terça-feira, 11 de julho de 2017

ENQUANTO PSTU/CONLUTAS FAZIA "PRESSÃO" NO AEROPORTO DE BSB... O PT ENCENAVA O TEATRO NO SENADO PARA ENCOBRIR O SEU AVAL A REFORMA TRABALHISTA EM NOME DE UM GOVERNO LULA EM 2018


Enquanto os dirigentes do PSTU/CONLUTAS, como Paulo Barela, postavam nas redes sociais o "grande esforço" de praticarem lobby parlamentar no aeroporto de Brasília no dia da votação da Reforma Trabalhista, do outro lado da traição em um jogo de cena típico das novelas globais, as senadoras do PT e PCdoB fizeram um verdadeiro teatro para supostamente “barrar” no Senado o desmonte das conquistas operárias. Apesar de não organizarem nenhuma reação da classe operária ao ataque neoliberal a CLT, as representantes da CUT, PCdoB e do PT fizeram um verdadeiro “show” inócuo para protelar a aprovação de um ataque brutal aos trabalhadores. Ao final da encenação, como já havíamos denunciado, a reforma neoliberal foi aprovada por uma ampla margem de votos. Lula e a Frente Popular apenas encenam a “resistência” parlamentar enquanto de fato sabotam a ação direta nas ruas. Não por acaso desmarcaram a greve geral do dia 30 e “convocaram” apenas as patéticas mobilizações nos aeroportos, para fingir uma pressão parlamentar e fazer na verdade campanha eleitoral para Lula em 2018. De fato, o Senado concluiu, na noite desta terça-feira, 11, a votação da reforma trabalhista. Por 50 votos a 26, e uma abstenção, os senadores aprovaram o projeto de reforma trabalhista. Agora o PT e PCdoB vão dizer que “lutaram” contra o fim da CLT mas infelizmente a direita (PSDB, PMDB e aliados) impôs essa derrota, o que é uma “meia verdade” na medida em que não houve resistência de massas porque Lula deseja a aprovação do grosso do ajuste neoliberal antes de assumir a presidência da república (segundo o PT) após as eleições de 2018. Essa trama denunciada pela LBI foi avalizada por todo arco reformista, desde o PSOL, passando pelo MAIS e até mesmo o PSTU, que não denunciaram o teatro armado pelas senadoras da Frente Popular, inócuo do ponto de vista dos interesses dos trabalhadores. O revés de hoje dará mais fôlego para a burguesia aprofundar sua ofensiva contra os trabalhadores e organizar seu plano estratégico de manter Temer agonizando até costurar um acordo entre suas alas para através das eleições legitimar a ascensão ao Planalto de um “salvador da pátria”. De nossa parte defendemos a convocação de um Congresso Nacional dos trabalhadores para forjar um embrião de poder proletário por fora da institucionalidade burguesa e de seu circo eleitoral! Como Marxistas Revolucionários não patrocinamos ilusões eleitorais na Frente Popular e na candidatura Lula. Lutamos para a vanguarda romper com a política de colaboração de classes do PT e chamamos a construção de uma alternativa revolucionária ao conjunto do regime político burguês e suas apodrecidas instituições, combatendo vigorosamente o governo golpista de Temer, a direita reacionária e fascistoide mas sem capitular a política venal e covarde da Frente Popular, cujo objetivo é amortecer a luta de classes para um terreno que a burguesia domina: o circo eleitoral de 2018!