domingo, 8 de maio de 2016

VIVA OS 71 ANOS DA VITÓRIA DO EXÉRCITO VERMELHO SOBRE OS NAZISTAS DE HITLER: UMA LIÇÃO HEROICA DE COMO A CLASSE OPERÁRIA DEVE ENFRENTAR A ATUAL OFENSIVA REACIONÁRIA


Neste dia 8 de maio completam-se os 71 anos da tomada de Berlim pelas tropas soviéticas, data que entrou para a história simbolizada com a bandeira da URSS sendo erguida no alto do Reichstag depois da vitória do Exército Vermelho na épica “Batalha de Berlim”. Era o ano de 1945 e se aproximava o fim a Segunda Guerra Mundial em um contexto de rendição incondicional da Alemanha nazista. Em quase seis anos de conflito, mais de 50 milhões de vidas foram exterminadas como consequência direta das sangrentas batalhas, dos bárbaros assassinatos nos campos de concentração nazistas e dos hediondos massacres contra a população civil, como as bombas atômicas lançadas pelos Estados Unidos sobre as cidades japonesas de Hiroxima e Nagasaki. As comemorações dos 71 anos da derrota do nazismo hoje, celebrada particularmente com um grande desfile militar na Rússia do restaurocionista Putin com forte simbologia comunista (tanques com estrelas vermelhas e bandeiras com a foice e martelo), são crivadas pela retorno do fascismo na Ucrânia patrocinado pelo “democrático” imperialismo ianque e a resistência das repúblicas populares no Leste ucraniano. Apesar dos “historiadores” a soldo do capital buscarem falsificar a história, a derrota do nazismo foi efetivamente uma vitória militar do Exército Vermelho fundado por Trotsky. A campanha militar de Hitler não havia sofrido um só revés até dezembro de 1941, quando fracassou a tentativa de conquistar Moscou. Porém, a batalha decisiva da Segunda Guerra só ocorreu no ano seguinte, na famosa Stalingrado. Em agosto os alemães fizeram a primeira investida contra a cidade com pesados bombardeios. Mas os combates que determinaram a derrota nazista ocorreram a partir de novembro. Em 30 de janeiro de 1943, no décimo aniversário de sua ascensão ao poder, Hitler, fazendo um solene pronunciamento pelo rádio, declarou: “Daqui a mil anos os alemães falarão sobre a Batalha de Stalingrado com reverência e respeito, e se lembrarão que a despeito de tudo, a vitória da Alemanha foi ali decidida”. Três dias depois o marechal Von Paulus assinava a rendição do 6º Exército alemão diante do General Chuikov, comandante das tropas do Exército Vermelho em Stalingrado. A vitória soviética, como era de se esperar fortaleceu enormemente o stalinismo como principal direção política para o proletariado mundial, reduzindo a influência da IV Internacional a um pequeno círculo de propaganda. A orientação do Kremlin, em nome dos acordos com as potências imperialistas celebrados em Yalta e Potsdam, conduziu a derrota de vários processos revolucionários ocorridos no pós-guerra. Na Itália e na França, os PCs, que haviam alcançado um enorme prestígio na organização da resistência partisans, foram orientados a conformar governos de unidade nacional com os partidos burgueses. Na Grécia, a traição do stalinismo, permitiu a derrota da insurreição operária em Atenas, sufocada pelos pesados bombardeios da aviação britânica. Porém, na Iugoslávia e na China, onde as orientações de Stálin não foram seguidas, a luta de libertação nacional resultou na expropriação da burguesia, independente da presença militar do Exército Vermelho. Apesar das traições stalinistas, a onda revolucionária que se abriu no pós-guerra era uma evidência de que a heroica resistência do Estado operário soviético, ainda que burocratizado, foi um colossal estímulo para a luta de classes do proletariado mundial. Nos dias atuais, é fundamental resgatar o legado da vitória da resistência soviética sobre o nazismo, ainda que sob o comando de Stálin, para combater a atual ofensiva imperialista, postando-se no campo político e militar das “repúblicas populares” do Leste da Ucrânia para derrotar o governo nazifascista imposta em Kiev (como fizeram os trabalhadores do país na Segunda Guerra Mundial) a fim de avançar para a construção de um nova União das Repúblicas Socialistas Soviéticas!

