1º DE MAIO - BRASIL, VENEZUELA E SÍRIA: DERROTAR A OFENSIVA
REACIONÁRIA E NEOLIBERAL DO IMPERIALISMO! NÃO A POLÍTICA DE CONCILIAÇÃO DE
CLASSES DO REFORMISMO E DA SOCIALDEMOCRACIA! CONSTRUIR O PARTIDO DA REVOLUÇÃO
MUNDIAL!
Estamos atravessando em todo o planeta o incremento da
ofensiva reacionária e neoliberal do imperialismo. Esse processo de
recrudescimento vem avançando desde o fim da URSS e da queda
contrarrevolucionária do Muro de Berlim, quando houve um profundo retrocesso
político e ideológico na consciência dos trabalhadores. Em contrapartida, as
potências capitalistas jogaram os efeitos da crise econômica nas costas dos
explorados, recorrendo a novas guerras de rapina neocoloniais e ataques aos
direitos dos explorados. Uma prova disso é que há poucos dias Trump e Israel
bombardearam a Síria. No Brasil, Lula foi preso pelas mãos da “Operação Lava
Lato” e uma série de greves foram duramente reprimidas. Na Venezuela, a direita
fascista trama junto com a CIA um golpe de estado contra o governo Maduro. Como
Marxistas Revolucionários lutamos para que o proletariado mundial atue com seus
métodos e com total independência política em frente única com esses governos
nacionalistas, reformistas ou frente populistas para derrotar as investidas do
imperialismo. Na mesma trincheira das forças operárias, democráticas e
populares que apoiam essas direções burguesas contra o inimigo maior dos povos,
como nos ensinou Lênin, forjamos as condições pela construção entre as massas
de uma genuína direção comunista, operária e revolucionária, o Partido da
Revolução Mundial, a IV Internacional. Como Trotskystas e Internacionalistas
sabemos combater a Frente Popular sem nos tornarmos um braço auxiliar do
fascismo ou da direita. Nosso chefe revolucionário, Leon Trotsky, combateu o
Stalinismo e o Nacionalismo burguês sem capitular a reação burguesa, tanto na
URSS como no México, nos seus últimos dias de vida, legou-nos essa lição
fundamental que mantemos vivas nesse 1º de Maio, dia internacional de luta dos
trabalhadores! Desgraçadamente, muitas das correntes que se reivindicam
Trotskystas viram as constas para os ensinamentos de nosso mestre Bolchevique.
Estamos nos referindo diretamente ao PSTU, MAIS e MRT. Estes agrupamentos se
proclamam formalmente pela construção de uma alternativa revolucionária contra
a Frente Popular, o reformismo ou nacionalismo burguês mas tem uma conduta
errática, adotando no Brasil, Venezuela e Síria posições conflitivas ou mesmo
opostas, a exceção da LIT-PSTU, que em todos os casos em questão posta-se
vergonhosamente no campo do imperialismo e da reação burguesa.
No Brasil, Lula foi preso pelo Juiz Moro e a “Operação Lava
Jato”. Encontra-se encarcerado em Curitiba. Nos próximos dias Dirceu deve
voltar para a prisão. A LBI desde o julgamento do “Mensalão” (2012) denunciou
essa farsa jurídica voltada a perseguir as lideranças do PT, combate político
que se seguiu com o avanço desse processo com a Lava Jato, sem nunca abrir mão
de se delimitar com a política de colaboração de classe do PT. Enquanto isso, o
grosso do revisionismo trotskista exigia a “prisão de todos os corruptos” em um
claro apoio a Justiça burguesa, colocando um sinal de igual entre Lula e Aécio,
argumentando que a ação de Joaquim Barbosa no STF e do Juiz Moro na “República
de Curitiba” se tratava de um movimento progressivo. Em 2013 polemizamos com a
esquerda revisionista, denunciando o PSTU por considerar Dirceu, Genoino e
Delúbio não como presos políticos e sim “políticos presos”, apoiando
abertamente a caçada policial aos dirigentes da Frente Popular. Até a véspera
do golpe parlamentar de 2016 o núcleo que veio a fundar posteriormente o MAIS,
assim como MRT, adotavam a mesma política de direita da corrente Morenista que
agora criticam supostamente escandalizados. Esses agrupamentos centristas
copiaram tardia e deformadamente a política da LBI, apesar de não terem feito
nenhuma autocrítica pública da posição que tinham no passado recente e, muito
menos, reconhecerem na LBI a matriz política
Hoje, MAIS e PSTU estão em campos políticos opostos em
relação ao Golpe no Brasil, porém bem irmanados no apoio a ofensiva
imperialista contra o regime nacionalista de Al Assad. Lembramos que o MAIS
rompeu em 2016 com o PSTU e a própria LIT, denunciando que sua antiga
organização Morenista adotava no Brasil uma política de apoio ao golpe
parlamentar que apeou Dilma do governo central, e por consequência defendia a
famigerada “Operação Lava Jato” e a prisão de Lula pelo Justiça burguesa, sob o
comando do famigerado Sérgio Moro. Logo o agrupamento deu um giro de 180 graus.
