segunda-feira, 30 de abril de 2018
ENCONTRO ESTADUAL DOS BANCÁRIOS/CE: PSTU REVELA NA PRÁTICA A FARSA DE SUA POLÍTICA COSMÉTICA DE “REBELIÃO” COMPONDO PELA PORTA DOS FUNDOS O CHAPÃO REFORMISTA DO PT&MAIS “LULA LIVRE!”
O fato ocorreu, dia 28 de abril, no Encontro de Bancários/CE
para eleger delegados aos fóruns viciados da Contraf-CUT que iniciam a campanha
salarial nacional dos bancários. O caráter artificial e burocrático do evento
sindical já não é novidade, mas o pouco debate sobre polarização no país e a
ofensiva da direita contra os movimentos sociais e o PT serviu para mensurar e
revelar o grau de degeneração e oportunismo político da oposição de esquerda,
particularmente do PSTU que, diante de uma plateia indignada contra a prisão de
Lula, foi incapaz de defender sua política reacionária de exigir a “prisão de
todos os corruptos” e de considerar Dirceu e Lula, por exemplo, como simples
políticos burgueses presos e não presos políticos do golpe parlamentar que instaurou
um regime de exceção no país.
HÁ UM ANO DA MORTE DE BELCHIOR: VÍTIMA DA FÚRIA ASSASSINA DO
MERCADO DO LIXO CULTURAL
Em homenagem ao grande músico e poeta Antônio Carlos
Belchior, falecido em 30 de abril, há exatamente um ano, reproduzimos um artigo do
Blog da LBI elaborado em 2012, onde já denunciávamos a verdadeira
"caçada" midiática sofrida em função de sua opção ao se afastar
voluntariamente do mercado espetáculo do lixo cultural atualmente vigente em
nosso país, e em particular no estado do Ceará com a invasão das bandas de um
pseudo "forró" chamado de eletrônico.
BELCHIOR: AGORA A BOA MÚSICA BRASILEIRA É TRATADA COMO CASO
DE POLÍCIA
(BLOG da LBI, 22 DE NOVEMBRO DE 2012)
Era feito aquela gente honesta, boa e comovida/Que caminha
para a morte pensando em vencer na vida/Era feito aquela gente honesta, boa e
comovida/Que tem no fim da tarde a sensação/Da missão cumprida/Acreditava em
Deus e em outras coisas invisíveis/Dizia sempre sim aos seus senhores
infalíveis/Pois é; tendo dinheiro não há coisas impossíveis (“Pequeno perfil de
um cidadão comum”). Desde domingo, 18/11, a mídia murdochiana vem promovendo
uma série de ataques a um dos maiores ícones da autêntica música popular
brasileira, o cantor Belchior, que beiram ao histerismo. Como veremos, este
tratamento não é um fato isolado ou que esteja colocado apenas para pautar
jornalecos ou programas sensacionalistas como a revista domingueira
“Fantástico”. A emissora dos Marinhos, em reportagem especial de vários
minutos, afirma que Belchior desapareceu de um hotel no Uruguai sem pagar a
dívida de hospedagem e responde por diversas outras cobranças no Brasil. Mais
uma vez, a mídia transforma em “espetáculo” um drama pessoal, obviamente não no
sentido de buscar uma solução, mas sim para raivosamente incriminar e condenar
a priori os envolvidos. Mas por que esta perseguição, que remonta desde 2009
pela também Rede Globo que afirmava na época Belchior teria desaparecido
quando, na verdade, estava na ativa preparando disco e shows? Belchior foi um
dos primeiros cantores nordestinos a fazer sucesso em todo o Brasil em meados
dos anos 70, quando participava de um grupo de jovens compositores e músicos
cearenses, ao lado de Fagner, Ednardo, Fausto Nilo, Rodger Rogério, Teti,
Cirino e outros, conhecidos nacionalmente como o “Pessoal do Ceará” que, fruto
desta parceria, compuseram o disco “Massafeira” em 1980. Nesta época
consolidou-se não apenas como um cantor, mas cresceu sobre uma proposta
(contra)cultural de crítica ao modo de vida imposto pelo regime militar
pós-golpe de 1964, lançando canções ácidas e engajadas ao mesmo tempo sensuais
do quilate de “Velha roupa colorida”, “Como nossos pais” (que sensibilizaram
inclusive Elis Regina!), “Apenas um rapaz latino-americano”, “Divina comédia
humana” e a genialíssima crônica da vida “Pequeno perfil de um cidadão comum”.
Por isto mesmo o establishment burguês trata de colocar, em tempos de reação
ideológica, na marginalidade este menestrel de tão lírica e coerente obra.
domingo, 29 de abril de 2018
PT, PSTU E GRUPO “MAIS” (PSOL) CONVERGEM NA MESMA POSIÇÃO
DIANTE DO ATAQUE FASCISTA AO ACAMPAMENTO “LULA LIVRE”: “GOVERNOS, SECRETARIAS
DE ESTADO E POLÍCIAS GARANTAM A SEGURANÇA DO NOSSO MOVIMENTO!”
Diante do ataque das hordas fascistas ao acampamento “Lula
Livre” a reação do PT, PSTU e do grupo “MAIS” (PSOL) foi exatamente a mesma:
exigir que os governos federal (Temer) e estatual (PSDB-PP), a Secretaria de
Segurança do Paraná e as Polícias (PF, PM e Civil) garantissem a integridade
física dos membros do acampamento! Dr. Rosinha, presidente do PT-PR, ex-parlamentar
ligado a DS, declarou após reunir com representantes do governo Tucano/PP que foi
garantida “segurança presente no dia a dia do acampamento” com a presença da PM,
viaturas e soldados! Afirmou que há “coincidência de visão entre o PT e os
representantes do governo para que haja uma segurança permanente, investigação
rápida e segurança para o 1º de Maio”, acrescentando que a Policia Civil e a PM
“são parceiras do PT” e tem experiência em “prática de fazer a cobertura e a prevenção
de qualquer problema em grandes eventos”. Estamos falando da PM a serviço de
uma gestão neoliberal que há exatamente três anos massacrou os professores a mando
do governo tucano e reprime violentamente as greves e ocupações do MST. Confiar
a segurança do movimento de massas à polícia do estado do Paraná que está subordinada a
um governo abertamente inimigo declarado da esquerda é um completo suicídio
político! O Paraná é o estado da federação onde se localiza o ninho do Golpe de
Estado, a sede da “Operação Lava Jato” e onde atua livremente o Juiz Moro, sequer respeitando as mais elementares garantias constitucionais da ordem legal burguesa! Por sua vez,
o PSTU, que é a favor da prisão do Lula neste caso teve uma posição totalmente convergente
com o PT. Em nota, Zé Maria declarou “Repudiamos o ataque covarde
que foi dirigido contra a acampamento e reafirmamos nossa opinião de que a
violência como substituição à luta de ideias é inaceitável. Nos solidarizamos
com os companheiros frente ao ataque que sofreram e nos somamos à exigência de
que as autoridades investiguem e punam os responsáveis pelo ocorrido”. O PSTU
mais uma vez defende que as “autoridades”, ou seja, o Estado Burguês, sua
justiça e sua polícia haja exemplarmente, punam os fascistas, acreditando piamente na “imparcialidade”
dos órgãos de repressão da burguesia e de seu aparato judiciário. Afinal de
contas segundo os Morenistas, a “violência como substituição à luta de ideias é
inaceitável” em uma condenação prévia do uso da violência revolucionária contra
as hordas fascistas, em completa ruptura com o ABC do Leninismo! Por fim o
grupo “MAIS” do PSOL somou-se a mesma cantilena reformista. Carlos Zacarias, dirigente do
MAIS afirmou nas redes sociais “Houve um atentado contra o acampamento
Lula-Marisa Letícia, duas pessoas foram baleadas e uma está gravemente ferida.
Isso é grave, a imprensa tem a obrigação de cobrir e a Polícia deve não apenas
apurar o acontecido, como proteger os acampados”. Como se observa o grupo “MAIS”
é o mais embriago na ilusão de que a Polícia garanta a vida dos militantes do
acampamento, a mesma PM que persegue diariamente esses mesmos companheiros
agora iria garantir sua “segurança”! Nem PT, nem PSTU e muito menos o MAIS
defenderam como eixo central do movimento de massas a responder vigorosamente as hordas fascistas que atacaram o acampamento
com a organização imediata dos comitês populares de autodefesa. Todos em
uníssono colocaram nas mãos do Estado burguês o papel de “garantir segurança, apurar os fatos,
punir os culpados e proteger os militantes”. Patrocinar essa ilusão é o
completo suicídio político. Que o PT completamente integrado ao regime político
tenha essa conduta não há nenhuma surpresa, porém que o PSTU e o grupo MAIS, que
se dizem revolucionários e até Trotskystas, convirjam nesta mesma posição é um
escândalo, demonstra a profunda integração do Morenismo e de sua recente ruptura
na democracia burguesa! Nesse momento não se pode confiar nos governos
burgueses (ainda mais abertamente neoliberais e golpistas), na sua justiça e na polícia para "garantir nossa segurança". Deve-se ter como eixo principal público o
chamado a derrotar a reação burguesa com a ação revolucionária e direta dos
trabalhadores. As hordas fascistas não distinguem as profundas diferenças
políticas no campo da esquerda, para as forças da reação tudo que represente no
passado ou no presente o combate histórico pelo socialismo deve ser eliminado e
destruído. Nesta perigosa escalada nacional da direita, nos chama atenção a
resposta que setores majoritários da esquerda (PT, PSOL, PCdoB, PSTU) pretendem
dar a esta ofensiva da reação: clamam exclusivamente por uma ação institucional
da Polícia Federal, PM ou do próprio Ministério Público. Nada contra acionar secundarimante
o Estado Burguês contra os delinquentes da direita, a questão é que por esta
via a resposta do movimento de massas será praticamente nula! Diante das ações
das turbas fascistas e da “inoperância” estatal em detê-las o movimento social
não pode ficar atado na espera do “socorro da burguesia”, que a “PM aja com
rigor”. É necessário debater com o movimento de massas a tarefa de organizar de
conjunto nossas milícias de autodefesa, independente dos matizes políticos que
nos separam, como nos ensinou historicamente Trotsky: “Conclamar a organização
da milícia é uma ‘provocação’, dizem alguns adversários certamente pouco sérios
e pouco honestos. Isto não é um argumento, mas um insulto. Se a necessidade de
defender as organizações operárias surge de toda a situação, como é possível
não se conclamar a criação de milícias? É possível nos dizer que a criação de
milícias ‘provoca’ os ataques dos fascistas e a repressão do governo? Neste
caso, trata-se de um argumento absolutamente reacionário. O liberalismo sempre
disse aos operários que eles 'provocam' a reação, com sua luta de classes.”
