ONDA DOS VAZAMENTOS JÁ AFUNDARAM TEMER E SUA ANTURRAGEM
PEMEDEBISTA: PAVIMENTADO O CAMINHO PARA A ENTRADA EM CENA DE UM OUTRO GOVERNO
BONAPARTISTA DA “CASTA PURA”...
Equivocam-se os incautos que pensam ser a "Lava Jato" apenas uma operação jurídico e policial contra o PT, sua "engenharia" representa bem mais do que simplesmente sua sanha reacionária. A "República de Curitiba", assim como foi nos anos 50 a do "Galeão", foi engendrada como um novo embrião de poder, que diante da fragilidade de um Temer golpista já apressa-se para debutar como um novo governo bonapartista de força. É verdade que os planos de "sangramento" do governo Dilma tiveram que ser encurtados, gerando um abominável mostrengo de vida curta. Era bem mais interessante para o imperialismo que o desgaste da Frente Popular atingisse seu ponto máximo de ebulição, para neste momento ser "decapitado", porém a tibieza de Dilma em concluir o ajuste iniciado pela equipe de Levy causou um impasse (uma espécie de vácuo político) logo aproveitado pelas ratazanas do PMDB. A alternativa Temer, mesmo que temporária, foi a pior saída que a burguesia tinha para lançar mão no centro da crise econômica e política. Diante de um governo tão frágil e repugnante socialmente é óbvio que o PT tem condições de reconstruir parcialmente seu prestígio eleitoral. Por esta soma de elementos contraditórios será necessário para as classes dominantes agilizar a gestação de uma via estável e estratégica para dar início a um novo ciclo histórico de poder estatal, em uma etapa mundial de retrocesso das forças produtivas do capital.
Se foi esgotado o "time" da Frente Popular no
gerenciamento do Estado Burguês, durando mais de uma década no lastro da "bolha de crédito e consumo", o que esperar de um governo de chacais e
hienas da política mais corrupta deste exaurido regime, pouquíssimo fôlego! O
neobanapartismo emerge como uma necessidade diante da falência das opções de
governo para substituir a Frente Popular. Não se trata de um golpe militar para
impor um regime dos quartéis, mas de um
manobra institucional para remodelar o regime democratizante, dotando-o de
características de força e exceção sob o manto da legitimidade de um judiciário
seduzido pelas benesses de assumir poder.
É o que Marx definiu como um "governo da burguesia aparentemente
agindo contra os burgueses". Isto inclui prender e humilhar líderes
empresariais e dirigentes políticos que sempre serviram as classes dominantes,
este é exatamente apenas o "start" da Lava Jato.
O governo Temer foi concebido desde sua gênese como uma transição, uma "ponte" denominada assim mesmo pelo "autor" plagista de uma plataforma neoliberal em plena execução. O que a burguesia não teve a capacidade de aferir foi o momento exato em que esta "ponte" começaria a "cobrar pedágio". Com a extrema precipitação dos acontecimentos Temer assume no golpe palaciano "temporão", com a ajuda da escória parlamentar que ceiava na véspera com Dilma. Neste contexto de profunda crise do regime o governo "golpista" se sustenta exclusivamente pelo suporte dos rentistas e parcialmente da mídia, que só o apoia na execução do "ajuste" inconcluso, pela via do "primeiro ministro" Henrique Meirelles. A "corte" parlamentar de Temer reúne o pior esgoto da política nacional e por isso mesmo não pode ser tolerada por muito tempo pelos estrategistas de Washington, devendo ser sistematicamente enxovalhada pela mídia "murdochiana", este é o "segredo" da tempestade de vazamentos contra os principais caciques do PMDB.
O governo Temer foi concebido desde sua gênese como uma transição, uma "ponte" denominada assim mesmo pelo "autor" plagista de uma plataforma neoliberal em plena execução. O que a burguesia não teve a capacidade de aferir foi o momento exato em que esta "ponte" começaria a "cobrar pedágio". Com a extrema precipitação dos acontecimentos Temer assume no golpe palaciano "temporão", com a ajuda da escória parlamentar que ceiava na véspera com Dilma. Neste contexto de profunda crise do regime o governo "golpista" se sustenta exclusivamente pelo suporte dos rentistas e parcialmente da mídia, que só o apoia na execução do "ajuste" inconcluso, pela via do "primeiro ministro" Henrique Meirelles. A "corte" parlamentar de Temer reúne o pior esgoto da política nacional e por isso mesmo não pode ser tolerada por muito tempo pelos estrategistas de Washington, devendo ser sistematicamente enxovalhada pela mídia "murdochiana", este é o "segredo" da tempestade de vazamentos contra os principais caciques do PMDB.
Ainda é cedo para precisar se a "República de Curitiba"
toma de assalto o Planalto por meio de eleições diretas ou indiretas (Congresso
Nacional), a variante está condicionada a evolução da recessão capitalista e o
cumprimento da missão "temerária", ou seja, aprovação das
contrarreformas pelo parlamento. Também falta definir no útero da "Lava
Jato" se o "salvador da pátria" será mesmo Moro ou se o jovem
procurador Dallagnol aglutina condições para cumprir a "tarefa". O
importante mesmo para os Marxistas é projetar o cenário que se avizinha,
organizando a classe operária para uma etapa histórica muito parecida com o
final do "Estado Novo" (guardado as proporções), onde Getulio atuou
não mais como um simples ditador reacionário e sim como um Bonaparte contra as
todos seus velhos "aliados de classe", em favor dos interesses
ianques no país. Porém o futuro governo Moro não terá um único aspecto
progressista, a estagnação capitalista não permite mais a burguesia brasileira
inflexões nacionalistas, devemos nos preparar então para uma tática de vigorosa
resistência a subtração das liberdades democrática e acúmulo de forças do
proletariado para derrotar o bonapartismo emergente.