O IDIOTA ÚTIL: BURGUESIA IANQUE EMPOSSOU TRUMP E JÁ PREPARA
UM GOLPE DE ESTADO PARA IMPOR UM RECRUDESCIMENTO AO REGIME REPUBLICANO (PARTE –
I)
O cenário estava todo armado para um retumbante fiasco eleitoral de Trump: sem apoio de massas, sem respaldo do próprio partido, além de enfrentar uma candidata lançada pelo establishment dominante imperialista. Mesmo derrotado no voto popular (a maior derrota nas urnas de toda a história republicana dos EUA, cerca de 2,8 milhões de votos) a burguesia ianque impôs a sua posse, mas por que? A resposta embora complexa deve ser bem direta: Diante da enorme crise financeira que se avizinha para o início da nova década, o imperialismo necessitava fazer "ajustes" em seu regime político e o melhor caminho encontrado foi dar a vitória ao "palhaço reacionário" para depois o golpeá-lo facilmente do poder, "implantando" um outro formato de regime ao velho republicanismo "democrático" dos EUA. É verdade que existiam outros caminhos para as classes dominantes ianques que agiram em plena sintonia com a elite financeira bursátil mundial, o primeiro seria "empoderar" na Casa Branca uma alternativa vinda do "Tea Party" (ainda permanecendo como uma ala intestina do Partido Republicano) e derrotar facilmente a odiada madame Clinton. Parecia o roteiro mais evidente, porém ainda muito prematuro para a conjuntura de 2017, com os EUA atravessando uma leve recuperação econômica do crash sofrido em 2008. A outra rota possível e que até a nós da LBI se apresentou como "factível", representaria uma vitória dos Democratas como a expressão de uma "ponte" temporal para a transição de um governo de extrema direita em 2021. Entretanto a diversificação nacional do voto "trumpista" pelos rincões mais castigados e atrasados do país, levando os Republicanos a um triunfo folgado no Colégio Eleitoral, forçou a posse do bilionário falastrão no comando do monstro imperial. Estamos concientes que o nosso prognóstico histórico para a próxima etapa que os EUA atravessará não é um mero palpite leviano, sabemos que este país imperialista símbolo da democracia ocidental moderna nunca foi permeado por um golpe de estado, como a França e Alemanha por exemplo, apesar de já terem acontecido algumas tentativas como o assassinato do presidente Kennedy em 1963 e mais longinquamente uma guerra civil em 1861 que culminou com o outro assassinato, o de Abraham Lincoln pouco depois. O próprio "cowboy" republicano Ronald Reagan também foi alvo de uma tentativa de eliminação física mal sucedida em 1981(chegou a ser atingido por vários tiros), 69 dias logo após assumir a presidência da república, nesta ocasião o Secretário de Estado Alexander Haig chegou a anunciar que estava no comando da nação, tendo que ser "demovido" da iniciativa poucas horas depois. Portanto tentar ou mesmo matar presidentes nos EUA não é propriamente uma "novidade" na maior "democracia" do planeta, porém conseguir suprimir mesmo que parcialmente a constituição federal celebrada com apenas 7 artigos em 1788 será uma operação de grande envergadura com gravíssima repercussão histórica não só para o destino dos EUA.