LEVANTE NO IRAQUE CONTRA O GOVERNO TÍTERE DO IMPERIALISMO:
MAIS DE UMA CENTENA DE MORTOS VÍTIMAS DA REPRESSÃO DE ADIL ABDUL MAHDI
Milhares de manifestantes foram às ruas na principais
cidades do Iraque neste último sábado (05/10) para exigir o fim do governo
títere de Abdel Mahdi, acusado de corrupção generalizada e afundar o país em
uma terrível crise econômica. As massas reivindicam mais empregos e melhores
serviços públicos, no quinto dia de uma onda de protestos que já deixou mais de
uma centena de mortos. Tendo início nas redes sociais, o movimento de massas
protesta contra a corrupção, o desemprego e a decadência dos serviços públicos
em um país destroçado por décadas de conflitos, ocupação militar ianque e
guerra civil, além de sanções internacionais. O Iraque convive hoje com
escassez crônica de eletricidade e água potável para a esmagadora maioria da
população. As mobilizações populares são o primeiro grande teste do governo do
primeiro-ministro Adil Abdul Mahdi, no comando do Estado há apenas um ano. As
ruas que levam à Praça Tahrir, centro dos protestos na capital Bagdá, foram
isoladas por uma grande deslocamento de veículos policiais e blindados, que
promoveram um verdadeiro banho de sangue contra os ativistas da oposição. Os
multitudinários protestos parecem ser um movimento espontâneo, sem a direção de
nenhuma organização política ou religiosa, sendo apresentado pelas lideranças
dos manifestantes como movimento “não partidário”. Apesar do “caos social”
instalado pela brutal repressão, o toque de recolher foi levantado ao amanhecer
deste sábado em Bagdá, e o comércio reabriu em diferentes bairros para que a
população pudesse comprar alimentos básicos e água para a própria
sobrevivência.
A coalizão política que fornece sustenção parlamentar ao governo Abdul, é comandada pelo influente líder xiita Moqtada al-Sadr, não deu sinais de nenhum recuo, apesar do presidente do parlamento prometer em entrevista coletiva internacional uma longa lista de “reformas, principalmente no que diz respeito ao desemprego.” O tênue alinhamento político do governo do Iraque com o regime dos Aiatolás no Irã, não resultou em nenhuma conquista real para a população, na direção contrária à uma política nacionalista, o Primeiro Ministro Abdul vem seguindo uma cartilha neoliberal de pilhagem do país, uma “herança maldita” da ocupação militar Ianque. Os massivos protestos não deixam de ser um “desafio” mais sério que o governo do Iraque enfrenta dois anos após a vitória contra militantes do Estado Islâmico. A crise deflagrada chega em um momento crítico para o governo fantoche, que foi pego no meio da crescente tensão entre EUA e Irã na região. O governo do Iraque supostamente é “aliado” dos dois países, mas permite que milhares de tropas ianques ainda permaneçam em seu território. Obviamente que dependendo da direção política dada aos protestos, que inicialmente são legítimos, o imperialismo ianque poderá tentar utilizá-los para pressionar o governo Abdel a um ataque ao Irã, apesar da indenidade Xiita entre os dois regimes. A questão central é o superar o espontaneísmo das massas, não o “cultuando” como uma “virtude” do movimento, dotando as mobilizações de um norte programático anti-imperialista e pela construção de uma alternativa de poder revolucionário diante do governo burguês de Adil Abdul Mahdi.
A coalizão política que fornece sustenção parlamentar ao governo Abdul, é comandada pelo influente líder xiita Moqtada al-Sadr, não deu sinais de nenhum recuo, apesar do presidente do parlamento prometer em entrevista coletiva internacional uma longa lista de “reformas, principalmente no que diz respeito ao desemprego.” O tênue alinhamento político do governo do Iraque com o regime dos Aiatolás no Irã, não resultou em nenhuma conquista real para a população, na direção contrária à uma política nacionalista, o Primeiro Ministro Abdul vem seguindo uma cartilha neoliberal de pilhagem do país, uma “herança maldita” da ocupação militar Ianque. Os massivos protestos não deixam de ser um “desafio” mais sério que o governo do Iraque enfrenta dois anos após a vitória contra militantes do Estado Islâmico. A crise deflagrada chega em um momento crítico para o governo fantoche, que foi pego no meio da crescente tensão entre EUA e Irã na região. O governo do Iraque supostamente é “aliado” dos dois países, mas permite que milhares de tropas ianques ainda permaneçam em seu território. Obviamente que dependendo da direção política dada aos protestos, que inicialmente são legítimos, o imperialismo ianque poderá tentar utilizá-los para pressionar o governo Abdel a um ataque ao Irã, apesar da indenidade Xiita entre os dois regimes. A questão central é o superar o espontaneísmo das massas, não o “cultuando” como uma “virtude” do movimento, dotando as mobilizações de um norte programático anti-imperialista e pela construção de uma alternativa de poder revolucionário diante do governo burguês de Adil Abdul Mahdi.