(Aonde vai a França, LT). No campo, nas periferias e nos centros urbanos a
organização dos círculos de autodefesa deve estar colada à ação direta nos
sindicatos e associações, sempre na perspectiva da luta concreta por melhores
condições de vida e salário. Não devemos encarar a formação das milícias de
autodefesa como uma tarefa “militarista”, separada de nossas reivindicações
pontuais e históricas. Nossas lutas deverão enfrentar uma etapa bastante
delicada nesta correlação de forças, onde teremos que enfrentar o duro ajuste
neoliberal e na mesma proporção a “onda” fascistizante que deve se avolumar na
medida do agravamento da própria crise econômica. Estabelecer uma enérgica
resposta política dos oprimidos a cada ataque direitista contra nossos
companheiros e lutas, perpassa pela organização de nossas milícias de
autodefesa, sabemos muito bem que com o fascismo que ameaça nossas liberdades
democráticas “Não se dialoga, se combate de armas na mão, se preciso for!”. Por
esta razão reforçamos nosso chamado ao conjunto das organizações políticas e
sindicais da esquerda para que debatam em suas bases e organizem o mais rápido
possível as milícias de autodefesa de cada organização de esquerda, porque a
sanha facínora da direita já mostrou que está muito bem preparada. Ao contrário
dessa tarefa elementar, PT, PSTU e o grupo MAIS (PSOL) exigem apenas do próprio Estado
burguês “investigação e punição exemplar para os culpados”, tem a mesma
política diante dos ataques das milícias fascista à esquerda: colocar
unicamente nas mãos da justiça burguesa e dos órgãos de repressão do Estado
capitalista a “investigação e punição dos culpados”, uma verdadeira piada
tragicômica, um pedido de socorro para a PF e PM! Apesar das diferenças entre
PT, PSTU e MAIS esses não podem admitir a violência revolucionária de uma
classe para subjugar a outra e muito menos reconhecer o Estado como um comitê
gestor dos negócios da classe dominante. Para os Marxistas Leninistas a ampla
repercussão diante do atentado fascista ao acampamento “Lula Livre”, fatos que
geraram repúdio do movimento de massas, deveria ser convertida em um chamado a
ruptura com a própria institucionalidade burguesa que pretende eliminar
política e fisicamente as principais referências da esquerda, sejam reformistas
ou revolucionárias. A organização de comitês populares de autodefesa é o
primeiro passo desta importante tarefa. Por sua vez, o estabelecimento de uma
Frente Única de Ação Antifascista contra direita neoliberal e fascista não está
a serviço de defender a Frente Popular e a democracia burguesa, mas para
derrotar a ofensiva da reação contra as limitadas liberdades democráticas
existentes em nosso país e as conquistas sociais arrancadas com muita luta pelo
proletariado, além de denunciar a política neoliberal do PT em seus mais de treze
anos de gerência do Estado capitalista. Por isso declaramos: nenhuma ilusão nas
instituições do regime político, no parlamento e no judiciário, lutemos por
construir uma alternativa de poder operário e popular baseado na democracia
operária dos trabalhadores em luta contra a direita reacionária e a Frente
Popular!
sábado, 28 de abril de 2018
ATAQUE AO ACAMPAMENTO "LULA LIVRE" EM CURITIBA:
RESPONDER VIGOROSAMENTE AS HORDAS FASCISTAS COM A ORGANIZAÇÃO IMEDIATA DOS
COMITÊS POPULARES DE AUTO-DEFESA. ARMAR O PROLETARIADO BÉLICA E
PROGRAMATICAMENTE É A ÚNICA VIA REVOLUCIONÁRIA PARA DERROTAR O GOLPE DE ESTADO QUE
SE AVIZINHA!
O acampamento Marisa Letícia, localizado no bairro Santa
Cândida, em Curitiba, onde dormem integrantes da vigília "Lula Livre", foi
atacado a tiros por volta das quatro horas da madrugada do sábado 28. Duas
pessoas foram feridas, uma delas está hospitalizada em estado grave. Jeferson Lima de Menezes,
de São Paulo, foi prontamente encaminhado ao hospital com um tiro no pescoço. A
autoria do ataque a tiros foram das hordas fascistas que apoiam a "Operação Lava Jato". Segundo informações de pessoas que estavam no
acampamento havia movimentação de carros passando em frente ao local desde às
duas da madrugada, gritando palavras de ordem a Jair Bolsonaro e "morte aos comunistas". Após o ataque os integrantes do acampamento
realizaram uma manifestação em uma rua próxima para denunciar o atentado fascista e o
"estado de exceção que fere o direito de mobilização do grupo". A
vigília "Lula Livre" soltou uma nota de repúdio contra o atentado denunciando que a
"tentativa de homicídio" não intimidará os manifestantes. Para dar consequêcia a essa luta é preciso superar a política de colaboração de classes do PT de respeito a institucionalidade burguesa e submissão a "justiça". Desde a LBI
chamamos a responder vigorosamente as hordas fascistas com a organização
imediata dos comitês populares de auto-defesa. Armar o proletariado bélica e
programaticamente é a única via revolucionária para derrotar o golpe de estado
que se avizinha!
quinta-feira, 26 de abril de 2018
1º DE MAIO - BRASIL, VENEZUELA E SÍRIA: DERROTAR A OFENSIVA
REACIONÁRIA E NEOLIBERAL DO IMPERIALISMO! NÃO A POLÍTICA DE CONCILIAÇÃO DE
CLASSES DO REFORMISMO E DA SOCIALDEMOCRACIA! CONSTRUIR O PARTIDO DA REVOLUÇÃO
MUNDIAL!
Estamos atravessando em todo o planeta o incremento da
ofensiva reacionária e neoliberal do imperialismo. Esse processo de
recrudescimento vem avançando desde o fim da URSS e da queda
contrarrevolucionária do Muro de Berlim, quando houve um profundo retrocesso
político e ideológico na consciência dos trabalhadores. Em contrapartida, as
potências capitalistas jogaram os efeitos da crise econômica nas costas dos
explorados, recorrendo a novas guerras de rapina neocoloniais e ataques aos
direitos dos explorados. Uma prova disso é que há poucos dias Trump e Israel
bombardearam a Síria. No Brasil, Lula foi preso pelas mãos da “Operação Lava
Lato” e uma série de greves foram duramente reprimidas. Na Venezuela, a direita
fascista trama junto com a CIA um golpe de estado contra o governo Maduro. Como
Marxistas Revolucionários lutamos para que o proletariado mundial atue com seus
métodos e com total independência política em frente única com esses governos
nacionalistas, reformistas ou frente populistas para derrotar as investidas do
imperialismo. Na mesma trincheira das forças operárias, democráticas e
populares que apoiam essas direções burguesas contra o inimigo maior dos povos,
como nos ensinou Lênin, forjamos as condições pela construção entre as massas
de uma genuína direção comunista, operária e revolucionária, o Partido da
Revolução Mundial, a IV Internacional. Como Trotskystas e Internacionalistas
sabemos combater a Frente Popular sem nos tornarmos um braço auxiliar do
fascismo ou da direita. Nosso chefe revolucionário, Leon Trotsky, combateu o
Stalinismo e o Nacionalismo burguês sem capitular a reação burguesa, tanto na
URSS como no México, nos seus últimos dias de vida, legou-nos essa lição
fundamental que mantemos vivas nesse 1º de Maio, dia internacional de luta dos
trabalhadores! Desgraçadamente, muitas das correntes que se reivindicam
Trotskystas viram as constas para os ensinamentos de nosso mestre Bolchevique.
