TREZE ANOS APÓS O ENVENENAMENTO DE ARAFAT: DIRIGENTE DA OLP
FOI ENVENENADO PARA ENFRAQUECER A RESISTÊNCIA PALESTINA ABRINDO CAMINHO PARA O
HAMAS APOIAR O EI CONTRA O NACIONALISMO ÁRABE
terça-feira, 31 de janeiro de 2017
segunda-feira, 30 de janeiro de 2017
"BIG BROTHER BRASIL", A MAIS RECENTE EDIÇÃO DO LIXO
GLOBAL: UMA ANÁLISE MARXISTA PARA ALÉM DO "ESPETÁCULO" TELEVISIVO
Com o recente lançamento da 17ª edição do “Big Brother
Brasil” (BBB), pelo império das comunicações da Famiglia Marinho, é muito
comum por parte da “intelectualidade progressista” da esquerda acadêmica
ouvirmos uma crítica ao programa televisivo em si mesmo, ou seja, as
tradicionais baixarias belicosas existentes entre a disputa dos “Brothers”, os
corpos "sarados" mostrados como uma mercadoria “top line”, a
microrrede de intrigas que permeia a “casa”, em resumo existe uma rejeição ao
conjunto do lixo "dramático" exibido no horário mais nobre da Rede
Globo. Mas, pouco se elabora acerca de uma questão bem mais profunda da
conjuntura humana atual: A “bigbrotherização” vigente na era virtual das
próprias relações humanas, produto de um “mundo sem ideologia ” após a
contrarrevolucionária “queda do Muro” de Berlim , onde o pragmatismo mercantil
do “levar vantagem” pisando no pescoço do semelhante é a tônica da existência
social determinada pelo capital . A ausência de uma crítica marxista mais
profunda sobre a dinâmica social deste “espetáculo” global, revela a perda de
referências ideológicas de uma esquerda “pós-moderna”, completamente integrada
aos valores da ordem política e cultural da burguesia decadente e corrupta,
onde as redes sociais representam a expressão mais concentrada deste fenômeno.
sábado, 28 de janeiro de 2017
“AMIGUINHOS” DO PT, EIKE BATISTA E ODEBRECHT, GANHAM DE
PRESENTE A PRIVATIZAÇÃO DO MARACANÃ
(ARTIGO HISTÓRICO DA LBI/MAIO 2013)
Na quinta-feira (9/5), o “Consórcio Maracanã S.A.” formado
pelas empresas de Eike Batista (IMX) e a empreiteira Odebrecht foi anunciado
como o “grande” vencedor dos processos de licitação destinados à privatização
do estádio Maracanã, dando-lhe direitos de geri-lo (exploração) por 35 anos.
Desde o início, no entanto, a licitação foi recheada de ilegalidades, tal como
a empresa de Eike, a IMX – especializada em negócios de esportes e
entretenimentos – ela própria fez os estudos de viabilidade do projeto “Complexo
do Maracanã” e foi uma das beneficiadas. A cara de pau do governo Sérgio
“Caveirão” é tanta que o Ministério Público carioca entrou com uma liminar
suspendendo a concessão. Mas, os embargos jurídicos é o que menos importa,
logo, logo será cassado e tudo voltará ao normal, como parte de uma grande
encenação por parte da Justiça burguesa. É necessário ressaltar, isso sim, as
benesses públicas do governo da frente popular, através do BNDES para com o
bilionário Eike Batista e as empreiteiras sob a justificativa de criar a
infraestrutura de mobilidade para a Copa do Mundo, mas que cumpre, na verdade,
o objetivo de fomentar a acumulação capitalista para um punhado de
“empresários”.
sexta-feira, 27 de janeiro de 2017
HÁ EXATOS CINCO ANOS ATRÁS LULA ACREDITAVA NA "AMIZADE
SINCERA" DA REACIONÁRIA BURGUESIA TUCANA...
Nesta sexta-feira, 27/01/12, o ex-presidente Lula recebeu no Hospital Sírio Libanês o rato fascista governador de São Paulo Geraldo Alckmin, do PSDB. O encontro ocorreu poucos dias após o “filhote” de Hitler paulista comandar o bárbaro ataque de seus cães de guarda, a PM assassina, sobre os moradores do Pinheirinho em São José dos Campos. O trágico saldo desta operação de guerra contra os pobres foram vários moradores feridos, presos, desaparecidos e denúncia de haver mortos. Cerca de seis mil pessoas não têm para onde ir, estão amontoadas em “campos de concentração” em condições subumanas.
A foto de Lula abraçado com Alckmin está estampada nas
agências noticiosas “murdochianas” de todo o país, em uma demonstração de que o
petista avalizou a ação do tucano, tanto que até agora Lula não deu nenhuma
declaração condenando a operação militar. Mais grave ainda, a própria equipe de
marketing político de Lula tratou de divulgar a foto mostrando que o PT está
“em paz” com o sanguinário fascista. Esta conduta política revela que o PT é
cúmplice da criminosa ação do governo paulista e da mafiosa “justiça” estadual.
Lula não se solidarizou com os moradores do Pinheirinho, vítimas indefesas de
uma autêntica operação de guerra contra os pobres comandada por Alckmin, mas, sem
nenhuma vergonha, apertou as mãos sujas de sangue do governador tucano,
felicitando-o pela barbárie.
quinta-feira, 26 de janeiro de 2017
O SINTOMÁTICO “ESQUECIMENTO” DA ESQUERDA REVISIONISTA
(TROTSKISTA) AO ANIVERSÁRIO DE 93 ANOS
DA MORTE DE LENIN
O IDIOTA ÚTIL: BURGUESIA IANQUE EMPOSSOU TRUMP E JÁ PREPARA
UM GOLPE DE ESTADO PARA IMPOR UM RECRUDESCIMENTO AO REGIME REPUBLICANO (PARTE –
II)
Entretanto logo vem à tona uma questão, se a plataforma do
trumpismo é recheada de xenofobia e fúria reacionária em defesa de um
patriotismo imperialista (que muito se assemelha ao neonazismo) por que não
serviria a burguesia ianque utilizar o próprio Trump para operar uma violenta
guinada de supressão do histórico regime de garantias democráticas nos EUA? A
resposta se encontra na complexidade da ofensiva imperialista iniciada com a
destruição contrarrevolucionária dos antigos Estados Operários, ou seja o império
financeiro que derrotou a URSS não busca simplesmente a figura de um
"showman" de extrema direita, necessita de uma liderança reacionária
sólida com capacidade de refundar o regime político dos EUA. O discurso
nacionalista de Trump sensibiliza os devastados pela crise econômica
capitalista no maior mercado do mundo, porém não aglutina a elite financeira
que pensa em contornar o colapso ianque justamente com a expansão da
internacionalização do capital volátil nas colônias. Tentar escapar da crise econômica
com o incremento do mercado interno nos EUA , é uma ilusão já há muito tempo
foi descartada pela burguesia imperialista ianque quando iniciou o chamado
processo de "globalização" em meados dos anos 90. Trump tenta se
agarrar a algumas medidas de impacto populista mas que não apontam uma
alternativa real para as classes dominantes diante da iminência de um novo
crash financeiro, em resumo os EUA não manterão sua ameaçada liderança mundial
remontando a falida fábrica de automóveis Buick... Por isso mesmo o governo
Trump não deve chegar ao seu final, acossado pelos poderosos movimentos sociais
e rejeitado pelos barões de Wall Street, tende a derreter politicamente em
conjunto com sua plataforma econômica inócua e patrioteira. Porém Trump terá
alguma utilidade transitória para a burguesia ianque, para começar desmontando
conquistas sociais elementares da classe trabalhadora em áreas em que o Estado
exerce algum tipo de controle compensatório, como a saúde. A sumária revogação
do "Obamacare" pelo governo Trump é apenas o começo de um plano de
ataque as condições de vida da população mais carente. Desgraçadamente a
esquerda revisionista embarcou na campanha eleitoral dos Democratas de
"esquerda" e se viu impotente para combater a ascensão do trumpismo,
principalmente nos setores do proletariado industrial, o mais afetado pela
crise capitalista. Agora estes mesmos revisionistas falam em toda uma "Era
Trump", como se não enxergassem que o novo presidente dos EUA é uma peça
de ficção política, posto na Casa Branca para semear um clima de instabilidade
institucional nunca antes visto na história do dos EUA. A ofensiva neoliberal
imperialista contra os povos e nações do planeta passará por cima de Trump como
um trator desgovernado, deixando o terreno ianque preparado para um governo
fascista que tenha pleno apoio político dos dois braços fundamentais da
burguesia: a casta dominante financeira e os industriais da guerra. Juntos,
cassino e armas, fundarão um novo partido político quebrando a hegemonia das
duas alas (Democratas e Republicanos) do velho establishment ianque, mas para
isto terão que forjar uma liderança carismática e de massas e não um velho
palhaço reacionário. A esquerda revolucionária deve se preparar para este
cenário e nunca embarcar na demagógica oposição social-democrata ao trumpismo.
