quinta-feira, 13 de julho de 2017

MORENISTAS DO PSTU E CST VOLTAM A DEFENDER A PRISÃO DE LULA: OS “MORONISTAS DE ESQUERDA” TRANSFORMARAM-SE EM UM BRAÇO DA REAÇÃO BURGUESA AO DEFENDEREM A OPERAÇÃO LAVA JATO PARA MORALIZAR O REGIME BURGUÊS


A direção nacional do PSTU acaba de publicar o artigo “Por que Lula chegou a essa situação” (13/07/2017) em que defende, ainda de forma envergonhada, a prisão de Lula pelo juiz Moro. O texto afirma “Defendemos a prisão e o confisco dos bens de TODOS os corruptos e corruptores. E somos contra abafar as investigações contra quem quer que seja. Em certa medida, não alegra ninguém que o maior expoente que a classe trabalhadora brasileira construiu na sua história, acabe sendo condenado por corrupção por ter passado para o lado da burguesia. Mas, ao mesmo tempo, o desfecho dessa tragédia e dessa farsa que o PT construiu não surpreende. Demonstra que o PT e Lula já não têm condições de representar a classe trabalhadora, pois escolheram outros amigos e outro caminho”. O PSTU tenta cinicamente justificar sua posição apoiando-se no conceito de que “todos são corruptos, logo todos devem ser presos” pelos organismos repressores do Estado capitalista. Para os Marxistas Revolucionários não se trata de adotar os conceitos típicos da pequena-burguesia moralista, a mesma que é base para os protestos da direita contra o PT que desembocou no Golpe Institucional contra Dilma, mas compreender que a justiça no Estado capitalista tem um caráter de classe. Justamente por esse “detalhe” desprezado pelo PSTU é que somente o PT está sendo de fato alvo da Operação Lava Jato, seus dirigentes históricos vêm sendo presos e Lula deve ir para a prisão em breve, enquanto os ratos da política burguesa como FHC, Temer, Aécio e Renan continuam livres. A denúncia do MPF foi claramente um show midiático reacionário para atacar inicialmente Lula e o PT para na sequência perseguir toda a esquerda, inclusive os setores revolucionários que nunca apoiaram ou integraram os governos da Frente Popular. Esses fatos demostram que está em curso um processo de recrudescimento repressivo do regime político que tem como alvo não só o PT, mas o conjunto da esquerda e os movimentos sociais. O objetivo estratégico desta operação é cercear as parcas liberdades democráticas e criar um ambiente político propício para alinhar servilmente o Palácio do Planalto às ordens do imperialismo ianque e da Casa Branca na rapinagem da economia nacional. O descaramento oportunista do PSTU é ainda mais vergonhoso porque tem "duas caras", enquanto defende a Lava Jato para "ficar de bem" com a opinião pública da classe média "ética", no campo político dos movimentos sociais continua chamando de "companheiros de luta" os dirigentes do PT e da CUT para não "ficar mal" com o ativismo que segue a enorme influência da Frente Popular.