Estamos nos referindo diretamente ao PSTU, MAIS e MRT. Estes agrupamentos se
proclamam formalmente pela construção de uma alternativa revolucionária contra
a Frente Popular, o reformismo ou nacionalismo burguês mas tem uma conduta
errática, adotando no Brasil, Venezuela e Síria posições conflitivas ou mesmo
opostas, a exceção da LIT-PSTU, que em todos os casos em questão posta-se
vergonhosamente no campo do imperialismo e da reação burguesa.
quarta-feira, 25 de abril de 2018
COMO NO ATAQUE A SÍRIA, O GRUPO "MAIS" SEGUE A POSIÇÃO DA LIT/PSTU EM RELAÇÃO A NICARÁGUA ALINHANDO-SE "MAIS" UMA VEZ COM O IMPERIALISMO IANQUE
O grupo "MAIS" , agora uma tendência interna do
PSOL, parece que não consegue se desvencilhar completamente do passado
Morenista e apesar de ter realizado algumas rupturas programáticas com a
LIT (como parece ser a posição diante da destruição reacionária da antiga URSS e
sobre a famigerada operação "Lava Jato") ,em linhas gerais continua
seguindo as posições abertamente pró-imperialistas de sua antiga matriz. Como
pudemos ver sobre o recente ataque imperialista a nação soberana da Síria, o
MAIS reproduziu a escandalosa conduta política da LIT, recusando estabelecer a
defesa do regime Assad diante da covarde agressão da OTAN. (ver artigo da LBI).
Agora com a grave crise desatada na Nicarágua, tendo como pretexto uma
malfadada reforma da previdência social, editada pelo governo Sandinista nos
moldes impostos pelo FMI, o MAIS seguindo a pressão da "opinião
pública" pequeno burguesa e do sindicalismo mais rasteiro, resolve
"descobrir" tardiamente a completa degeneração da FSLN, e apoiar os "protestos
sociais" impulsionadas pela reação local (Federação Patronal) e o
Departamento de Estado dos EUA. O curioso na trajetória de oportunismo
metamórfico do MAIS, é que justamente no Brasil não apoiaram (mesmo que
retrospectivamente) as manifestações reacionárias contra o governo Dilma, que
tinham como um dos seus motes a oposição da reforma da previdência, implantada
parcialmente pelo ministro Levy. Ora todos os Marxistas sabemos que a profunda
degradação política dos Sandinistas teve como "inspiração" os
governos do PT, do qual foram diretamente aconselhados (inclusive com
assessoria econômica) em mais de uma década de gestão estatal. Se é plena
verdade que Daniel Ortega hoje não já não tem o menor traço do antigo
guerrilheiro socialista, podemos afirmar o mesmo do "sindicalista
combativo" Lula, ambas lideranças políticas corrompidas ideologicamente
pelo poder do capital financeiro em suas "gerências" do Estado
Burguês. Porém da mesma forma que a reação não poderia tolerar mais de uma
década de gestões da Frente Popular no Brasil, com sua política de
"compensação social" e conciliação de classes, bastou eclodir com
força a crise econômica para que o imperialismo "pautasse" a
derrocada do governo petista, impulsionando as "Jornadas de Junho" em
2013. A Nicarágua, sob o governo neoliberal de "centro-esquerda" de
Daniel Ortega, atravessa agora sua "Jornada de Abril", com o pretexto
de combater mais um "ajuste" monetarista da FSLN, setores
reacionários da classe média e juventude de direita (uma espécie de MBL
brasileiro) saíram violentamente às ruas para exigir a sumária deposição dos
antigos guerrilheiros, atualmente convertidos ao "Consenso de
Washington". O mais "peculiar" desta conjuntura política
nicaraguense é que os setores organizados da classe trabalhadora, que ainda
seguem a disciplina da FSLN, embora não apoiassem a desastrada reforma da
previdência, não se mobilizaram contra o governo do casal Ortega, para
obviamente não se confundirem com setores nacionais reacionários,
historicamente ligados à Casa Branca. Os EUA querem ver fora do governo da
Nicarágua, o mais rápido possível, a direção da FSLN. Os motivos são claros,
Ortega tenta estabelecer um novo eixo econômico de seu país com a China e
Venezuela, naturalmente em uma perspectiva capitalista de desenvolvimento, como
tentou no Brasil os governos petistas com os BRIC's. O governo Trump não pode
admitir esta "via de competição" no próprio "quintal" do
império ianque, por isso impulsiona uma vigorosa campanha logística para
derrubar o governo da FSLN, que ameaça se manter no poder central por um longo
período histórico. Como afirmamos em nosso artigo anterior sobre a crise na
Nicarágua, não nutrimos a menor simpatia política pelo atual governo burguês da
FSLN, que "entregou e enterrou" a grande maioria das conquistas da
grande revolução armada que derrubou o ditador Somoza em 1979. Desgraçadamente
Ortega seguiu os conselhos contrarrevolucionários do Castrismo e negou-se a
"transformar a Nicarágua em uma nova Cuba". De lá pra cá, a FSLN
converteu-se em uma organização pequeno burguesa, alinhada ao "regime da
Democracia dos Ricos", e compondo seu governo de "União
Nacional" com setores capitalistas nativos. Porém uma questão é
estabelecer a oposição da classe operária ao Sandinismo, outra completamente
distinta é lutar contra o governo Ortega na mesma trincheira da reação local e
do imperialismo ianque. O grupo "MAIS" na " prova de fogo"
da luta de classes internacional, mostrou novamente o quanto inconsistente é
sua ruptura com o Morenismo, não conseguem honrar o legado programático de
Lenin e Trotsky diante da ofensiva imperialista contra os povos. Se no Brasil
são rebocados pela plataforma de colaboração de classes do petismo, no plano
mundial ainda são tragados pela reação ideológica da Social Democracia.
---------------------------------------
Segue a nota informativa da FSLN sobre a crise política que
atravessa a Nicarágua, da qual não temos acordo mas que esclarece uma série de
fatos.
Secretaria Internacional da FSLN:
Recebam nossa saudação revolucionária. Pelo presente
comunicado queremos compartilhar com vocês a informação sobre os acontecimentos
ocorridos em nosso país nestes dias.
Como é sabido, fomos atacados por uma ofensiva violentíssima
que esteve a ponto de incendiar o país, no que foi uma espécie de guarimba (1)
generalizada, ou seja, diferente da Venezuela, os atos violentos de protesto e
demais ações não se limitaram a determinadas zonas, mas ocorreram em todas as
partes, mais ao estilo das revoltas ocorridas no oriente médio.
É importante assinalar que, como vocês sabem, os partidos
políticos de direita na Nicarágua não têm nem próximo da força e capacidade
organizativa requerida para provocar tal situação, mas obviamente, uma vez que
surgiu a oportunidade, eles aproveitaram para obter dividendos políticos.
Mas antes de continuar, é importante referir-se ao pano de
fundo em que ocorreram estes fatos. A seguridade social na Nicarágua tem sido
um dos aspectos em que alcançamos as maiores conquistas na melhoria das
condições de vida do povo. A quantidade de benefícios dos segurados e a
cobertura desses benefícios para a população aumentaram exponencialmente com o
retorno do sandinismo ao poder em 2007, o que ocasionou uma situação econômica
crítica no Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), que é a instituição
estatal responsável por esta questão.
Diante desta situação, o FMI e o empresariado privado
organizado no Conselho Superior da Empresa Privada (COSEP), pediram para
aplicar as típicas medidas neoliberais sobre este tema: elevar a idade de
aposentadoria (na Nicarágua é de 60 anos) e a quantidade de semanas necessárias
para acessá-la (750 para a pensão normal e 250 para aqueles em idade de
aposentadoria que não atingiram o primeiro montante, opção que não existia
antes do retorno ao poder do sandinismo em 2007, inclusive neste caso, a
abordagem dos mais radicais neoliberais era eliminar completamente a pensão).
Diante disso, nosso governo respondeu com rotundo rechaço ao FMI e ao COSEP. Em
vez disso, a opção escolhida foi aumentar as contribuições dos trabalhadores e
empregadores e estabelecer uma contribuição para os aposentados, incluindo
aqueles que recebem a aposentadoria reduzida. Essa decisão se teve que tomar
rompendo pela primeira vez o consenso com o empresariado, o que é parte do
nosso modelo de consenso e alianças entre governo, trabalhadores e empresários.
Segundo as reformas decididas por nosso governo, o aumento
na contribuição dos trabalhadores foi de 6,25% para 7% (aumento de 0,75%),
empresários de 19% para 22,5% (aumento de 3,5%) e aposentados de 0% para 5%,
que foi o tema mais polêmico, mas eles seguiriam sendo os que menos
contribuíam, mas a mudança iria aumentar a cobertura de saúde e trazer outros
benefícios para eles.
Outra medida foi a eliminação do teto para pagamento da
previdência social, que anteriormente era fixado em 82.953,22 córdobas, ou
seja, atualmente aqueles que ganham mais do que isso não incluem no percentual
de sua contribuição para a Previdência Social o restante de sua renda além
desse valor. Com as reformas, todos pagariam de acordo com sua renda total.
Isso é especialmente sensível para os empresários e benéfico para os
trabalhadores, já que uma forma de saquear o INSS é que os empresários se
autonomeiam e nomeiam seus parentes mais próximos nos mais altos cargos de suas
empresas com mega salários para obter grandes benefícios e pensões de luxo ao
atingir a idade de aposentadoria.
A reação daqueles que se manifestaram inicialmente contra as
reformas foi como se essas tivessem sido as típicas reformas neoliberais
aplicadas em outros países e que, ao contrário, estivéssemos rejeitando a
adoção daquelas que acabamos de explicar.
Os protestos foram iniciados e realizados por estudantes
universitários, especialmente de universidades religiosas privadas, subsidiadas
pelo Estado. Em determinado momento adquiriram um caráter violento, com
barricadas na estrada Panamericana e outras ações do gênero, e ao querer
restaurar a ordem a polícia foi atacada com morteiros caseiros, muito populares
na Nicarágua desde as lutas contra o neoliberalismo lideradas pela FSLN.