(Continua na parte III)
terça-feira, 24 de janeiro de 2017
30 ANOS DA MORTE DE NAHUEL MORENO: HOJE SEUS HERDEIROS
AVANÇAM NA ESCANDALOSA ALIANÇA COM O IMPERIALISMO, SUPERANDO EM MUITO O LEGADO
DO MESTRE REVISIONISTA
Em 25 de janeiro de 1987, há 30 anos atrás, morria em Buenos
Aires Hugo Miguel Bressano Capacete, conhecido na esquerda trotskista mundial
como Nahuel Moreno. Sua militância política iniciara-se muito cedo em meio à
efervescência operária dos anos 40, quando aos 20 anos de idade ajudou a fundar
um pequeno núcleo político-sindical denominado Grupo Operário Marxista (GOM).
Em quase 50 anos de militância foi o responsável pela fundação de várias
organizações revisionistas na Argentina e América Latina, além de exercer
influência sobre pequenos agrupamentos em outros países no qual desembocara a
sua última “obra” a LIT. Para entendermos um pouco o pensamento de Moreno é
necessário aportarmos à crise que se abateu sobre a IV Internacional após a
morte de Leon Trotsky, em razão da inexperiência e debilidade da direção
política. Ou seja, como Trotsky prognosticara, a Segunda Guerra Mundial
provocou um enorme ascenso revolucionário na Europa e em várias regiões do
planeta, no entanto os dirigentes da Quarta, Mandel, James Cannon, Joe Hansen,
Pierre Frank, Michel Pablo, Lívio Maitán, Pierre Lambert, Gerry Healy e outros,
não se colocaram à altura de suas tarefas, uma vez que esta não se tornou uma
organização de massas, posto que segundo Moreno vários prognósticos de Trotsky
para o período não se confirmaram. Moreno passa em razão deste “fracasso” a
elaborar suas próprias explicações para os novos fenômenos surgidos no
pós-guerra, as chamadas “atualizações programáticas” do Trotskismo. Estas
supostas “atualizações” do Programa de Transição resultaram na síntese do
revisionismo Morenista, tendo como ápice desta nova “teoria” a caracterização
das chamadas “revoluções democráticas ou políticas”, quase sempre movimentos
reacionários, manietados pelo imperialismo, dirigidos contra os Estados
operários ou regimes nacionalistas burgueses. Seus herdeiros no Brasil, o PSTU,
a CST e residualmente o MAIS (um agrupamento meio Morenista, meio
social-democrata),avançaram desde sua morte na política de alianças com o
imperialismo contra o “autoritarismo stalinista” ou o que dizem ser “ditaduras
sanguinárias” nacionalistas burguesas como Assad na Síria. Na verdade toda uma camada de militantes da
“nova geração” das correntes que ainda reivindicam o Morenismo sequer foi
educada sob as bases programáticas do Trotskismo, estão em plena sintonia com o
discurso vazio do “novo” e da busca de uma “nova práxis”, o que significa
realmente um desconforto da pequena- burguesia com a mínima disciplina
partidária bolchevique, considerada uma peça arcaica de museu ou mesmo um
libelo do “autoritarismo stalinista”, mais ainda reivindica formalmente pelos
“velhos Morenistas”. Este nicho da esquerda revisionista forjada
ideologicamente na era pós-soviética, aderiu a
democracia como um valor universal, para eles bem superior politicamente
a qualquer regime dos Estados Operários, considerados como o foco da falta de
liberdades e irradiador do pensamento dogmático e conservador de uma “esquerda
ultrapassada”. Fenômenos partidários como o PSOL, PODEMOS etc... são a genuína
referência destes militantes e das organizações “Morenistas” 30 anos após a
morte de seu “mestre”. O MAIS brasileiro, por exemplo, foi totalmente coerente
e tratou de “limpar” os vestígios do Trotskismo ainda presentes na velha
corrente Morenista. Bem “MAIS” assemelhada à estrutura orgânica de um PSOL ou
mesmo da DS (Ex-Mandelista e atualmente petista), do que de qualquer seção da
LIT, ainda que persistam em reivindicá-la. O mais sintomático é que quando
rompeu com o PSTU em meados de 2016, o “racha” não relacionou conscientemente a
linha política nacional direitista com a posição revisionista da LIT pelo
mundo, ao contrário, se afirma anda fiel a Internacional Morenista: “Apostamos
na possibilidade de uma separação amigável, e portanto exemplar, muito
diferente das rupturas explosivas e destrutivas que o passado tanto viu.
Mantemo-nos, por isso, nos marcos da Liga Internacional dos Trabalhadores, na
qualidade de seção simpatizante”. Esse tratamento próprio dos centristas visa
encobrir que as posições do PSTU no Brasil fazem parte da plataforma
pró-imperialista escandalosa que a LIT adotou no mundo. Esta festejou o
afastamento de Dilma pelas mãos da direita, acrescenta o Brasil na longa lista
de países em que esta corrente internacional, estabeleceu no último período
unidade política com o imperialismo e a reação burguesa contra governos frente
populistas, reformistas e nacionalistas como na Líbia, Síria, Ucrânia, Egito,
Venezuela e mais recentemente no Brasil. Os “herdeiros” revisionistas de Moreno
nos últimos 30 anos foram além de seu “mestre” na política de conciliação de
classes e adaptação a democracia burguesa e ao imperialismo!
domingo, 22 de janeiro de 2017
NESTE 21 DE JANEIRO 93 ANOS NOS SEPARAM DA MORTE DE
LENIN E COM PLENO ÊXITO A LBI RELANÇOU NA MESMA DATA NA LIVRARIA CULTURA “O
MARXISMO E A INSURREIÇÃO DE OUTUBRO”, UMA OBRA FUNDAMENTAL DE NOSSO CHEFE
REVOLUCIONÁRIO!
Ocorreu ontem, sábado (21/01), na Livraria Cultura o
relançamento de uma obra fundamental do pensamento de Lenin, a brochura “O
Marxismo e a Insurreição de Outubro”, cuja vigência histórica se reafirma em
cada combate do proletariado mundial em uma etapa de profunda crise estrutural
do modo de produção capitalista contemporâneo, elaborada por Lenin nos meses
que precederam a Insurreição em 1917. O evento que foi coordenado pelos
camaradas Candido Alvarez e Marco Queiroz, respectivamente Secretário-geral e Porta-voz
da Liga Bolchevique Internacionalista, contou com amplo interesse de cerca de
cinquenta convidados e leitores que passavam pela livraria e se interessaram em
participar da arrojada atividade política em tempos de brutal ofensiva
ideológica reacionária, ocorrendo um coquetel do lançamento após o evento.
