MAIS UM CONCHAVO PODRE ENTRE TEMER E CUNHA PARA SALVAR O
MANDATO PARLAMENTAR DO BANDIDO. VERGONHOSA COMEMORAÇÃO DA ESQUERDA REVISIONISTA
“ALEGRE”
O mafioso presidente da Câmara dos Deputados anunciou em
"lágrimas" sua renúncia ao cargo máximo que ocupava na Casa, porém
Cunha agiu de forma planejada e preventiva para tentar salvar sua imunidade
parlamentar diante das ameaças judiciais que o cercam de todos os lados. O
conchavo para salvar Cunha e sua família da cadeia partiu do próprio Palácio do
Planalto, tendo o golpista Temer como principal articulador político da
manobra. Enquanto os dirigentes históricos do PT estão sendo encarceradas e
perseguidos pelo STF&Lava Jato, os criminosos do PMDB aguardam seus
"julgamentos e processos sigilosos" em luxuosas mansões bancadas
muitas vezes pelo botim do Estado Burguês, como é o caso de Cunha, Renan e do
próprio presidente interino Temer. Enquanto procrastina ao máximo o trâmite de
sua cassação na Câmara, Cunha pretende eleger um "laranja" para o
posto de presidente da Casa, para este objetivo conta com toda logística
política do Planalto. Por sua vez o STF que o suspendeu temporariamente do mandato
parlamentar, segue chantageado por Cunha que dispõe de informações
privilegiadas das "comissões" (propinas como gosta de se referir a
mídia "murdochiana") recebidas pelos "impolutos" ministros
togados. A nova eleição para o mandato tampão de presidente da Câmara já foi
marcada para a semana que vem e a esquerda parlamentar não detém chance
alguma de pelo menos disputar um segundo turno para o pleito. A briga pela
cabeça do covil parlamentar deve ficar restrita ao âmbito do chamado "Centrão" que deu respaldo ao Golpe Institucional que cassou o mandato
eletivo da presidenta Dilma. O PT continua em completa defensiva diante da famigerada Lava Jato,
apostando suas fichas na muito improvável reversão da votação do impeachment no
Senado. Dilma em particular simpatiza com a tese de um plebiscito popular para
legitimar seu desgastado mandato, questão fechada para a direção do PT que
rejeita completamente esta iniciativa abraçada pelo PCdoB e uma ala de
senadores que integravam a base parlamentar da Frente Popular. A renúncia
parcial de Cunha não surpreendeu o meio político burguês, a conjuntura
estabeleceu um trégua provisória a Temer para concluir o ajuste neoliberal
iniciado por Dilma e permitir retornar relativa
tranquilidade na Câmara dos Deputados, a "novidade" ficou por
conta da esquerda revisionista que permanece comemorando as manobras da
quadrilha parlamentar. Desta vez foi a debutante organização "É preciso
arrancar alegria...", uma recente cisão do PSTU, quem soltou fogos diante
da renúncia de Cunha: "Sua renúncia é uma vitória" afirmou o
agrupamento dirigido pelo prof. Valério Arcary... Para concluir defendendo
"eleições gerais" igualzinho a bandeira reformista levantada pelo
PSTU. Como já tínhamos afirmado anteriormente diante da crise do regime burguês
democratizante o movimento operário e popular não deve impulsionar alternativas políticas postas na mesa pela própria
classe dominante, é necessário construir nossa própria saída frente à crise
estrutural do modo de produção capitalista. Não serão eleições burguesas para o Congresso ou para
uma nova Constituinte que apontarão uma senda revolucionária para o
proletariado superar o impasse criado pelo capital e seus agentes
políticos. É necessário construir uma
alternativa de poder para os trabalhadores forjada na própria luta de classes!