Vale a pena destacar que as universidades mais beligerantes
foram: a Universidade Centroamericana (UCA), dos jesuítas; e a Universidade
Politécnica (UPOLI), de propriedade de uma igreja protestante com sede nos
Estados Unidos.
Como contrapartida e diante da escalada da violência se
mobilizou a Juventude Sandinista, organizada em bairros populares e nas
instituições do Estado, e houve mais choques violentos. A escalada foi
aumentando e logo, surpreendentemente, se somaram moradores dos bairros
populares.
O próximo nível foram os protestos generalizados em diversos
pontos de várias cidades, que foram acompanhados por assaltos e incêndios de
locais representativos do sandinismo e instituições do Estado, e casas de
sandinistas, bem como saques a supermercados e armazéns, entre eles aqueles em
que se guardava todo o medicamento da seguridade social. Nesses atos criminosos
havia aqueles que chamavam pessoas em bairros pobres e depois os lançavam aos
saques.
Os trabalhadores do Estado se mobilizaram a defender suas
instituições, fazendo guardas noturnas, o que teve excelentes resultados,
destacando-se a valentia dos trabalhadores do INSS, que não permitiram aos
grupos violentos anti-reforma penetrar em suas instalações.
A polícia agiu com prudência, mas era impossível evitar
cenários de repressão, já que é da sua natureza e a destruição do país não
poderia ser permitida. Inclusive no auge dos acontecimentos teve que ser
mobilizado o Exército para proteger as instituições.
Como resultado dos confrontos, especialmente entre
manifestantes anti-reforma e manifestantes pró-reforma, houve ao redor de 25
mortos, incluindo policiais, um jornalista do Canal 6 (sandinista), vários
jovens da Juventude Sandinista e universitários que participavam de protestos.
Tal como aconteceu em outras experiências (caso da Venezuela), a direita
utiliza estes mortos para exacerbar ânimos contra o governo e a polícia.
Nenhuma organização política, social ou sindicalista
reivindicou a responsabilidade pelos protestos, embora estes fossem apoiados
publicamente pelo COSEP, por alguns hierarcas da Igreja Católica e pelos
partidos da direita (os mesmos que negaram aos trabalhadores seus direitos
quando eram governo).
Apesar da aparente falta de direção dos protestos, chama
muito a atenção a existência de uma coordenação perfeita, ações sincronizadas e
do mesmo tipo em todas as partes, como se algo já estivesse preparado, pronto
para ser ativado quando as condições estivessem propícias. Isso tem algo a ver
com a cultura militar da sociedade nicaraguense, mas sem dúvida existe um
formato preparado, que no nosso caso foi especialmente agressivo, possivelmente
devido às características de solidez e estabilidade que nosso processo
apresentou até agora e que se está restabelecendo.
Em sua primeira aparição, o comandante presidente Daniel
Ortega anunciou a restauração das negociações tripartites entre governo,
trabalhadores e empresários, para rever as reformas. Em sua segunda aparição, o
comandante anunciou a revogação das reformas para criar condições mais
favoráveis ao diálogo, que começou hoje com a participação do governo, dos
trabalhadores, da iniciativa privada e da Igreja Católica, cuja incorporação
era uma exigência tanto dos empresários quanto dos estudantes.
É um importante fato que o comandante presidente Daniel
Ortega, em sua segunda aparição, tenha sido acompanhado por empresários
representando investidores estrangeiros na Nicarágua, dando assim um sinal de
força e estabilidade aos agentes econômicos nacionais e internacionais.
Neste momento, a violência cessou e apenas pequenos focos
foram mantidos sem grande impacto, e as forças sandinistas passaram à ofensiva.
Por seu turno, o povo sem distinção política se organizou espontaneamente para
enfrentar os saques.
Secretaria Internacional da FSLN (24/04/2018).
terça-feira, 24 de abril de 2018
REDE GLOBO “CELEBRA” 53 ANOS: FAMÍLIA MARINHO COMEMORA O GOLPE PARLAMENTAR VITORIOSO E SEMEIA UM GOLPE DE ESTADO PARA O PRÓXIMO PERÍODO NO BRASIL
A TV Globo festejará seus 53 anos de existência neste 26 de
abril, data em que começou a funcionar no ano de 1965, fundada por Roberto
Marinho. A emissora é criatura do golpe militar de 1964. O então diretor do
jornal “O Globo” Roberto Marinho foi um dos principais incentivadores da
deposição do presidente João Goulart, dando sustentação política, ideológica e
logística à ação das FFAA. Um ano depois, foi fundada a sua emissora de
televisão, que ganhou graças a ação dos generais gorilas em parceria com
investimentos financeiros de corporações da mídia ianque. O império foi construído
com incentivos públicos, isenções fiscais e outras mutretas, passadas e
recentes. Em 2015 em um editorial do pastelão “O Globo”, sua direção anunciou
uma “autocrítica” pelo “apoio editorial” ao golpe militar desferido contra o
povo brasileiro em 1964. Agora em 2018, quando chega aos 53 anos, a Globo está
comemorando o golpe parlamentar vitorioso e semeando um golpe de estado para o
próximo período. O esgotamento precoce do governo Dilma e o desenvolvimento
posterior que desaguou no seu impedimento, não partiu de uma necessidade da
burguesia nacional em desfechar um Golpe de Estado, ou seja, alterar
radicalmente as linhas fundamentais do regime democratizante (uma paródia de
democracia burguesa) instaurado com o advento da “Nova República” no Colégio
Eleitoral em 1985. Esta variante (Golpe de Estado) se coloca diante de uma
situação de absoluta radicalização da luta de classes, onde a liberdade de
organização da classe operária (direitos democráticos) pode se transformar em
avanços revolucionários que ameacem a dominação capitalista. Nenhum destes
ingredientes esteve presente na crise política do regime que levou ao
impeachment. Recapitulando, o default prematuro da quarta gerência petista foi
produto do fim de um ciclo econômico mundial, no qual a política de conciliação
de classes da Frente Popular foi extremamente útil para os negócios da
burguesia nacional. Encerrado o “boom” das commodities e da fartura do crédito
para introduzir no mercado de consumo a chamada “classe C” e financiar a
expansão das grandes empresas, o governo petista perdeu sua utilidade para os
reais donos do poder, o capital, sendo apeado do governo por um golpe
parlamentar pela mesma Globo que fingiu se autocriticar por ter orquestrado o
golpe militar de 1964. Não se pode esquecer que o apoio (na verdade uma
conspiração) a todo processo que culminou na derrubada do governo nacionalista
de Goulart, teve como primazia os interesses comerciais do empreendimento dos
Marinho, o que agora se repetiu em 2016 com o golpe parlamentar contra Dilma.
segunda-feira, 23 de abril de 2018
BRUTAL REPRESSÃO CONTRA OS PROFESSORES EM BH, ILEGALIDADE DA GREVE EM FORTALEZA: GOVERNO DO PT COLOCA PM PARA SOCORRER O DIREITISTA KALIL (PHS) ENQUANTO PREFEITURA DA OLIGARQUIA GOMES (PDT) CRIMINALIZA LUTA DOS TRABALHADORES
Os professores municipais de Belo Horizonte e Fortaleza
estão sendo duramente atacados em seu direito de greve. Em BH, a PM do governo
Pimentel (PT) saiu em auxílio do prefeito Kalil (PHS) e desferiu brutal
repressão contra os trabalhadores em educação. Em Fortaleza, o prefeito Roberto
Cláudio (PDT) pediu a ilegalidade da greve no que foi prontamente atendido
pelos desembargadores do TJ, controlado pela Oligarquia Gomes. Esses dois
gestores do PT e PDT se dizem “contra o golpe” mas aplicam um rígido ajuste
neoliberal contra os trabalhadores, copiando a cartilha de Temer e do direitista Kalil. Essa conduta
comprova que os governos burgueses dos diversos matizes políticos usam o mesmo
método quando se trata de enfrentar os trabalhadores: a repressão do Estado
burguês contra as lutas. Nesse momento é preciso cobrir de ampla solidariedade
a greve dos professores municipais de BH e Fortaleza, exigir a liderdade dos
dirigentes do Sind-Rede e o fim da multa de 10 mil reais diários contra o
Sindiute. Para vencer os trabalhadores precisam não ter nenhuma ilusão nos
partidos da centro-esquerda burguesa e no circo eleitoral de democracia dos
ricos. Pimentel, Kalil e Roberto Cláudio não passam de gerentes da burguesia
contra os trabalhadores que apesar de partidos distintos estão unidos para reprimir
as greves. Vamos manter firme as greves até a vitória!