A obra de Lenin reafirma a necessidade da utilização de uma
ferramenta teórica para conduzir as massas operárias no sentido do triunfo da
insurreição socialista, justamente o Marxismo! Sem um norte programático as
lutas espontâneas ou econômicas da classe trabalhadora acabam se dissipando no
reformismo vulgar e que facilmente podem ser absorvidas pelo capitalismo e suas
múltiplas formas de gerenciamento político. No ano em que iremos comemorar os 100
anos da gloriosa Revolução de Outubro, muitos oportunistas estarão dispostos a “festejar”
a tomada de poder pelo Partido Bolchevique na antiga Rússia, afirmando que o
Leninismo está ultrapassado e precisa ser revisado, este é o caso do grupo
social-democrata MAIS, uma recente ruptura do PSTU. Os Marxistas da LBI, que
publicaram originalmente esta obra de Lenin em 2007, desenvolvem uma ousada
campanha publicitária de resgate do pensamento Leninista, no caminho inverso
das tendências "modernosas" da esquerda burguesa, que sequer
registraram os 93 anos a morte de Lenin. Não dissociamos a concepção Leninista
do partido da classe operária da razão histórica da vitória da revolução
bolchevique, por isso mesmo celebramos conjuntamente Lenin e Outubro!
sábado, 21 de janeiro de 2017
O IDIOTA ÚTIL: BURGUESIA IANQUE EMPOSSOU TRUMP E JÁ PREPARA
UM GOLPE DE ESTADO PARA IMPOR UM RECRUDESCIMENTO AO REGIME REPUBLICANO (PARTE –
I)
O cenário estava todo armado para um retumbante fiasco eleitoral de Trump: sem apoio de massas, sem respaldo do próprio partido, além de enfrentar uma candidata lançada pelo establishment dominante imperialista. Mesmo derrotado no voto popular (a maior derrota nas urnas de toda a história republicana dos EUA, cerca de 2,8 milhões de votos) a burguesia ianque impôs a sua posse, mas por que? A resposta embora complexa deve ser bem direta: Diante da enorme crise financeira que se avizinha para o início da nova década, o imperialismo necessitava fazer "ajustes" em seu regime político e o melhor caminho encontrado foi dar a vitória ao "palhaço reacionário" para depois o golpeá-lo facilmente do poder, "implantando" um outro formato de regime ao velho republicanismo "democrático" dos EUA. É verdade que existiam outros caminhos para as classes dominantes ianques que agiram em plena sintonia com a elite financeira bursátil mundial, o primeiro seria "empoderar" na Casa Branca uma alternativa vinda do "Tea Party" (ainda permanecendo como uma ala intestina do Partido Republicano) e derrotar facilmente a odiada madame Clinton. Parecia o roteiro mais evidente, porém ainda muito prematuro para a conjuntura de 2017, com os EUA atravessando uma leve recuperação econômica do crash sofrido em 2008. A outra rota possível e que até a nós da LBI se apresentou como "factível", representaria uma vitória dos Democratas como a expressão de uma "ponte" temporal para a transição de um governo de extrema direita em 2021. Entretanto a diversificação nacional do voto "trumpista" pelos rincões mais castigados e atrasados do país, levando os Republicanos a um triunfo folgado no Colégio Eleitoral, forçou a posse do bilionário falastrão no comando do monstro imperial. Estamos concientes que o nosso prognóstico histórico para a próxima etapa que os EUA atravessará não é um mero palpite leviano, sabemos que este país imperialista símbolo da democracia ocidental moderna nunca foi permeado por um golpe de estado, como a França e Alemanha por exemplo, apesar de já terem acontecido algumas tentativas como o assassinato do presidente Kennedy em 1963 e mais longinquamente uma guerra civil em 1861 que culminou com o outro assassinato, o de Abraham Lincoln pouco depois. O próprio "cowboy" republicano Ronald Reagan também foi alvo de uma tentativa de eliminação física mal sucedida em 1981(chegou a ser atingido por vários tiros), 69 dias logo após assumir a presidência da república, nesta ocasião o Secretário de Estado Alexander Haig chegou a anunciar que estava no comando da nação, tendo que ser "demovido" da iniciativa poucas horas depois. Portanto tentar ou mesmo matar presidentes nos EUA não é propriamente uma "novidade" na maior "democracia" do planeta, porém conseguir suprimir mesmo que parcialmente a constituição federal celebrada com apenas 7 artigos em 1788 será uma operação de grande envergadura com gravíssima repercussão histórica não só para o destino dos EUA.
sexta-feira, 20 de janeiro de 2017
UMA POLÊMICA COM A ESQUERDA CRÉDULA NO REGIME: ASSASSINATO
BEM ORQUESTRADO DE TEORI OU TEORIA DA CONSPIRAÇÃO?
Enquanto a esquerda revisionista adaptada e crédula ao
regime da democracia dos ricos fica em silêncio diante do “acidente” que matou
o ministro do STF Teoria Zavascki (no máximo atuando como papagaios da mídia
burguesa), alegando que não patrocina “Teorias da Conspiração” e desprezando o
real funcionamento mafioso do Estado burguês e suas gerências de plantão, a LBI
logo após a queda do avião apontou sem vacilar a ação como um assassinato
planejado por Temer e sua antourragem palaciana (Jucá, Moreira Franco, Padilha,
por “coincidência” os dois últimos ex-ministros da Aviação Civil...) para
controlar o conteúdo das delações da Odebrecht. Esta esquerda revisionista que
jura sua fidelidade aos ritos sagrados da democracia capitalista, entende que a
burguesia não ousaria ultrapassar os limites das "tradicionais"
manobras políticas existentes no "jogo do poder", portanto
conspirações e assassinatos não poderiam fazer parte do "cardápio"
das classes dominantes. A família Morenista, MAIS&PSTU etc..., devem afirmar
que o "acidente" aéreo que matou o general Castelo Branco, o primeiro
presidente do golpe militar, não passou de uma fatalidade e que somente
"mentes poluídas" poderiam afirmar a existência de uma tal
"Operação Mosquito". Voltando aos dias atuais agora a trama vai
ficando ainda mais clara. Os comentaristas da Globo News vem dando suporte
total a tese de que com o “acidente” o novo indicado por Temer para o STF irá
necessariamente “herdar” a relatoria sobre a Lava Jato, como “manda o regimento
da Corte”. No âmbito do Supremo, Gilmar Mendes já estaria articulando nos
bastidores barrar qualquer medida para que houvesse uma redistribuição dos
autos a outros ministros senão o indicado pelo canalha golpista. Trata-se de
uma evidente operação para preservar Temer, Renan e os figurões PSDB, cujos
nomes estavam em peso presentes nas delações da Odebrecht analisadas até então
por Zavascki. A delação apontava os holofotes para os nomes mais importantes da
gang palaciana como Temer, Renan Calheiros e Rodrigo Maia além de ministros e
parlamentares do PSDB, residualmente apontavam para nomes do PT. Vale salientar
que antes do seu voo fatal nesta quinta-feira (19), Zavascki havia ido à
Brasília um dia antes, na sala do terceiro andar da sede do STF, pegar os
processos para análise e orientar seus auxiliares sobre a necessidade de
sigilo. A sala onde foi trancafiada a delação da Odebrecht é vizinha ao
gabinete da presidente do STF, ministra Cármen Lúcia. A viagem mortal para um
hotel de luxo em Paraty ocorreu no dia seguinte a ele interromper suas férias para
apressar a homologação do lote de delações da Odebrecht. Segundo o Valor
Econômico (18.01, quarta-feira) “O relator da Lava-Jato, ministro Teori
Zavascki, voltou nesta quarta-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) para
analisar as delações premiadas dos 77 executivos da Odebrecht. O ministro
interrompeu as férias, iniciadas no fim de dezembro, quando começou o recesso
do tribunal, para começar os procedimentos preparatórios para a homologação das
delações. Atualmente parte do material já esta no gabinete de Teori. Mesmo
durante o recesso, a equipe do ministro formada por juízes auxiliares e
servidores de confiança, já havia começado a analisar o material”. O ministro
estava em Paraty, viajou de quatro a cinco horas (Parati/SP/Brasília) no dia
18. Depois voltou para São Paulo, onde do Campo de Marte saiu o avião que logo
veio a cair nas águas próximas a Paraty nesta quinta-feira (19). Não houve
nenhum esforço do governo federal para resgatar os destroços do avião para
investigação in loco, as buscas foram interrompidas por alegação de mau-tempo e
somente horas depois Teori, seu “amigo-empresário” (que era réu no STF por
crime ambiental) e o piloto foram retirados da água. Ordens superiores da Marinha atrasaram bastante o resgate.
