quinta-feira, 24 de outubro de 2019

PC CHILENO NÃO COGITA SEQUER O “FUERA PIÑERA” APOSTANDO NA “UNIDAD NACIONAL” PARA MANTER O GOVERNO MORIBUMDO DO PINOCHETISTA: ROMPER COM A POLÍTICA DE CONCILIAÇÃO DE CLASSES DA FRENTE POPULAR RUMO À TOMADA DO PODER PELOS TRABALHADORES!


No pico da crise do regime burguês chileno, com as massas nas ruas desrespeitando o toque de recolher e aderindo em peso à Greve Geral de 48hs convocada pela CUT, o PC lançou um comunicado vergonhoso em que longe de chamar o “Fuera Piñera” como um eixo mínimo para questionar o conjunto das decrépitas instituições burguesas tratou de apostar na realização de uma “mesa de unidad nacional” com o governo neoliberal. Mais uma vez, como no Equador onde a direção da CONAIE pactuou um acordo traidor com Lenin Moreno, agora no Chile o PC declara “Hasta hoy, el gobierno ha excluído y ha marginado al mundo social y popular. Llegó la hora que, de verdad, escuche a las mayorías nacionales”. Em resumo, o PC convoca o governo assassino de Piñera a ser progatonista de um pacto social, inclusive apresentando a convocação de uma “Nueva constitución política, vía asamblea constituyente” auspiciada pelo chacal pinochetista, que não deve renunciar na medida que o comunicado emitido pelo PC não conclama essa demanda elementar para o povo em luta. 


Registre-se que um setor da esquerda latino-americana como o PTS argentino e seu grupo no Chile compartem dessa mesma política de colaboração de classes do PC. Também a chamada Unidade para a Mudança (Unidad para el Cambio), coalização que reúne o Partido Comunista do Chile, Partido Federação Regionalista Verde Social e o Partido Progressista do Chile, emitiu uma “Declaração Pública da Unidade Para a Mudança com propostas mínimas comuns para uma saída razoável da crise” que vai no mesmo sentido de não radicalizar a luta! De nossa parte, como Marxistas Revolucionários, consideramos que o movimento de massas deve tomar em suas mãos a resolução propositiva da crise revolucionária, derrubado o neofoascista Piñera e instaurando um governo operário e camponês no Chile, baseado em organismos de poder totalmente independentes das instituições apodrecidas do Estado Burguês, herança do Pinochetismo e sempre toleradas pela Frente Popular. Para vence nesse momento crucial os setores mais conscientes da vanguarda devem romper com orientação do PC e avançar na construção de organismo de poder dos trabalhadores, com comitês de auto-defesa armados que tenham como estratégia a revolução proletária que aniquile de forma revolucionária as instituições apodrecidas do regime político e particularmente as FFAA! Faz-se necessário que os grupos políticos classistas, como o PC (Ação Proletária) e o MIR que atuam nas marchas e manifestações em plena greve geral defendam as ocupações de fábrica e a continuação da paralisação por tempo indeterminado rumo à derrubada do facínora Piñera, forjando as condições para que os trabalhadores tomem o poder político e econômico, assim como os meios de comunicação e os bancos, tarefa que depende da construção de uma autêntica direção revolucionária!