O PSTU ainda afirma no artigo, defendendo a Lava Jato que “Também é de grande hipocrisia falar em ‘Estado de Exceção’ devido às prisões de meia dúzia de políticos e empresários... Quer dizer: sob o PT tínhamos ‘Estado de Direito’ porque só os pobres eram presos sem julgamento (Rafael Braga que o diga!) e agora temos ‘Estado de Exceção’ por causa da Lava Jato?  Tenham a santa paciência!” (Idem). Ao contrário do que afirmam os “Moronistas” a Lava Jato e seus “jovens fascistas” propõem um regime de exceção, apoiado nos setores mais reacionários da classe média. Sua “Força Tarefa” está a serviço de colocar ainda mais a economia nacional sob o domínio das empresas imperialistas, tendo como meta liquidar a Petrobras! A Lava Jato visa abrir caminho para o neoBonapartismo no Brasil, apoiado em um estado policial, baseado na privilegiada casta jurídica e militar! O Procurador Deltan Dallagnol, o “quadro” formulador da Força Tarefa da direita pró-imperialista, já explanou cristalinamente que a “República de Curitiba” pretendia não só remover o governo petista como também alterar profundamente o regime político vigente. Para esta “tarefa divina” não descartam depurar institucionalmente o PMDB e PSDB, na medida em que a conjuntura permitir, ou seja, caso o governo Temer “engasgue” na aplicação das reformas neoliberais exigidas pelo mercado financeiro, o Tea Party tupiniquin estaria a postos para assumir as rédeas do regime político, reconfigurando radicalmente a Constituição “democrática” de 1988. A plataforma da Lava Jato “10 medidas contra a corrupção” (escandalosamente apoiada por PSOL e PSTU) já é um esboço reacionário do programa do novo regime que defendem para o país! Longe de apoiar a Lava Jato e seus jovens procuradores fascistas os Marxistas Revolucionários denunciam que a corrupção não é um fenômeno episódico no regime capitalista, faz parte dos seus próprios mecanismos de acumulação privada de mais-valor. Somente a imposição de outra ditadura de classe, desta vez de caráter proletário, será capaz de iniciar a construção de uma nova sociedade e para alcançar esse objetivo estratégico é preciso edificar um partido operário revolucionário em nosso país, que supere o PT através do avanço da consciência de classe dos trabalhadores e não colocando seus dirigentes na cadeia (por mais degenerados que sejam), como defendem Moro, Deltan Dallagnol e escandalosamente o... PSTU e a CST!!!
Diante desta investida de caráter autoritário e repressora é escandaloso que o PSTU defenda a prisão de Lula e ainda critique os que denunciam essa farsa jurídica montada com o auxílio da Rede Globo. Segundo o PSTU “Ninguém, evidentemente, pode defender autoritarismo, prisão sem provas ou qualquer limitação ao direito de defesa ou às liberdades democráticas, tampouco não saber que a justiça burguesa é injusta. Não se trata disso. Mas, a situação atual do Lula não é produto de uma perseguição política à classe trabalhadora. É uma disputa entre dois campos burgueses, dentro da democracia burguesa, em crise” (Idbem). Não queremos "tapar o sol com a peneira" e a verdade é que Lula estabeleceu várias relações comerciais com grandes burgueses, seguindo a prática política de colaboração de classes instituída por ele mesmo no interior do Partido dos Trabalhadores. Este programa da Frente Popular também buscou o financiamento eleitoral do PT a partir de grandes grupos econômicos, que se sentiram contemplados com a plataforma de governo do partido. A vitória de Lula em 2002 em uma chapa de composição com um dos maiores empresários do país, José Alencar do PL, "coroou" esta estratégia "reformista" do PT que se avolumou até hoje. No início do primeiro mandato de Lula parecia que reinava a confiança de que a aliança com a burguesia e os barões da mídia corporativa nunca seria desfeita. A Rede Globo chegou a ser tratada como uma das TV's que dariam suporte ao governo Lula, é lógico que para os Marinhos não faltou uma generosa linha de crédito aberta pelo BNDES e uma gigantesca verba estatal de publicidade. Porém veio o escândalo do "Mensalão" e a lealdade dos Marinho não pareceu tão firme assim... Mas Lula foi preservado para a reeleição de 2006 e uma nova depuração política ocorreu no PT, só que desta vez comandada pela mão dos "parceiros" da burguesia que exigiram a cabeça de Dirceu, Genoino, Gushiken, Delúbio e outros dirigentes processados e posteriormente condenados na ação penal 470 do STF. Agora chegou a vez do próprio Lula

Ao contrário dos “Moronistas” do PSTU e CST, a LBI chama a combater o embuste da Operação “Lava Jato” assim como denunciou o julgamento farsa do “Mensalão”. Esta tarefa neste momento significa unificar na mesma pauta programática a luta contra a ofensiva neoliberal que pretende subtrair nossos direitos sociais e políticos, combate que deve ser combinada com a defesa incondicional de todos os militantes políticos da esquerda que se postam no campo nacional, democrático e popular. A vanguarda classista deve abstrair todas as lições programáticas destes episódios e jamais empunhar a bandeira da “ética e moralidade pública” como faz o PSOL, PSTU, MAIS.... Como afirmou Lenin, o Estado burguês não pode ser “democratizado” ou tornar-se “público”, deve ser demolido pela ação violenta e revolucionária da classe operária. A corrupção não é um fenômeno episódico no regime capitalista, faz parte dos seus próprios mecanismos de acumulação privada de mais-valor. Somente a imposição de outra ditadura de classe, desta vez de caráter proletário, será capaz de iniciar a construção de uma nova sociedade e para alcançar esse objetivo estratégico é preciso edificar um partido operário revolucionário em nosso país, que supere o PT e não seja sua reedição piorada como o PSOL!