Imediatamente a FAB declarou que o avião que levava o ministro Teori Zavascki
não tinha caixa preta, nem era obrigado a tê-la, portanto não há registro de
vozes e dados do voo. Para fechar o cerco de encobrimento, a imprensa noticia
que a equipe da Polícia Federal escalada para investigar a queda do avião que
levava Teori é a mesma que (não) apurou o “acidente” com Eduardo Campos. Nada
melhor do que forjar uma pane técnica no avião ou inabilidade do piloto diante
da chuva que caia na região, um acidente “perfeito” às vésperas do reinício dos
trabalhos do judiciário, justamente quando as delações da Odebrecht viriam a
ser reveladas publicamente. Tem-se dito que o avião que caiu era novo e
revisado, um Hawker Beechcraft King Air C90 prefixo PR-SOM, um bimotor pequeno
e seguro, com um piloto experiente e com total domínio do trajeto SP-Paraty,
feito quase diariamente pelo dono do avião, o empresário Carlos Alberto
Figueiras. Obviamente que ocorreu uma sabotagem na aeronave, Teori não tinha
nenhuma equipe de segurança que vistoriasse o bimotor e o avião era de um
“amigo” particular, portanto de fácil acesso no Hangar em que ficava
estacionado antes das viagens no Campo de Marte. O avião teve a ficha contendo
as informações técnicas da aeronave acessada 1.885 vezes, nos últimos 16
dias. A informação foi passada por um
investigador da Polícia Federal, que analisa se o avião estava sendo
monitorado. Era sabido que Teori estava sendo monitorado pelo Planalto. O setor
de inteligência do Supremo Tribunal Federal foi informado de que agentes
secretos dispunham de detalhes dos hábitos e horários do ministro e iniciou
investigação sigilosa para saber se o ministro teve telefones grampeados e que
outros tipos de monitoramento era alvo. Vale registrar que o delegado da
Polícia Federal Marcio Anselmo, um dos principais investigadores da Operação
Lava Jato, utilizou seu perfil no Facebook para pedir uma investigação aprofundada
sobre o acidente que resultou na morte do ministro Teori Zavascki. Em tom de
dúvida sobre as causas do acidente, Marcio Anselmo afirma que “esse ‘acidente’
deve ser investigado a fundo”. Em seguida ele apagou a mensagem. Por sua vez, o
filho do ministro, Francisco Prehn Zavascki, declarou que é preciso “investigar
a fundo e saber se foi acidente ou não, que a verdade venha à tona seja ela
qual for. Torço para que tenha sido um acidente, seria muito ruim para o país
ter um ministro do STF assassinado”. Teori Zavascki não era “santo” como
pretende vender a mídia e o seu séquito de bajuladores. Alertamos mais uma vez
que o falecido ministro togado mesmo seguindo a linha geral golpista resistia
em conceder um indulto pleno a máfia dirigente do PMDB, da qual Temer é
historicamente o “capo”, as delações da família Odebrecht não estavam agradando
o Planalto, apesar da forte inclinação em criminalizar o PT. Nada melhor então
do que nomear um novo ministro, com o aval da quadrilha de Renan no Senado, para
“depurar” das delações os fatos vinculados aos caciques do PMDB. Sem dúvida o
assassinato de Teoria foi obra da anturragem palaciana de Temer, que logo
indicará um nome para o STF comprometido com o Planalto e a máfia do parlamento
para preservar sua gang golpista. De nossa parte não vemos nenhuma surpresa
neste acontecimento, as mortes de acidentes aéreos de desafetos políticos são
relativamente comuns. Por mais contraditório que possa parecer, os mais
“crédulos” no funcionamento das instituições “democráticas” deste bastardo
regime burguês são justamente as organizações da esquerda, incluindo neste bojo
as que se reivindicam “reformistas ou revolucionárias”. Enquanto neste país a
direita golpista conspira abertamente contra todos aqueles que “atravessem” seu
caminho, inimigos ideológicos ou não, a esquerda jura obediência à
institucionalidade, confiante na “probidade” de seus adversários mais
reacionários. Os Marxistas Revolucionários da LBI alertam que o assassinato de
Teori aponta para mais um acidente “fabricado” na entranhas do poder, assim
como foi o acidente aéreo que vitimou o ex-governador Eduardo Campos.Crimes e
Assassinatos bem planejados são a especialidade das máfias burguesas que
controlam os governos e seu aparato repressivo e de inteligência. Mas logo os
“crentes” na democracia dos ricos nos acusarão de delírio, de estarmos
acolhendo a mais nova versão da “Teoria da Conspiração” para atacar a
famigerada Operação Lava Jato que tem o apoio da direita e de setores da
esquerda como PSTU e PSOL. Para estes senhores tudo não passaria de uma mera
coincidência sinistra. Estão sendo ainda divulgadas versões estúpidas que um
oficial da Aeronáutica "filiado ao PT" teria orientado o piloto incorretamente
para provocar o acidente no mar, tendo obtido posteriormente um habeas corpus no STF assinado por
Levandovski (que estava de férias), uma versão claramente montada para desacreditar os que questionam
seriamente o “acidente” que levou a morte de Teori. Não há espaço para
especulação segundo esses idiotas úteis no interior da esquerda, trata-se de mais um acidente aéreo
“corriqueiro” como o que ceifou a vida do ex-governador de Pernambuco em 2014
dando espaço para Marina Silva tentar derrotar a Frente Popular na disputa pelo
Planalto. Por fim deixamos claro que o conjunto do STF é um colegiado serviçal
dos grandes grupos econômicos capitalistas, os “ilustres” ministros desta
instituição considerada o sustentáculo “ético” do atual regime na verdade tomam
suas decisões em função das pugnas políticas existentes nas entranhas do poder
republicano. Por isso declaramos: nenhuma ilusão nas instituições do regime
político, no parlamento e no judiciário, lutemos por construir uma alternativa
de poder operário e popular baseado na democracia operária dos trabalhadores em
luta contra a direita e a Frente Popular!
93 ANOS SEM O NOSSO CHEFE REVOLUCIONÁRIO V. I. LENIN: O
BOLCHEVISMO VIVE!
No próximo dia 21 de janeiro completam-se 93 anos da morte
de nosso grande chefe Bolchevique, Vladimir Lenin, o dirigente marxista que
lançou as bases do Partido Revolucionário centralizado como um exército do
proletariado para demolir violentamente as instituições do Estado capitalista.
Lenin, falecido em 1924, é sobejamente a liderança da esquerda, em toda a
história da humanidade, mais odiada (e com toda justiça!) pelas classes dominantes
e o imperialismo, justamente por defender a necessidade da construção de uma
sólida organização política militarizada e hierarquizada para combater e
derrotar a burguesia, seu Estado e os órgãos de repressão, tendo como objetivo
a organização da classe operária para tomar o poder o poder político a fim de
implantar a Ditadura do Proletariado. Como afirmou Trotsky, discípulo teórico
de Lenin, quando soube da morte do grande chefe: "Perdemos Lenin, mas sem
o Leninismo não somos absolutamente nada!" Desde a LBI estamos certos
dessa lição fundamental e por esta razão 93 anos depois de sua morte afirmamos
sem vacilar: O Bolchevismo Vive!!! A defesa do legado político e teórico de
nosso chefe revolucionário é parte de nossas comemorações dos 100 anos da Revolução
de Outubro, a maior vitória do proletariado mundial na história, cuja tomada do
poder pela classe operária contou com a direção, dedicação e a estratégia
comunista firma de Lenin contra todas as variantes reformistas e mencheviques,
um exemplo que nos guia até hoje! Nossa luta cotidiana por manter firme a
concepção Leninista de partido, tão atacada pelo revisionismo como
"ultrapassada e totalitária", é a prova viva de que esses princípios
nos legado por Lênin desde a Rússia de 1917 estão válidos em toda sua plenitude
como um modelo a ser seguido pelos revolucionários marxistas que não se
adaptaram a democracia burguesa e continuam defendendo a destruição violenta e
revolucionária do Estado capitalista para marchar na edificação de um Estado de
novo tipo!
