituir o estafeta Levy quando da saída deste da equipe econômica Dilmista. Essa interseção política revela que o programa neoliberal anunciado por Temer (Reformas Previdenciária e Trabalhista), Parcerias Público-Privadas (PPP´s), privartizações e redução de gastos públicos será uma continuidade aprofundada da política de ajuste que vinha desenvolvendo o governo da ex-presidente Dilma. Não por acaso, o então líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picianni, “aliado” de ocasião contra o impeachment e que praticamente só “garantiu” seu voto na bancada foi premido pelo trabalho de sabotagem com o cobiçado Ministério dos Esportes, gordo de verbas na véspera das Olimpíadas que serão abocanhadas pela gang de Cabral, Pezão e Paes. Como avaliamos anteriormente, a tendência hegemônica da etapa política apontava para o “debut” do governo Temer/PSDB, com o PT atuando como cúmplice impotente de seu próprio achacamento político, admitindo até indicar nomes de “confiança” para o novo ministério golpista, como Henrique Meirelles muito próximo as ideias de Lula para a economia nacional. Diante da paralisia imposta na véspera da votação do impeachment no Senado tudo leva a crer que o PT optou por sustentar indiretamente Temer (sabendo de seu inevitável desgaste com o ápice da recessão) e aguardar que Lula vença o pleito natural de 2018. Alertamos que o sonho de Lula voltar ao Planalto em 2018 talvez se transforme no pesadelo de sua prisão após o impeachment, mas desgraçadamente a esquerda reformista continua apoiando a “Lava Jato”, enquanto denúncia um Golpe de Estado inexistente. Cabe à vanguarda classista tirar as lições dessa transição semi-acordada, lembrando que nas eleições municipais deste ano, o PT até então havia liberado seus diretórios para fazer alianças com o “golpista” PMDB. O certo é que os ataques neoliberais contra os trabalhadores continuarão, as contrarreformas serão retomadas e a criminalização do movimento de massas ganhará um recrudescimento com o controle da pasta da justiça por Alexandre de Morais (PSDB), ex-secretário de segurança pública de São Paulo e afilhado político do fascista Alckmin. Como revolucionários nos postávamos no campo da oposição operária e revolucionária ao governo da Frente Popular, essa trincheira deve ser ainda mais reforçada no combate a quadrilha neoliberal de Temer, sem cair na cantilena da política de colaboração de classes da CUT e do PT que farão oposição parlamentar formal e “responsável” ao golpista somente de olho na conquista de postos eleitorais futuros. Os Marxistas Revolucionários devem ter a nítida clareza do momento que atravessamos para combater o bando neoliberal de Temer sem jogar água no moinho da Frente Popular e sua cantilena em defesa da democracia burguesa que visa unicamente fortalecer a posição do PT e seus satélites no circo eleitoral do capital financeiro que sempre visa submeter o movimento operário, suas lutas e reivindicações aos “sagrados” resultados de suas urnas!