sábado, 14 de janeiro de 2017

AS PRIMEIRAS E AS ÚLTIMAS VAIAS A LULA EM UM CONGRESSO DE TRABALHADORES: AS DIFERENÇAS ENTRE OPOSIÇÃO REVOLUCIONÁRIA E OPOSIÇÃO DE DIREITA


Tem repercutido bastante no campo da esquerda a posição assumida pelos delegados do PSTU no último congresso da CNTE de hostilizar e "dar as costas" ao ex-presidente Lula, convidado de honra na abertura do evento sindical. A imprensa "murdochiana" logo destacou o fato para logicamente engrossar sua campanha de demonização do PT e enxovalhamento da candidatura de Lula ao Planalto em 2018. A burocracia sindical da CUT planejou utilizar o congresso da CNTE que ocorre em Brasília para impulsionar o lançamento do ex-presidente da república como um suposto candidato de unifica todo o movimento de massas do país. Em primeiro lugar queremos reafirmar o direito político de qualquer organização de esquerda poder se manifestar livremente em um congresso do movimento dos trabalhadores, seja de forma equivocada ou não. Nós da LBI conhecemos muito bem a conduta covarde e burocrática da direção petista, seja no interior do movimento sindical ou mesmo na luta de classes. Repudiamos com força os grupelhos da esquerda corruptos material e moralmente, como o PCO, que agora servem como capangas da Articulação para defenderem o "legado dos governos petistas" e atacar qualquer manifestação contrária aos interesses da Frente Popular de colaboração de classes. Entretanto não podemos abonar a política de "Oposição de direita" ao PT, que o PSTU vem desenvolvendo no último período, apoiando a "caçada as bruxas" da famigerada Operação Lava Jato contra a esquerda e as lideranças sindicais. A LBI teve o mérito histórico de manifestar seu rechaço político as primeiras medidas neoliberais do governo Lula, logo no início de 2003, quando o PT encaminhou ao parlamento uma nova reforma da previdência que atacava os direitos fundamentais dos servidores públicos. Nesta ocasião em pleno 8* Congresso Nacional da CUT (junho de 2003), que ocorria em São Paulo, os delegados da LBI tiveram a coragem de vaiar o presidente Lula, enquanto o conjunto da esquerda reformista(o PSTU incluso neste bojo) aplaudia as medidas draconianas do governo da Frente Popular. Não se pode esquecer que os Morenistas tinham acabado de votar em Lula em 2002 com a surrada justificativa de "derrotar a direita", a mesma direita que hoje a LIT está emblocada no Brasil e no mundo. Como Marxistas não reconhecemos o falso "legado" dos governos da Frente Popular, que impulsionou o mercado e rentistas a transformarem o país em uma "bolha de crédito", que acabou estourando no colo da presidenta Dilma. Enquanto o PT alimentou as oligarquias corruptas com fartas verbas estatais, todos "eram felizes", mas a festa acabou com a chegada da recessão capitalista mundial e as hienas burguesas golpearam o governo Dilma. O PSTU foi um dos que pularam fora da sombra do barco petista com o prenúncio do naufrágio, sem que antes tivessem enchido as "sacolas" de suas colaterais sindicais com a grana do Estado burguês. Não podemos reconhecer nenhum mérito nos oportunistas que ontem "mamavam nas tetas" da Frente Popular e hoje "viram as costas" para aquele que ajudaram a se eleger para governar com a "carta compromisso" com o capital. Os Trotskistas da LBI declararam Oposição Operária desde o primeiro dia de governo burguês da Frente Popular, e continuam firmes na trincheira da luta política contra a colaboração de classes e a direita fascista. Não podemos admitir a existência somente de dois campos de batalha para o proletariado: a democracia dos ricos ou o regime de exceção, é urgente e necessário construir uma alternativa de poder revolucionário para a classe operária!