quinta-feira, 19 de janeiro de 2017
ASSASSINATO DE TEORI: REPÚBLICA GOLPISTA DA BARBÁRIE COMEÇA
A FAZER VÍTIMAS ENTRE OS SEUS PARES
A barbárie que instalou no país com o golpe parlamentar que depôs a presidente Dilma, começa a fazer suas primeiras vítimas no seio das próprias classes dominantes que patrocinaram a recrudescimento do regime político. Agora não são só os presidiários "falangistas" que são o alvo da sanha assassina do Estado Burguês, a brutal luta fratricida travada no interior das classes dominantes pelo controle do butim estatal acaba de executar um ministro da Suprema Corte do país, não por coincidência o responsável por todo o processo da famigerada Lava Jato no STF. Teori Zawascki foi literalmente abatido em pleno voo quando se dirigia da capital paulista para um final de férias em Paraty no litoral fluminense. Nada melhor do que forjar uma pane técnica em um "teco-teco" que pertencia a uma rede hoteleira, um acidente "perfeito" às vésperas do reinício dos trabalhos do judiciário, justamente quando as delações da Odebrecht viriam a ser reveladas publicamente. A mídia "murdochiana" não esperou sequer o aparecimento do cadáver e rapidamente alertou que caberá a Temer a indicação do substituto de Teori no STF, cabendo ao ministro neófito a toda a responsabilidade de herdar a condução da Lava Jato no Supremo. Não há espaço para especulação de uma "teoria da conspiração" segundo os arautos do golpe, trata-se de mais um acidente aéreo "corriqueiro" como o que ceifou a vida do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos em 2014. Entretanto para os Marxistas que conhecem muito bem o "jogo bruto" das elites capitalistas quando a taxa de lucro ameaça declinar, não resta a menor sombra de dúvida de que Teori foi "removido" do campo de batalha que não tolera vacilações. O falecido ministro togado mesmo seguindo a linha geral golpista resistia em conceder um indulto pleno a máfia dirigente do PMDB, da qual Temer é historicamente o "capo", as delações da família Odebrecht não estavam agradando o Planalto, apesar da forte inclinação em criminalizar o PT. Nada melhor então do que nomear um novo ministro, com o aval da quadrilha de Renan no Senado, para "depurar" das delações os fatos vinculados aos caciques do PMDB. Velado o corpo com o "luto oficial" dos próprios assassinos, logo surgirá um nome "probo" para assumir o legado de Teori no STF, sem o incômodo de atingir a anturragem do golpista Temer.
Onze dias antes de ser assassinado no México por ordens de
Stálin, León Trotsky publicou na revista norte-americana Liberty um artigo
bastante detalhado intitulado “Stálin matou Lenin?” em que levantava a
possibilidade real do envenenamento do Chefe Bolchevique em função das suas
posições contrárias ao stalinismo em ascensão. Entre dezembro de 1922 e janeiro
de 1923, Lenin publicou sua “Carta ao XII Congresso” que ficou conhecida como
seu “Testamento Político”. No posfácio propusera que se retirasse Stálin do
cargo de Secretário Geral do Partido Comunista.
Durante esse período seu colaborador mais estreito foi Trotsky. Os
escritos de Lenin estiveram dedicados a combater os primeiros esboços da nova
política contrarrevolucionária e a caracterizar a crescente burocratização que
afetava cada vez mais o funcionamento do partido e do governo, propondo medidas
audaciosas para combatê-la. No artigo abaixo Trotsky levanta com vários dados a
possibilidade do envenenamento em função das duras críticas que Lenin, mesmo
doente, vinha fazendo a condução do Partido por Stálin. A completa
burocratização da URSS após a morte de Lenin e o duro combate de Trotsky ao
stalinismo jamais impediram que o fundador da IV Internacional defendesse
incondicionalmente a União Soviética diante da ofensiva do imperialismo e do
fascismo contra o Estado Operário degenerado
STALIN MATOU LENIN?
Por Leon Trotsky
(Texto publicado originalmente em 10 de agosto de 1940)
Durante os dez anos do meu presente exílio, os agentes
literários do Kremlin têm sistematicamente aliviado a si mesmos da necessidade
de responder de forma pertinente tudo que eu escrevo sobre a União Soviética
aludindo ao meu “ódio” por Stalin – mesmo que Stalin e eu estejamos separados
por acontecimentos tão ardentes que consumiram em chamas e reduziram a cinzas
qualquer coisa pessoal. Stalin é meu inimigo. Mas Hitler também é, assim como
Mussolini e muitos outros. Hoje permanece em mim tão pouco sentimento por
Stalin quanto pelo general Franco ou o Mikado (imperador japonês). Apresento neste artigo fatos chocantes sobre como um
revolucionário provinciano se tornou o ditador de um grande país. Cada fato que
menciono, cada referência e citação pode ser provada tanto por publicações
oficiais soviéticas quanto por documentos preservados em meus arquivos.
quarta-feira, 18 de janeiro de 2017
EM DEFESA DO SINTUSP! PELO DIREITO DE ORGANIZAÇÃO POLÍTICA E
SINDICAL DOS TRABALHADORES PARA LUTAR CONTRA TEMER, ALCKMIN E OS ATAQUES AOS
NOSSOS DIREITOS E CONQUISTAS!
Neste dia 19 ocorre um ato político em defesa da permanência do SINTUSP dentro do campus da USP. Não se trata apenas uma luta em defesa do SINTUSP, uma entidade amplamente conhecida por sua trajetória de luta e solidariedade com todas as categorias de trabalhadores da cidade e do campo. Trata-se de defender uma trincheira de resistência contra os ataques de Alckmin e Temer contra a educação pública e os direitos dos trabalhadores. A reitoria da USP pretende há muito calar o SINTUSP. Agora, porém, ao buscar aniquilar um sindicato livre, jogar contra ele tropas da PM com metralhadoras e cercá-lo com um muro metálico, deseja impor um regime de exceção dentro da universidade, copiando as medidas arbitrárias que o Moro e a Justiça burguesa vem desferindo contra lideranças políticas da esquerda e dos movimentos sociais. A recente prisão de Guilherme Boulos, dirigente do MSTS, é uma prova concreta do que afirmamos! Em nome da LBI nos solidarizamos integralmente com a direção do SINTUSP e com os estudantes e trabalhadores da USP, chamamos todas as entidades sindicais, populares, democráticas a não só defenderem a permanência da sede do sindicato no seu atual local como a mais ampla e livre organização dos trabalhadores em seu local de trabalho para organizar a resistência e a luta direta contra os ataques de Temer, Alckmin, Dória e Zago contra a comunidade universitária de conjunto. Para responder a mais essa provocação da Reitoria é preciso convocar um dia de luta e paralisação em solidariedade ao SINTUSP como parte da luta direta por derrotar as famigeradas Reformas da Previdência e Trabalhista que serão discutidas no parlamento ainda nesse semestre. Contra os ataques da burguesia e seus governos é preciso desde já organizar a Greve Geral para resistir nas ruas e na luta contra o incremento da ofensiva patronal contra os trabalhadores e a juventude!
Como parte das homenagens a Lenin a LBI publica o prefácio
escrito em agosto de 1917 pelo Chefe Bolchevique ao livro de sua autoria “O
Estado e a Revolução”, obra magistral e visionária lançada às vésperas da
Revolução de Outubro para orientar o Partido na luta pelo poder, diante das
tarefas de destruição do Estado capitalista pelo proletariado e como parte do
combate teórico e político contras as tendências reformistas no seio da classe
operária. A LBI relançou recentemente o livro “Estado e a Revolução” em
parceria com a Editora Nova Antídoto, disponível para nossos leitores e
simpatizantes!
O ESTADO E A REVOLUÇÃO
LENIN – Prefácio à 1ª Edição/Agosto de 1917
A questão do Estado assume, em nossos dias, particular
importância, tanto do ponto de vista teórico como do ponto de vista política
prática. A guerra imperialista acelerou e avivou ao mais alto grau o processo
de transformação do capitalismo monopolizador em capitalismo monopolizador de
Estado. A monstruosa escravização dos trabalhadores pelo Estado, que se une
cada vez mais estreitamente aos onipotentes sindicatos capitalistas, atinge
proporções cada vez maiores. Os países mais adiantados se transformam (referimo-nos
à "retaguarda" desses países) em presídios militares para os
trabalhadores.
terça-feira, 17 de janeiro de 2017
URGENTE: LIBERDADE IMEDIATA PARA GUILHERME BOULOS, DIRIGENTE DO MTST, PRESO POLÍTICO DOS GOVERNOS TUCANOS ALCKMIN/DÓRIA!
