LANÇADA NOVA BROCHURA DA EDITORA PUBLICAÇÕES LBI: “UM PROGNÓSTICO MARXISTA 100%
CONFIRMADO... MAIS: COMPLETANDO UM ANO DE INTEGRAÇÃO REVISIONISTA AO PSOL E A
SOCIALDEMOCRACIA DE ‘ESQUERDA’”
Há exatamente um ano, a LBI elaborou um “diagnóstico”
Marxista analisando a ruptura do grupo de Valério Arcary com o PSTU. Naquele
momento, pontuávamos que por trás de críticas aparentemente justas a linha
direitista do PSTU, como seu apoio ao impeachment de Dilma, estava se gestando
um racha que em breve romperia com a LIT rumo a integração revisionista ao PSOL
e a socialdemocracia de “esquerda”. Hoje podemos afirmar que nosso prognóstico
marxista foi 100% confirmado. Tanto no terreno programático, como na arena
política e mesmo eleitoral, o MAIS passou a ser uma espécie de tendência
externa do PSOL, chegando mesmo a apoiar figuras burguesas como Luiza Erundina,
ex-prefeita de São Paulo e repressora de greves. A base dessa “evolução” é a
própria ruptura com a concepção de partido Leninista (já deformada pelo
Morenismo) em nome de uma adesão reformista a chamada “nova esquerda”
adversária visceral da Ditadura do Proletariado e do Centralismo Democrático.
Os “alegres” que inicialmente lançaram um manifesto defendendo a “Frente de
Esquerda” ameaçada pela direção majoritária do PSTU logo passaram de malas e
bagagens para a posição de satélites da Frente Popular em nome do combate ao
“sectarismo”. Nesse sentido, selaram posteriormente uma “fusão” com o NOS, grupo
que agrupa descontentes do PSTU já filiados ao PSOL e que aderiram a defesa de
“um partido amplo e democrático de esquerda”. Essa simbiose recheada de todos
esses velhos bordões soaram como boa música nos ouvidos da militância
pequeno-burguesa que prima pela diplomacia reformista. Essa surrada cantilena
não passa de um enredo cujo eixo é demonstrar para uma militância “quebrada” a
“tese” do fim do “sectarismo” inerente as correntes “ortodoxas”, obviamente sob
o ângulo da intelectualidade acadêmica da “pós-modernidade”, deformada com uma
“ética” pequeno-burguesa, amplamente hegemônica no interior do PSOL. De um ano
para cá, o MAIS se consolidou como escoadouro de toda militância “radical” que
não deseja ser taxada de Leninista e mesmo Morenista. Agora, no seu I Congresso
vai formalizar as bases dessa adesão programática e avançar politicamente para
integra-se ao PSOL, seja filiando seus futuros candidatos em 2018, seja
entrando em bloco na legenda controlada por Ivan Valente, Freixo e Chico
Alencar, que por todo o país busca uma aproximação com a Rede de Marina Silva
para buscar ser uma “alternativa” eleitoral ao PT. Como Marxistas
Revolucionários desde o surgimento do MAIS assinalamos que esse agrupamento
influenciaria todo um setor (MRT, EM) que supostamente estão a “esquerda” do
PSOL mas buscam sob o guarda-chuva dessa legenda desfrutar alguns dos
benefícios eleitorais da democracia dos ricos. Não por acaso, ambos
agrupamentos saudaram o manifesto de ruptura com o PSTU e buscaram uma
aproximação com o grupo de Valério e Waldo embelezando seus aspectos mais
retrógrados, como por exemplo o ataque ao tipo de militância bolchevique
ironizada como "militontos". Agora que o MAIS aderiu aos aspectos
políticos mais direitistas do PSOL, como a defesa das “Diretas já” para a
legitimação do regime, estes agrupamentos (MRT etc...) se queixam do adesismo a
política socialdemocrata da direção oficial do PSOL. Na verdade, o MAIS apenas
está sendo totalmente consequente na política destes mesmos grupos que vem
aderindo a conta gotas ao regime democratizante com a defesa da Constituinte,
buscando uma saída nos estreitos marcos das instituições da república burguesa.
Lançamos esta brochura com uma coletânea de artigos para marcar publicamente
nossa delimitação com o MAIS e acima de tudo defender contra esses filisteus
reformistas a necessidade de construção de um autêntico do Partido
Revolucionário e Internacionalista, tarefa obviamente que nem o PSTU nem a ala
“esquerda” do PSOL podem levar a cabo.
Os Editores
ÍNDICE
Apresentação
1 - Racha no PSTU ou a saída antecipada da “comissão de
frente” para aguardar o restante do bloco no interior do PSOL? O aviso da “ruptura amistosa” é claro: se não
nos seguirem vão acabar como uma suicida “seita esquerdista”!
2 - Nasce uma nova corrente na esquerda: "Mais" ou
menos trotskista...
3 - Descobrimos tardiamente que a dupla Valério e Waldo,
cânones do "Mais", apoiaram o sionismo e o estado de Israel na guerra
contra a Síria (Yom Kippur/73) porque Hafez Assad era um “ditador sangrento”...
4 - Mais e Nos anunciam tentativa de fusão: agrupando o que
já está unificado no reformismo do PSOL
5 - Resposta a Henrique “Canário”: O dirigente do “Mais”
canta o que agrada aos ouvidos dos militantes da esquerda pequeno-burguesa
6 - Grupo “Mais” integra frente ampla por “Diretas já” para
“restabelecer legitimidade ao sistema político”: a dupla Valério e Waldo se
enterra cada vez mais na tarefa de socorrer o regime em bancarrota atuando como
tendência “externa” do socialdemocrata PSOL