44 ANOS DA REVOLUÇÃO DOS CRAVOS: O ABORTO DE UMA PERSPECTIVA DA INSTAURAÇÃO DO GENUÍNO PODER SOCIALISTA
44 anos depois da Revolução dos Cravos, os trabalhadores
portugueses estão sendo governados pelo PS sob o comando de Antônio Costa
depois de vários mandatos de gestão de direita PSD/CDS. PCP integra o governo
da centro-esquerda burguesa reivindicando 25 de Abril. Por
seu turno, o Bloco de Esquerda apoia o governo de Antônio Costa também
apresentando o atual gabinete como herdeiro legítimo do 25 de abril de 1974. Neste marco, as
comemorações desse fato histórico que marcou o fim da ditadura de Salazar e o
retorno da democracia burguesa em Portugal ocorrem em um clima de patrocinar
ilusões na gestão burguesa do PS, neste sentido deve ser compreendida a
Revolução dos Cravos e seus efeitos ainda hoje sobre a luta de classes não só
em Portugal, mas como parte integrante da crise por que passa o continente
europeu como um todo. Foi chamada de Revolução dos Cravos porque as tropas
lideradas pelo Movimento das Forças Armadas (MFA), em vez de baionetas, saíram
às ruas com cravos na ponta dos fuzis para simbolizar solidariedade com a
população. Mas, ao contrário do que afirmam os arautos da conciliação de
classes, esse movimento resultou numa profunda derrota para proletariado
português, confirmando a inviabilidade histórica de uma transição pacífica para
o socialismo. O movimento de 25 de abril de 1974, ao pôr fim ao regime fascista
de Salazar-Caetano, que durante 46 anos oprimiu o proletariado português e os
povos as colônias de Portugal na África, se constituiu em um golpe militar
preventivo para evitar que uma insurreição popular destruísse as bases da ordem
capitalista. Um “convidado” inesperado, o proletariado, surge no processo desta
transição política que foi operada inicialmente “por cima”, mas a ausência do
partido revolucionário no cenário português impede que se transforme a crise
política da “agitada” transição em Revolução Socialista.
domingo, 22 de abril de 2018
NICARÁGUA URGENTE: DEPARTAMENTO DE ESTADO DOS EUA PREPARA UM NOVO GOLPE DE ESTADO NO CONTINENTE, AGORA CONTRA O GOVERNO SANDINISTA
Dez mortos, uma centena de feridos, destruição, barricadas e
saques foram as marcas deixadas neste sábado (21) pelos violentos protestos
desatados na Nicarágua contra uma reforma previdenciária, que levaram o governo
Sandinista do presidente Daniel Ortega a reconhecer uma situação de grave crise
política no país: "O governo está totalmente de acordo em retomar o
diálogo para a paz, para a estabilidade para o trabalho, para que nosso país
não fique em meio ao terror que está vivendo neste momento", afirmou Daniel
Ortega em pronunciamento em rede nacional de televisão. Ortega não deu uma data
para o início do suposto "diálogo nacional" proposto na sexta-feira
pela câmara nacional patronal, mas afirmou que seus representantes estão
prontos para "discutir todas as medidas tomadas". Nesse mesmo dia
tiveram início os mais violentos protestos no país em 11 anos que o governo
Sandinista retornou ao poder central, após "enterrar" a revolução de
1979 em troca de eleições burguesas gerais em 1990. O retorno do governo Sandinista
na última década, foi marcado por uma gestão neoliberal de Daniel Ortega e sua
esposa Rosario Murillo (vice-presidente), combinando políticas sociais
compensatórias que agora parecem estar se esgotando com a crise econômica por
que passa o país. O Sandinista Ortega, uma espécie de "Chavez que já foi
Fidel", apesar de sua "dura" política econômica monetarista que
não pretende quebrar o pacto capitalista celebrado com a velha burguesia
somozista, sofre uma oposição cerrada dos setores patronais diretamente
vinculados ao imperialismo ianque, inconformados com os sucessivos êxitos
eleitorais de Daniel e sua esposa. A introdução de novas regras no
INSS(Instituto Nicaraguense de Previdência Social), aumentando a taxação de
patrões e trabalhadores, foi o "start" para a deflagração de
violentos protestos armados e apoiados diretamente pelo Departamento de Estado
dos EUA. O "que está acontecendo no nosso país não tem nome", disse o
presidente Ortega acompanhado da esposa, Rosario Murillo, e do alto comando militar
e policial. Sem citar nomes, Daniel disse que os protestos são incentivados por
grupos políticos contrários ao seu governo e financiados por setores
extremistas dos Estados Unidos: "Tem todo o direito de criticar (...) mas
não tem o direito de conspirar para destruir e, pior ainda, procurar lá nos
Estados Unidos os grupos políticos mais extremistas do império que, em primeiro
lugar, são racistas", afirmou o Sandinista em seu discurso a nação. Após o
discurso do presidente, o primeiro desde o início as manifestações violentas,
centenas de jovens voltaram a enfrentar a tropa de choque na capital. Com os
rostos cobertos por camisetas, os jovens ergueram barricadas nas ruas e
atiraram rojões nos policiais, que respondiam com bombas de gás lacrimogêneo. A
federação patronal advertiu neste sábado que "não pode haver um
diálogo" com o governo se não acabar imediatamente a repressão policial
contra os manifestantes que protestam há quatro dias: "Exigimos urgente do
governo cessar de imediato a repressão policial e das forças de choque afins ao
governo e garantir o direito à livre mobilização pacífica", declarou um
representante da federação nacional patronal em um comunicado, revelando assim
o apoio político da burguesia as manifestações contra o governo Ortega. Os
reacionários empresários exigiram, por ironia da história para: "libertar
de forma imediata os cidadãos detidos por exercerem seu direito a se expressar
livre e pacificamente" e "garantir a irrestrita liberdade de imprensa
e de expressão". O comunicado patronal deste sábado, assinado pelas
câmaras que integram o Conselho Superior da Empresa Privada (COSEP), reconhecem
que os protestos: "vão além do descontentamento com as reformas do sistema
de pensões". Em Manágua, foram danificados o Ministério da Juventude, o
prédio da Previdência Social, a Universidade de Engenharia e a sede da oficial
Rádio "Ya". Nas cidades de León e Masaya houve "queima de
carros", saque e destruição de prédios públicos", bem como roubos em
lojas, denunciou o governo Sandinista. Por sua vez o embaixador dos EUA na OEA,
exigiu o fim imediato da repressão aos protestos, advertindo Ortega dos riscos
de uma intervenção direta do imperialismo ianque no país. Os Marxistas
Revolucionários que não nutrem a menor simpatia política pelo "Neosandinismo",
responsável por sufocar a maioria das conquistas da gloriosa revolução
nicaraguense de 1979, não podem apoiar as iniciativas "populares" da
reação burguesa impulsionadas pelo Departamento de Estado dos EUA, por mais
justas que sejam as críticas a malfadada e neoliberal "reforma da
previdência", copiada do modelo brasileiro que a ex-presidenta Dilma
implementou em seu governo antes de sofrer o golpe parlamentar. Desgraçadamente
o revisionismo da LIT/PSTU macula mais uma vez a bandeira da IV Internacional e
do próprio Trotskismo, alinhando-se novamente com a ofensiva do governo Trump
para desestabilizar politicamente a centro-esquerda burguesa na América Latina.
Como Lenin nos ensinou "o pior inimigo dos povos é o imperialismo",
com Ortega, Maduro ou Assad nos entrincheiramos para derrotá-lo, porém com
nossa própria política e os métodos de combate revolucionário da classe
operária mundial!
sábado, 21 de abril de 2018
“NEM BANDIDO NEM HERÓI”: DIRCEU PRESO POLÍTICO VÍTIMA DE SUA PRÓPRIA ESTRATÉGIA DE COLABORAÇÃO DE CLASSES COM A BURGUESIA QUE ABRIU CAMINHO PARA REAÇÃO DA DIREITA
(ARTIGO HISTÓRICO PUBLICADO NO BLOG DA LBI, 4 DE AGOSTO DE 2015)
A "reprisão" de José Dirceu, um estágio avançado
da ofensiva midiática e ideológica da direita contra tudo que possa ter
"cheiro de esquerda" neste país, vem suscitando um importante debate
no seio do movimento social e da chamada blogosfera progressista. Teria ou não
a esquerda classista a tarefa de defender uma figura política acusada de
intermediar negócios milionários com grandes grupos capitalistas nacionais e
internacionais, afinal a JD consultoria (empresa de Dirceu) reconhece que
recebeu cerca de 9,5 milhões de Reais em serviços prestados ao longo de oito
anos somente das empreiteiras envolvidas na investigação da operação Lava Jato.
Fora estas empresas a JD também celebrou contratos com a Ambev, Telefonica,
EMS, etc... perfazendo um significativo volume de 39 milhões de Reais em quase
uma década. É importante ressaltar que estes contratos foram firmados bem antes
de sua primeira prisão no processo do "Mensalão" em 2013 e que não
procede a acusação feita pelo Ministério Público Federal de que Dirceu estaria
"operando" ativamente mesmo preso no complexo da Papuda. Porém não
queremos "tapar o sol com a peneira" e a verdade é que Dirceu
estabeleceu várias relações comerciais com grandes burgueses, seguindo a
prática política de colaboração de classes instituída por ele mesmo no interior
do Partido dos Trabalhadores. Este programa da Frente Popular também buscou o
financiamento eleitoral do PT a partir de grandes grupos econômicos, que se
sentiram contemplados com a plataforma de governo do partido. Para defender
estas posições no interior do PT, Dirceu comandou já em meados dos anos 90 um
processo de depuração e expulsão das correntes mais à esquerda do partido que
se recusavam a aceitar o policlassismo como linha oficial da legenda. A vitória
de Lula em 2002 em uma chapa de composição com um dos maiores empresários do
país, José Alencar do PL, "coroou" esta estratégia
"reformista" do PT que se avolumou até hoje. No início do primeiro
mandato de Lula parecia que reinava a confiança de que a aliança com a burguesia
e os barões da mídia corporativa nunca seria desfeita. A Rede Globo chegou a
ser tratada como uma das TV's que dariam suporte ao governo Lula, é lógico que
para os Marinhos não faltou uma generosa linha de crédito aberta pelo BNDES e
uma gigantesca verba estatal de publicidade. Porém veio o escândalo do
"Mensalão" e a lealdade dos Marinho não pareceu tão firme assim...