Movimento dos Trabalhadores Sem Teto
NOTA DO MTST - PRISÃO ABSURDA DE GUILHERME BOULUS
O companheiro Guilherme Boulos, membro da coordenação
nacional do MTST, que estava acompanhando a reintegração de posse da ocupação
Colonial, visando garantir uma desfecho favorável para as mais de 3000 pessoas
da ocupação, acaba de ser preso pela PM de São Paulo sob a acusação de
desobediência civil.
Um verdadeiro absurdo, uma vez que Guilherme Boulos esteve o
tempo todo procurando uma mediação para o conflito.
Neste momento, o companheiro Guilherme está detido no 49ª DP
de São Mateus.
Não aceitaremos calados que além de massacrem o povo da
ocupação Colonial, jogando-os nas ruas, ainda querem prender quem tentou o
tempo todo e de forma pacífica ajuda-los.
HÁ 09 ANOS, ANTES MESMO DO FINAL DAS PRIMÁRIAS DEMOCRATAS DE
2008, A LBI FOI A PRIMEIRA CORRENTE POLÍTICA A DENUNCIAR O VERDADEIRO CARÁTER
REACIONÁRIO DE UM FUTURO GOVERNO OBAMA: UMA ANÁLISE MARXISTA DA GERÊNCIA DE UM
NEGRO COMO CHEFE DO IMPERIALISMO MUNDIAL QUE ABRIU CAMINHO PARA A ASCENSÃO DO
XENÓFOBO TRUMP!
No final desta semana Obama deixará a presidência dos EUA após 8 anos
de governo dando lugar ao Republicano xenófobo Donaldo Trump na Casa Branca. O
"falcão negro" deixou um legado de guerra na Líbia e Síria, travestida de apoio ao farsesca "Revolução Árabe", aprofundou a rapina das semicolônias e
já no final de sua gestão incrementou a política de reação democrática com
relação a Cuba e em apoio ao "Acordo de Paz" com as FARC na Colômbia que tem levado a paulatina rendição da guerrilha.
Antes mesmo do início de seu primeiro mandato de Obama, já no começo de 2008, a
LBI denunciava a operação política nos EUA para levar o primeiro negro a chefe
do imperialismo mundial. No final de janeiro de 2008, antes das
primárias da “super-terça”, realizadas em 05 de fevereiro, quando Hillary Clinton mantinha um largo
favoritismo sobre os demais adversários de partido a LBI prognosticou a vitória
de Barack Obama nas eleições presidenciais dos EUA. Nosso prognóstico
confirmou-se plenamente com a votação propriamente dita nas urnas. Esse acerto
político tremendo demonstrou a superioridade da análise marxista revolucionária
sobre a “cobertura jornalística” feita pelas organizações centristas e liberais
pequeno-burguesas. Não fizemos uma "simples" projeção eleitoral, mas
caracterizamos já no começo de 2008, quando ninguém ousava fazer, que o imperialismo
necessitava de Obama como elemento indispensável diante da enorme polarização
social que vive os EUA, submerso em uma descomunal crise econômica. A
candidatura do democrata negro representava uma tentativa desesperada das
classes dominantes de cooptarem as direções do proletariado e das massas pela
via eleitoral e da institucionalidade burguesa. O imperialismo agiu
preventivamente para descomprimir a tendência latente de ação direta dos
explorados, frente à conjuntura que sinaliza claramente um período de agudos
enfrentamentos de classe no coração do monstro imperialista.
segunda-feira, 16 de janeiro de 2017
Nesta semana publicaremos uma série de artigos elaborados
pela LBI em homenagem a Lênin, dirigente máximo da Revolução de Outubro, falecido
há 93 anos, no dia 21 de janeiro de 1924. Hoje reproduzimos a denúncia que fizemos de Vladimir Putin, que na qualidade de representante da burguesia restauracionista na
Rússia atacou duramente a figura de Lenin e da política revolucionária do Partido
Bolchevique para a manutenção da URSS. O fato de Putin renegar Lenin demonstra a total impossibilidade
da “nova” classe dominante russa ser consequente na luta contra o imperialismo
e até mesmo na defesa da soberania nacional do país, o que só pode ocorrer com a vitória
de uma nova Revolução de Outubro na pátria Lenin, que imponha a volta da Ditadura do Proletariado e de uma verdadeira Federação das Repúblicas Socialistas Soviéticas, o que não tem nenhuma similaridade com o nacionalismo burguês que enaltece a "Grande Rússia" capitalista defendida por Putin.
PUTIN RENEGA LENIN: ATAQUE VISA ENCOBRIR QUE O ATUAL GOVERNO
BURGUÊS É HERDEIRO DO BANDO RESTAURACIONISTA RESPONSÁVEL PELA DESTRUIÇÃO DA
URSS. EM DEFESA DO LENINISMO E DO PARTIDO BOLCHEVIQUE! (BLOG da LBI, 22 de Janeiro/2016)
Ganhou grande destaque na mídia mundial a entrevista em que
Vladimir Putin acusa Lenin de ser responsável pela destruição da URSS, ainda
mais quando a declaração ocorreu no dia em que se celebravam os 92 anos da
morte do principal dirigente bolchevique responsável por edificar a União
Soviética e não destruí-la! Segundo a imprensa russa (Russia Today – RT,
Interfax) no contexto da discussão sobre um verso do poeta russo Boris
Pasternak, na qual Lenin é mencionado como uma pessoa que pode “controlar o
fluxo de pensamento e, portanto, conseguiu controlar o país” Putin atacou
Lênin. Segundo o presidente russo, “Controlar o fluxo de pensamento é bom, mas
este pensamento deve trazer um resultado correto, e não como o fez Vladimir
Ilyich Porque como resultado seu pensamento levou à queda da União Soviética,
havia muitas ideias incorretas. A criação de autonomias nacionais, e assim por
diante. Eles colocaram uma bomba atômica sob o edifício chamado Rússia e este
finalmente explodiu” (RT, 21.01). Como se observa, a crítica de Putin,
ex-agente da KGB formado na escola do stalinismo, é contra a posição de Lenin
em defesa da autonomia das repúblicas soviéticas na URSS, plataforma também
defendida por Trostky em oposição às teses defendidas a época por Stálin. Além
da mídia venal, os revisionistas do trotskismo (PSTU, CST) aproveitaram a
declaração de Putin para defender suas atuais posições pró-imperialistas em
defesa da “autonomia” da Ucrânia, governada hoje pelos golpistas-fascistas de
Kiev em oposição a Moscou. Como Marxistas-Leninistas defendemos as posições de
Lênin e Trotsky e rechaçamos categoricamente os ataques de Putin ao edificador
da URSS e dirigente maior do Partido Bolchevique. As críticas de Putin
demonstram uma visão que muito se aproxima do stalinismo, em defesa da “grande
pátria mãe” própria do nacionalismo russo, plataforma duramente criticada por
Lenin. Essa crítica é condensada no artigo “A RESPEITO DO PROBLEMA DAS
NACIONALIDADES OU SOBRE A ‘AUTONOMIA’” (1922) em que Lenin chega a seguinte
conclusão “A responsabilidade política de toda esta campanha de verdadeiro
nacionalismo russo deve fazer-se recair, é claro, sobre Stalin e Dzerzhinski”
complementando que “Nestas condições é muito natural que a ‘liberdade de
separar-se da união’, com que nós nos justificamos, seja um papel molhado
incapaz de defender os não russos da invasão do russo genuíno, chauvinista, no
fundo um homem miserável e dado à violência como é o típico burocrata russo.
Não há qualquer dúvida de que a insignificante percentagem de operários
soviéticos e sovietizados afundariam nesse mar de imundícia chauvinista russa
como a mosca no leite. Em defesa desta medida diz-se que foram segregados os
Comissariados do Povo que se relacionam diretamente com a psicologia das
nacionalidades, com a instrução nas nacionalidades. Mas a respeito disto
ocorre-nos uma pergunta, a de se é possível segregar estes Comissariados por
completo, e uma segunda pergunta, a de se temos tomado medidas com a suficiente
solicitude para protegermos realmente os não russos do esbirro genuinamente
russo. Eu acho que não as tomamos, embora pudéssemos e devêssemos tê-lo feito.
