MARCELO FREIXO DE “BICO BEM CALADINHO” DIANTE DA INTERVENÇÃO
MILITAR NO RIO DE JANEIRO: PARA O PT E PSOL (AMBOS CAUDATÁRIOS DA MESMA
POLÍTICA DE COLABORAÇÃO DE CLASSES) O GOLPE SÓ SE APLICA QUANDO TRATA-SE DE
ELEIÇÕES E PARLAMENTO BURGUÊS...
Freixo é um fervoroso entusiasta da política das UPPs, iniciada
pelo governo de Sérgio "caveirão" integrado pelo PT carioca com o
pleno aval de Lula. Demagogia "socialista" do PSOL só pode convencer
muitos tolos ou carreiristas eleitoreiros de olhos voltados para o desempenho
de Freixo em cada disputa parlamentar. Este parece ser o caso do corso das tendências
revisionistas que habitam no interior do PSOL. Quando os confrontos diretos da
luta de classes extrapolam as fronteiras do parlamento do Estado capitalista,
Freixo, Lula e suas anturragens partidárias tradicionais sempre se postam no
campo da burguesia, como agora com mais esta intervenção militar contra os
pobres e negros da perferia e morros da "Cidade Maravilhosa". Segundo o governo Temer, as FFAA “vão ajudar na segurança do
RJ até 2018” (FSP, 22/7). Trata-se na verdade de uma nova investida reacionária
contra a população pobre e negra do Rio de Janeiro, rebelada em razão da
falência completa do Estado fluminense e agora com o aprofundamento da crise
econômica, como demonstram os aumentos dos combustíveis. O parceiros da Frente Popular faliram o
Estado do Rio de Janeiro, sendo que Pezão, filhote de Cabral (PMDB) sequer está pagando os salários dos servidores públicos. Os trabalhadores precisam enfrentar essa ofensiva reacionária rompendo
a paralisia imposta pelas direções reformistas e frente populista (PT, PCdoB e
do PSOL). Essa política de conciliação de classes tem levado o movimento
popular a um beco sem saída, com a liquidação de conquistas e direitos. Nesse marco os
revolucionários tem a obrigação de denunciar o papel de Marcelo Freixo,
defensor das ultra-reacionárias UPPs e
da “Operação Lava Jato”. Mesmo nesta espiral de violência da repressão estatal
contra o proletariado, o PSOL defende que a polícia deva ser “mais eficiente e
transparente”. Freixo reclama que as UPPs não chegam à totalidade dos morros
cariocas para “combater as milícias”. Lembremos também que Freixo defende o enclave
sionista. Não se trata de um debate meramente "teórico" internacional
sobre o caráter de Israel, Freixo compartilha da implantação das UPP's nos
morros e comunidades cariocas que contam com treinamento e tecnologia dos
sionistas "pioneiros" na manutenção dos grandes guetos urbanos, como
a atual Faixa de Gaza na Palestina ocupada.
A classe trabalhadora e o povo pobre não pode continuar indefeso contra
a violência organizada do Estado capitalista e seus bandos mafiosos. Precisa
organizar comitês de autodefesa pela expulsão do aparato repressivo das
favelas, pela destruição das polícias e contra a intervenção das FFAA no Rio de
Janeiro, como parte de um programa revolucionário que, através da unidade com
os trabalhadores da cidade e do campo, exproprie a burguesia para que sobre os
escombros desse Estado burguês corrupto e assassino se construa um poder de novo
tipo, capaz de erguer um modo de produção social que garanta condições dignas
de vida para o conjunto dos que trabalham e não que sirva para acumular capital
a fim de engordar os bolsos de um punhado de parasitas mafiosos civis e
militares! Nos últimos anos não faltaram as vozes na “esquerda”
reformista em defesa da greve dos policiais, os arautos do “tradeunismo” vulgar
dizem que são “trabalhadores fardados” e nesta condição vítimas da exploração e
arrocho salarial como os outros servidores públicos. Os policiais, como uma
categoria social, realmente são assalariados (e na sua grande maioria de origem
proletária) e nisto se resume seu único “denominador comum” com os
trabalhadores. Como um destacamento de “serviços especiais” do Estado burguês,
os policiais não fazem parte da classe trabalhadora, como demonstrou o próprio
Lenin, em seu excepcional artigo sobre os serviços de “inteligência” do regime
tsarista. A polícia cumprindo a função social de um destacamento armado para
preservar a propriedade privada dos meios de produção, jamais poderia ser
considerada parte integrante da classe trabalhadora, pelo menos para os que têm
referência no marxismo. Somente revisionistas mais decompostos podem acreditar
que a função da polícia em uma sociedade de classes é cuidar da “segurança
pública”, de todos os cidadãos independente de sua posição na cadeia produtiva.
A verdadeira “proteção” da polícia é dada apenas à burguesia nos momentos em
que se sente “ameaçada” de seus lucros pelas lutas do proletariado. Para
Trotsky, “inclusive as frações mais avançadas (do exército) não passarão aberta
e ativamente para o lado do proletariado até que vejam com seus próprios olhos
que os operários querem lutar e são capazes de vencer (“Aonde vai a França?”).
Ou seja, a unidade do proletariado mesmo com os setores mais avançados do
exército só se dará em situações pré-revolucionárias. No caso específico do Exército, defendemos um programa de
reivindicações transitórias destinadas aos soldados e cabos, a fim de que
rompam com a hierarquia militar subordinando-se a uma clara estratégia de
destruição revolucionária do aparato repressivo do Estado burguês (difusão de
imprensa política nos quartéis, direito a sindicalização, formação de
sindicatos vermelhos, etc.). No curso dessa propaganda comunista, diferente do PT e do PSOL que só denunciam o "golpe" quando trata-se de eleições e das disputas no parlamento burguês, os Marxistas Revelucionários da LBI defendem em alto e bom som: “Abaixo a
intervenção militar no Rio de Janeiro, fora as tropas do Exército das ruas!”.