quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

ASSASSINATO DE TEORI: REPÚBLICA GOLPISTA DA BARBÁRIE COMEÇA A FAZER VÍTIMAS ENTRE OS SEUS PARES


A barbárie que instalou no país com o golpe parlamentar que depôs a presidente Dilma, começa a fazer suas primeiras vítimas no seio das próprias classes dominantes que patrocinaram a recrudescimento do regime político. Agora não são só os presidiários "falangistas" que são o alvo da sanha assassina do Estado Burguês, a brutal luta fratricida travada no interior das classes dominantes pelo controle do butim estatal acaba de executar um ministro da Suprema Corte do país, não por coincidência o responsável por todo o processo da famigerada Lava Jato no STF. Teori Zawascki foi literalmente abatido em pleno voo quando se dirigia da capital paulista para um final de férias em Paraty no litoral fluminense. Nada melhor do que forjar uma pane técnica em um "teco-teco" que pertencia a uma rede hoteleira, um acidente "perfeito" às vésperas do reinício dos trabalhos do judiciário, justamente quando as delações da Odebrecht viriam a ser reveladas publicamente. A mídia "murdochiana" não esperou sequer o aparecimento do cadáver e rapidamente alertou que caberá a Temer a indicação do substituto de Teori no STF, cabendo ao ministro neófito a toda a responsabilidade de herdar a condução da Lava Jato no Supremo. Não há espaço para especulação de uma "teoria da conspiração" segundo os arautos do golpe, trata-se de mais um acidente aéreo "corriqueiro" como o que ceifou a vida do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos em 2014. Entretanto para os Marxistas que conhecem muito bem o "jogo bruto" das elites capitalistas quando a taxa de lucro ameaça declinar, não resta a menor sombra de dúvida de que Teori foi "removido" do campo de batalha que não tolera vacilações. O falecido ministro togado mesmo seguindo a linha geral golpista resistia em conceder um indulto pleno a máfia dirigente do PMDB, da qual Temer é historicamente o "capo", as delações da família Odebrecht não estavam agradando o Planalto, apesar da forte inclinação em criminalizar o PT. Nada melhor então do que nomear um novo ministro, com o aval da quadrilha de Renan no Senado, para "depurar" das delações os fatos vinculados aos caciques do PMDB. Velado o corpo com o "luto oficial" dos próprios assassinos, logo surgirá um nome "probo" para assumir o legado de Teori no STF, sem o incômodo de atingir a anturragem do golpista Temer.