As manifestações multitudinárias do Equador se
intensificaram nesta quarta-feira (09/10), com a deflagração de uma greve geral
que busca derrubar o governo “traíra” de Lenín Moreno. Não há trânsito de
veículos nas ruas e os negócios e comércio fecharam cedo na “antiga” capital
Quito (abandonada pelo governo Moreno que se transferiu para a cidade de
Guayaquil). Outras cidades do país também aderiram à greve nacional fechando
todos os serviços públicos e privados. As forças de segurança (repressão) do
governo dispararam gás lacrimogêneo para dispersar milhares de manifestantes
que marchavam perto do palácio presidencial no centro da capital Quito. A
CONAIE principal entidade dos povos indígenas, que levou cerca de 60 mil
militantes de áreas vizinhas de Quito para a marcha na capital, afirmou que: “O
governo Moreno está se comportando como uma ditadura militar ao declarar um
estado de emergência e estabelecer um toque de recolher noturno”. A maioria das
organizações políticas dos manifestantes exigem a saída imediata de Moreno,
entretanto há um setor reformista disposto a negociar com o moribundo governo
em troca da antecipação das eleições presidenciais. Este campo que defende
abertamente a conciliação de classes, é liderado pelo ex-presidente Rafael
Correa, do mesmo partido de Lenin Moreno (Alianza Pais) e responsável político
por sua indicação para chefiar o atual governo. O imperialismo ianque vendo a
situação de Moreno degringolar completamente, acionou o escritório da ONU no
Equador para “mediar negociações de um acordo”. Correa exilado há dois anos na
Bélgica por conta de uma perseguição judicial, à semelhança da “Operação Lava
Jato” brasileira, defendeu uma “trégua” do movimento em troca da antecipação
das eleições presidenciais e já se lançou candidato, “pelo menos a vice”
afirmou, tentando copiar a manobra de Cristina Kirchner na Argentina.
O movimento de massas que vem crescendo e ampliando seu espectro social com o triunfo da greve geral, não pode cair nesta “cilada democrática” da esquerda reformista. O acirramento da luta de classes no Equador encontra-se em um patamar da disputa direta pelo poder, a fuga do estafe estatal da capital e a ocupação do parlamento nacional pela CONAIE é o sintoma mais claro da situação revolucionária por que passa o país. O heroico proletariado equatoriano, que já derrubou vários presidentes pela via da ação direta, deve se lançar conjuntamente com seus aliados históricos, a ousada tarefa de tomar o poder estatal em suas mãos e edificar um governo operário, camponês e indígena, rumo ao socialismo!
O movimento de massas que vem crescendo e ampliando seu espectro social com o triunfo da greve geral, não pode cair nesta “cilada democrática” da esquerda reformista. O acirramento da luta de classes no Equador encontra-se em um patamar da disputa direta pelo poder, a fuga do estafe estatal da capital e a ocupação do parlamento nacional pela CONAIE é o sintoma mais claro da situação revolucionária por que passa o país. O heroico proletariado equatoriano, que já derrubou vários presidentes pela via da ação direta, deve se lançar conjuntamente com seus aliados históricos, a ousada tarefa de tomar o poder estatal em suas mãos e edificar um governo operário, camponês e indígena, rumo ao socialismo!