As falsas denúncias de ataques químicos por parte do governo
Assad na cidade de Duma, no leste da Ghouta, na Síria, visam proteger os
terroristas financiados pelo imperialismo e justificar uma intervenção militar
da OTAN. Segundo o Ministério das Relações Exteriores da Rússia
“Continuam os ataques informativos sobre o uso de cloro ou outras substâncias
tóxicas pelas forças governamentais. Mais uma história forjada sobre um alegado
ataque químico contra Duma apareceu ontem. Entretanto, são feitas referências à
famigerada organização não governamental Capacetes Brancos, que reiteradamente
fez conluios com os terroristas, e a outras chamadas organizações humanitárias
baseadas no Reino Unido e nos EUA” (Sputnik, 08.04). Segundo a chancelaria
russa, “O objetivo dessas invenções mentirosas, que não têm nada a ver com a
realidade, é proteger os terroristas e a oposição radical inflexível, que
recusa uma solução política, ao mesmo tempo tentando justificar possíveis
ataques do exterior”. Por fim abordando a possível ação da OTAN contra o governo
Assad, o comunicado declara “É necessário avisar mais uma vez que uma
intervenção militar com os pretextos falsos e forjados na Síria, onde a pedido
do governo legitimo há militares russos, é totalmente inaceitável e pode levar
às mais graves consequências”. A agência síria SANA comunicou, citando uma fonte governamental,
que o grupo Jaysh al-Islam está divulgando notícias falsas sobre um suposto
ataque químico em Duma para deter a ofensiva bem-sucedida do exército sírio na região. O
presidente ianque Donald Trump prometeu nesta segunda-feira (09.04) tomar em 24 a
48 horas uma “decisão importante” sobre a Síria: “Estamos estudando a situação
e falando com líderes militares, e tomaremos alguma decisão importante nas
próximas 24 a 48 horas. Se é a Rússia, se é a Síria, se é o Irã, se são todos
eles juntos, vamos descobrir”. Mais cedo, também nesta segunda, o secretário de
Defesa dos Estados Unidos, James Mattis, afirmou que “não descarta ações
militares contra a Síria após surgirem informações sobre o ataque químico na
cidade síria de Duma atribuído às tropas do presidente Bashar Al Assad”. A
posição dos Marxistas-Revolucionários denunciar a farsa montada pelo
imperialismo e rechaçar qualquer agressão militar ao território da Síria. Ao
denunciar a agressão imperialista, no campo militar os trotskistas reafirmam a
frente única com o exército nacional comandado por Bashar Al-Assad contra os
“rebeldes” armados e financiados pela Casa Branca. Os Comunistas Proletários
militam nestas trincheiras de combate com total independência política e
militar das direções burguesas e nacionalistas para forjar uma alternativa
revolucionária de poder dos trabalhadores, guiados por um programa
internacionalista! Frente a esta rica realidade da luta de classes, reafirmamos
que na Síria nos mantemos ao lado da aliança Rússia/Síria, repudiando qualquer
bombardeio imperialista ao país. Para derrotar a ofensiva política e militar
das potências abutres e de seus aliados internos é preciso que o proletariado
sírio em aliança com seus irmãos de classe do Oriente Médio se levante em luta
contra a investida imperialista na região, travestida pela retórica de defesa
dos “direitos humanos e democracia”. Neste momento é fundamental estabelecer
uma clara frente única anti-imperialista com as forças populares que apoiam o
regime nacionalista burguês sírio, assim como com o Hezbollah para derrotar a
ofensiva sobre o país. Combatendo nesta trincheira de luta comum, os
revolucionários têm autoridade política para rechaçar inclusive as concessões
feitas pelo governo de Bashar Al-Assad a esses organismos imperialistas que
pretendem subjugar o país, forjando no calor do combate as condições para a
construção de uma genuína alternativa revolucionária as atuais direções
burguesas que via de regra tendem a buscar acordos vergonhosos com a Casa
Branca. Por fim, esclarecemos que os Marxistas Leninistas nunca nutrimos a
menor simpatia política pelo regime da oligarquia burguesa de Assad, porém
declaramos abertamente e sem dissimulações que temos um “lado” na guerra civil
da Síria, o nosso campo é frontalmente oposto aquele que o imperialismo e seus
“amigos” apostam suas “fichas”. Impedir que a OTAN abra um corredor militar
desde a Síria, passando pelo Líbano, para atacar o Irã, é neste momento a
tarefa central da classe operária internacional em seu combate revolucionário e
anti-imperialista. No campo oposto, o “MAIS”, o PSTU, a CST, a LIT e a UIT estão ao lado dos
mercenários “rebeldes” terroristas e da contrarrevolução imperialista, são adversários das
nações atrasadas atacadas pelo imperialismo e da política nos legada por
Trotsky!