Mas Lula foi preservado para a reeleição de 2006 e uma nova depuração política
ocorreu no PT, só que desta vez comandada pela mão dos "parceiros" da
burguesia que exigiram a cabeça de Dirceu, Genoino, Gushiken, Delúbio e outros
dirigentes processados e posteriormente condenados na ação penal 470 do STF.
Não seria exagero afirmar que a direção nacional do PT abandonou alguns de seus
dirigentes históricos a própria sorte e a razão disto não foi o surgimento de
divergências programáticas mas sim a visão de que o governo Dilma deveria ser
"higienizado" de figuras marcadas pelas classes dominantes. A nota de
hoje (04/08) da Executiva Nacional do PT sequer menciona a defesa política de
Dirceu, seguindo a linha do Planalto de que o importante "é manter o
ambiente de negócios e investimentos no país". A anturragem Dilmista que
hoje controla o PT optou pela omissão e até submissão institucional diante da
ofensiva reacionária em curso, a lógica é seguir no ajuste neoliberal contra o
povo trabalhador e assim ganhar a confiança da elite capitalista para concluir
o mandato, quanto a Dirceu e Vaccari que apodreçam no cárcere da Lava Jato...
Nós da LBI não nutrimos nenhuma afinidade programática ou política com Dirceu e
muito menos com este governo petista que promove ataques aos direitos e
conquistas dos trabalhadores à serviço do capital financeiro. Entretanto os
Bolcheviques sabemos muito bem distinguir o fascismo da Frente Popular, o
primeiro embrulhado no discurso da moralização e ética da coisa pública e o
segundo atolado e refém da sua própria política de colaboração de classes. A
defesa política de Dirceu e Vaccari, presos como em uma vitrine midiática, para
dar uma "lição" desmoralizante em qualquer esquerdista que se meta em
"negócios" com a burguesia, é um ato de enfrentamento com a brutal
ofensiva ideológica da direita e não pode ser confundido com o apoio ou
solidariedade ao programa burguês da colaboração de classes levado a cabo pelo
PT. A covardia da executiva nacional do PT (para não falar dos petistas
palacianos) semeia ainda mais o terreno fértil para a histeria direitista que
cruza o país e que logo baterá na porta de Lula e depois nas lideranças
classistas do movimento de massas. Neste sentido, a tarefa dos Leninistas é
denunciar vigorosamente a prisão política de Dirceu assim como a estratégia de
colaboração de classes que levou o PT a completa subserviência diante da
burguesia mesmo quando seus quadros históricos são perseguidos e presos, tendo
o encarceramento de Lula no horizonte próximo como parte da sanha reacionária
em curso no país. É necessário defender publicamente nas ruas e nas lutas a
liberdade imediata de Dirceu e Vacarri neste momento contra a trama da direita
reacionária que deseja entregar a economia nacional ao completo domínio dos
monopólios imperialistas. Esta tarefa necessariamente precisa estar combinada
com o chamado à mobilização direta dos trabalhadores contra o ajuste neoliberal
que vem sendo aplicado pelo governo Dilma, na tentativa desesperada de manter
sua governabilidade burguesa.
sexta-feira, 20 de abril de 2018
LULA PRESO E DIRCEU DE VOLTA AO CÁRCERE: COMO OS MARXISTAS DEVEM SE POSTAR NESSA CONJUNTURA?
Lula foi preso pelo Juiz Moro e a “Operação Lava Jato”.
Encontra-se encarcerado em Curitiba após a negativa do STF de lhe conceder um
Habeas Corpus. Nos próximos dias Dirceu deve voltar para a prisão por decisão
do TRF-4. A LBI desde o julgamento do “Mensalão” (2012) denunciou essa farsa
jurídica voltada a perseguir as lideranças do PT, combate político que se
seguiu com o avanço desse processo com a Lava Jato, sem nunca abrir mão de se
delimitar com a política de colaboração de classe do PT. Enquanto isso, o
grosso do revisionismo trotskista exigia a “prisão de todos os corruptos” em um
claro apoio a Justiça burguesa, colocando um sinal de igual entre Lula e Aécio,
argumentando que a ação de Joaquim Barbosa no STF e do Juiz Moro na “República
de Curitiba” se tratava de um movimento progressivo. Lançamos inclusive em 2013
um artigo de polêmica com a esquerda revisionista, que reproduzimos abaixo,
denunciando o PSTU por considerar Dirceu, Genoino e Delúbio não como presos
políticos e sim “políticos presos”, apoiando abertamente a caçada policial aos
dirigentes da Frente Popular. Até a véspera do golpe parlamentar de 2016 o núcleo
que veio a fundar posteriormente o MAIS, assim como MRT, adotavam a mesma
política de direita da corrente Morenista que agora criticam supostamente
escandalizados. Esses agrupamentos centristas copiaram tardia e deformadamente a
política da LBI, apesar de não terem feito nenhuma autocrítica pública da
posição que tinham no passado recente e, muito menos, reconhecerem na LBI a
matriz política genuína de suas atuais posições. Para clarificar esse debate
ainda mais atual com a prisão de Lula, voltamos ao debate fundamental de como
os Marxistas devem se postar nessa conjuntura de aberto recrudescimento do
regime político.
DIRCEU, GENOINO E DELÚBIO: POLÍTICOS PRESOS OU PRESOS
POLÍTICOS, UMA POLÊMICA COM A ESQUERDA REVISIONISTA
(BLOG da LBI, 22 DE NOVEMBRO DE 2013)
Passada a primeira fase do sinistro êxtase da mídia
capitalista com a espetaculosa prisão dos dirigentes petistas em pleno feriado
de 15 de novembro, antes mesmo do julgamento final pelo STF de todos os
recursos dos réus da Ação Penal 470 (conhecida como “Mensalão”), o movimento de
esquerda foi cortado por duas posições antagonicamente frontais diante dos
graves acontecimentos que envolveram a condenação dos fundadores do PT pela
corte máxima da justiça burguesa no país. Os ex-dirigentes da corrente petista
“Articulação” seriam ou não presos políticos em função do caráter das acusações
que lhes foram imputadas? Como reconheceram publicamente a prática de “caixa
2”, obtendo recursos para o PT originários de comissões obtidas de grandes
empresas “fornecedoras” de bens e serviços para o Estado capitalista, não seria
o caso de serem qualificados simplesmente de “políticos presos”? Seria mesmo o
caso de levantar a defesa da liberdade destes militantes “chapa branca” que se
entregaram sem a menor resistência e luta diante da ofensiva reacionária de uma
justiça patronal que vem criminalizando cada vez mais os lutadores sociais? A
esquerda revisionista respondeu estas questões afirmando equivocadamente que:
“Não estamos frente a presos e perseguidos políticos. Estamos frente a
dirigentes que aproveitaram os cargos de governo que ocupavam para fazer
corrupção com dinheiro público” (Uma opinião sobre julgamento do Mensalão e a
prisão dos dirigentes do PT, Zé Maria presidente do PSTU, 20/11). Deixando de
lado a pretensa “aula” de moralidade burguesa, como se o dinheiro do Estado
capitalista em algum momento fosse “público”, o dirigente do PSTU foi obrigado
a reconhecer que: “Em segundo lugar, quero dizer que é preciso, sim, combater a
hipocrisia e o caráter político do judiciário brasileiro, do Supremo Tribunal
Federal (STF) em particular. Visto sob o prisma da sociedade de classes em que
vivemos, os tribunais brasileiros, inclusive o STF, são sim um tribunal de
exceção” (idem). Ou seja, mesmo admitindo que a prisão dos “mensaleiros”
petistas esteve diretamente relacionada com uma disputa intestina das frações
burguesas pelo controle do botim estatal, não se pode negar que a condenação e
posterior prisão de Dirceu e C&A teve um caráter eminentemente político! É
a mais absoluta verdade afirmar que os dirigentes do PT em 2005, quando
estourou o escândalo do “Mensalão”, não estavam empreendendo nenhum combate
anticapitalista, pelo contrário estavam tratando de ampliar a base parlamentar
de apoio ao governo neomonetarista de Lula com a grana recolhida das
corporações empresariais que estabelecem negócios com o Estado (indutor da
economia no regime capitalista), o “pequeno detalhe” é que isto nunca foi crime
na história constitucional de nossa república! A principal acusação da Ação
Penal 470 é simplesmente hilária... Dirceu e Genoino estariam pagando deputados
ultraconservadores (partidos de centro-direita) para votar a favor da reforma
neoliberal da previdência, como se esta escória parlamentar precisasse de algum
suborno para votar uma matéria recomendada pelo FMI e os rentistas nacionais.
Como o STF, pelo seu caráter de classe, está impedido juridicamente de “abolir”
os mecanismos do funcionamento da economia capitalista (tarefa histórica para
um partido revolucionário), chegamos a única conclusão possível: a condenação
dos dirigentes petistas nada teve a ver com a quebra das normas legais vigentes
(recebimento “informal” de comissões financeiras de grupos econômicos
privados), foi produto de uma “purga” política da burguesia operada pelas mãos
do STF. Quando sustentamos o conteúdo político das prisões “decretadas”
monocraticamente pelo novo herói da mídia “murdochiana”, Joaquim Barbosa, não
estamos afirmando que Dirceu, Genoino e Delúbio são “mártires” da luta
proletária e popular, apenas foram alvo da ofensiva reacionária da burguesia
contra setores do PT, como parte de uma escalada antidemocrática do regime que
objetiva retirar direitos e garantias constitucionais do conjunto das
tendências da esquerda brasileira, desde a socialdemocracia “reformista”,
passando pelos ativistas anarquistas até os setores revolucionários do
Marxismo-Leninismo.