Eu acho que neste assunto exerceram uma influência fatal as pressas e os afãs
administrativos de Stalin, bem como a sua aversão contra o decantado ‘social-nacionalismo’.
Via de regra, a aversão sempre exerce em política o pior papel”. Referindo-se a
esta polêmica entre Lenin e Stálin, Trotsky lembrou no texto “A QUESTÃO
UCRANIANA” (1939) que “Após a tomada do poder, teve lugar no partido uma séria
luta pela solução dos numerosos problemas nacionais herdados da velha Rússia
tsarista. No seu carácter de comissário do povo para as nacionalidades, Stalin
representou invariavelmente a tendência mais burocrática e centralista. Isto
tornou especialmente evidente na questão da Geórgia e na da Ucrânia. Até hoje,
a correspondência não foi publicada. Esperamos poder editar a pequena parte de
que dispomos. Cada linha das cartas e propostas de Lenine vibra com a urgência
de conformar na medida do possível aquelas nacionalidades que tinham sido
oprimidas no passado. Em troca, nas propostas e declarações de Stalin,
salientava invariavelmente a tendência para o centralismo burocrático. Com o
fim de garantir ‘necessidades administrativas’, quer dizer, os interesses da
burocracia, as mais legítimas reclamações das nacionalidades oprimidas foram
declaradas manifestações de nacionalismo pequeno-burguês. Estes sintomas já
podiam perceber-se bem cedo, em 1922-1923. Desde essa altura, tiveram um
monstruoso crescimento, levando a uma completa asfixia qualquer tipo de
desenvolvimento nacional independente dos povos da URSS.” Como se observa, hoje
Putin defende historicamente as mesmas posições nacionalistas de Stálin contra
a defesa do internacionalismo e da solidariedade de classe entre os povos
proclamada por Lenin e Trotsky. Lembremos que Lenin e Trotsky defendiam o
direito a autonomia no marco da defesa da URSS e de sua economia planificada e
obviamente não para facilitar a restauração do capitalismo. Esta posição fica
clara quando Lenin no mesmo texto (A RESPEITO DO PROBLEMA DAS NACIONALIDADES OU
SOBRE A ‘AUTONOMIA’) afirma “Por isso, neste caso, o interesse vital da
solidariedade proletária e, portanto da luta proletária de classe, requer que
jamais olhemos formalmente o problema nacional, senão que sempre levemos em
conta a diferença obrigatória na atitude do proletário da nação oprimida (ou
pequena) para a nação opressora (ou grande).Quê medidas prática se devem tomar
nesta situação? Primeira, cumpre manter e fortalecer a união das repúblicas
socialista; sobre isto não pode haver dúvida”. Trotsky vai no mesmo sentido no
artigo “A INDEPENDÊNCIA DA UCRÂNIA E A CONFUSÃO SECTÁRIA” (1939) em que pontua
“A necessidade de um compromisso, ou melhor, de vários compromissos, se coloca
de maneira similar no tocante à questão nacional, sendas que não são mais
retilíneas que as da revolução agrária. A estrutura federada da União Soviética
é fruto de um compromisso entre o centralismo que exige uma economia
planificada e a descentralização necessária para o desenvolvimento das nações
que no passado estavam oprimidas. Construído o Estado operário sobre o
princípio de compromisso de uma federação, o Partido Bolchevique inscreveu na
sua constituição o direito das nações à separação completa, indicando desta
maneira que não considera resolvida de uma vez e para sempre a questão
nacional.”. Mesmo rechaçando publicamente as posições de Putin, a LBI de forma
alguma se embloca hoje com os agentes do imperialismo de Kiev contra a Rússia
para aprofundar a recolonização capitalista na ex-república soviética, posição
assumida pelos revisionistas do Trotskismo. Ao contrário, defendemos a
unificação da Criméia com a Russia e apoiamos o direito à separação das
"repúblicas populares" do Leste ucraniano.
sábado, 14 de janeiro de 2017
AS PRIMEIRAS E AS ÚLTIMAS VAIAS A LULA EM UM CONGRESSO DE
TRABALHADORES: AS DIFERENÇAS ENTRE OPOSIÇÃO REVOLUCIONÁRIA E OPOSIÇÃO DE
DIREITA
Tem repercutido bastante no campo da esquerda a posição
assumida pelos delegados do PSTU no último congresso da CNTE de hostilizar e
"dar as costas" ao ex-presidente Lula, convidado de honra na abertura
do evento sindical. A imprensa "murdochiana" logo destacou o fato
para logicamente engrossar sua campanha de demonização do PT e enxovalhamento
da candidatura de Lula ao Planalto em 2018. A burocracia sindical da CUT
planejou utilizar o congresso da CNTE que ocorre em Brasília para impulsionar o
lançamento do ex-presidente da república como um suposto candidato de unifica
todo o movimento de massas do país. Em primeiro lugar queremos reafirmar o
direito político de qualquer organização de esquerda poder se manifestar
livremente em um congresso do movimento dos trabalhadores, seja de forma
equivocada ou não. Nós da LBI conhecemos muito bem a conduta covarde e
burocrática da direção petista, seja no interior do movimento sindical ou mesmo
na luta de classes. Repudiamos com força os grupelhos da esquerda corruptos
material e moralmente, como o PCO, que agora servem como capangas da
Articulação para defenderem o "legado dos governos petistas" e
atacar qualquer manifestação contrária aos interesses da Frente Popular de
colaboração de classes. Entretanto não podemos abonar a política de
"Oposição de direita" ao PT, que o PSTU vem desenvolvendo no último
período, apoiando a "caçada as bruxas" da famigerada Operação Lava
Jato contra a esquerda e as lideranças sindicais. A LBI teve o mérito histórico
de manifestar seu rechaço político as primeiras medidas neoliberais do governo
Lula, logo no início de 2003, quando o PT encaminhou ao parlamento uma nova
reforma da previdência que atacava os direitos fundamentais dos servidores
públicos. Nesta ocasião em pleno 8* Congresso Nacional da CUT (junho de 2003),
que ocorria em São Paulo, os delegados da LBI tiveram a coragem de vaiar o
presidente Lula, enquanto o conjunto da esquerda reformista(o PSTU incluso
neste bojo) aplaudia as medidas draconianas do governo da Frente Popular. Não
se pode esquecer que os Morenistas tinham acabado de votar em Lula em 2002 com
a surrada justificativa de "derrotar a direita", a mesma direita que
hoje a LIT está emblocada no Brasil e no mundo. Como Marxistas não reconhecemos
o falso "legado" dos governos da Frente Popular, que impulsionou o
mercado e rentistas a transformarem o país em uma "bolha de crédito",
que acabou estourando no colo da presidenta Dilma. Enquanto o PT alimentou as
oligarquias corruptas com fartas verbas estatais, todos "eram felizes",
mas a festa acabou com a chegada da recessão capitalista mundial e as hienas
burguesas golpearam o governo Dilma. O PSTU foi um dos que pularam fora da
sombra do barco petista com o prenúncio do naufrágio, sem que antes tivessem
enchido as "sacolas" de suas colaterais sindicais com a grana do
Estado burguês. Não podemos reconhecer nenhum mérito nos oportunistas que ontem
"mamavam nas tetas" da Frente Popular e hoje "viram as
costas" para aquele que ajudaram a se eleger para governar com a
"carta compromisso" com o capital. Os Trotskistas da LBI declararam
Oposição Operária desde o primeiro dia de governo burguês da Frente Popular, e
continuam firmes na trincheira da luta política contra a colaboração de classes
e a direita fascista. Não podemos admitir a existência somente de dois campos
de batalha para o proletariado: a democracia dos ricos ou o regime de exceção,
é urgente e necessário construir uma alternativa de poder revolucionário para a
classe operária!
quinta-feira, 12 de janeiro de 2017
PASSAGENS DE ÔNIBUS REAJUSTADAS EM TODAS AS CAPITAIS: BARRAR
O AUMENTO NA LUTA DIRETA E AMPLA MOBILIZAÇÃO DE RUA IMPONDO O PASSE LIVRE RUMO
A ESTATIZAÇÃO DE TODO O SISTEMA DE TRANSPORTE COLETIVO!