Ingressou no PSOL e passou a ser um dos maiores defensores do Lulismo e sua
plataforma de conciliação de classes dentro das fileiras do novo partido
reformista que os abrigou, tendo inclusive assento privilegiado nos atos
políticos da Frente Popular que a pretexto de combater a “prisão de Lula e o avanço
do fascismo” selaram as bases para uma aliança eleitoral entre o PT e o PSOL
nas eleições de 2018. Se no Brasil o MAIS passou do sectarismo para o
ultra-oportunismo, na Síria continua fielmente seguindo a política da LIT e do
Morenismo! Na sua posição “EUA promove ataques aéreos à Síria: Chega de
intervenção! Paz para o povo Sírio!” não há uma linha sequer convocando a
derrota militar do imperialismo ianque e o estabelecimento tático da frente
única com Assad-Putin-Khamenei para derrotar a agressão das potências
capitalistas (EUA, França, Inglaterra). O reclame genérico de “Chega de
Intervenção!” é docilmente voltado a condenar tanto os bombardeios ianques como
a “influência russa” na Síria em uma espécie de “neutralidade”. Essa posição já
seria impossível de ser adotada pelos revolucionários no conflito em questão,
rompe com a lição programática legada por Lenin e Trotsky de postar-se
incondicionalmente no campo da nação oprimida contra uma agressão imperialista
independente da direção que comanda o país atrasado, no caso Bashar Al-Assad,
que tanto o MAIS como o PSTU acusam de ser um “ditador sanguinário”. A política
do MAIS continua a ser a surrada cartilha pró-imperialista Morenista de “Fora
Assad” sob o manto da “neutralidade”. Estamos diante da defesa “envergonhada”
da escandalosa política Morenista de reivindicar ao imperialismo “armas para os
rebeldes” defendida pela LIT. Neste ponto, a corrente Morenista é bastante
clara e mais coerente. Por trás do suposto “repúdio” aos bombardeios reivindica
textualmente que os governos imperialistas forneçam armas aos “rebeldes”
treinados pela CIA e o Mossad, clamando que Assad tenha o mesmo destino que
Kadaffi, ou seja, seja derrubado e morto pelos “rebeldes” pró-OTAN em terra. No
Brasil, o MAIS rompeu com o PSTU e passou de malas e bagagens para o campo
político da Frente Popular, recorrendo ao real perigo do “neofascismo” como
alicerce para as alianças eleitorais do PSOL como PT no segundo turno, na
medida que Boulus já é um dos candidatos apoiados por Lula no primeiro turno.
Na Síria, o “MAIS” segue vergonhosamente refém da mesma política Morenista, ao
negar-se a chamar a derrota do imperialismo e a frente única com
Assad-Putin-Khamenei para derrotar os chacais agressores comandandos por Trump,
May e Macron! Em resumo, enquanto no Brasil PSTU e “MAIS” trilham caminhos
opostos do mesmo lado da moeda, um na senda do sectarismo e o outro na vereda
do ultra-oportunismo, na Síria ambos agrupamentos revisionistas estão de mãos
dadas com o imperialismo para derrubar Assad!