Os soviéticos fizeram prisioneiros 94.500 soldados alemães, entre os quais 2.500 oficiais, 24 generais e o próprio marechal Von Paulus. As baixas nazistas chegaram a 140.000. O eixo central da temível máquina de guerra de Hitler foi irrecuperavelmente despedaçado. O Exército Vermelho tomou dos nazistas 60.000 veículos, 1.500 blindados e 6.000 canhões. Os nazistas passaram a sofrer, então, sucessivas derrotas. Em julho, foram derrotados em Kursk, na maior batalha de tanques da história. O Exército Vermelho prosseguiu infringindo pesadas baixas ao inimigo, fazendo-o recuar, libertando os povos submetidos à barbárie nazista e só se deteve com a completa rendição da Alemanha. Hitler havia cometido um grave erro, ao subestimar Exército Vermelho e a resistência do povo soviético. A batalha de Stalingrado não decidiu a vitória alemã. Ao contrário, seu desfecho assegurou a derrota final do Terceiro Reich, que perdeu 75% do seu exército na frente oriental, para onde foram enviadas as melhores tropas alemãs. Apesar de todo o esforço de guerra contra o nazismo, entre 1941 a 1943, ter sido concentrado sobre o Estado operário da União Soviética, a imprensa burguesa tenta minimizar a importância da URSS, apresentando o desembarque das forças aliadas imperialistas na Normandia (Norte da França), em 1944, como a ação militar que determinou a derrota do nazismo, quando na verdade essas tropas só não foram completamente esmagadas pelos nazistas porque, atendendo a um pedido de Churchill (Primeiro-Ministro da Inglaterra), Stalin ordenou a abertura de novas frentes de combate no Leste. A vitória da URSS sobre o nazismo custou ao proletariado soviético a extraordinária cifra de 26,6 milhões de mortos, dos quais cerca de 74% eram combatentes civis. A resistência operária, combatendo junto com o Exército Vermelho, foi o fator decisivo para a vitória soviética. Na defesa de Moscou foram mobilizados mais de cem mil operários em milícias armadas e cerca de 250 mil civis, a maioria mulheres, foi à linha de frente dos combates para cavar fossos antitanques. Em Leningrado, a classe operária resistiu durante 900 dias aos ataques que fizeram cerca de 2 milhões de mortos.

Já em Stalingrado, as primeiras baterias antiaéreas a resistirem ao ataque de 23 de agosto de 1942 foram operadas por jovens voluntárias, mal saídas do ginásio. Na batalha mais sangrenta da Segunda Guerra, ergueram-se barricadas em cada rua, cada prédio, cada posição, transformou-se numa fortaleza inexpugnável dada a obstinação dos combatentes na defesa de seus postos. Batalhões de milícias operárias foram enviados para combater a 16ª Divisão de panzers alemães. Na fábrica de tratores que produzia os tanques T-34, voluntários saltavam dentro dos tanques antes mesmo de serem pintados, retirando-os da linha de produção diretamente para o campo de batalha. Com a intensificação dos combates, em novembro, os operários da fábrica Outubro Vermelho, que produzia carros de assalto, empunharam armas, formando uma muralha de fogo em torno da fábrica. A defesa da cidade foi feita na batalha corpo a corpo, combatia-se casa a casa, em cada centímetro de chão. Num único dia a estação de trens mudou de mãos sete vezes. O motivo que levou centenas de milhares de jovens a lutar com tamanha obstinação e fúria ia muito além dos apelos da burocracia stalinista em nome da Grande Guerra Patriótica. Combatiam em defesa das conquistas da Revolução de Outubro por cuja consolidação, há 25 anos, seus pais haviam derramado sangue para derrotar o exército branco e as tropas invasoras de 14 países mobilizadas pelas potências imperialistas para sufocar a revolução bolchevique e destruir o nascente Estado operário soviético.

