Para o "escamoso" PSTU, como se não bastasse esse
silêncio oportunista de sua própria plataforma e sua covardia política, ainda
teve a cara de pau de entrar pela porta dos fundos no chapão “Lula livre!”, do
setor de direira do PT&MAIS, e, desse modo, garantir uma “vaguinha” na
delegação ao congresso nacional do BB. Também o PSTU foi cúmplice do PT&MAIS
em restringir o debate em nome das surradas manobras de ocasião, cassar o
direito de expressão das minorias como o da proporcionalidade direta e promover
o veto político a chapa dos companheiros do MOB/LBI.
A ausência de qualquer delimitação política faz dessa
“unidade” apenas mais um malabarismo de aparato, fruto de uma ambígua cortesia
entre as burocracias de esquerda e de direita cujo programa é a conciliação de
classes, a desmoralização dos trabalhadores e adaptação completa a
institucionalidade burguesa. É a negação de tudo o que diz defender
demagogicamente. Vergonhoso!
Essa “Oposição de Esquerda” (PSTU/MAIS) está completamente
domesticada a institucionalidade do regime, de olho numa “boquinha” no
parlamento ou no aparato sindical mas sempre alimentando ilusões numa suposta
“moralização ética” do Estado capitalista. Levantar a bandeira contra as prisões
políticas em curso é parte da luta para derrotar a ofensiva neoliberal e
reacionária contra as nossas conquistas e as liberdades democráticas. Nesse
sentido, defender Lula livre não significa defender o regime da democracia dos
ricos nem legitimar o programa das gestões estatais da Frente Popular. Contra a
horda fascistizante no país é preciso organizar os comitês populares de
autodefesa, a ação direta dos trabalhadores e unificar as lutas do campo e da
cidade rumo a uma verdadeira greve geral.