quarta-feira, 26 de julho de 2017

LANÇADA NOVA BROCHURA DA EDITORA PUBLICAÇÕES LBI: “UM PROGNÓSTICO MARXISTA 100% CONFIRMADO... MAIS: COMPLETANDO UM ANO DE INTEGRAÇÃO REVISIONISTA AO PSOL E A SOCIALDEMOCRACIA DE ‘ESQUERDA’”



APRESENTAÇÃO

Há exatamente um ano, a LBI elaborou um “diagnóstico” Marxista analisando a ruptura do grupo de Valério Arcary com o PSTU. Naquele momento, pontuávamos que por trás de críticas aparentemente justas a linha direitista do PSTU, como seu apoio ao impeachment de Dilma, estava se gestando um racha que em breve romperia com a LIT rumo a integração revisionista ao PSOL e a socialdemocracia de “esquerda”. Hoje podemos afirmar que nosso prognóstico marxista foi 100% confirmado. Tanto no terreno programático, como na arena política e mesmo eleitoral, o MAIS passou a ser uma espécie de tendência externa do PSOL, chegando mesmo a apoiar figuras burguesas como Luiza Erundina, ex-prefeita de São Paulo e repressora de greves. A base dessa “evolução” é a própria ruptura com a concepção de partido Leninista (já deformada pelo Morenismo) em nome de uma adesão reformista a chamada “nova esquerda” adversária visceral da Ditadura do Proletariado e do Centralismo Democrático. Os “alegres” que inicialmente lançaram um manifesto defendendo a “Frente de Esquerda” ameaçada pela direção majoritária do PSTU logo passaram de malas e bagagens para a posição de satélites da Frente Popular em nome do combate ao “sectarismo”. Nesse sentido, selaram posteriormente uma “fusão” com o NOS, grupo que agrupa descontentes do PSTU já filiados ao PSOL e que aderiram a defesa de “um partido amplo e democrático de esquerda”. Essa simbiose recheada de todos esses velhos bordões soaram como boa música nos ouvidos da militância pequeno-burguesa que prima pela diplomacia reformista. Essa surrada cantilena não passa de um enredo cujo eixo é demonstrar para uma militância “quebrada” a “tese” do fim do “sectarismo” inerente as correntes “ortodoxas”, obviamente sob o ângulo da intelectualidade acadêmica da “pós-modernidade”, deformada com uma “ética” pequeno-burguesa, amplamente hegemônica no interior do PSOL. De um ano para cá, o MAIS se consolidou como escoadouro de toda militância “radical” que não deseja ser taxada de Leninista e mesmo Morenista. Agora, no seu I Congresso vai formalizar as bases dessa adesão programática e avançar politicamente para integra-se ao PSOL, seja filiando seus futuros candidatos em 2018, seja entrando em bloco na legenda controlada por Ivan Valente, Freixo e Chico Alencar, que por todo o país busca uma aproximação com a Rede de Marina Silva para buscar ser uma “alternativa” eleitoral ao PT. Como Marxistas Revolucionários desde o surgimento do MAIS assinalamos que esse agrupamento influenciaria todo um setor (MRT, EM) que supostamente estão a “esquerda” do PSOL mas buscam sob o guarda-chuva dessa legenda desfrutar alguns dos benefícios eleitorais da democracia dos ricos. Não por acaso, ambos agrupamentos saudaram o manifesto de ruptura com o PSTU e buscaram uma aproximação com o grupo de Valério e Waldo embelezando seus aspectos mais retrógrados, como por exemplo o ataque ao tipo de militância bolchevique ironizada como "militontos". Agora que o MAIS aderiu aos aspectos políticos mais direitistas do PSOL, como a defesa das “Diretas já” para a legitimação do regime, estes agrupamentos (MRT etc...) se queixam do adesismo a política socialdemocrata da direção oficial do PSOL. Na verdade, o MAIS apenas está sendo totalmente consequente na política destes mesmos grupos que vem aderindo a conta gotas ao regime democratizante com a defesa da Constituinte, buscando uma saída nos estreitos marcos das instituições da república burguesa. Lançamos esta brochura com uma coletânea de artigos para marcar publicamente nossa delimitação com o MAIS e acima de tudo defender contra esses filisteus reformistas a necessidade de construção de um autêntico do Partido Revolucionário e Internacionalista, tarefa obviamente que nem o PSTU nem a ala “esquerda” do PSOL podem levar a cabo.

Os Editores
Julho 2017



ÍNDICE

Apresentação

1 - Racha no PSTU ou a saída antecipada da “comissão de frente” para aguardar o restante do bloco no interior do PSOL?  O aviso da “ruptura amistosa” é claro: se não nos seguirem vão acabar como uma suicida “seita esquerdista”!

2 - Nasce uma nova corrente na esquerda: "Mais" ou menos trotskista...

3 - Descobrimos tardiamente que a dupla Valério e Waldo, cânones do "Mais", apoiaram o sionismo e o estado de Israel na guerra contra a Síria (Yom Kippur/73) porque Hafez Assad era um “ditador sangrento”...

4 - Mais e Nos anunciam tentativa de fusão: agrupando o que já está unificado no reformismo do PSOL

5 - Resposta a Henrique “Canário”: O dirigente do “Mais” canta o que agrada aos ouvidos dos militantes da esquerda pequeno-burguesa

6 - Grupo “Mais” integra frente ampla por “Diretas já” para “restabelecer legitimidade ao sistema político”: a dupla Valério e Waldo se enterra cada vez mais na tarefa de socorrer o regime em bancarrota atuando como tendência “externa” do socialdemocrata PSOL