A política criminosa do stalinismo, tanto interna como externamente, foi a responsável direta pelo elevado sacrifício do proletariado na luta contra o fascismo. Na Itália e na Alemanha, das ruínas da Primeira Guerra Mundial surgiu um vigoroso movimento revolucionário, logo sufocado pelas traições da socialdemocracia que, em defesa do Estado burguês, assassinou revolucionários como Rosa Luxemburgo e Karl Liebknecht e preparou o caminho para a ascensão do fascismo. A partir dos anos 20 o trabalho contrarrevolucionário da socialdemocracia recebeu o reforço do stalinismo com sua política de Frentes Populares, que produziu desastrosas derrotas do proletariado, como o massacre dos comunistas chineses em 1927 pelas forças do Koumitang. Sob o impacto da crise econômica de 1929, que causou pânico na burguesia diante da ameaça do comunismo, a política de frente popular do stalinismo desarmou o proletariado alemão frente à ascensão do nazismo e, mais tarde, contribuiu para o fracasso da Revolução Espanhola. Apesar da Alemanha nazista ter assinado em 1936 um acordo com o Japão e a Itália, o chamado pacto Anti-Comintern, cujo objetivo era a destruição da URSS, Stálin estabeleceu com Hitler o Pacto Gemano-Soviético de Não-Agressão, permitindo que os nazistas ocupassem a Polônia e concentrassem suas melhores tropas na fronteira do Estado operário soviético, onde aguardaram as ordens do estado-maior nazista para a invasão da URSS.

Internamente, a política contrarrevolucionária do stalinismo se manifestou através do extermínio de toda a vanguarda dirigente do Partido Bolchevique e de quase todos os quadros do Exército Vermelho, através dos fraudulentos processos de Moscou, muitos dos quais forjados a partir de provas falsas fornecidas pela polícia secreta nazista, a Gestapo. Os expurgos no Exército Vermelho, iniciado em 1937, resultaram 36.671 executados, presos ou afastados. Dos 706 oficiais do escalão de comandantes de brigada para cima, apenas 303 permaneceram intocados. Essa desestruturação, além da incredulidade e desorientação da burocracia stalinista diante da agressão nazista, deram aos exércitos alemães enorme vantagem durante o primeiro ano da ocupação, ceifando milhões de vidas de soldados do Exército Vermelho e da população civil. A existência, ainda que reduzida, de quadros do Exército Vermelho que tinham origem na Revolução Bolchevique e participado da guerra civil, a exemplo de Chuikov, garantiu a reorganização do exército e a retomada da ofensiva soviética. Os métodos utilizados pela camarilha stalinista para manter o poder foram bárbaros, com perseguições políticas a seus opositores de esquerda como Trotsky e mesmo de direita. Porém, constitui um grave erro colocar um sinal de igualdade entre os regimes stalinista e nazista, como fazem os democratas pequenos burgueses que classificam ambos como regimes totalitários. O nazismo alemão, assim como o fascismo italiano, é um instrumento do capital financeiro, seu último recurso para conter a revolução proletária e o socialismo, mergulhando a sociedade na barbárie política como forma de preservar a propriedade burguesa, quando a economia capitalista mundial entra em colapso pela impossibilidade de desenvolvimento das forças produtivas nos marcos da sociedade burguesa. Hitler e Mussolini foram financiados pelas grandes corporações capitalistas para impor o terror ao movimento operário e afastar o fantasma do comunismo. Nesses países, a derrubada do regime político ligava-se diretamente à tarefa da revolução socialista ainda não realizada pelo proletariado.

A camarilha burocrática stalinista, por sua vez, instalou-se como um parasita sobre o Estado operário nascido da Revolução de Outubro, que já havia expropriado a burguesia e estabelecido a propriedade estatal dos meios e produção como condição fundamental para o desenvolvimento das forças produtivas necessárias para a consolidação da sociedade socialista. As condições de isolamento da revolução e de atraso da base econômica sobre a qual se ergueu o nascente Estado operário Soviético, provocaram uma degeneração no aparelho estatal, que foi transformado num instrumento de domínio burocrático contra a classe operária. Todavia, a casta burocrática, assentava seu domínio sobre as bases sociais da Revolução de Outubro. Embora degenerado pela burocracia, a União Soviética continuava sendo um Estado Operário, uma posição conquistada pelo proletariado que devia ser defendida a todo custo, como Trotsky deixou claro no Programa de Transição ao analisar as frações em choque dentro da burocracia soviética: “Se amanhã a tendência burguesa-fascista, isto é, a ‘fração Butenko’, entra em luta pela conquista do poder, a ‘fração Reiss’ tomará, inevitavelmente, lugar no outro lado da barricada. Encontrando-se momentaneamente como aliada de Stálin, ela defenderá, é claro, não a camarilha bonapartista deste, mas as bases sociais da URSS, isto é, a propriedade arrancada dos capitalistas e estatizada. Se a ‘fração Butenko’ se achar em aliança com Hitler, a ‘fração Reiss’ defenderá a URSS contra a intervenção militar, tanto no interior do país, quando na arena mundial. Qualquer outro comportamento seria uma traição”.

