quarta-feira, 16 de outubro de 2019

LEVANTE POPULAR NO HAITI: 15 ANOS APÓS INTERVENÇÃO DA ONU, TRABALHADORES SAEM EM LUTA PELA DERRUBADA DO GOVERNO FANTOCHE DE MOÏSE! FORA O IMPERIALISMO IANQUE E SEU LACAIO DA ILHA NEGRA!


Quando se completou 15 anos da missão da ONU no Haiti, com seu contingente deixando o país, manifestações tomaram as ruas da capital Porto Príncipe exigindo a renúncia do presidente fantoche Jovenel Moïse. Dezenas de milhares marcharam para bairros ricos no fim de semana, queimando pneus, enquanto a polícia de choque bloqueava as ruas. Pelo menos 18 pessoas morreram em confrontos com as forças de repressão. Os trabalhadores haitianos estão cansados ​​da pobreza, escassez e corrupção. O país é perenemente o mais pobre do Ocidente, mais da metade da população vive com menos de US$ 2,40 (R$ 9,90) por mês. A crescente escassez de combustível em meados de setembro, além da inflação acentuada, a falta de água potável, a degradação ambiental e falta de alimentos levaram os explorados haitianos a bloquear ruas e rodovias, atacar propriedades e saquear empresas. Antes de Moïse se tornar presidente, ele era diretor de pelo menos uma empresa que recebeu dinheiro da PetroCaribe para projetos falsos de infraestrutura. Moïse não apareceu em público desde o discurso pré-gravado, transmitido na televisão às 2 da manhã, no qual pedia diálogo. O que mantém Moïse a frente do governo é a Casa Branca. A embaixadora ianque Michele Sison disse à Associated Press na semana passada que “estamos pedindo às várias partes interessadas que entrem em diálogo com boa fé”. A oposição burguesa deseja fazer uma transição ordenada enquanto os explorados saem as ruas exigindo a renúncia imediata. Uma coalizão de 107 organizações da chamada “sociedade civil” divulgou um documento de oito páginas apoiando uma “transição”. Em meio à onda de protestos, a ONU encerram a intervenção que durou 15 anos que foi comandada pelo Brasil, quando ainda Lula (PT) era presidente.
 

O Haiti não tem um governo efetivo desde março, com o bloqueio do Parlamento pela oposição, mas as mobilizações de nas ruas vem tendo um ascenso desde agosto em resposta ao caos social e a barbárie capitalista. Os Marxistas Revolucionários estão pela derrubada revolucionária de Moïse. Contra a tragédia capitalista incrementada pela miséria social aprofundada por 15 anos de ocupação militar é necessário que as massas da ilha organizem a resistência por uma nova expulsão dos colonizadores responsáveis pela “moderna” escravidão assalariada imposta pelo imperialismo ianque!