ENQUANTO PSTU/CONLUTAS FAZIA "PRESSÃO" NO
AEROPORTO DE BSB... O PT ENCENAVA O TEATRO NO SENADO PARA ENCOBRIR O SEU AVAL A
REFORMA TRABALHISTA EM NOME DE UM GOVERNO LULA EM 2018
Enquanto os dirigentes do PSTU/CONLUTAS, como Paulo Barela,
postavam nas redes sociais o "grande esforço" de praticarem lobby
parlamentar no aeroporto de Brasília no dia da votação da Reforma Trabalhista,
do outro lado da traição em um jogo de cena típico das novelas globais, as
senadoras do PT e PCdoB fizeram um verdadeiro teatro para supostamente “barrar”
no Senado o desmonte das conquistas operárias. Apesar de não organizarem
nenhuma reação da classe operária ao ataque neoliberal a CLT, as representantes
da CUT, PCdoB e do PT fizeram um verdadeiro “show” inócuo para protelar a
aprovação de um ataque brutal aos trabalhadores. Ao final da encenação, como já
havíamos denunciado, a reforma neoliberal foi aprovada por uma ampla margem de
votos. Lula e a Frente Popular apenas encenam a “resistência” parlamentar
enquanto de fato sabotam a ação direta nas ruas. Não por acaso desmarcaram a
greve geral do dia 30 e “convocaram” apenas as patéticas mobilizações nos
aeroportos, para fingir uma pressão parlamentar e fazer na verdade campanha
eleitoral para Lula em 2018. De fato, o Senado concluiu, na noite desta
terça-feira, 11, a votação da reforma trabalhista. Por 50 votos a 26, e uma
abstenção, os senadores aprovaram o projeto de reforma trabalhista. Agora o PT
e PCdoB vão dizer que “lutaram” contra o fim da CLT mas infelizmente a direita (PSDB, PMDB e
aliados) impôs essa derrota, o que é uma “meia verdade” na medida em que não
houve resistência de massas porque Lula deseja a aprovação do grosso do ajuste neoliberal
antes de assumir a presidência da república (segundo o PT) após as eleições de 2018. Essa trama denunciada
pela LBI foi avalizada por todo arco reformista, desde o PSOL, passando pelo
MAIS e até mesmo o PSTU, que não denunciaram o teatro armado pelas senadoras da
Frente Popular, inócuo do ponto de vista dos interesses dos trabalhadores. O
revés de hoje dará mais fôlego para a burguesia aprofundar sua ofensiva contra
os trabalhadores e organizar seu plano estratégico de manter Temer agonizando
até costurar um acordo entre suas alas para através das eleições legitimar a
ascensão ao Planalto de um “salvador da pátria”. De nossa parte defendemos a
convocação de um Congresso Nacional dos trabalhadores para forjar um embrião de
poder proletário por fora da institucionalidade burguesa e de seu circo eleitoral!
Como Marxistas Revolucionários não patrocinamos ilusões eleitorais na Frente
Popular e na candidatura Lula. Lutamos para a vanguarda romper com a política
de colaboração de classes do PT e chamamos a construção de uma alternativa
revolucionária ao conjunto do regime político burguês e suas apodrecidas
instituições, combatendo vigorosamente o governo golpista de Temer, a direita
reacionária e fascistoide mas sem capitular a política venal e covarde da
Frente Popular, cujo objetivo é amortecer a luta de classes para um terreno que
a burguesia domina: o circo eleitoral de 2018!