Depois de 71 anos da II Guerra Mundial, uma questão continua mal respondida ou propositalmente ignorada por alguns setores da esquerda revisionista que reivindicam o trotsquismo. Trata-se da definição do caráter da guerra. O recém convertido PCO à política de colaboração de classes dos neostalinistas do PCdoB, apresentou a questão nos seguintes termos: “Na realidade, a Segunda Guerra Mundial, assim como a primeira, se trata necessariamente de uma guerra entre potências imperialistas na defesa de seus interesses econômicos e políticos, resultando como última alternativa desesperada para estes países iniciar uma grande barbárie e num dos genocídios mais devastadores da história da humanidade” (Site do PCO). Esse tipo de caracterização, colocando a URSS como mais uma potência imperialista envolvida no conflito, revela a marca política do Altamirismo, ex- referência teórica para o PCO, a abdicação da defesa do Estado operário soviético diante da agressão militar nazista, o que constitui uma ruptura com um dos princípios básicos do trotsquismo. O PSTU, seguindo a linha da “stalinofobia”, afirmou que “A força motriz que deflagrou a Segunda Guerra foi a rivalidade interimperialista na disputa por novos investimentos, mercados e fontes de matérias-primas baratas...”. Depois dessa afirmação genérica, acrescenta: “Mas a invasão na URSS mudou o caráter social do conflito. Até o momento, a guerra era marcada pela disputa entre os países imperialistas para decidir quem teria prioridade na rapina mundial. Com a invasão da URSS, a pilhagem realizada pelo imperialismo alemão era sobre a propriedade coletiva conquistada pela Revolução de Outubro”. Apesar de reconhecer a ameaça do imperialismo contra as bases sociais do Estado operário, o PSTU também não diz uma única palavra sobre a necessidade de defender incondicionalmente a URSS. O caráter imperialista da guerra era evidente. Desde a quebra da bolsa de Nova Iorque, em 1929, as economias das principais potências imperialistas da Europa, do Japão e dos Estados Unidos, passaram a girar principalmente em torno da produção de armamentos como única saída para enfrentar a crise. Entretanto, o principal alvo estratégico do expansionismo nazista era a União Soviética. Hitler já o definira antes de tornar-se chanceler alemão, em janeiro de 1933. Em seu livro Mein Kanpf (Minha Luta), ponderando sobre a necessidade do que chamava de “Espaço Vital” (Lebensraum, em alemão) para a raça ariana, o chefe nazista escrevia: “Se na Europa de hoje falarmos em terras, haveremos de ter em mente apenas a Rússia e as nações vizinhas a ela subordinadas”. Dentro da estratégia nazista a ocupação da França era vista apenas como uma condição para o avanço dos exércitos alemães rumo ao Leste. Em 1938, na Conferência de Munique, os governos da França e da Inglaterra deram o sinal verde para que Hitler lançasse suas tropas sobre a Tchecoslováquia, anexando à região dos Sudetos. No ano seguinte as tropas nazistas ocuparam o restante do país. Quanto aos Estados Unidos, a principal potência imperialista que emergiu da Primeira Guerra Mundial, até dezembro de 1941 tinha uma política dúbia, tanto em relação ao Japão como à Alemanha, a ponto de Hitler, já em plena guerra, contar com a manutenção da neutralidade norte-americana como uma de suas principais vantagens. Na verdade, da mesma forma como a burguesia alemã criou o nazismo como um instrumento de repressão ao momento operário, as potências imperialistas procuravam servir-se dele como um aríete contra a União Soviética. Os aliados da Alemanha nazista, por sua vez, já vinham promovendo ataques contra países coloniais e semicoloniais desde o início da década. Em 1931, o Japão ocupou a Manchúria e em 1937 invadiu o restante do território chinês, iniciando um conflito que só terminou em 1945. Em 1935, a Itália invadia a Etiópia. Portanto, a Segunda Guerra Mundial conformou simultaneamente um caráter imperialista, defensista (guerra do imperialismo contra a URSS) e de libertação nacional para vários países coloniais que estavam sob domínio imperialista, tanto nazifascista como “democrático”.