MIGUEL DÍAZ CANEL: UM DIRIGENTE COMUNISTA "TARDIO"
QUE SE COMPROMETE COM AS "REFORMAS" DE MERCADO QUE SUFOCARÃO O ESTADO
OPERÁRIO CUBANO
"Companheiro deputado Miguel Díaz Canel, a partir deste
instante o senhor é o novo presidente do Conselho de Estado e de Ministros da
Assembleia Nacional de Cuba. Aproxime-se e assuma a presidência", assim
anunciou o presidente da Assembleia Nacional, Esteban Lazo, na manhã desta
quinta-feira (19/04). Ao contrário do que as hienas imperialistas desejavam, o
sucessor de Raul Castro (e do próprio Fidel apesar de sua ausência física) no
comando do Estado Operário Cubano não acelerará os ritmos das reformas de mercado,
iniciadas com o fim da URSS no início da década de 90, em direção a uma
transição ordenada do regime de produção socializada para o modo de produção
capitalista. Porém, seguindo disciplinadamente a orientação programática dos
irmãos Castro, Miguel Diaz não se oporá a dar continuidade na economia cubana a
introdução de mecanismos mercantis de dependência financeira com países
capitalistas (centrais e periféricos), tornado o Estado Operário cada vez mais
refém do fluxo mundial de capitais (grandes investidores globais). A fidelidade
"canina" de Diaz Canel as linhas estratégicas da burocracia
castrista, decorre do simples fato de Miguel representar um setor mais
tecnocrático e "sem luz própria" da própria burocracia cubana,
diretamente vinculada aos "negócios de estado" e com pouca relação
com a política mais geral socialista. Diaz, hoje com 58 anos, se vincula a
juventude comunista somente no final da década de 80, assume com 27 anos de
idade um posto na direção do PCC na província Villa Clara na região central de
Cuba. Neste mesmo período (87 até 89) participa das brigadas cubanas de
solidariedade a Nicarágua, em uma etapa histórica onde o próprio Sandinismo
estava tratando de "entregar" a revolução nas mãos da democracia
burguesa, sem dúvida uma péssima "lição" para Diaz. Desde 2003, é
membro do birô político do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba, a
máxima autoridade tanto no sentido ideológico quanto político do partido e do
Estado Operário cubano. Portanto, Díaz Canel, é homem de total confiança de
Raúl Castro, uma espécie de Comunista convertido tardiamente, no pior período
ideológico do movimento operário mundial, ou seja final dos anos oitenta e
posto no staff do comando central do Estado após a retirada parcial de Fidel
Castro. Desde 2013, quando foi eleito para o cargo de vice-presidente do
Conselho de Estado da Assembleia Nacional, Díaz Canel recebeu a missão de ser o
executor das políticas estabelecidas pelo comandante Raúl Castro para área da
comunicação, que envolvia telefonia, ampliação do acesso à internet,
modernização dos canais de televisão, informatização e automatização dos
processos produtivos, um setor da economia cubana que cada vez mais estabelece
vínculo com o imperialismo ianque, a partir da aproximação política do governo
Obama com a "Ilha Socialista". Nesta perspectiva de
"pacificação", Raul Castro preteriu para sucedê-lo outros quadros
dirigentes do PCC com trajetória de enfrentamento ideológico com os EUA, como o
veterano Ricardo Alarcón, ex-presidente da Assembleia Nacional. Miguel terá
presente a figura de Raul no leme maior da direção do Partido Comunista Cubano,
o que limitará qualquer iniciativa política "peculiar" de sua gestão,
porém caso ocorra uma fatalidade com o "Velho" dirigente que
participou com Fidel da grande revolução socialista de 1959, a
"mediocridade" ideológica de Diaz Canel poderá levar Cuba a trilhar
caminhos da restauração capitalista a passos bem largos. A tarefa
revolucionária de construção de um verdadeiro Partido Marxista Leninista e da revolução
política em Cuba se mantém mais vigente do que nunca na "Ilha
Socialista".
quarta-feira, 18 de abril de 2018
PROFESSORES/FORTALEZA: COMEÇA A GREVE PARA ARRANCAR O
REAJUSTE SALARIAL, PISO NACIONAL E DERROTAR OS ATAQUES DO PREFEITO ROBERTO
CLÁUDIO (PDT), FILHOTE DA OLIGARQUIA GOMES
Os professores de Fortaleza iniciaram neste dia 18 de abril
(quarta-feira) a segunda greve neste ano letivo de 2018. O prefeito Roberto
Cláudio (PDT), filhote da Oligarquia Gomes, não pagou sequer o piso salarial
nacional da categoria e as pecúnias que deve aos trabalhadores em educação do
município. Pior, propõe pagar o índice do piso (6,81%) em dezembro sem
retroatividade ou parcelá-lo desde que os trabalhadores aceitem adiar o
calendário de pagamento das dívidas judiciais. Além de não ter concedido reajuste
salarial em 2017 anunciou agora um índice miserável de 2, 95% que não contempla
nem aumento real e, muito menos, a reposição das perdas de 2017. Diante desse
quadro de ofensiva neoliberal imposta pela Oligarquia Gomes e seu prefeito, a
Oposição de Luta dos Professores impulsionada pela TRS, passou com sua
militância em diversas escolas e nos distritos de educação em vários bairros
convocando todos os trabalhadores em educação do município de Fortaleza para
entrar na greve nesse dia 18 de abril! Devemos organizar desde já na base da
categoria uma Greve dos professores de Fortaleza para arrancar um reajuste
salarial digno e derrotar os ataques de Roberto Cláudio, que apesar de toda
demagogia de apresentar-se como oposição ao governo golpista de Temer, aplica a
mesma receita neoliberal aqui em Fortaleza, como faz Camilo (PT) no governo do
Estado, ambos seguindo as ordens de Ciro Gomes, candidato a presidente que
deseja se apresentar para a burguesia como confiável para gerir seus negócios à
frente do Palácio do Planalto. Além dessa luta, a Oposição de Luta dos
Professores impulsionada pela TRS vem fazendo uma campanha em solidariedade ao
professor da rede estadual Euclides de Agrela, militante do MAIS-PSOL,
perseguido pela reação fascista por denunciar na escola em que leciona os
ataques da extrema-direita contra os trabalhadores. Para vencer é preciso
superar a política de paralisia da direção petista do SINDIUTE e mobilizar
todos os trabalhadores para derrotar Roberto Cláudio e todos os chefes que
pressionam os trabalhadores em educação e tentam sabotar nossa greve!
terça-feira, 17 de abril de 2018
ÁECIO VIRA RÉU: PSTU FAZENDO PARTE DA “CORTINA DE FUMAÇA”
PRODUZIDA PELO STF PARA LEGITIMAR A PRISÃO ARBITRÁRIA DE LULA
Aécio Neves (PSDB) se tornou réu por corrupção em votação
unânime dos cinco ministros da Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal
Federal), Marco Aurélio Mello, Luís Roberto Barroso, Luiz Fux, Rosa Weber e
Alexandre de Moraes e, por 4 votos a 1, por obstrução de Justiça, com o voto
contrário de Alexandre de Moraes. Toda essa movimentação política orquestrada
pelo STF em conluio com o comandante da “República de Curitiba” confirma o que
a LBI já denunciava: não há nada de progressivo de políticos burgueses (mesmos
os mais corruptos como Aécio) serem presos, cassados ou afastados pelo
Judiciário, porque esta ação representa mais um ato do recrudescimento do
regime político que acabará se voltando contra o movimento de massas e seus
dirigentes políticos e sindicais. Somente os apoiadores da Lava Jato como o
PSTU, MES, TS podem comemorar acriticamente essa decisão, que imediatamente
também foi aplaudida pela direita “verdade amarela”. O mais tragicômico é que o
PT está comemorando a decisão do STF, a blogosfera ligada à Frente Popular
encontra-se em “festa”. São verdadeiros idiotas políticos, como foi essa mesma
esquerda que celebrou a Lava Jato em 2014. Lembremos que toda a “esquerda”
reformista, particularmente o PT e o revisionismo trotskista declaravam que a
farsa levada a cabo pelo Juiz “nacional” Sérgio Moro era um “patrimônio do
Brasil no combate a corrupção”. Na época a presidente Dilma Rousseff chegou a
declarar “Eu acho que as investigações da Lava Jato podem mudar, de fato, o
Brasil para sempre. Em que sentido? No sentido de que vai se acabar com a
impunidade. Mudará para sempre a relação entre a sociedade brasileira, o Estado
brasileiro e a empresa privada porque vai acabar com a impunidade. A questão da
Petrobras é uma questão simbólica para o Brasil. É a primeira investigação
efetiva sobre corrupção no Brasil que envolve segmentos privados e públicos. A
primeira. E que vai a fundo” (11.2014)... O resultado foi a prisão de Lula!!!
Agora fazem o mesmo quando Aécio vira réu no STF, o que sem dúvida vai "limpar o terreno", chutando "chachorro mortou" ou melhor um político burguês que literalmente virou "pó", para sob o manto da "imparcialidade" avançar na ofensiva do Judiciário contra a esquerda em geral. Estamos diante
de um movimento bem calculado da Rede Globo em conjunto com Moro e a cúpula do
STF para facilitar os próximos passos do golpismo e abrir caminho para a ascensão
de um NeoBonaparte. No curso desse movimento claramente orquestrado pelo
imperialismo pontuamos que estão redondamente enganados os que pensam que a
“Lava Jato” tenha por objetivo exclusivo a “caçada” judicial ao PT. Dallagnol,
o “quadro” formulador da Força Tarefa da direita pró-imperialista, já explanou
cristalinamente que a “República de Curitiba” pretendia não só remover o
governo petista como também alterar profundamente o regime político vigente.
