AS PRIMEIRAS E AS ÚLTIMAS VAIAS A LULA EM UM CONGRESSO DE
TRABALHADORES: AS DIFERENÇAS ENTRE OPOSIÇÃO REVOLUCIONÁRIA E OPOSIÇÃO DE
DIREITA
Tem repercutido bastante no campo da esquerda a posição
assumida pelos delegados do PSTU no último congresso da CNTE de hostilizar e
"dar as costas" ao ex-presidente Lula, convidado de honra na abertura
do evento sindical. A imprensa "murdochiana" logo destacou o fato
para logicamente engrossar sua campanha de demonização do PT e enxovalhamento
da candidatura de Lula ao Planalto em 2018. A burocracia sindical da CUT
planejou utilizar o congresso da CNTE que ocorre em Brasília para impulsionar o
lançamento do ex-presidente da república como um suposto candidato de unifica
todo o movimento de massas do país. Em primeiro lugar queremos reafirmar o
direito político de qualquer organização de esquerda poder se manifestar
livremente em um congresso do movimento dos trabalhadores, seja de forma
equivocada ou não. Nós da LBI conhecemos muito bem a conduta covarde e
burocrática da direção petista, seja no interior do movimento sindical ou mesmo
na luta de classes. Repudiamos com força os grupelhos da esquerda corruptos
material e moralmente, como o PCO, que agora servem como capangas da
Articulação para defenderem o "legado dos governos petistas" e
atacar qualquer manifestação contrária aos interesses da Frente Popular de
colaboração de classes. Entretanto não podemos abonar a política de
"Oposição de direita" ao PT, que o PSTU vem desenvolvendo no último
período, apoiando a "caçada as bruxas" da famigerada Operação Lava
Jato contra a esquerda e as lideranças sindicais. A LBI teve o mérito histórico
de manifestar seu rechaço político as primeiras medidas neoliberais do governo
Lula, logo no início de 2003, quando o PT encaminhou ao parlamento uma nova
reforma da previdência que atacava os direitos fundamentais dos servidores
públicos. Nesta ocasião em pleno 8* Congresso Nacional da CUT (junho de 2003),
que ocorria em São Paulo, os delegados da LBI tiveram a coragem de vaiar o
presidente Lula, enquanto o conjunto da esquerda reformista(o PSTU incluso
neste bojo) aplaudia as medidas draconianas do governo da Frente Popular. Não
se pode esquecer que os Morenistas tinham acabado de votar em Lula em 2002 com
a surrada justificativa de "derrotar a direita", a mesma direita que
hoje a LIT está emblocada no Brasil e no mundo. Como Marxistas não reconhecemos
o falso "legado" dos governos da Frente Popular, que impulsionou o
mercado e rentistas a transformarem o país em uma "bolha de crédito",
que acabou estourando no colo da presidenta Dilma. Enquanto o PT alimentou as
oligarquias corruptas com fartas verbas estatais, todos "eram felizes",
mas a festa acabou com a chegada da recessão capitalista mundial e as hienas
burguesas golpearam o governo Dilma. O PSTU foi um dos que pularam fora da
sombra do barco petista com o prenúncio do naufrágio, sem que antes tivessem
enchido as "sacolas" de suas colaterais sindicais com a grana do
Estado burguês. Não podemos reconhecer nenhum mérito nos oportunistas que ontem
"mamavam nas tetas" da Frente Popular e hoje "viram as
costas" para aquele que ajudaram a se eleger para governar com a
"carta compromisso" com o capital. Os Trotskistas da LBI declararam
Oposição Operária desde o primeiro dia de governo burguês da Frente Popular, e
continuam firmes na trincheira da luta política contra a colaboração de classes
e a direita fascista. Não podemos admitir a existência somente de dois campos
de batalha para o proletariado: a democracia dos ricos ou o regime de exceção,
é urgente e necessário construir uma alternativa de poder revolucionário para a
classe operária!