A tentativa das correntes revisionistas de estabelecer ao conflito da Segunda Guerra apenas um caráter de disputa entre países imperialistas é uma vergonhosa capitulação ao imperialismo na medida em que omitem a necessidade de defender os países oprimidos e o Estado Operário da URSS. Como afirmava Trotsky, “O dever do proletariado internacional será ajudar os países oprimidos em guerra contra seus opressores. Este mesmo dever estende-se também a URSS ou a outro Estado operário que possa surgir antes ou durante a guerra” (Programa de Transição). Essa política explica porque esses revisionistas saudaram com tanto entusiasmo o fim da URSS em 1991 como uma grande vitória “democrática” do proletariado mundial. Como se recusam a fazer uma profunda autocrítica de sua capitulação às pressões da opinião pública pequeno burguesa contaminada pela campanha da mídia imperialista em defesa da restauração capitalista no Leste europeu, essas correntes não conseguem explicar o retrocesso ideológico das massas diante da atual ofensiva imperialista. Afinal, isso significaria reconhecer sua responsabilidade política nesse retrocesso, cuja expressão é a ausência de referência comunista por parte das novas gerações da vanguarda de militantes classistas e a completa integração ao Estado burguês de amplos setores de esquerda que se reivindicavam marxistas e que hoje se aferraram à defesa da democracia universal e dos valores morais burgueses, processo de corrupção política que se aprofundou ainda mais no Brasil com a ascensão dos governos da Frente Popular.

Ao comemorar os 71  anos da derrota nazista, o proletariado internacional e os explorados de todo o mundo, que sofrem diariamente a opressão de tropas da OTAN a serviço do imperialismo em sua atual ofensiva militar, como os povos do Afeganistão, Iraque, Haiti, Líbia, Síria e Palestina, devem tomar a firme resistência do povo soviético como uma prova incontestável de que o imperialismo e sua ofensiva neoliberal podem ser derrotados política e militarmente . Uma a derrota militar da máquina de guerra imperialista pode abrir uma nova etapa histórica para a humanidade, marcada pela retomada da luta rumo à revolução proletária e o socialismo. Esta lição está mais viva do que nunca na atual luta contra os fascistas que vem sendo travada nas Ucrânia. Não por acaso, as bandeiras vermelhas com a foice e o martelo são empunhadas pelos setores da vanguarda que lutam contra os seguidores de Hitler e Stepan Bandera no país, assim como voltam a tremular com força na própria Rússia do nacionalista de direita Putin. Retomar a luta pelo comunismo é a melhor forma de honrar a memória dos que tombaram contra o fascismo parra defender a URSS e as conquista da revolução em uma etapa onde o imperialismo usa a o conto da "democracia" para impor seus regimes títeres pelo planeta, mais particularmente nas antigas repúblicas soviéticas e do Leste Europeu.

A burguesia brasileira segue como títere a ofensiva reacionária mundial do imperialismo, interrompendo com um golpe institucional a sequência eleitoral dos governos da Frente Popular encabeçados pelo PT.  Porém ainda não foi necessário recorrer aos métodos da guerra civil, como o golpe de Estado de 64 contra Jango, para se livrar de Dilma. A capitulação do PT as “regras sagradas” da democracia burguesa facilitam o trabalho sujo da reação fascista que precisou apenas de uma manobra parlamentar para descartar a presidente eleita com o financiamento das grandes empreiteiras e bancos monopolistas. Cabe ao proletariado e sua vanguarda mais destacada empreender o combate revolucionário e antifascista para derrotar a “reacionária serpente ainda no seu ninho”.