Por sua vez, na Venezuela, o imperialismo, a mídia e a
burguesia nativa usam o caos social e a guerra econômica para ganhar apoio
popular para a sua investida contrarrevolucionária, já não esperando que a
crise política se resolva no terreno eleitoral, campo onde inclusive deveria
ter maioria no caso de convocação de eleições presidenciais. Quando a situação
chega a esse ponto de conflito entre a revolução e a contrarrevolução é
necessária uma direção revolucionária à altura. Desgraçadamente, o PSUV e
Maduro não tem o programa de Lenin e Trotsky, mas é preciso forjar no calor da
luta essa direção proletária para em frente única com o Chavismo derrotar a
direita e avançar para uma verdadeira República Socialista na Venezuela! Os
Marxistas Revolucionários da LBI sabem perfeitamente a dificuldade da vanguarda
venezuelana neste momento depois de anos de controle político do Chavismo, mas
não há outro caminho senão enfrentar a burguesia, prender, julgar e levar ao
fuzilamento os terroristas e agentes infiltrados, tomar as fábricas e chamar a
solidariedade internacional do proletariado e dos governos aliados como Cuba,
Bolívia e Nicarágua! Somente os trabalhadores organizados em um partido
revolucionário podem levar a cabo essa tarefa e não a polícia e as FFAA,
instituições basilares burguesas que não se pode confiar. Os trabalhadores
devem chamar as bases das FFAA a formar milícias armadas para defender o país
dos agentes da reação burguesa e na sequência, organizados em Soviets
(Conselhos) de operários e soldados, iniciar a reconstrução econômica
socialista que tenha como parceiros transitórios países aliados como a Rússia e
o Irã! Esse é o caminho para se forjar uma verdadeira República Socialista na
Venezuela, antes que a reação burguesa mergulhe o país na barbárie para emergir
daí um governo fantoche do imperialismo, que recorra a métodos de guerra civil
e ao fascismo para sufocar o proletariado, como ocorreu no Chile de Allende ou
mais recentemente na Líbia de Kadaffi! Por esta razão, não defendemos a participação
no teatro da conciliação de classes sob a etiqueta da Constiuinte. Longe de ser
convocada para mobilizar os trabalhadores com o objetivo de sentar as bases de
um novo regime social e político, a proposta do Chavismo foi “estender a mão”
para um acordo com o setor oposicionista da oposição e com a Casa Branca,
incluindo uma plataforma neoliberal de venda parcial das ações da PDVSA para
investidores internacionais. Nesse sentido, não é possível como defende a
“esquerda” do Chavismo e grupos revisionistas como o MAIS de “alargar a
Constituinte para expropriar o capital e os monopólios privados”. Não existe
essa possibilidade em jogo na medida que esse instrumento foi convocado
justamente com o objetivo contrário: recuar na estatização da economia e introduzir
mecanismo neoliberais “controlados” para buscar um pacto com o MUD e o
imperialismo via a Constituinte, com o próprio Maduro e o PSUV apresentando
essa plataforma de conciliação de classes na medida que não pode estabelecer
esse pacto no Parlamento dominado completamente pela oposição burguesa. Para os
Leninistas a defesa da Constituinte deve sempre estar associada ao combate por
uma alternativa de poder proletário, como demonstrou o Partido Bolchevique
quando defendeu esta consigna antes de tomar o poder na Rússia. Mas o processo
venezuelano caminha justamente no sentido contrário. Essa plataforma de
“reconciliação nacional” proposta por Maduro inclui firmar acordo de
privatização de parte da PDVSA como já iniciou o atual governo (segue
entregando as riquezas naturais às transnacionais como é o caso do “Arco
Mineiro do Orenoco”). Não por acaso o chavismo bloqueou todas as iniciativas
para o estabelecimento do controle operário da produção e da distribuição assim
como a nacionalização do comércio exterior. Por outro lado, manteve o pagamento
pontual da dívida externa para demonstrar seu compromisso com a banca
internacional. Nesse cenário político, uma saída classista e que preserve a
independência de classe é construir uma alternativa própria dos trabalhadores
ante o chavismo e a direita. Nessa luta política, ainda que os Revolucionários
estabeleçam frente única com o PSUV, Maduro e suas base militante para derrotar
as investidas fascistas e golpista, luta com total independência política por
construir um Partido Revolucionário Leninista, um combate política que não pode
ser levado apoiando a paródia de “Constituinte” convocada por Maduro, cujo
objetivo é justamente buscar um acordo com o MUD e o imperialismo e não avançar
na ruptura com o Estado burguês e seu regime político em crise. Ao rechaçarmos
o “Fora Maduro” defendido pela esquerda pró-imperialista (LIT, UIT) e a direita
reacionária lutamos por forjar conselhos operários soviéticos que armem o
proletariado para edificar um poder de novo tipo, comunista como base da
Ditadura do Proletariado.
No Brasil, Venezuela e Síria nossa tarefa é derrotar a
ofensiva reacionária neoliberal do imperialismo! Lutamos por construir o
partido da Revolução Mundial, a IV Internacional nesse 1 º de Maio, Dia
Internacional de Luta dos Trabalhadores, fazendo o combate político e
ideológico contra o revisionismo Trotskysta, a Socialdemocracia e Reformismo
para construir uma genuína direção revolucionária para os trabalhadores!