segunda-feira, 30 de abril de 2018

ENCONTRO ESTADUAL DOS BANCÁRIOS/CE: PSTU REVELA NA PRÁTICA A FARSA DE SUA POLÍTICA COSMÉTICA DE “REBELIÃO” COMPONDO PELA PORTA DOS FUNDOS O CHAPÃO REFORMISTA DO PT&MAIS “LULA LIVRE!”


O fato ocorreu, dia 28 de abril, no Encontro de Bancários/CE para eleger delegados aos fóruns viciados da Contraf-CUT que iniciam a campanha salarial nacional dos bancários. O caráter artificial e burocrático do evento sindical já não é novidade, mas o pouco debate sobre polarização no país e a ofensiva da direita contra os movimentos sociais e o PT serviu para mensurar e revelar o grau de degeneração e oportunismo político da oposição de esquerda, particularmente do PSTU que, diante de uma plateia indignada contra a prisão de Lula, foi incapaz de defender sua política reacionária de exigir a “prisão de todos os corruptos” e de considerar Dirceu e Lula, por exemplo, como simples políticos burgueses presos e não presos políticos do golpe parlamentar que instaurou um regime de exceção no país.

Para o "escamoso" PSTU, como se não bastasse esse silêncio oportunista de sua própria plataforma e sua covardia política, ainda teve a cara de pau de entrar pela porta dos fundos no chapão “Lula livre!”, do setor de direira do PT&MAIS, e, desse modo, garantir uma “vaguinha” na delegação ao congresso nacional do BB. Também o PSTU foi cúmplice do PT&MAIS em restringir o debate em nome das surradas manobras de ocasião, cassar o direito de expressão das minorias como o da proporcionalidade direta e promover o veto político a chapa dos companheiros do MOB/LBI.

A ausência de qualquer delimitação política faz dessa “unidade” apenas mais um malabarismo de aparato, fruto de uma ambígua cortesia entre as burocracias de esquerda e de direita cujo programa é a conciliação de classes, a desmoralização dos trabalhadores e adaptação completa a institucionalidade burguesa. É a negação de tudo o que diz defender demagogicamente. Vergonhoso!

Essa “Oposição de Esquerda” (PSTU/MAIS) está completamente domesticada a institucionalidade do regime, de olho numa “boquinha” no parlamento ou no aparato sindical mas sempre alimentando ilusões numa suposta “moralização ética” do Estado capitalista. Levantar a bandeira contra as prisões políticas em curso é parte da luta para derrotar a ofensiva neoliberal e reacionária contra as nossas conquistas e as liberdades democráticas. Nesse sentido, defender Lula livre não significa defender o regime da democracia dos ricos nem legitimar o programa das gestões estatais da Frente Popular. Contra a horda fascistizante no país é preciso organizar os comitês populares de autodefesa, a ação direta dos trabalhadores e unificar as lutas do campo e da cidade rumo a uma verdadeira greve geral.