Em diversas capitais do país, as prefeituras anunciaram
aumentos astronômicos nas passagens de ônibus. Em Fortaleza o reajuste foi de
16,5%, já Brasília ficou na casa dos 25%! A média do aumento chega a 20%!
Cidades como Campinas e Florianópolis foram reajustadas as tarifas em 11%. Na
capital paulista o prefeito do PSDB, João Dória em conluio com Alckmin,
aumentou em até 25% as tarifas do transporte: o preço da passagem unitária
permanece o mesmo na maioria das linhas da Capital, mas o reajuste é feito nos
bilhetes coletivos e de integração, mais usados pelos trabalhadores. O MPL
programou um protesto para este dia 12 (quinta-feira) em São Paulo, no final da
tarde. Desde a LBI e a Juventude Bolchevique chamamos o conjunto dos sindicatos
classistas, o MST, MTST e as entidades populares comprometidas com a luta dos
trabalhadores e do povo pobre a se somarem ao protesto, tomando as ruas da
capital paulista. Defendemos claramente que a luta contra o aumento das
passagens no transporte coletivo deve se radicalizar e se unificar
nacionalmente com os companheiros de outras capitais para vencer os empresários
e seus governos de “direita” e “esquerda”. É necessário que se fortaleça em
todo o país a luta contra o aumento, impulsionando mobilizações com um eixo
claro de combate: redução das tarifas, passe-livre já e estatização de todo o
sistema de transporte coletivo sob controle dos trabalhadores. Só assim as
lutas dos explorados não serão em vão, na medida em que tomem em suas mãos o
gerenciamento e organização dos transportes. O passe-livre e um transporte
público de qualidade para o povo trabalhador só será conquistado através da sua
luta tenaz com o objetivo de estatizar sob seu controle direto todo o sistema
de transporte, assim como os serviços públicos, para extinguir sua tarifa e
tornar melhor suas condições de uso. Enquanto suas concessões estiverem
reservadas aos empresários em conluio com agentes da administração estatal, o
caos e os péssimos serviços nos transportes tenderão a se agravar. É preciso
impor a imediata redução da tarifa, até a conquista do passe-livre, o que
coloca na ordem do dia a paralisação das escolas e universidades, o
fortalecimento das marchas nos centro das grandes cidades e nas periferias rumo
a vitória da luta unificada entre estudantes e trabalhadores!
quarta-feira, 11 de janeiro de 2017
PELÉ O PRIMEIRO ÍDOLO NACIONAL NEGRO A SERVIÇO DA ELITE
BRANCA
A grande mídia "murdochiana" tem veiculado nos
últimos dias artigos repercutindo à ausência de Pelé na solenidade oficial da
FIFA que premia anualmente os melhores atletas do futebol mundial na temporada.
Pelos mesmos problemas de saúde que atravessa Pelé também foi obrigado a se
ausentar da abertura dos jogos olímpicos do Rio de Janeiro. Edison Arantes do
Nascimento, mais conhecido como Pelé, nascido na cidade de Três Corações-MG em
23 de outubro de 1940, iniciou sua carreira de jogador de futebol no time dos
Santos onde conquistou o bi-campeonato mundial de clubes. Aos 17 anos,
participou da copa do mundo de seleções na Suécia (1958), marcando seis gols e
se destacando como a grande revelação do torneio. Quando o Brasil foi
tricampeão mundial do México em 70, Pelé foi o destaque da copa, convertendo-se
no primeiro ídolo nacional negro, em pleno auge da ditadura militar. Pelé foi o
exemplo de atleta alienado que ascendia socialmente e que não se engajava ou
sequer se posiciona de forma solidária nas questões sociais e políticas que
expressasse os interesses de classe dos explorados e oprimidos no
país.Postava-se como um garoto propaganda do regime burguês de plantão e das
grandes corporações nacionais e multinacionais que têm o futebol como mero
objeto de lucro e idiotização humana.
segunda-feira, 9 de janeiro de 2017
GOLPISTAS DECLARAM “ABANDONO DE CARGO” DO PRESIDENTE MADURO:
A RESPOSTA REVOLUCIONÁRIA DEVE SER A DISSOLUÇÃO DO PARLAMENTO BURGUÊS
REACIONÁRIO E A FORMAÇÃO DE CONSELHOS OPERÁRIOS PARA CONSTRUIR UMA VERDADEIRA
REPÚBLICA SOCIALISTA NA VENEZUELA!
A oposição golpista e pró-imperialista da Venezuela aprovou uma moção contra o presidente Nicolas Maduro nesta segunda-feira (9) na tentativa formal de forçar as eleições antecipadas no país mas de fato para preparar o caminho para um Golpe de Estado. A Assembleia Nacional da Venezuela, controlada pelo MUD declarou o “abandono do cargo” por parte do presidente Nicolas Maduro, argumentando que o chefe de Estado se afastou do cumprimento dos seus deveres constitucionais: “Aprovado o acordo com o qual se qualifica o abandono de cargo por Nicolas Maduro Moros e, o mais importante, se exige uma saída eleitoral para a crise venezuelana para que o povo se expresse através do voto”. O Supremo Tribunal de Justiça venezuelano, controlado pelo Chavismo, anunciou que a decisão era inconstitucional, declarando que “a Assembleia Nacional abstenha-se de ditar qualquer tipo de ato que seja fora de suas funções”. 106 deputados votaram a favor desta decisão. Deputados pró-governo deixaram a sessão antes do início do processo de votação. Por sua vez Maduro anunciou um aumento de 50% do Salário Mínimo como medida para ampliar seu apoio popular entre as massas que tem seus recursos corroídos pela crise econômica. A tarefa prioritária da classe operária venezuelana nesta conjuntura de gestação da guerra civil travestida pelo chamado a “novas eleições”, passa necessariamente pela construção do seu próprio poder estatal (com todas suas instituições embrionárias) para derrotar tanto a direita golpista como a iminente capitulação do Chavismo frente à reação. O quadro social, político e econômico reflete a investida do imperialismo e da direita golpista contra o governo Maduro. Frente a esta situação defendemos a unidade de ação com o “chavismo” para derrotar a reação burguesa pró-imperialista, forjando uma alternativa de direção revolucionária para os trabalhadores! Por esta razão reafirmamos que é preciso derrotar com os métodos de luta da classe operária a direita golpista sem capitular ao “chavismo” e seu projeto nacionalista burguês! Os Marxistas Revolucionários não nutrem ilusões na capacidade revolucionária do Chavismo ultrapassar suas limitações históricas de um movimento radicalizado da burguesia nacionalista, combatemos na mesma trincheira antiimperialista porém somos conscientes de sua incapacidade programática de romper seus vínculos materiais com o capitalismo. Devemos acompanhar a própria experiência das massas e da vanguarda classista com o Chavismo, sem a cooptação das benesses estatais do regime e apontando sempre o caminho do enfrentamento revolucionário com a burguesia nativa e subordinada aos interesses do “grande Amo do Norte”. As bravatas de dissolução da reacionária Assembleia Nacional feitas por Maduro anteriormente não passaram de uma barganha com a direita golpista, ligada diretamente a Casa Branca, mas o anúncio de um considerável aumento salarial é uma medida concreta (mesmo que limitada) em favor dos trabalhadores. O Chavismo como uma expressão radicalizada do nacionalismo burguês, historicamente é incapaz de levar adiante a tarefa de construção dos conselhos operários de poder, os Soviets. A demagogia Chavista da formação dos conselhos populares e do armamento da população para enfrentar a ofensiva imperialista se mostrou como mais uma falácia da burguesia “bolivariana”, agora diante do aprofundamento da crise social Maduro se apoia exclusivamente nos militares “fiéis”. Porém a história mundial da luta de classes já demonstrou que a “traição” é o principal motor dos golpes de Estado patrocinados pelo “Tio Sam”. O fundamental é que o proletariado venezuelano possa construir sua própria independência de classe, erguendo no curso da luta política uma verdadeira república socialista na Venezuela construída a partir de conselhos operários forjados na luta contra a direita e o imperialismo!
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