quinta-feira, 3 de outubro de 2019

REBELIÃO NO EQUADOR: GASOLINA SOBE 123% E O POVO QUER INCENDIAR O PRESIDENTE “TRAÍRA” LENÍN MORENO


O presidente “traíra” Lenín Moreno, o mesmo que foi eleito com o massivo apoio da esquerda e do ex-presidente Rafael Correa e agora mudou de “campo” passando a ser instrumento da extrema direita e do imperialismo ianque no Equador, anunciou a retirada dos subsídios aos combustíveis, que passou a vigorar a partir desta quarta-feira(02/10), os preços dispararam e houve elevação de até 123% nos valores cobrados à população. A medida adotada pelo pusilânime Lenín Moreno e que atende a imposição aceita quando de um acordo com o FMI, através do qual o país já se endividou em 4,2 bilhões de dólares e ainda deve se atolar em mais empréstimos, sublevou as massas do país. Os transportes pararam com uma greve nacional e várias estradas e cruzamentos foram interrompidos com barricadas de colchões e pneus em chamas.As ruas de Quito foram tomadas por manifestantes populares com faixas e cartazes exigindo “Abaixo o Pacotaço” e “Não à Dívida com o FMI”. Os manifestantes enfurecidos se dirigiram ao Palácio do Governo que foi cercado por um forte aparato de segurança policial e militar. Diante das mobilizações multitudinárias, Moreno afirmou que não iria recuar e com o objetivo de conter os protestos, decretou “Estado de Exceção”, através do qual direitos dos cidadãos, a exemplo da inviolabilidade da residência e inviolabilidade da correspondência, serão suprimidos, liberdades democráticas elementares, como a  liberdade de deslocamento, de associação e reunião política desaparecem no “Estado de Sítio”. A medida bonapartista contempla também o estabelecimento de censura prévia aos meios de comunicação. O presidente da Frente Unitária dos Trabalhadores(FUT),  Mesías Tatamuez, denunciou que “O governo tirou a máscara e baixou um pacotaço neoliberal seguindo ordens do FMI, onde todo o peso dessa desgraça econômica é jogado sobre os ombros do povo equatoriano”. Apesar do amplo repúdio da população às medidas draconianas do presidente traidor, além da reação radical e espontânea das massas, a Central sindical e os partidos da esquerda reformista não convocaram a Greve Geral de todos os trabalhadores por tempo indeterminado até a derrota do “Pacotaço”, limitando-se a críticas midiáticas e apelando para o parlamento revogar o “Estado de Exceção”. Para derrotar Moreno e seus planos de entregar a economia do país aos trustes imperialistas, é necessário construir uma nova direção política para a classe operária, rompendo com as ilusões no impotente nacionalismo burguês do qual o atual presidente “traíra” já fez parte no passado recente. Somente um Partido Operário Revolucionário poderá conduzir as massas sublevadas a vitória final contra o regime neoliberal de exceção.