O presidente “traíra” Lenín Moreno, o mesmo que foi eleito
com o massivo apoio da esquerda e do ex-presidente Rafael Correa e agora mudou
de “campo” passando a ser instrumento da extrema direita e do imperialismo
ianque no Equador, anunciou a retirada dos subsídios aos combustíveis, que
passou a vigorar a partir desta quarta-feira(02/10), os preços dispararam e
houve elevação de até 123% nos valores cobrados à população. A medida adotada
pelo pusilânime Lenín Moreno e que atende a imposição aceita quando de um
acordo com o FMI, através do qual o país já se endividou em 4,2 bilhões de
dólares e ainda deve se atolar em mais empréstimos, sublevou as massas do país.
Os transportes pararam com uma greve nacional e várias estradas e cruzamentos
foram interrompidos com barricadas de colchões e pneus em chamas.As ruas de
Quito foram tomadas por manifestantes populares com faixas e cartazes exigindo
“Abaixo o Pacotaço” e “Não à Dívida com o FMI”. Os manifestantes enfurecidos se
dirigiram ao Palácio do Governo que foi cercado por um forte aparato de
segurança policial e militar. Diante das mobilizações multitudinárias, Moreno
afirmou que não iria recuar e com o objetivo de conter os protestos, decretou
“Estado de Exceção”, através do qual direitos dos cidadãos, a exemplo da
inviolabilidade da residência e inviolabilidade da correspondência, serão
suprimidos, liberdades democráticas elementares, como a liberdade de deslocamento, de associação e
reunião política desaparecem no “Estado de Sítio”. A medida bonapartista contempla
também o estabelecimento de censura prévia aos meios de comunicação. O
presidente da Frente Unitária dos Trabalhadores(FUT), Mesías Tatamuez, denunciou que “O governo
tirou a máscara e baixou um pacotaço neoliberal seguindo ordens do FMI, onde
todo o peso dessa desgraça econômica é jogado sobre os ombros do povo
equatoriano”. Apesar do amplo repúdio da população às medidas draconianas do
presidente traidor, além da reação radical e espontânea das massas, a Central
sindical e os partidos da esquerda reformista não convocaram a Greve Geral de
todos os trabalhadores por tempo indeterminado até a derrota do “Pacotaço”,
limitando-se a críticas midiáticas e apelando para o parlamento revogar o
“Estado de Exceção”. Para derrotar Moreno e seus planos de entregar a economia
do país aos trustes imperialistas, é necessário construir uma nova direção
política para a classe operária, rompendo com as ilusões no impotente
nacionalismo burguês do qual o atual presidente “traíra” já fez parte no
passado recente. Somente um Partido Operário Revolucionário poderá conduzir as
massas sublevadas a vitória final contra o regime neoliberal de exceção.