Para esta “tarefa divina” não descartam depurar institucionalmente o PMDB e
PSDB, na medida em que a conjuntura permitir, ou seja, caso o governo Temer
“engasgue” na aplicação das reformas neoliberais exigidas pelo mercado
financeiro, o Tea Party tupiniquin estaria a postos para assumir as rédeas do
regime político, reconfigurando radicalmente a constituição “democrática” de
1988. É preciso denunciar o parlamento corrupto e o conjunto do regime político
burguês em que se assenta a democracia dos ricos, apontando a necessidade de se
construir uma alternativa revolucionária, sem nunca abrir espaço para a direita
e a reação fascista como em geral faz a mal chamada “oposição de esquerda” que
deseja capitalizar eleitoralmente a crise petista. Como Marxistas
Revolucionários não realizamos “lobbies” moralizantes sobre o Congresso
Nacional, uma instituição do Estado capitalista e muito menos em apoio a elite
Judiciária isto em nada contribui para o desenvolvimento da consciência de
classe das massas exploradas acerca da necessidade de por abaixo, através da
ação direta do proletariado o regime da democracia dos ricos. Na população desorganizada
o ódio concentrado a corrupção estatal generalizada não será capitalizado pela
esquerda revolucionária, estas camadas sociais ainda estão muito longe de
compreender que somente a revolução socialista poderá eliminar o sistema de
acúmulo patrimonialista dos políticos no regime burguês. Um cenário fértil para
o surgimento de novos "salvadores da pátria"...Joaquim Barbosa vem
aí...o PSTU agradece!
HÁ 02 ANOS DO INÍCIO DO PROCESSO DE IMPEACHMENT: O COMEÇO DO
FIM DA GESTÃO DA FRENTE POPULAR PELAS MÃO DE SEUS “ALIADOS” BURGUESES VIA O GOLPE PARLAMENTAR
Publicamos o artigo elaborado pela LBI há dois anos atrás analisando a aprovação do processo de impeachment na Câmara dos Deputados, que posteriormente resultou no afastamento definitivo da presidente Dilma. Com Lula hoje preso pelo Juiz Moro, tem-se o aprofundamento do golpe parlamentar iniciado em 2106. Naquele momento pontuamos que os aliados burgueses reacionários, muito úteis para aplicar o ajuste neoliberal contra as conquistas do povo trabalhador, se revelaram “escorpiões” para defender o mandato presidencial do PT. Alertamos naqueles dias que o esgotamento precoce do governo Dilma e o desenvolvimento posterior que desaguou no seu impedimento, não parte de uma necessidade da burguesia nacional em desfechar um Golpe de Estado, ou seja, alterar radicalmente as linhas fundamentais do regime democratizante (uma paródia de democracia burguesa) instaurado com o advento da “Nova República” no Colégio Eleitoral em 1985. Esta variante (Golpe de Estado) se coloca diante de uma situação de absoluta radicalização da luta de classes, onde a liberdade de organização da classe operária (direitos democráticos) pode se transformar em avanços revolucionários que ameacem a dominação capitalista. Nenhum destes ingredientes esteve presente na atual crise política do regime. Recapitulando, o default prematuro da quarta gerência petista foi produto do fim de um ciclo econômico mundial, no qual a política de conciliação de classes da Frente Popular foi extremamente útil para os negócios da burguesia nacional. Encerrado o “boom” das commodities e da fartura do crédito para introduzir no mercado de consumo a chamada “classe C” e financiar a expansão das grandes empresas, o governo petista perde sua utilidade para os reais donos do poder, o capital. Fenômeno político totalmente distinto ocorreu com o presidente João Goulart, onde a organização revolucionária do proletariado avançava a passos largos por cada “brecha” (como as Reformas de Base) que o governo nacionalista burguês abria, nesta situação a burguesia precisava derrotar o conjunto das forças de esquerda (Jango, CGT, Ligas Camponesas, Prestes) com métodos de guerra civil: o Golpe de Estado se impunha. As reformas neoliberais de Dilma e seu draconiano “ajuste fiscal” foram uma exigência do capital imperialista, em nada ameaçavam a dominação burguesa... muito pelo contrário! Porém houve um “óbice” na lentidão do cronograma da austeridade financeira do governo Dilma, o incremento da recessão econômica paralisava a rentabilidade dos negócios da burguesia, e um de seus segmentos mais representativo resolveu por não aguardar as eleições presidenciais de 2018, era necessário por em marcha um golpe institucional lastreado na paralisia estatal da Frente Popular.
A “GLORIOSA” BASE ALIADA DO GOVERNO DILMA FOI PROTAGONISTA
DO 1º ATO DO GOLPE INSTITUCIONAL: OS “COMPANHEIROS” BURGUESES DO PT “ROERAM A
CORDA” PARA ALIAR-SE AO RATO TEMER
(Blog da LBI, 17 DE ABRIL DE 2016)
O governo Dilma neste domingo, 17 de abril, talvez tenha
amargado sua derrota fatal, com forte gosto de "traição" de antigos
"companheiros" das oligarquias burguesas que até pouquíssimo tempo
habitavam a chamada "base aliada" da Frente Popular no Congresso
Nacional. Os tradicionais parceiros do PT como a família Sarney,
Cabral&Pezão, Edir Macedo e todos seus pastores parlamentares, Maluf e o
PP, o PSD do ministro Kassab, PR etc "roeram a corda" para aliar-se
ao rato Temer...Um fato ainda mais ridículo foi o literalmente "até
ontem" Ministro da Aviação Civil, Mauro Lopes (PMDB-MG) votar pelo
impeachment quando foi "liberado" por Dilma para votar contra! O
prefeito do Rio, Eduardo Paes, tido como "amigo íntimo" de Lula ao
ponto de trocar confidências por telefone, que lhe presenteou com verbas
milionárias das Olimpíadas, mandou seu secretários municipais se licenciarem
para literalmente votarem todos contra o Planalto! Mesmo o PDT agora sob o
comando dos Gomes teve muitas "baixas" contra a aprovação do
impeachment. Ao lado do governo apenas PT, PSOL e PCdoB mantiveram a fidelidade
integral ao mandato de Dilma. Com a decisão da Câmara o golpe institucional
avançou a passos largos e ainda que o Senado tenha a decisão final, a ser
realizada em duas votações (uma por maioria simples e outra qualificada de 2/3)
será muito difícil reverter a dinâmica política imposta a partir deste domingo.
Faltaram cerca de trinta votos para que o governo conseguisse barrar o golpe
parlamentar ainda na Câmara, não era muito considerando que bastava que apenas
o PSD ou o PR, que detinham ministérios importantes do governo, fechassem
questão contra a admissibilidade do impeachment. O PP, que detém cerca de 40
votos na Câmara, poderia ter ao menos se dividido e assim já complicaria os
planos de Temer e Cunha assumirem o Planalto, porém nada disto ocorreu, pelo
contrário, essas siglas votarem em peso pelo impeachment de Dilma, no PP apenas
04 votaram com o Planalto! O PR que tinha declarado apoio formal ao governo só
garantiu 09 votos... Com esse resultado, a Frente Popular sai gravemente ferida
deste processo, e não falamos simplesmente do aspecto institucional e suas
consequências da perda do aparelho estatal. Será imenso o desgaste político
diante das massas de ter acumulado aliados burgueses reacionários, que foram
muito úteis para aplicar o ajuste neoliberal contra as conquistas do povo
trabalhador, mas que se revelaram "escorpiões" para defender o
mandato presidencial do PT. A próxima "batalha parlamentar" que se
aproxima no Senado, já se anuncia perdida para o governo do PT, que deverá se
preparar para colher um retumbante fiasco eleitoral nas próximas eleições
municipais. É certo que o PT ainda detém um forte potencial político para uma
futura eleição presidencial em 2018, ou antes caso a burguesia decida
"caçar" também Temer e Cunha. Porém não se sabe ainda em que
condições programáticas Lula e o PT se apresentarão em uma nova rodada
eleitoral, se com a velha cara do discurso da necessidade do ajuste neoliberal
ou com uma renovada demagogia populista de esquerda. O certo é que a ofensiva
ideológica e jurídica institucional (estado de exceção) da direita ganha um
alento importante com a aprovação do impeachment de Dilma, que apostando todas
as fichas de sua defesa na esfera parlamentar colheu (parceiros fisiológicos
burgueses) uma tremenda derrota política. A Frente Popular sequer mobilizou
suas bases sindicais e populares para uma greve geral contra o impeachment, se
limitou a impulsionar atos (de características eleitorais) com artistas e
personalidades culturais quando atingiu o melhor momento da resistência contra
a ofensiva da direita. Uma derrota vergonhosa sem um chamado de luta para as
massas proletárias, assim podemos caracterizar a conduta covarde da Frente
Popular diante da grave crise política que foi acometida. O proletariado deve
abstrair todas as lições de mais esta derrota da estratégia de colaboração de
classes, para poder organizar de forma independente o combate a ofensiva
imperialista que atingiu um novo patamar com a efetivação desta manobra
parlamentar reacionária contra o governo do PT.
Assinar:
Postagens (Atom)