sexta-feira, 4 de outubro de 2019

UM BALANÇO NECESSÁRIO: BUROCRACIAS SINDICAIS DA ANDES, CNTE, FASUBRA E UNE REALIZAM “GREVE FAZ DE CONTA” DE 48 HORAS. É PRECISO ORGANIZAR UMA PARALISAÇÃO REAL DA EDUCAÇÃO PARA DERROTAR BOLSONARO E SEU PROJETO ACABAR COM O ENSINO PÚBLICO NO PAÍS!


A burocracia sindical ligada ao setor da educação (ANDES, CNTE, FASUBRA) e a UNE anunciaram para os dias 02 e 03 de outubro passados uma “Greve Nacional da Educação”. Essas entidades controladas por um arco político que vai do PSOL e PSTU, passando pelo PT e PCdoB, em uníssono construíram uma grande farsa, na medida que realizaram uma “greve de faz de conta de 48hs” que não paralisou nenhuma universidade pública ou IFET. O que vimos no máximo nas capitais do país foram pequenos atos políticos de vanguarda sem nenhum peso político e social. Essa “tática” desmoraliza totalmente a luta dos trabalhadores, da juventude e pavimenta a ofensiva no MEC e de Bolsonaro contra a luta dos trabalhadores. O mais grave é que correntes de esquerda como PSTU e Resistência (PSOL), que tem influência na ANDES, por exemplo, sustentaram esta fraude política. A Resistência chegou a anunciar “Em governo de ‘balbúrdia’ defendemos a Educação: Greve Nacional de 48h da Educação Federal” onde afirma “Setor das IFEs  (Instituições Federais de Ensino) indica Greve de 48 horas da Educação para os dias 02 e 03 de outubro, com apoio das entidades Andes, Fasubra e Sinasefe, bem como UNE e movimento estudantil”. Por sua vez a CSP-Conlutas (PSTU) declarou “Atenção! Atenção! 48h de luta: trabalhadores da Educação em greve nacional nos dias 2 e 3 de outubro”. Qualquer ativista honesto pôde perceber não existiu esta paralisação de fato em nenhuma escola ou universidade, tratou-se de mais um circo midiático ao melhor estilo dos “teatros de luta” organizados pela CUT e a UNE. 


É necessário fazer um balanço desse engodo político e sindical armado de comum acordo por todas as correntes políticas frente populistas. Essa política de sabotagem das lutas vem dando fôlego a Bolsonaro e ao parlamento burguês. Para vencer precisamos superar essa orientação de colaboração de classes que vem sendo imposta pela “nova Frente Popular” (PT, PCdoB, PSOL e PSTU) voltada unicamente a desgastar o Planalto visando as eleições de 2020 e a disputa presidencial de 2022, limitando as mobilizações ao lobby parlamentar no corrupto Congresso Nacional. Alertamos que todas as entidades sindicais deveriam abandonar a “trégua” concedida a Bolsonaro, assumindo a vanguarda por uma Greve Geral por tempo indeterminado de toda a educação brasileira! Nesse sentido, é necessário a imediata unidade operária-camponesa-estudantil, o que exige que os sindicatos, MST, MTST, os Grêmios, DCE´s e CAs construam uma Greve Geral por tempo indeterminado de toda a educação brasileira! Para derrotar essa política de colaboração de classes precisamos superar a Frente Popular, construindo um polo alternativo de direção que aponte a luta direta sem ilusões no circo eleitoral da democracia dos ricos. Para vencer devemos superar as mobilizações ordeiras e pacíficas tipo os atos esvaziados ocorrido nos dias 02 e 03, rompendo a orientação das direções da ANDES, CNTE, FASUBRA, UNE, UBES e CUT e adotando uma estratégia revolucionária para colocar abaixo o fascista Bolsonaro e sua gerência neoliberal junto com Moro, Guedes e Weintraub!