sexta-feira, 15 de julho de 2016

MAIS DE 80 MORTOS NA FESTA DA QUEDA DA BASTILHA NA FRANÇA: ENCURRALADO NA SÍRIA, EI ATACA ALVOS “SENSÍVEIS” DE SEUS PRÓPRIOS CRIADORES “DEMOCRÁTICOS” FORTALECENDO O CAMINHO PARA FASCISTIZAÇÃO DA EUROPA


Pelo menos 80 pessoas morreram e outras cem ficaram feridas nesta quinta-feira (14) quando um caminhão avançou sobre milhares de pessoas que participavam da festa da Queda da Bastilha em Nice, no sul da França. Estranhamente, o veículo entrou na área fechada da esplanada dos Ingleses, avenida litorânea da cidade da Côte D'Azur, por volta das 22h30 (17h30 em Brasília), pouco antes da queima de fogos que marca o mais importante feriado francês, o 14 de julho. Os espectadores da festa ficaram em pânico e saíram correndo. Somente cinquenta minutos depois, a polícia cercou a área onde estava o caminhão, perto da praça Masséna. Segundo a imprensa francesa, um dos ocupantes do caminhão foi morto e o outro continua foragido. Pelas informações oficiais que não são nada confiáveis o ataque terrorista foi promovido por um homem ligado ao Estado Islâmico. Mesmo com informações não precisas, o que podemos afirmar se essa suspeita for comprovada é que a sinistra criatura impulsionada pelo imperialismo ianque e europeu (com o apoio fundamental de Fracois Hollande) contra os governos nacionalistas árabes agora se volta mais uma vez contra o seus financiadores ocidentais, no caso a França novamente. Não está descartado num futuro próximo um ataque aos EUA como alertou o próprio Obama. Como agora OTAN e a CIA resolveram "desinflar o monstro" em função da sequência de derrotas militares do EI nas mãos do exército sírio e no Iraque, o grupo jihadista pretende chantagear com força e sangue seus patrocinadores atacando em pontos sensíveis pelo mundo, como foi o caso do ataque a cidade turística de Nice nesta quinta-feira, como antes havia feito na Turquia, no aeroporto internacional de Istambul. Sem dúvida esse ataque fortalece o fechamento no regime na França e pavimenta o caminho para a ascensão da Frente Nacional de Le Pen nas eleições gerais do próximo ano. Uma tendência de fascistização que ganha força em toda a Europa como vimos com a vitória do Brexit no referendo, desligamentos que está sendo pleiteado por toda a extrema-direita do Velho Mundo. Agora na França, novamente com muita liberdade, aparentemente "lobos solitários" jihadistas atuam em áreas sensíveis, usando inclusive um caminhão para atacar em ambiente aberto e massivo, o que revela no mínimo uma colaboração das forças de extrema-direita no interior do aparato policial e possivelmente o apoio velado do Mossad na ação, atuando secretamente para pavimentar, via o pânico generalizado, o caminho para a ascensão ao governo de seus sócios direitistas no país sobre o cadáver do furibundo governo Hollande do PS. Mais uma vez os ataques terroristas devem ser utilizados pela burguesia e o imperialismo europeu e ianque para incrementar a xenofobia e a perseguição contra os imigrantes muçulmanos, dentro e fora dos seus países. A França, a cada atentado, mergulha em um clima de guerra civil onde os "inimigos" visíveis não são o EI, mas milhares de árabes e africanos (incluindo suas famílias) que vivem em território francês. Para os revolucionários, a luta contra os fundamentalistas terroristas do EI, patrocinados originalmente pelo imperialismo na Líbia para derrubar Kadaffi e depois pelo Mossad na Síria, deve ser assumida pela classe operária mundial em aliança com os governos nacionalistas burgueses que estabelecem confrontos pontuais com o imperialismo. Nenhum apoio ao chamado da "união nacional" com a burguesia europeia, seja realizado pela "esquerda socialista" neoliberal ou pela direita reacionária xenófoba! Os governos imperialistas, que "cultivaram escorpiões" agora não podem se queixar de suas picadas. Para os Marxistas Revolucionários caracterizar precisamente ações militares das nações oprimidas contra os centros imperialistas, separando-as dos reacionários atos terroristas de grupos fundamentalistas católicos ou islâmicos, é uma tarefa fundamental para o movimento operário mundial. O imperialismo continua sendo nosso principal inimigo, mais além de todo o discurso "civilizatório ocidental". Sabemos bem quem irradia o terror em todo o planeta, conspirando contra os povos e suas conquistas históricas, seu endereço é conhecido de todo militante antiimperialista!